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Capítulo 11


Os dias passaram da maneira mais pacífica possível e o clã prosperava em todos os aspectos. Porém, para Liam e Eira não eram dias tranquilos... Elas iam, quase diariamente, na clareira isolada para treinarem; fosse o dom de Eira, fosse defesa com espadas.

A parte da luta física estava indo muito bem, pois Eira se lembrava das coisas que Liam lhe havia ensinado quando criança, e estava conseguindo acompanhar tudo além aprender rapidamente novas habilidades de gestos e passos que a guerreira fora instruída durante os nove anos que esteve treinando em outra aldeia; ela conseguia aprender e prevê os movimentos de Liam e se defendia muito bem.

Mas não estava indo muito bem com relação ao seu dom...

Exceto falar com os animais, ela não conseguia fazer mais nada direito... Tentou fazer as plantas crescerem mais rápido; ela conseguia até o ponto das primeiras folhas, mas não passava disso. Arriscou comandar as águas do rio, mas elas só se mexiam um pouco e logo voltavam ao seu curso natural. Tentou mexer com à terra, mas apenas algumas pedrinhas tremiam um pouco e voltavam a ficar paradas. O vento também não lhe obedecia, pois, a brisa ali continuava a mesma.

Era como se ela perdesse a concentração em um determinado momento ou então, estava faltando algo que a auxiliasse com relação aos seus poderes, mas ela não sabia o que podia ser. Tentava todos os dias, mas era sempre a mesma coisa.

Outra coisa que aparentemente não estava muito bem era sua amizade com sua guerreira. Apesar de estarem sempre juntas, Liam sempre estava afastada dela. E, embora a guerreira tivesse conhecimento sobre o que sentia por Eira, ainda não tinha certeza de que era certo ou não, então não queria permanecer sendo afetada pela presença constante dela ao seu lado. Tinha medo também de que Eira percebesse seus sentimentos, se sentisse ofendida e se afastasse. Portanto, se mantinha fria e distante emocionalmente e, apesar de Eira haver percebido, nada lhe dissera, pensando provavelmente que a raiva era por Liam estar lhe ensinando a se defender ou então que esses treinos lhe traziam lembranças desagradáveis.

No final do outono e durante todo o inverno elas tiveram que se dedicar a outras tarefas que pudessem ser realizadas em casa, pois a neve impedia que às duas pudessem sair do forte. Eira voltou a praticar tecelagem, enquanto Liam revezava-se em ajudar no treinamento das crianças e em aprender uma coisa que ela tinha vontade desde criança: tocar harpa. Quando ela escutara pela primeira vez o som produzido por aquele instrumento ela quis aprender, mas seu treinamento lhe deixava pouco tempo livre e o tempo que tinha passava ao lado de Eira, mas agora, enquanto sua pequena estava protegida no forte, ela ia ao encontro do menestrel para que este lhe ensinasse a tocar. Era muito difícil aprender a tocar, pois seus dedos calejados pelo punho da espada a impediam de tocar delicadamente, mas ela não desistia, pois quando o inverno terminasse e elas pudessem voltar ao local em que iam, ela iria tocar para Eira sua canção favorita.

Com a chegada da primavera, não vieram apenas o desabrochar das flores nem o pouco de calor que o ambiente proporcionava neste período, mas também notícias terríveis vinham de muito longe. Havia um grupo de guerreiros, vindos de longe, que estava dominando clãs e aldeias por toda a região, e estes ou já haviam se aliado a eles, ou sucumbido diante de seu poder, e agora eles dirigiam esses métodos para as aldeias e fortes que ficavam mais próximos.

As pessoas no forte ficaram divididas entre os que queriam que o Eolaí se aliasse a esse grupo e outros que consideravam o forte seguro o suficiente para resistir a uma batalha e que não deveriam se curvar a estranhos. Passados alguns dias sem nenhuma notícia importante, a vida no forte voltou a normalidade até o final do verão, quando um mensageiro desconhecido chegou com uma mensagem informando sobre uma visita em breve, do próprio líder do grupo.

No período marcado na mensagem, uma comitiva composta por mais de 50 cavaleiros chegou às terras do clã; eram todos homens e usavam túnicas curtas, vermelhas como sangue, e algo que pareciam placas de metal prata, sobrepostas umas nas outras e presas entre si por outras menores de cor dourada. Usavam elmos também de metal e alguns tinham algo que lembrava uma crina de cavalo presas no alto do elmo, e em seus pés, botas de couro. Traziam nas mãos uma lança com ponta de metal trabalhado, um escudo retangular decorado preso às costas e uma espada curta em uma bainha de couro presa ao cinto.

Todos os moradores da aldeia se reuniram perto dos portões para verem os recém-chegados, aqueles homens considerados tão perigosos e ruins fazendo com que todos tremessem só em os mencionarem. O líder era um dos que usava uma enorme crina de cavalo presa no elmo. Ele era excepcionalmente alto, aparentemente forte e usava as vestes quase iguais aos dos soldados, excetuando-se que estas pareciam mais ricas com detalhes em vermelho e, as partes douradas, deixava-se ver claramente tratar-se de ouro. Um manto vermelho descia-lhe as costas cobrindo os flancos do cavalo e ondulava por sobre o rabo do mesmo, presa nos ombros da armadura por presilhas de ouro. Todos queriam ver seu rosto e traços característicos, mas o elmo escondia como uma máscara, deixando apenas olhos e boca visíveis. Montava um enorme cavalo branco, que até parecia ser irmão de Myrkur exceto pela cor. Arreios vermelhos como sangue contrastava com o peitoral que era feito com as mesmas placas que as usadas pelos soldados.

Um verdadeiro cavalo de guerra.

Montava de maneira que parecia indolente, mas que indicava ao mesmo tempo que estava atento e teria uma rápida reação caso surgisse algum problema. Ele foi saudado por Devin e Carrick, que lhes deram boas-vindas em nome do clã; depois ele saltou do cavalo displicentemente e olhou em torno como se estivesse vendo pessoas inferiores e que não mereciam um olhar seu. Em seguida entrou no salão de reuniões seguido por Carrick e o Eloaí. Como não se sabia quanto tempo durariam as negociações de paz ou de guerra, o Eloaí colocou à disposição dele uma casa ali no forte, que foi prontamente recusado, pois ele informou que um líder deveria dar o exemplo a seus soldados, dormindo onde eles estivessem e que os mesmos já haviam erguido um pavilhão para seu uso, no acampamento que eles haviam montados próximo dali e ele ficaria lá durante a noite.



No dia seguinte após a chegada dos visitantes, logo ao amanhecer, Liam estava treinando nos campos quando Marg chegou fazendo-lhe sinal.

— O que houve? — perguntou ela a garota.

Bean Uí Eira pediu que lhe trouxesse uma mensagem.

— Algum problema?

— Não sei, mas ela pediu para lhe dizer que você selasse seu cavalo.

— Mais alguma coisa?

— Ela vai lhe encontrar nos portões.

— Ela estar esperando alguma resposta?

— Só quer saber se pode ser agora ou depois.

— Diga-lhe que quando ela chegar aos portões estarei lá, aguardando-a agora mesmo.

Marg se afastou e retornou a Eira, para dar o recado. Quando esta chegou aos portões, Liam já a aguardava, como havia dito, e a ajudou a montar em Myrkur.

— Aonde deseja ir, minha senhora? — perguntou montando atrás dela.

— Onde você sabe o caminho, minha guerreira. — respondeu tristemente, pesando no coração da guerreira vê-la assim, mas, Liam não quis perguntar o que havia ocorrido, preferiu deixar que Eira lhe contasse. O percurso até o local secreto foi feito no mais absoluto silêncio e, ao chegarem lá, após saltar do cavalo, Eira se afastou indo sentar-se encostada a uma árvore. Calmamente, Liam retirou a sela de Myrkur deixando-o livre e também fazendo com que sua pequena tivesse um momento a sós, depois se aproximou um pouco e sentou.

— Ontem, à noite — começou Eira — meu pai me procurou para conversar sobre o que esse líder veio fazer aqui. A proposta inicial é fazer uma aliança, para poderem prosperar juntos. Ele falou todas as vantagens, benefícios e tudo mais que os dois lados ganhariam com esse acordo. Caso meu pai não aceite os termos dessa aliança, então nosso forte será atacado, tomado e destruído, todos serão mortos e as terras serão dadas a algum de seus aliados para poderem expandir seus domínios.

— E que tipo de aliança ele quer fazer com seu pai?

— Casamento.

— Uma aliança de casamento? Então ele quer que um de seus irmãos se case com alguém dele?

Nesse momento, Eira dobrou as pernas encostando sua cabeça nelas, começou a chorar. Vendo aquela cena, Liam entrou em desespero, pois não gostava de ver ninguém chorando, muito menos sua pequena. Ela se aproximou mais, abraçando-a.

— O que houve? Por que estar chorando desse jeito? Qual de seus irmãos é que vai se casar?

— Não é nenhum de meus irmãos — disse por entre as lágrimas e o rosto colado ao peito da guerreira — é a mim que ele quer.

— O quê? — perguntou quase gritando

— O líder ouviu falar da minha beleza exótica, como ele disse, e tem interesse em casar comigo.

— Eira...

— Mas eu não quero me casar! Não desse jeito! — a pequena gritou ao encontro do peito da guerreira.

— Entendo o que quer dizer, mas se a aliança não for feita assim, nosso clã será atacado e todos irão morrer.

— Eu sei, eu sei disso! Mas não quero me casar com alguém que não conheço!

— Não sabe quem é?

— Não! Meu pai disse que irei conhece-lo no jantar esta noite.

— Eu adoraria poder dizer-lhe que não se case, mas, por mais que doa infelizmente essa parece ser a única opção de se evitar a morte de tantas pessoas como aconteceria caso houvesse um ataque.

Eira, não encontrando nada para dizer contra a realidade colocada por Liam, apenas se aconchegou mais à sua guerreira e deixou que sua tristeza esvaísse em suas lágrimas.



A noite todos estavam reunidos na mesa para o banquete. Eira ficou sentada perto de sua mãe, mas de onde estava podia ver perfeitamente seu futuro marido: era muito alto e muito magro (a aparente força fora da roupa de metal que estranhamente usava), tinha os cabelos da cor do sol e os olhos da cor da terra, suas feições podiam ser consideradas perfeitas. Portava-se como um deus e queria ser tratado como um, como soube por sua mãe antes do jantar.

Liam a havia trazido de volta cedo e depois desaparecera. Ela queria que sua amiga estivesse ali com ela, talvez se sentisse mais segura, mas não havia conseguido falar com Alessa para saber por que ela não havia vindo para o jantar.

— Bem — iniciou seu pai ficando de pé — como foi decidido, hoje é o banquete para celebrar a paz para o meu clã realizando o noivado da minha filha Eira com o homem que pretende conquistar todo o Eire: Octavius Regulus.

Todos aplaudiram suas palavras e depois o banquete seguiu em um silêncio. Apenas Devin e Carrick que conversavam com o pretenso noivo. Eira tentava comer, mas a comida parecia um bolo na garganta. Não conseguia imaginar que o mais breve possível estaria casada com aquele homem. Seu pai dissera que ele elogiara muito sua beleza, no entanto, nem sequer olhara para ela direito quando foram apresentados. Quando acabou o banquete e o menestrel começou a cantar, Eira disse que não estava se sentindo muito bem e iria se retirar para seu quarto, mas quando passou perto do homem, este segurou seu braço impedindo-a de prosseguir.

— Gostaria que amanhã fizesse a gentileza de me acompanhar em um passeio pela orla da floresta para conversarmos.

Eira ficou alarmada, pois não queria conversar com ele, nem passear ao seu lado e não tinha motivos para conhece-lo então olhou para sua mãe que sorria tentando encorajá-la.

— É claro que o acompanharei nesse passeio — disse, desejando não ter dito, mas infelizmente ela sabia ser necessário fazer.

— Ótimo, então me encontre amanhã no portão após o desjejum.

Depois soltou o braço dela e voltou a conversa com Carrick. Eira começou a correr em direção a sua casa, mas parou, percebendo que não queria ficar sozinha. Então correu sem uma direção exata, querendo apenas se afastar o máximo possível dele, quando percebeu para onde seus pés, não, provavelmente fora seu coração, a levara, já estava na frente da casa de Liam, batendo na porta.

— Eira? — disse Liam ao abrir a porta.

— Por favor, me deixa ficar aqui com você! — ela disse abraçando a guerreira pela cintura — Não quero dormir sozinha hoje.

— Aconteceu algo? — Liam perguntou trazendo Eira para dentro de casa e a levando para seu quarto.

— Eu o conheci — falou baixinho sem olhar para a guerreira.

— Entendo. Quer conversar sobre isso?

— Por enquanto não, quero apenas ficar deitada um pouco em silêncio.

— Tudo bem.

Ao chegarem no quarto, Liam foi ajeitar a cama que estava bagunçada por estar deitada ali desde que chegara do passeio e depois se virou para ver se Eira precisaria de algo, deparando-se com a cena da sua amiga já praticamente sem vestido apenas com a combinação. Ela começou a sentir as mesmas sensações de antes, quando a viu nua no rio.

— A cama estar pronta, pode deitar.

— Obrigada. — e ela se deitou, cobrindo-se com uma manta depois olhou para sua guerreira como se esperasse por algo.

— Quer que eu te traga algo? — ela perguntou tentando disfarçar o tremor da sua voz. Eira já havia dormido ali várias vezes quando eram crianças, por que tinha agora que ser diferente?

— Não precisa. Você não vai deitar?

— Quer que eu deite aí com você? — o tremor saindo da sua voz e indo para suas pernas.

— Por que não? Dormíamos assim quando éramos crianças. Sei que estamos maiores agora e sua cama vai ficar pequena para nós duas, mas não vejo por que motivo, nós não podemos dormir juntas.

Eira estava certa, não tinha nenhum motivo para que ela não pudesse deitar naquela cama e dormir com ela. Exceto as sensações estranhas que estavam passando pelo seu corpo que por algum motivo o mesmo parecia desejar que ela se deitasse logo, e não ficasse ali pensando se era certo ou errado. Levantando a outra parte da manta, Liam deitou ao lado de Eira na cama e permaneceu virada para cima. Nesse momento escutou o doce riso de Eira.

— Está parecendo que nunca dormiu comigo! Vira de frente para mim, ou esqueceu de como era que dormíamos juntas?

— Não, eu não esqueci. — disse ficando de frente para sua amiga segurando uma das mãos dela com a sua e a outra colocada com muito cuidado na cintura da mesma. Se ela já estava se sentindo estranha apenas olhando para Eira, colocar a mão nela apenas com a combinação cobrindo-lhe o corpo estava fazendo com que ela sentisse muito calor. Ainda bem que havia apenas uma única vela acesa no quarto, ou então Eira veria o quanto, ela sabia, estava suando.

— Sabe Liam, sempre imaginei que casaria um dia por amor, não por obrigação. Não consigo acreditar que vou me casar com aquele homem. Ele praticamente nem olhou para mim! Eu não sei o que fazer, ou melhor, sei, mas não é o que eu quero. Estou muito confusa.

— De uma coisa você pode ter certeza, eu sempre estarei do seu lado cuidando de você.

— Eu te agradeço por isso.

— Não precisa agradecer, faço porque gosto de você e és muito importante para mim.

Eira lhe sorriu e se aconchegou mais perto da sua guerreira, e esta percebeu como sua pele estava fria; elas estavam no final da primavera, como Eira podia estar sentindo frio, era algo que não entendia. Mas não tinha problema, ela cobriu sua pequena até o pescoço e a abraçou para poder aquecê-la. Liam era realmente capaz de fazer qualquer coisa por Eira. Exceto dizer o quanto a amava e o quanto toda aquela situação era dolorosa para a guerreira; isso machucaria a Eira, disso tinha certeza. Estaria ao lado da sua pequena como amiga e guerreira apenas.

Esse era seu destino.

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