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Capítulo 27


Nos dias que se seguiram, cada uma das guardiãs foi despertando seu poder, porém, nenhuma das outras conseguiu criar um cajado como o de Eira e Liam e, quando o dia que o alarme, que informava sobre indícios de ataques, soou pela primeira vez naquele ambiente de paz, todos correram em direção ao centro de controle, local este que Eira e Liam entravam pela primeira vez. Era uma sala pequena, onde alguns anciões se encontravam sentados em frente a mesas feitas de metal contendo coisas estranhas que elas não sabiam explicar o que eram, e no centro havia um gigantesco globo que ficava girando bem devagar; era pintado em azul ao fundo e com manchas na cor verde e uns pontos que pulsavam em vermelho.

— Aqueles três pontos pulsantes são os locais onde estão acontecendo os ataques — disse Tigre levantando da cadeira e indo em direção ao globo — Como não estão acontecendo em muitos lugares, enviarei vocês em dois casais para cada lugar. As principais regiões de ataque são as dos casais do amor, do ar e da força, e vocês serão acompanhados pelos casais do fogo, da terra e da água respectivamente.

— E quanto a nós? — perguntou Xi-Wang.

— Vocês ficaram aqui e serão enviados para onde sejam necessários à utilização do dom da cura e do espírito. Agora abrirei o portal por ordem, Eira e Liam, Yildiz e Dilek por favor atravessem o portal e destruam o inimigo.

Uma luz muito forte começou a sair de um dos pontos vermelhos e formava algo que se assemelhava a uma porta que eles logo atravessaram saindo em uma paisagem com muito verde, próximo a um penhasco e nuvens escuras escondiam o sol.

— Esse lugar é lindo! — disse Yildiz.

— Sei onde estamos! — Liam falou virando-se para Eira — Seguindo aquela trilha, depois das pedras tem uma descida que termina próximo à aldeia que eu fui treinar.

— Então deve ser lá que estão atacando. — Eira disse já seguindo na direção da trilha.

— Acho melhor mudarmos antes de irmos. — Dilek disse segurando o braço de Liam que já andava acompanhando sua guardiã.

Todos concordaram e as duas guardiãs começaram a brilhar mudando suas aparências enquanto também mudavam a de Liam e a de Dilek, depois foram depressa para o local indicado pela guerreira. Mas antes mesmo de se aproximarem, os gritos de socorro já eram escutados de longe, então Liam e Dilek desembainharam suas espadas enquanto ainda corriam na direção da aldeia, encontrando pelo caminho aqueles guerreiros deformados que os anciões disseram-lhes serem os servos do inimigo: pessoas que sucumbiam facilmente a escuridão em seus corações, porém, como seus corpos são feitos de luz, não conseguiam suportar ao poder as trevas por isso passavam por essa transformação grotesca, muitas vezes chegando a se tornarem seres unicamente primitivos, agindo apenas por instinto incutido neles; obedeciam ordens de servos que conseguiam manter suas consciências, aqueles cuja sede de poder era tão grande que fazia com que suas consciências permanecessem ativas se tornando como líderes dos outros.

Eles começaram a cortar os servos para faze-los queimar enquanto Yildiz utilizava o fogo das casas que haviam sido queimadas criando bolas flamejantes que ela jogava nos servos. Já Eira foi tentar salvar as pessoas, fazendo com que elas saíssem da aldeia, ajudando a levar os feridos, e foi nesse momento que ela notou que havia apenas as mulheres, idosos e crianças pequenas naquela aldeia.

— Por favor — Eira segurou o braço de uma das mulheres que não estava muito machucada — onde estar o restante do clã? Onde estão os homens?

— Eles foram levados por esses soldados até o outro lado do rio.

— Você sabe porquê?

— Quando levaram meu marido, eles disseram apenas que precisavam que eles cavassem a terra, porque estão buscando alguma coisa, só não disseram o que era.

— Entendi, obrigada.

— Espere — foi a vez da mulher segurar o braço de Eira que já se afastava — por favor, salve-os! Salve meu marido!

— Não se preocupe, nós vamos fazer isso, e voou até onde os outros estavam lutando.

Quando todos os servos que estavam na aldeia foram destruídos e o fogo apagado, Eira falou dos homens que precisavam de ajuda, assim os dois casais se dirigiram para o local indicado pela mulher, do outro lado do rio, para ajudá-los. Eles permaneceram escondidos no meio das árvores observando o local onde vários servos colocavam os homens para cavarem a terra, tanto usando instrumentos quanto apenas as próprias mãos.

— Por que eles estão cavando a terra? — pergunto Yildiz.

— A mulher disse que eles falaram que estavam procurando por algo, mas não disseram o que.

— Olhem aquelas pedras ali em cima. — Liam mostrou, em uma área mais alta que as outras, haviam algumas pedras negras, brilhantes, de formatos diferentes, e que pareciam capazes de encaixarem uma na outra. — Deve ser aquilo que estava enterrado.

E, enquanto observavam tudo isso, os homens encontraram outra daquelas pedras e a levaram para junto das outras. Nesse momento um servo diferente dos outros se aproximou dos outros; ele era alto, seu corpo era coberto por manchas vermelhas e bolha enormes e amontoadas umas sob outras em alguns lugares, principalmente na cabeça, que lhe conferia uma aparência estranha e deformada.

— Parece que todas as pedras daqui foram encontradas — disse o servo gigante com uma voz quase animalesca — afinal Ele disse que aqui tinham apenas cinco peças e encontramos todas. Vocês — ele apontou para um grupo de servos — peguem essas peças e levem.

Os servos fizeram o que fora ordenado, cada pedra ficando com dois deles e, abrindo as asas, que agora eram um pouco maiores que antes, voaram na direção sul de onde estavam.

— E quanto aos humanos? — perguntou um servo — O que faremos com eles?

— Esse aí são um bando de corações cheios de luz e não há nada que possa ser oferecido que os corrompa. Os que podiam ser corrompidos já foram e, como já encontramos as pedras, então não vamos precisar mais deles, podem matá-los.

— Acredito que eu já ouvi o suficiente! — disse Dilek saindo do meio das árvores com a espada em mãos, seguido por Liam e pelas guardiãs.

Logo se iniciou uma luta dos guerreiros contra os servos enquanto as guardiãs tanto os ajudavam quanto tentavam fazer com que os homens fugissem dali com vida. Porém, um desses homens segurou o braço de Eira e ficou olhando para ela assustado.

— Você... Você é Eira, não é? A filha de Devin ÓConaill?

— Sou sim.

— Pelos deuses, ele a enviou para longe para poder ser um dos que sobreviveram?

— Como... Como assim ser um dos que...?

— Seu clã sofreu um ataque devastador a várias luas atrás. Dizem que não sobrou nada, exceto as pessoas que conseguiram fugir antes e ficaram escondidas em locais muito distantes de lá.

Ao ouvir essas palavras, foi como se algo tivesse quebrado dentro de Eira; ela se desvencilhou do homem que lhe falava, abriu as asas e voou para o céu sem conseguir acreditar no que ele havia dito. Não, ela não podia acreditar naquilo, tinha que ir ver com os próprios olhos. Sua casa tinha que estar inteira. Sua família tinha que estar viva. Seu pai lhe prometera que tudo terminaria bem. "Ele prometeu".



Liam lutava, ao lado de Dilek, contra os servos ao mesmo tempo, em que observava sua pequena ao longe, ajudando os homens a fugirem logo daquele lugar, até quando viu que um deles agarrou o braço de Eira e falava algo com ela; algo que, sentiu em seu próprio corpo, a deixou completamente desesperada e assustada, e fez Eira abrir as asas e sair voando dali.

"Mas, por tudo que é mais sagrado, o que aquele homem disse para fazer Eira ficar daquele jeito e voasse para longe daqui?" pensava a guerreira enquanto continuava a luta, até alcançarem o servo gigante, que apenas estava lá parado assistindo à luta.

— Ouvimos falar sobre vocês, humanos treinados para lutar conosco e proteger os humanos fracos.

— Se não estou enganado — disse Dilek apontando a espada para o servo — você também era humano.

— É verdade, mas nunca fui fraco! E graças a Ele, estou mais forte ainda.

— É o que veremos! — Liam gritou erguendo sua espada.

— Espere Liam! — disse Dilek e virou para o servo — Você disse "Ele"? Mas ele quem?

— Vocês logo saberão quem é ele — disse o servo gargalhando — Infelizmente hoje não poderei provar minha força. Fiquem felizes guerreiros, por eu não os matar hoje, mas ficará para a próxima vez.

Dizendo isso ele abriu suas enormes asas de morcego e voou na mesma direção que os outros haviam tomado anteriormente desaparecendo segundos depois.

— Parece que com isso terminamos aqui, pois não tem como irmos atrás dele — disse Yildiz pousando próximo a seu guerreiro.

— Melhor voltarmos para o Outro Mundo e contar sobre o que aconteceu aqui. Aquelas pedras devem ter algum significado.

— Vão vocês, eu preciso ir atrás de Eira.

— Mas para onde ela foi?

— Eu não sei, vou seguir a direção que ela tomou e tentar encontrá-la.

— Vou abrir um portal para que Xi-Wang possa vir curar essas pessoas.

Enquanto Yildiz abria o portal, Liam virou para ir na direção de Eira quando um dos homens que estava ali agarrou seu braço.

— Liam? É você mesma, não é?

— Pelos Deuses! Felan? É você? — ela perguntou olhando para aquele homem tão ferido, tentando ver o homem que outrora fora.

— Sim, sou eu. O que aconteceu com você? Como pode estar viva?!

— Não entendo, por que não estaria viva?

— Soubemos que sua aldeia foi atacada e que ninguém havia sobrevivido!

No mesmo instante o coração de Liam parou de bater e o desespero tomou conta da guerreira. Se não houve sobreviventes, significava que seu pai e irmão.... Pelos Deuses, não só eles, mas também todas as famílias, inclusive a família de Eira estaria morta. Agora ela sabia para onde sua amada havia ido com tanta pressa e o que significava aquela expressão de puro desespero dela. Liam precisava se apressar, pois sabia que Eira estava sofrendo e não queria deixa-la sozinha, mas antes que Liam se virasse para ir na mesma direção de Eira, um portal se abriu quase na sua frente e por lá passaram Myrkur, Ghatha e Scáth em suas formas verdadeiras; o primeiro parando ao seu lado, o segundo à sua frente e o terceiro pousando no braço estendido da guerreira.

— Não sou a Eira para entender vocês nessa forma, mas imagino que sabem o que aconteceu com ela e estão aqui para ajudar.

"Como você está mais ligada com Eira, podemos falar com você, mas apenas desse jeito"

A guerreira se assustou ao escutar a mesma voz humana de Myrkur em sua cabeça.

— FECK! — gritou, colocando a mão em sua boca logo em seguida — Isso foi assustador!

"Não teríamos como te avisar antes de saber se funcionaria" — agora havia sido a voz de Scáth.

— Não teria sido menos assustador mesmo se eu soubesse antes.

"Agora não temos tempo para conversas" — disse Ghatha — "Eira precisa de nós"

— Estamos muito longe de nossa aldeia, vai demorar dias para chegarmos lá.

"Não se preocupe, estamos mais rápidos do que éramos antes" — disse Myrkur.

— Então vamos!

Scáth saiu voando enquanto Liam montava em Myrkur e saía galopando, com Ghatha os acompanhando. Realmente o que Myrkur havia lhe dito era verdade, eles estavam indo muito rápido, tanto que a paisagem de vales e florestas ao seu redor parecia um borrão, até que chegaram a uma floresta que Liam conhecia tão bem quanto a si mesma. Ao começar a subir a colina, ela percebeu o quanto sentira falta daquele lugar, de sua casa, por isso não estava preparada para ver o que estava diante de si.

— Não! — exclamou quando Myrkur adentrou ao local onde antes havia vida e agora só existia morte e destruição.

Tendo como pano de fundo um pôr do sol que deixava o céu tingido de vermelho como sangue, a aldeia delas agora era uma paisagem de guerra: as construções foram queimadas ou destruídas, campos de plantio foram todos queimados... Não sobrara nada inteiro. Olhando aquela paisagem desesperadora, Liam avistou Eira ajoelhada no lugar que outrora sua casa existira e que agora não havia nem uma pedra em cima da outra para contar história. Ela saltou de Myrkur e correu para sua pequena, se ajoelhando por trás dela abraçando-a; foi então que notou que ela estava chorando abraçada a uma espada, não uma qualquer, mas sim a espada do Eolaí, arma que o pai de Eira praticamente nunca se separava.

— Eles estão mortos! — Eira gritou de dor em meio às lágrimas — Todos eles estão mortos!

— Calma mo chroi, se você olhar bem, não tem ninguém morto aqui.

Como Eira não conseguiu dizer mais nada em meio a dor que sentia, então apenas apontou, de maneira trêmula, para o outro lado o forte, onde havia uma descida muito reta e coberta de árvores que dificultava a passagem por aquele lado.

Liam hesitou um pouco em deixar Eira ali, mas quando Myrkur e Ghatha se aproximaram delas e Scáth pousou no ombro de sua pequena ela levantou e caminhou na direção apontada, querendo saber o que ela estava tentando lhe mostrar, mas ao chegar na ponta da colina desejou não ter feito aquilo: jogados pelo chão todos os guerreiros do clã jaziam mortos enquanto que, enforcados nas árvores, se encontravam o pai e os irmãos de Eira, bem como seu próprio pai.

Liam não podia acreditar no que estava vendo, seu pai ali pendurado pelo pescoço, como um qualquer! Morto sem honra! Uma mistura de raiva, ódio e desejo de vingança se apossou do coração da guerreira, enquanto um grito ensurdecedor, carregado de dor, saiu de seu peito, assustando todos as aves, que se preparavam para dormir naquelas árvores, fazendo com que elas voassem para longe, como se levassem aquela dor para outras pessoas também sentirem seu sofrimento

Cambaleando, ela voltou para perto de Eira, que agora estava abraçada tanto à espada quanto a Ghatha. Abraçou-a, deixando que esta chorasse toda a dor que estava sentindo. Ela também queria chorar, por seu pai enforcado e por seu irmão, cujo corpo deveria estar ali entre os mortos, mas sabia que não podia, tinha que ser forte por Eira, para cuidar dela agora que havia perdido sua família. Ali agora, havia apenas as duas. Uma precisando da outra.

Apesar da dor que sentia, lembrou que Falcão havia dito que Eira não podia sentir ódio, ou seu poder agiria de forma diferente, então ela não podia deixar que Eira sentisse o mesmo ódio que ela estava sentindo, pois, quando pudesse, ela iria atrás daquele monstro e o faria pagar pelo que fez ao seu clã, à família de Eira e a sua própria família.



Glossário:

Feck - versão irlandesa de "foda-se"

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