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Capítulo 20


Quando Eira abriu os olhos, a primeira coisa que viu foi que estava deitada nos braços de Liam que a olhava preocupada, como se estivesse com medo de que algo grave tivesse acontecido. Depois viu que estavam em um lugar completamente branco e cinza e havia também muita névoa no lugar como aquelas que viajam por cima das montanhas.

— Você está bem mo bheatha? — Liam perguntou retirando uma mecha de cabelo do rosto de sua pequena.

— Sim, estou bem. Mas o que aconteceu? Onde estamos?

— Não sei. Quando acordei já estávamos aqui. Talvez quando caímos, tenhamos...

— Não! Não estamos mortas! — exclamou levantando e se afastando.

— Mas mo chroi, caímos de um lugar muito alto, é impossível que estejamos vivas depois daquilo. E olhe esse lugar! Não se parece com uma floresta. Essa névoa parece com a que os guerreiros com os quais treinei contavam serem os prados de Mórrígan. Falta apenas os corvos!

— Não estamos mortas! — exclamou novamente Eira já em pânico, pois, realmente queria que fosse verdade.

— Mas...

— Acalme-se guerreira! — disse uma voz muito forte e masculina — Sua guardiã estar certa, vocês não estão mortas.

Quando as duas se viraram, havia um homem com feições de uma pessoa idosa, mas ainda tinha os cabelos negros, bem longos e os usava soltos e com alguns fios trançados com penas enfeitando-os. Ele se vestia de um jeito diferente, com uma túnica branca, um manto muito colorido por cima e algumas penas lhe formavam um colar e estava sem sapatos. Era bem forte, apesar da idade que aparentava ter.

— Quem é você? — perguntou Liam indo com a mão para o local onde deveria estar cabo da espada, porém, ela estava sem sua arma, enquanto que Eira correu para trás de sua guerreira.

— Tenha calma guerreira, não há necessidade de armas nesse momento.

— Ainda não nos disse quem é. — disse Eira calmamente.

— Minha querida guardiã, aqui sou conhecido como Falcão.

— Aqui? — Eira olhou ao redor — Aqui onde?

— Estamos no chamado Outro Mundo. É o lugar em que vivemos e cuidamos de tudo que acontece no seu mundo. Para ser mais preciso e possam entender melhor o que estou dizendo, é que aqui é o lugar que vocês chamam Tír na nÓg.

— Então estamos realmente mortas! — Eira exclamou abraçando Liam.

Sempre fora ensinado a elas que, após a morte, o espírito seria levado para Tech Duinn que é um reino subaquático onde os espíritos dos mortos se reúnem para aguardar serem julgados e assim, se foram pessoas virtuosas o espírito seria conduzido para Tír na nÓg, onde, diziam os druidas, passariam o resto da existência brincando com os deuses. Se não fossem considerados virtuosos, seriam reencarnados para aprenderem as lições em outra vida.

Assim, se aquele homem chamado Falcão, disse que elas estavam em Tír na nÓg, só podia mesmo significar que elas haviam morrido na queda, mas nenhuma das duas se lembrava de terem passado no Tech Duinn.

— Não guardiã — ele disse sorrindo — Eu já disse que vocês duas não estão mortas. Foram trazidas até aqui de corpo e alma. Estão vivas nesse lugar.

— Mas se aqui é Tír na nÓg, como podemos estar vivas?

— Muitas das histórias contadas têm sempre dois lados: o lado compreendido por aqueles que as contam e o lado verdadeiro, que às vezes são complicados de serem entendidos por isso sofrem mudanças ao longo do tempo, além de algumas pessoas costumarem acrescentar ou omitir certas partes das histórias, na maioria das vezes em benefício próprio.

— Então — Eira disse colocando-se do lado de Liam — o senhor estar tentando nos dizer que o que sabemos sobre Tír na nÓg foi inventado?

— Nem tudo guardiã. Algumas partes são verdadeiras, como vocês verão ao longo do tempo em que permanecerem aqui. Agora, se puderem fazer a gentileza de me acompanhar, tudo será explicado no devido tempo.

O homem se virou, saiu por um arco que estava atrás dele e começou a andar por um estreito corredor. Liam e Eira se olharam por um momento, decidindo se acompanhariam ou não o estranho homem, mas por fim, perceberam que o melhor a fazerem era segui-lo; assim, Liam segurou a mão de Eira e foram andando atrás dele até chegarem a uma sala muito iluminada.

— As últimas a chegarem, estão aqui — disse o homem quando entraram na sala.

As duas ficaram olhando abismadas para o que estavam vendo naquele lugar: vários casais se encontravam ali, cada um usando roupas mais estranhas do que outros, e alguns até não usando praticamente nada para se cobrirem.

— Agora que estamos todos reunidos — disse um homem parecido com Falcão, porém, um pouco mais jovem, com um manto marrom com franjas por cima da túnica os cabelos cortados muito curtos e um pouco longos no meio voltados para cima e o que parecia ser o dente de algum animal enfiado nas orelhas — vocês saberão o porquê de estarem aqui no Outro Mundo. Sou chamado Tigre, e estou aqui para contar o que vem acontecendo.

'Todos vocês que se encontram presentes aqui no momento, foram enviados para o que chamam Terra, a fim de viverem, crescerem e aprenderem com a vida humana. Porém, o destino de todos vocês, sempre foi maior do que simplesmente viver suas vidas; vocês possuem o propósito de protegerem aquele mundo de uma força conhecida e, ao mesmo tempo desconhecida. Algo que nasceu com o mundo, mas que não deveria crescer e se tornar tão forte com o passar das eras, mas infelizmente os seres que lá habitam e dominam, os humanos, são cheios de vontades e de desejos em benefícios próprios, são egoístas e egocêntricos, acham-se superiores uns aos outros, gostam de humilhar e escravizar seus próprios semelhantes, não tendo escrúpulos em destruir a terra que lhes dá sustento e abrigo, os animais que lhes alimenta e protegem e principalmente o pior, o outro que lhe é igual, se tudo isso lhe beneficiar em alguma coisa. É assim que esse poder tem crescido e agora age de forma assustadora e mortal. Vocês o conhecem, cada qual em sua língua e crença, como Trevas, aquilo que os atrai a fazer coisas ruins e os leva a caminhar pela estrada errada. Por isso vocês foram criados e abençoados com um dom, para serem utilizados em proteger as pessoas para que o mundo não seja tomado por Trevas.'

Nesse momento uma luz brilhou naquela sala e todos aqueles homens estranhos, parecidos entre si, viraram para onde ela brilhava.

— Por favor, demonstremos respeito à aquela que agora nos agracia com a sua presença. Àquela que tudo criou e lhes deu a vida.

Quando a luz diminuiu, elas puderam ver que havia uma mulher ali no local, flutuando. Ela parecia ser jovem, mas seus longos cabelos negros já possuíam algumas mechas brancas; vestia uma túnica azul com longas mangas terminando em pontas e marcando a cintura um conjunto de fitas coloridas trançadas formavam um cinto, cujas pontas esvoaçavam como se estivessem ao vento. Nos ombros, uma capa verde oscilava na medida dos seus passos e gestos à sua volta; coroando os cabelos uma espécie de diadema com pequenas pedras coloridas iguais às cores das fitas, brilhava levemente.

— Bem vindos, meus filhos e filhas! — disse em uma voz cristalina — fico feliz de ver o quanto cresceram, tanto fisicamente quanto em seus dons. Como Tigre estava falando, cada casal tem um dom, mas apenas as guardiãs podem utilizá-lo. Os guerreiros cresceram em força e sabedoria, treinados para usarem armas de modo a lutarem contra os servos criados por Trevas. Porém, essa é uma luta injusta porque as armas que vocês têm utilizado não servem para derrotá-los, alguns aqui já os enfrentaram e sabem disso. Mas não podíamos adiantar o tempo e tivemos que esperar que os fios fossem fechando círculo até todos estarem aqui. Por isso hoje, finalmente com todos reunidos, ofereço a vocês guerreiros, armas consagradas para a luta contra o mal. Vocês vão se conhecer, conhecer as habilidades de guardiãs e guerreiros, treinarem juntos, e isso é o mais importante, quero que todos vocês se conheçam bem, pois estarão lutando juntos pelo mesmo objetivo: salvar a humanidade do mal; pois, apesar dela provê o mal, ela também provê o bem. E é em nome dele que lutamos, para que haja equilíbrio. Apesar de cada um aqui ter um idioma nativo diferente, todos são capazes de se entenderem por causa do dom de vocês.

— Me perdoe se estiver sendo mal-educada, mas — falou uma das mulheres ali presente — quem é a senhora?

— Vocês não precisam ter medo de fazerem qualquer pergunta aos anciões ou a mim. E, por questão de diferenças nos conhecimentos de vocês, realmente eu deveria ter me apresentado. Sou conhecida em cada crença por um nome diferente, aqui apenas me chamem Deusa.

— E para quem acredita que o criador de tudo é um homem? — perguntou outra das mulheres.

— Eu tenho mil faces e, para cada uma, mil nomes. Aqueles que acreditam que sou um homem, eu serei, no coração de cada um. Mas deixe-me lhes fazer uma pergunta, assim talvez lhes ajude a entender melhor tudo isso: quem, no mundo de vocês, gera a vida, o homem ou a mulher? — todos ali presentes ficaram em silêncio, pois não era necessário responder àquela pergunta. — Não estou lhes pedindo que deixem de acreditar no que lhes foi ensinado desde crianças, mas sim, a aceitarem que existem outras verdades e outras crenças. De hoje em diante vocês ficarão juntos, viverão aqui no Outro Mundo, onde será mais fácil saberem onde terão que lutar. Serão várias crenças juntas. Pode ser que haja até algum conflito entre vocês. Mas aceitando uns aos outros, é como aprenderão a viver em paz. É assim que aprenderão a desenvolver plenamente seus dons. Respeitando uns aos outros, pois cada um tem sua crença, seus gostos, mas o objetivo de vocês é e sempre deverá ser um só: banir Trevas.

A Deusa olhou carinhosamente para cada um ali presente depois com um gesto das mãos, na frente de cada casal surgiu uma arma; elas brilhavam e emanavam uma energia muito forte. Na frente de Liam surgiu sua velha conhecida espada, Blade Dhiaga, e seu fiel escudo Sciath Dhiaga, também brilhavam de poder.

— Essas armas estão consagradas e carregam a energia necessária para poderem destruir os servos que trabalham para Trevas. Apenas uma eu não precisei consagrar, pois, já havia sido apresentada a mim anteriormente pela guardiã. — dizendo isso olhou para onde Eira estava que abaixou a cabeça envergonhada. — Essas armas estão conectadas a cada guerreiro e a sua guardiã, e assim um guerreiro não poderá usar a arma de outro, pois a mesma não funcionará para o fim que foi criada. Agora deixarei que os anciões cuidem para que vocês possam conhecer uns aos outros.

Dizendo isso a luz tornou a ficar mais forte e depois sumiu. Quando puderam abrir os olhos, viram que a Deusa sumira. Cada guerreiro pegou sua arma, entre espadas de diversos tamanhos, lanças e machados estranhos, testando-as antes de guardarem; apenas Liam pegou Blade Dhiaga e colocou logo presa em seu cinto, pois uma já estava acostumada com a outra e Sciath Dhiaga em suas costas, como sempre, para ser retirado o mais rápido possível em uma luta.

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