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Capítulo 15


Três dias passaram após os acontecimentos daquela noite.

Na manhã do quarto dia, Eira e Liam se reuniram com seus respectivos pais na casa de Eira e conversaram a respeito de tudo o que estava acontecendo com ela e, principalmente sobre o que ela era ou não capaz de fazer. Mas quando Eira afirmou que não era do seu conhecimento o que ainda não era capaz de fazer e Liam confirmou, pois estava sempre presente quando ela tentava fazer alguma coisa, todos eles ficaram visivelmente assustados. Por este motivo Aideen achou melhor leva-la de volta para o templo dos Tuatha Dé Danann, onde talvez pudessem descobrir mais sobre seus dons. Então Eira e Liam acertaram que não contariam agora que queriam ficar juntas, afinal eles não precisavam de outra coisa com que se preocupar no momento.

— Espero que não tenha ficado triste por partimos tão rápido assim para o templo, m'iníon. — disse Aideen, sentada na carroça aberta, de frente para Eira.

— Não mam, eu não estou triste. — respondeu Eira acariciando a cabeça de Ghatha que andava ao lado da carruagem — Entendo porque a senhora e daidí acreditam que é melhor eu ir para o templo do que ficar no forte. Como meus poderes são desconhecidos e parece serem instáveis é melhor eu permanecer longe por um tempo para não machucar ninguém, até aprender a controla-los.

— Quando esteve lá durante os 4 verões, os druidas lhe disseram algo sobre esses poderes que você tem?

— Apenas que eu recebi esse dom direto da Deusa e que eu deveria aprender mais sobre como usá-los para quando fosse necessário a utilização deles. Os druidas tentaram me treinar, mas parecia que havia algo que me impedia de usar direito meus poderes, mas depois daquela conversa que tive com aquele ollphéist, eu consigo fazer as coisas que não conseguia antes.

— Talvez tenha sido a raiva que você sentiu com as coisas que ele lhe disse.

— Talvez... — Eira não quis dizer mais nada, pois sabia que, o que despertara seus poderes, havia sido a descoberta do seu amor por Liam, mas, ao mesmo tempo, a raiva também esteve presente, porém agira em seu dom de uma maneira diferente, como se fosse algo ruim. Ela não contara isso para ninguém, nem para Liam, pois estava com medo que ela também começasse a ter medo dela.

Com relação à partida delas da aldeia para o templo, realmente havia sido rápida, foi a três dias atrás, com apenas elas duas, Liam e alguns guerreiros que seu pai havia insistido que levassem a mais. Haviam decidido em uma única noite, e na manhã seguinte já com tudo pronto, elas partiram. Mas a verdade é que Eira não queria ter saído do forte; por sua causa poderia acontecer alguma coisa com seu povo, afinal ela não iria mais se casar com aquele homem. Estava preocupada, não sabia porquê, como se algo de muito ruim fosse acontecer. Podia ser o cansaço. Ou o silêncio e frio que estava sentindo nessa longa viagem ou, simplesmente pela falta da sua guerreira não poder estar mais perto de si. Eira olhou para trás e viu que Liam havia colocado Myrkur bem próximo à carruagem e, como se percebesse seu olhar, a guerreira virou o rosto na sua direção e sorriu-lhe, o que fez com que o coração de Eira batesse mais forte e um pouco de calor se espalhasse pelo seu corpo.

— Está com sede, minha senhora? — perguntou Liam ainda lhe sorrindo, como se soubesse que ela precisava sair e estar montada em Myrkur junto dela — estamos próximos do rio, talvez possamos ir lá e voltar sem demorarmos muito.

— Agora que falastes Liam, sim, estou com sede. Mam, irei com minha guerreira até o rio beber um pouco de água e voltarei sem demora.

— Ótima ideia filha, vá e leve esse cantil e traga um pouco para mim.

Sem mesmo a carroça precisar parar, Liam se aproximou da lateral da mesma, puxou Eira e a colocou sentada à sua frente, depois colocou Myrkur para andar na direção do rio, sendo acompanhado de perto por Ghatha, que nunca se afastava muito tempo de Eira. Quando elas já estavam afastadas o suficiente para que ninguém às visse, Liam delicadamente puxou o rosto de Eira para beijá-la.

— Senti falta de estar assim com você, mo ghrá! — disse quando os lábios se separaram. — Três dias viajando direto sem parar, podendo ter apenas alguns minutos assim quando saímos é muito ruim.

— Concordo com você Liam, respondeu abraçando sua guerreira pela cintura e colocando a cabeça em seu peito. Nesse momento um grito agudo foi escutado e uma sombra alada foi posicionada sobre elas — Veja, Scáth nos seguiu!

— Agora me sinto mais segura com aqueles olhos vendo tudo lá de cima, e você sendo capaz entender tudo o que ele diz. Se algo acontecer, espero que ele nos avise.

— Ele vai avisar, não se preocupe!

Cavalgaram por um tempo por entre as árvores até chegarem próximo ao rio. Uma vez lá, tanto elas duas quanto Myrkur e Ghatha beberam da água fresca. Após Eira encheu o cantil dado por sua mãe ela procurou por Liam e a encontrou sentada no chão, encostada em uma árvore.

— Prometi a minha mãe que não iríamos demorar. — disse se aproximando de Liam.

— Eu sei disso, mas você sabe que podemos chegar antes dela no templo sem nenhum problema, então, por que nos negar um tempo juntas se não sabemos quando poderemos estar assim novamente com todas aquelas pessoas no templo te vigiando?

— Tem razão.

Sorrindo, ela sentou-se ao lado de Liam que a abraçou, colocando a cabeça dela deitada em seu peito. Elas permaneceram assim, apenas abraçadas, enquanto observavam Myrkur correr de um lado para o outro próximo à margem do rio enquanto Ghatha, após correr por entre as árvores, deitou-se aos pés das duas. Scáth também se uniu a eles, pousando no galho mais baixo onde elas estavam encostadas. Mas após um momento, Eira começou a rir sozinha.

— Eira? Por que está rindo? — perguntou Liam olhando confusa para sua pequena.

— Desculpe Liam, é que a conversa entre eles três está muito engraçada.

— Conversa? — Liam, ainda mais confusa, olhou de Eira para os três animais que ali se encontravam. Ela chegou a escutar alguns relinchos de Myrkur, o que pareciam ser rosnados vindos de Ghatha e também alguns gritos de Scáth, mas ela não imaginou que aquilo fosse uma conversa entre eles, por isso ficou curiosa para saber sobre o que se tratava a conversa, perguntando isso a Eira.

Myrkur estava reclamando que suas pernas não foram feitas para ficarem andando tão devagar do jeito que estamos andando nesses últimos dias, que ele precisa correr, então Ghatha disse que se Myrkur estava desse jeito, imagine ele que é o ser mais rápido que existe, que ele já decidiu que quando voltarmos para perto dos outros que ele vai subir na carroça e vai dormindo o restante da viagem, assim ele não se cansa andando como um duas pernas. Com o fato de Ghatha ter dito que era o ser mais rápido que existe, Myrkur disse que não era verdade, que ele podia correr mais rápido do que ele e, enquanto os dois brigavam entre si, Scáth disse que eles dois deviam parar de brigar e olhar para cima, pois ele podia ser mais rápido que os dois juntos. Ghatha e Myrkur disseram para ele descer que eles iriam ver quem era que corria mais rápido, porém, Scáth respondeu que ele não corria, e sim voava. Os outros dois então lhe perguntaram como poderiam então medir se ele realmente era mais rápido do que eles, se ele voava e Scáth respondeu que era bem simples, bastava que eles criassem asas, assim poderiam saber quem era o mais rápido! — Eira parou um momento de contar a história, rindo novamente do que dissera — E eu comecei a rir justamente porque estava aqui imaginando Ghatha e Myrkur tendo asas! Você consegue imaginar isso? — ela perguntou virando o rosto para olhar para Liam — É muito engraçado imaginar um lobo e um cavalo com asas!

Liam olhou algum tempo para Eira, fascinada com o fato de que, enquanto para ela os sons não haviam passado de relinchos, rosnados e gritos, para sua pequena havia sido como se fossem três pessoas conversando e falando normalmente. Depois ela olhou para Myrkur e para Ghatha tentando imaginá-los com grandes asas saindo de suas costas, e era algo realmente engraçado, fazendo com que ela se juntasse a Eira no riso. Ghatha e Myrkur olharam para as duas por um tempo e após emitirem alguns sons, Myrkur se afastou, andando para perto da água e Ghatha abaixou a cabeça, deitando sobre suas patas.

— Nos perdoem por rir de vocês — Eira falou um pouco mais alto — mas realmente é engraçado imaginar vocês dois com asas. — Scáth emitiu alguns gritos e Eira olhou para cima — Scáth não diga isso!

— O que aconteceu? — Liam perguntou com muita curiosidade.

Myrkur e Ghatha disseram que não é engraçado imaginar eles de uma maneira diferente do que são e Scáth disse que eles realmente seriam estranhos se tivessem asas e que o céu não seria o mesmo com animais tão grandes voando de um lado para o outro.

— Tenho que concordar que seria bem estranho se animais que não voam começassem a voar.

— Eu queria poder voar... — Eira disse de modo sonhador — Poder olhar tudo lá de cima. Deve ser lindo olhar uma paisagem desse jeito. — Scáth deu alguns gritos — Sorte a sua de poder voar! — Ela respondeu olhando para cima, depois virou o rosto para Liam — Ele disse que é maravilhoso ver tudo lá de cima.

— Seria bom voar realmente, mas eu prefiro você aqui, onde eu posso abraçar e beijar — Liam disse sorrindo e abraçando Eira mais forte, fazendo a outra sorri. — Eu queria que todos os dias pudessem ser assim, só nós duas! — três sons distintos foram escutados nesse momento fazendo Eira sorri.

— Melhor você trocar de nós duas, para nós cinco! Nossa família precisa ficar unida! — ela falou com um lindo sorriso no rosto, fazendo Liam olhar de relance para cada um dos animais, imaginando o que eles haviam dito para que Eira falasse aquilo. Mas fosse o que fosse, Eira tinha razão, aqueles três seres faziam parte da vida delas, sendo Myrkur mais parte da dela e Ghatha e Scáth mais parte da de Eira, e, bem, a vida das duas estavam unidas pelo amor que tinham uma pela outra.

— Você tem razão, só nós cinco. Podíamos viajar, conhecer outros lugares.

— Isso seria maravilhoso! — Eira disse muito entusiasmada.

— Concordo! — Liam respondeu sorrindo.

— Liam eu... — Eira interrompeu o que dizia olhando quase assustada envolta do lugar onde estavam, como se procurasse por algo.

— O que foi?

— Eu não sei porquê, sinto algo estranho.

— Algo estranho, como assim?

— Não sei explicar o que estou sentindo. É como se eu soubesse que algo vai acontecer. Algo de ruim. Só não sei o que nem onde.

— Já sentiu isso antes?

— Sim. Na realidade sinto isso desde quando começamos essa viagem.

— Por que não me contou?

— Era só uma sensação que eu estava sentindo. Julguei que era por medo de sair do forte, de fazer essa viagem, e também por medo de ficar lá e as pessoas terem medo de mim e se afastarem.

— No início as pessoas vão ter medo sim, pois não sabem o que você consegue fazer, mas depois vão saber que não precisam ter medo, pois você é a mesma Bean Uí Eira que todos conhecem e gostam.

— Espero que tenha razão. Agora, por mais que eu deseje permanecer aqui com você Liam, é melhor voltarmos para a caravana. — Eira disse saindo do abraço de Liam e levantando-se do chão.

— Espera só um momento mo chroi. — Liam levantou também e puxou Eira para abraça-la novamente — Há uma coisa que me contaram que é bom e eu gostaria de experimentar contigo, mo ghrá.

— E o que seria? — perguntou antes de ter seus lábios selados pelos de Liam, porém, dessa vez era um beijo um pouco diferente dos outros, pois ela sentia a língua de Liam passando por sua boca, como se estivesse pedindo passagem. Pensando que talvez fosse realmente isso que ela queria, Eira abriu a boca e Liam colocou sua língua lá dentro, acariciando-a e enroscando na sua própria.

Eira se viu obrigada a se apoiar no pescoço de sua guerreira, pois suas pernas pareciam não querer mantê-la em pé. Permaneceram um tempo assim, mas se separaram, pois respirar, com todas aquelas sensações que a língua de Liam estavam lhe provocando era praticamente impossível.

— Realmente isso é bom! — disse Eira após conseguir respirar normalmente.

— É verdade!

— Eu quero que — Eira começou a falar escondendo o rosto no peito de Liam — nossos beijos possam ser assim de agora em diante.

Mo ghrá — Liam segurou o queixo da pequena fazendo um rosto tão vermelho quanto seus cabelos ser erguido e seus olhos se encontrarem — não precisa ter vergonha de dizer o que pensa sobre isso. E eu concordo com você! — disse depositando um pequeno beijo nos lábios de Eira — Mas agora é melhor voltarmos a estar na caravana senão ficaremos aqui até bem mais tarde.

Eira viu Liam sorrir de um modo diferente do que ela estava acostumada a ver e também, ela percebeu que seus olhos chegaram a ficar mais escuros, se é que isso era mesmo capaz de acontecer, antes de ser erguida e colocada na sela de Myrkur. Sentando-se atrás de Eira, Liam instigou Myrkur a cavalgar em direção a estrada para poderem alcançar logo a caravana no mesmo instante que Scáth levantou voou do galho que estava e Ghatha correu para dentro da floresta, sumindo no meio das árvores e aparecendo de vez em quando próximo a Myrkur; eles eram como dois vigias silenciosos, que Eira e Liam sabiam que estavam sempre ali para proteger as duas de qualquer perigo.

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