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Capítulo 2


Sul de Éire (atual Irlanda) — três mudanças de lua, após o solstício de inverno de 68 d.C.

— É uma menina! — gritou uma mulher ao sair da casa — É uma linda menina, mo thiarna!

Ela correu ao encontro do Eolaí que já se encontrava há muito tempo andando de um lado para o outro na frente da porta da única casa da aldeia que tinha dois andares o que fazia com que todos soubessem ser pertencente a ele. Ao seu lado também andava seu fiel guerreiro e melhor amigo, Carrick Ó Briain mesmo com a neve quase lhe alcançando os joelhos, algo bem excepcional para o período, já que a mesma costuma ficar mais alta só após várias mudanças de lua.

— É uma menina? — perguntou o Eolaí Ó Conaill à extasiada mulher.

— Sim, mo thiarna, uma linda menina!

— E como estar minha esposa?

— Feliz mo thiarna, ela estar muito feliz! — dizendo isso ela retornou correndo para dentro da casa.

— Uma menina... — repetiu o Eolaí, como se não acreditasse que isso fosse verdade.

— Felicitações, mo chara! — disse Carrick batendo com força nas costas de Devin, fazendo com que esse se desequilibrasse por um momento.

— Felicitações? É uma menina, Carrick. Uma menina! — disse o Eolaí passando a mão em seus longos cabelos, visivelmente irritado.

— Depois de seis varões já estava na hora de termos uma Bean Uí bheag alegrando esse forte.

Aqueles dois homens altos e fortes sempre estiveram juntos para tudo, desde criança, já que o pai de Carrick fora o braço direito do pai de Devin. Os dois ainda eram jovens, mas por conta de suas responsabilidades já aparentavam serem mais velhos. Enquanto Devin possuía longos cabelos lisos que lhe chegava ao meio das costas e uma barba cerrada na altura dos ombros ambos do mesmo tom dos olhos, que lembram a cor da terra; a pele morena sobressaía no conjunto de kilt nas cores vermelho e verde; Carrick, mais alto que este, era possuidor de cabelos curtos e barba rala com seus olhos negros como a escuridão, trajava um kilt na cor vermelha, uma túnica branca e, na cintura, um cinto de metal onde estava preso a espada de bronze e nas costas, graças a uma corrente transpassada em seu peito, se encontrava seu escudo circular feito de madeira e decorado com padrões circulares intrincados.

— Sei apenas é que uma mulher só irá criar confusões aqui. Imagine quando começar a crescer? Terei que lidar com a rebeldia de que, quando lhe arranjar um marido, ela o aceite. Terei problemas nos festivais e banquetes; tantos os rapazes do nosso clã quanto de outros, ficarão a olhá-la e desejá-la, principalmente se tiver a beleza da mãe e.... — Devin interrompeu sua fala ao notar a triste expressão de seu amigo — Eu... Por todos os deuses, o que eu estou aqui a reclamar? Perdoe-me Carrick, eu não queria fazer você pensar sobre essas coisas.

— Está tudo bem Devin, por mais que tudo pareça estranho, eu já me conformei com a situação. Não sei se foi uma brincadeira dos Deuses com a minha família, ou se esse é realmente o desejo deles e exista um propósito para tudo isso.

— Não me falaste o que a druidesa no templo decidiu.

— Ela disse o mesmo que Enid, que ela é saudável só que, provavelmente, por propósitos divinos, é diferente. Afinal, como já sabes, a druidesa do templo de Danu disse, no dia em que Alessa esteve lá quando estava grávida, que era uma menina e que nossa filha já tinha o toque da própria Deusa em sua vida, e que ela seria especial.

— Dessa vez Aideen não quis ir ao templo para saber se seria menino ou menina. E proibiu Enid de olhar o futuro da criança até esta nascer, só depois ela podia olhar.

— Diferente de Alessa que queria saber logo se seria uma menina ou não. Mesmo com a druidesa dizendo que nossa filha teria o toque da Deusa e seria especial, não imaginamos que seria algo que a faria tão diferente.

— Eu aqui falando do futuro da minha filha, que mal acabou de nascer, logo com você que não pode fazer nada pela sua.

— Casar realmente não estar no futuro da Liam, afinal nenhum homem irá querer uma mulher como ela. Além disso, parece que ela sabe que não poderá ter um futuro desse jeito já que insiste em usar túnica e braccae e correr para o campo de treinamento para aprender a lutar. Até o cretino do ferreiro lhe fez uma espada sob medida. Querem transformar minha filha em uma guerreira!

— Mas o povo sabe que, com os tempos tranquilos que estamos tendo a muitos verões, já não temos mais a necessidades de que as mulheres se tornem guerreiras. Depois que conseguimos criar alianças com as outras tribos, não temos mais a necessidade de muitas guerras ou disputas por terras. Ainda temos nossos inimigos, mas temos condições de nos defendermos sem colocar as mulheres para lutarem.

— Minha esposa já conversou isso com ela e quase implorou para que isso de aprender a lutar acabasse e que, no lugar, ela aprendesse a fiar ou tecer. Até mesmo fazer peças de cerâmica Alessa tentou. Mas ela disse que já que ela é diferente então não precisa ser igual às outras meninas da aldeia. Alguém diria que só tem cinco verões ouvindo-a falar desse jeito?

— Meu pai disse uma vez, que os filhos crescem rápido quando não deveriam e demoram a crescer quando já precisariam ser mais velhos e responsáveis. Lembra?

— Sim, eu me lembro! — respondeu com um sorriso no rosto por conta da lembrança desse dia.

O pai de Devin já estava muito doente e sempre pedia ao filho que ficasse em casa para aprender tudo que herdaria um dia, pois ele não iria participar do treinamento fora da aldeia. Mas este só queria saber de sair com Carrick para a floresta; viviam procurando lugares onde pudessem viver batalhas criadas pelos dois. Um dia quando voltaram da floresta, estavam feridos e doentes, e o pai de Devin lhes disse aquilo.

— Imagino o quão difícil seja manter sua filha em casa como uma boa e comportada menina.

— Você não faz ideia! Não lhe contei a última que ela fez: Alessa teceu um conjunto de kilt novo para Aeary levar na sua viagem de treinamento e ela, ao ver o irmão usando, disse a mãe que ela também queria um para quando ela fosse fazer seu treinamento em outra aldeia. Nem imagina como Alessa ficou depois disso.

Por um momento, mesmo com os flocos de neve se acumulando em seus cabelos e barbas, e o frio que penetrava por suas botas de couro próprias para o inverno rigoroso da região, Devin permaneceu parado olhando sério para seu melhor amigo, deixando o mesmo preocupado.

— Aconteceu algo Devin?

— Não, nada. Só estava pensando.

— Eu sei! Conheço você o suficiente para saber quando estar pensando tão profundamente.

— É verdade.

— E eu posso saber o que seria esse pensamento que, provavelmente envolve a minha pessoa, já que olhavas para mim?

— O que eu estou pensando envolve a sua filha.

— A Liam?

— Sim. Com tudo que você falou me ocorreu algo. Entretanto, esse algo será um pedido, não uma ordem.

— Devin, sabe que, para mim, todos os seus pedidos são uma ordem.

— Mas desta vez será diferente, realmente será um pedido; se puder ser feito então o fará, se não, entenderei e não quero que se sinta obrigado a cumpri-lo.

— Você parece sério Devin. Acredito que estou começando a ficar assustado, não por mim, mas, por minha filha.

— Não é nada pelo qual você precise ficar assustado, sabe que jamais faria nada para prejudicar sua família.

— Eu sei. Então, o que quer me pedir?

— Infelizmente não poderei trancar minha filha em casa para sempre, ela terá que viver, fazer viagens ao templo acompanhando a mãe ou até mesmo para outra aldeia, ou vila. E até que ela se case é minha responsabilidade protegê-la, você entende, não é?

— Perfeitamente.

— Nessas viagens ela precisará de uma companhia que a proteja, mas, assim como minha esposa reclama, não poderei colocar um dos homens para ficar com ela em momentos, como posso dizer, pessoais.

— Eu sempre coloco um dos homens por perto, sem que ela perceba, só por precaução e nunca quando ela estar, como você disse, em momentos pessoais.

— É justamente por precaução que tenho esse pedido a lhe fazer.

— Diga o que quer.

— Quero que a Liam se torne uma guerreira e protetora da minha filha.

— Então quer oficializar o treinamento dela como guerreira?

— Exatamente! Mas farei com que ela seja apenas protetora da minha filha e não uma guerreira da aldeia.

— Eu não sei Devin. Você sabe sobre a Liam, como ela é. Só os deuses sabem porque ela tem aquele jeito de falar, que diz sempre o que pensa e enfrenta tudo e todos. Tem certeza de que não haverá problema em colocar as duas juntas? Sua filha pode vir a não ser uma garota calma e obediente se tiver a Liam para lhe ensinar a ser diferente disso.

— Não vejo problema nisso, se ela tiver a Liam do seu lado para cuidar dela, posso pensar em ela não ser obediente e calma o tempo todo. Talvez minha filha seja calma e obediente e ensine isso a Liam. Você vê mais algum outro problema, além disso?

— No momento não. Julgo que será bom por duas coisas, um é que as duas poderão ser amigas, coisa que a Liam está precisando ter uma e bem, a outra é que, como ela já vive no campo de treinamento, não vai ser difícil convencê-la a treinar oficialmente. Ela vai, é adorar saber disso!

— Pense em tudo, de bom ou de ruim que pode ter no futuro dela, ela sendo ou não uma guerreira e depois você me diz a sua resposta. Lembre-se que é um pedido e não uma ordem.

— Se a resposta dependesse apenas de mim, antes de ir para casa, colocaria a Liam oficialmente no treinamento, mas antes preciso conversar com minha Alessa.

— É claro que ela precisa concordar com isso, afinal é a única filha de vocês, por enquanto — ele disse sorrindo — e como você bem sabe, os treinamentos são difíceis e ela pode ficar machucada.

— Mas se ela é tão parecida comigo, como dizem, ela se sairá bem no treinamento. Só que, diferente de mim, deixarei que ela só conheça sua filha quando estiver um pouco mais velha, assim não se distrairá dos treinamentos.

— Essa parte já é com você.

Neste momento a mulher tornou a sair da casa e se aproximou do local onde eles estavam conversando.

— Mo thiarna, minha senhora, pediu para saber se o senhor irá conhecer vossa filha e também ela espera que tenha pensado em um nome para a pequena.

— Pensar em um nome? Por todos os deuses, que nome eu darei a uma menina que resolveu nascer no solstício de inverno? Neve?

— Eira. — disse Carrick.

— O que disse? — perguntou Devin olhando assustado para o amigo.

— Lembra de um bardo que passou por aqui a algumas luas atrás, contando histórias de terras distantes durante o banquete?

— Claro, mas o que isso tem a ver com a escolha do nome da minha filha?

— Bom, em uma das histórias ele disse que o povo chamava a neve de 'eira'. Como você perguntou se a chamaria neve, eu me lembrei disso e falei o nome.

— Eira... — repetiu o Eolaí olhando para seu amigo — Está decidido então! Não deixemos mais minha esposa a esperar; vamos conhecer a pequena Eira.



Glossário:

Eolaí – guia (chefe do clã)
mo thiarna - meu senhor
mo chara - meu amigo
Bean Uí bheag - pequena senhora
Bean Uí - senhora
Braccae - é o termo latino para "calças" e, neste contexto, é hoje usado para se referir a um estilo de calças feitas de lã.

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