II
" Socorro " Era esse o pensamento de Sunny Colede enquanto se aproximava do carro de polícia, os gritos de medo e euforia presos na garganta.
Havia arranhões em seu corpo e rosto, os cabelos sujos e bagunçados, um corte profundo na perna esquerda ainda sangrava mesmo a ferida sendo pressionada por um pedaço de sua blusa.
As roupas rasgadas e molhadas pela chuva da noite passada deixavam a mostra uma parte do seio esquerdo, lágrimas molhavam seu rosto enquanto caminhava até os policiais que a encaravam estáticos e assustados.
__ Ah meu Deus, o que é isso?
Disse um deles quando a viu cair bem próximo de onde estavam, esticou uma das mãos para um dos policiais que correu em sua direção, ouviu o outro dizer algo relacionado a ajuda, ambulância e por ultimo o nome e o numero de uma rodovia, sentiu as mãos do homem a erguerem do chão.
__ Moça você esta bem?
Dizia ele, ferida e com medo ela tentou dizer algo mais não conseguia, sua língua havia sido arrancada, e por pouco quase não perderá um dos olhos.
__ Moça... Moça...
__ Daniel, a ajuda está a caminho...
Ouviu o outro homem gritar, em meio aos gritos e sons de carros da polícia se aproximando, ela começou a chorar, sangue escorria do ferimento em sua testa, virou a cabeça para o lado, observou uma trilha que levava a floresta e fechou os olhos.
Algo ruim tinha acontecido depois de entrar em uma trilha. Algo cruel e brutal.
🔪🔪🔪🔪
" Ahhhh "...
Gritou Leroy dentro do carro enquanto Sua irmã mag e seu amigo cliff se pegavam no banco de trás do carro. Com o rosto vermelho sunny sorriu e bateu na perna do namorado.
Aquilo a deixava sem graça e com vergonha, sabia perfeitamente que seu namorado esperava que em determinado momento da viagem ela agisse da mesma forma que a amiga fazia agora.
Mais ela tinha pensado muito na proposta do garoto, estava insegura e com medo de que algo desse errado. De que o mesmo que acontecera com sua irmã também acontecesse com ela.
Uma gravidez agora só atrapalharia seus planos de ir para a faculdade no ano seguinte. Ignorou o sorriso malicioso de Leo, virou o rosto para o lado e começou a observar a floresta pelo vidro da janela.
__ Você não precisa pensar nisso agora.__ a voz dele a arrancou de seus pensamentos e ela o olhou.__ Parece que estou a forçando a isso.
__ Ah, não é nisso que estou pensando, estava me perguntado quanto tempo ainda falta.__ mentiu ela, o encarou e sorriu. __ Estou cansada, e preciso de um banho.
Não tinha dormido bem na noite anterior, e tudo o que queria era um bom banho e dormir algumas horas de sono.
__ Sei... Bem ainda falta meia hora para o seu precioso banho.__ disse ele.__ Merda...
Os gemidos do casal quase transando no banco de trás fez com que revirasse os olhos. Tinha decidido passar o fim de semana na cabana da família de seu namorado, ele tinha convidado seu irmão mais novo e sua namorada. Os dois estavam se divertindo no banco detrás.
E que diversão, outros dois amigos os esperavam na cabana, um garoto e uma garota que estudavam na mesma escola que ele.
__ Hey vocês viram aquele cartaz com fotos de pessoas desaparecidas na região?__ perguntou Cliff e Sunny cruzou os braços.__ Os últimos desaparecidos foram um casal que estavam acampando do outro lado do Rio, próximo as montanhas.
Sentindo um arrepio Sunny suspirou profundamente ao se lembrar dos cartazes com fotos e nomes de pessoas, ao que parecia estavam desaparecendo a um bom tempo.
Desde famílias a casais que se perdiam ou tiravam um tempo para acampar próximo ao lado ou nas montanhas.
__ Aposto como essas pessoas que sumiram já apareceram e os moradores locais estão usando as histórias como modo de afastar as pessoas da cidade.__ disse Cliff e fez uma careta assustadora. __ Caipiras, são comuns nessa região.
__ Aposto como eles transam com as mães e as filhas por aqui.
Disse Mag e sorriu assim como Sunny e Leroy, empurrado por ter parado com seus jogos sexuais. E Sunny estava agradecida pelos dois mudarem o assunto ou o que estavam fazendo no banco de trás.
Mais ainda assim a notícia sobre pessoas desaparecendo na região a deixara preocupada, seus pais não sabiam que ela havia saído de casa e ido naquela viajem com Leroy.
Só tinha feito aquilo por que precisava de algo novo para se distrair depois do acidente em que seu irmão fora morto.
__ Por que não tenta relaxar um pouco?__ perguntou Leroy.
__ Eu vou tentar...
Disse ela e ele sorriu, seria muito difícil alguém dormir naquele carro com o casal quase transando no banco de trás. Fechando os olhos ela soltou a respiração e decidiu que tentaria descansar.
🔪🔪🔪
No sonho Sunny corria em direção a sua irmão, ele tinha acabado de se formar na faculdade de direito, todos estavam felizes.
__ Sunny...__ disse ele e ela o abraçou.__ Você é a culpada...
__ Irmão...
Gritou ela quando um jato de sangue esguichou de sua garganta, inundando sua blusa branca, se afastou e começou a gritar enquanto sentia o cheiro de fogo e fumaça, o carro virado de cabeça para baixo...
__ Sunny... Sunny... Acorda...
Despertando assustada ela puxou o ar para os pulmões e tremeu enquanto Leroy balançava seus ombros. Observou a sua volta e notou os outros a olharem confusos e até mesmo assustados.
Era apenas um sonho. Ficara traumatizada com a morte de seu irmão mais velho, ainda estava se recuperando, soltou a respiração e saiu para fora do carro.
__ O que houve?__ perguntou e se reconstou no carro. Sabia que Leroy e os outros a encaravam assustados e preocupados.
__ Você tava gritando. Estava tendo um pesadelo.__ disse Meg, uma garota ruiva e com sardas no rosto. __ Tentei acordar você mais não consegui.
A garota tinha um olhar triste e penoso, como se entendesse o que ela estava passando naquele momento.
__ Vamos vai ficar tudo bem, não tem por que ter medo agora.__ disse Leroy e pegou uma caixa com comida.__ Eu estou aqui.
Comovidos Cliff e mag a abraçaram e pegaram algumas sacolas no porta malas do carro. A garota estendeu a ela uma mochila vermelha e sorriu antes de entrarem na cabana.
__ Você prometeu se divertir neste fim de semana.__ disse Leroy ao pegar sua mochila e a colocar sobre o ombro. __ Por isso quero que fique bem. Ok?
__ Está bem...__ disse ela e sorriu, o acidente ainda a pertubava a noite, mais não iria deixar que isso atrapalhasse seu fim de semana.__ E os outros onde estão? Não deviam está aqui também?
Candance era uma líder de torcida da escola, e Paul um dos jogadores do time, os dois estavam sempre se agarrando embaixo das arquibancadas antes dos jogos.
Não estava surpresa pelos dois não estarem na cabana os esperando, com certeza estavam aproveitando a tarde em algum lugar nas redondezas.
__ Candance e Paul deixaram um bilhete dizendo que iriam até o lago.__ disse Leroy ao entrarem na cabana. __ E então o que achou ?
Olhando a sua volta ela sorriu, a casa era construída com madeira, tinha janelas com vidro, os móveis eram de época mais pareciam confortáveis, haviam quadros com fotos de Leroy e sua família nas paredes.
__ É bonito, digo é muito aconchegante apesar de rústica.__ disse ela e ele sorriu antes de sair e minutos depois voltar com o resto das bagagens.
__ Olha, eu queria me desculpar pelas cenas de hoje mais cedo.__ ela ouviu a ruiva dizer, embora estudassem na mesma escola elas nunca haviam se falado antes.__ Me chamo Mag. Nunca não falamos antes mais sei que o que você está passando não é fácil. Já passei por isso quando perde meus pais em um acidente.
Inspirando profunfante ela se sentou no sofá. Por isso ela sempre a olhava diferente das outras pessoas, tinha passado por algo até mesmo pior.
Não sabia nada sobre ela, exceto que ela era a namorada do irmão de seu namorado e que estava sempre na equipe de atletismo.
__ Sunny Colede. Está desculpada.__ disse ela e sorriu.__ E obrigado por me entender, sinto muito por seus pais.
__ Com o tempo eu me conformei, foi doloroso mais estou bem.__ disse ela.__ Se quiser conversar, é só dizer.
__ Ann, ok.
Disse ela e sorriu amigável quando a garota acenou e saiu em direção a cozinha.
__ Se quiser beber, tem cerveja na geladeira.__ ouviu-a gritar.
__ Um uisque não seria melhor?__ disse Cliff e ela olhou para o lado.
Havia um bar improvisado em um canto, com algumas garrafas de uísque e conhaque. Tinha prometido parar de beber depois do acidente.
__ Ann, não é uma boa ideia.__ disse ela e o garoto sorriu antes de se servir de uma dose de bebida e sair em direção a cozinha.
Depois de se livrarem da bagagem ela e Leroy fizeram um tour pela casa, onde ela ficará impressionada com o lugar.
Mesmo pequena e rústica a casa era realmente aconchegante, a cozinha era espaçosa, assim como a sala de jantar, o banheiro também não era tão ruim.
Os quartos também eram convidativos. Leroy e Cliff, eram irmãos com apenas um ano de diferença, filhos de um empresário e uma professora de piano. Os pais de Leroy eram amigos de infância de seus pais, por isso haviam concordado em deixá-la passar o fim de semana ali com seu namorado.
__ Bem, e Candance e Paul quando voltam?__ perguntou ela enquanto esperava que Mag saísse os banho.__ Vão perder a famosa macarronada de Cliff.
__ Os dois já deveriam ter voltado.__ disse Mag ao sair do banheiro.__ O lago não é tão longe, mais acho que os dois devem estar fazendo alguma coisa que não querem que a gente veja.
__ E eu não duvido.__ disse ela e sorriu ao entrar no banheiro.__ Bem, espero que estejam bem.
__ É eu também.
Ela ouviu a garota dizer e sentiu um arrepio, fechou a porta do banheiro, ligou o chuveiro e fechou os olhos. Estava com um mal pressentimento, mais talvez fosse apenas devido a falta de costume de está em um local como aquele.
Depois do banho e do jantar ela e os outros haviam decidido esperar Candance e Paul na varanda da casa, onde Cliff e Mag balançavam em uma rede e sorriam ao fazerem planos para depois da faculdade.
__ Você sabe se tem alguma cidade por perto?__ indagou Mag ao olhar em seu relógio.__ Já passam das dez e nada dos dois voltarem.
__ A cidade mais próxima fica a trinta quilômetros depois do lago.__ acho que deve ter acontecido alguma coisa com o carro e os dois resolveram ir até a cidade.
__ É comum veículos quebrarem nessas redondezas.__ disse Cliff e se ergueu.__ Mais acredito que os dois estão bem.
__ Eu e Cliff vamos dormir, está frio aqui.__ disse Mag e se abraçou quando um vento frio sacudiu as árvores.__ E a julgar pelo tempo, acho que irá chover a noite toda.
__ Também ouvi falar sobre uma tempestade hoje mais cedo quando paramos naquela loja.__ disse Leroy.__ Eu vou fazer algo pra gente comer. Você quer algo amor?
__ Um pouco de chá.__ disse Sunny e sorriu quando Cliff pegou Mag em seu colo e entrou na cabana.
Abrindo caminho para seu irmão passar Leroy piscou em sua direção e ela sorriu quando ele saiu. Sozinha, ela respirou profunfante e se abraçou sentada a poltrona.
Um arrepio a fez tremer e ela olhou em direção a floresta, estava escuro lá fora, a única luz era a da lua que pouco iluminava o caminho entre as árvores, uma coruja pousou no falho de uma árvore.
O som de algo pisando sobre as folhas secas fez com que ela iluminasse o local com uma lanterna, o som era causado por um servo pequeno que caminhava ao lado de sua mãe e se assustou ao ve-la.
Leroy havia dito que era comum animais selvagens aparecem próximo da cabana, afinal aquilo era uma floresta.
Desligando a lanterna ela sentiu outro arrepio e se ergueu ao ouvir algo parecido com uma respiração ofegante, sentia que era observada, seu coração acelerou e ela tremeu.
__ Não é nada, são somente os cervos.__ disse ela ao andar de costas.__ Não tem nada lá...
__ O que tá fazendo?
A voz preocupada de Leroy a pegou de surpresa fazendo com que ela gritasse e soltasse a lanterna, com a mão trêmula sobre o peito, o coração acelerado, tentou sorrir mais sua expressão de medo era evidente.
__ Você me assustou... __ disse ela e tremeu quando o vento frio arrastou algumas folhas até a entrada da cabana.__ Pensei ter ouvido algo se aproximando mais eram apenas os Cervos.
__ Medrozinha. __ disse ele e a abraçou beijou sua testa e depois pegou a lanterna, iluminou o local.__ Não tem nada, e seu grito fez com os Cervos corressem.
__ É você tem razão.__ disse ela e engoliu em seco.__ E o chá?
__ Está pronto, é melhor entrarmos logo.__ disse ele e inspirou profunfante. Estava cansado da viagem.__ O chá vai esfriar.
Olhando uma última vez para a floresta ela se abraçou e entrou na casa seguido dele.
🔪🔪🔪🔪
O homem com uma máscara suja de sangue e um machado afiado observou a sombra de um casal dentro de uma cabana de acampamento e começou a caminhar, os passos lentos, o olhar frio e cruel, os dois estavam tão entretidos que não viram quando ele desferiu um golpe certeiro.
O grito fino e alto da jovem ecoou pela floresta, o rosto sujo do sangue do namorado que agora jazia morto a seus pés com o machado enfiado em sua cabeça. Correu, gritando cada vez mais alto enquanto ele a perseguia.
🔪🔪🔪🔪
O som de algo batendo fez com que Sunny acordasse e olhasse a sua volta, estava tudo escuro acendeu o abajur e tremeu, ao seu lado seu Leo se moveu sobre a cama, inspirando profundamente ela se ergueu, conferiu a hora no relógio, faltava apenas uma hora para o amanhecer, caminhou ate a porta do quarto e abriu ao ouvir o barulho de passos no corredor, iluminou o local e soltou a respiração.
O som das batidas vinha da sala, talvez Leroy houvesse esquecido alguma janela aberta, ascendeu as luzes da sala e suspirou irritada ao notar a porta aberta, o vento fazia com que ela batesse, irritada ela fechou-a e por precaução colocou uma poltrona encostada na prota como suporte caso o vento aumentasse.
Sozinhos ali no meio da floresta e com a forte chuva que caía lá fora estavam sozinhos e sem nenhum sinal de comunicação.
Estava prestes a apagar as luzes quando notou duas mochilas em um canto da sala, ambas estavam molhadas da água da chuva, havia passos de pegadas com terra molhada em direção a cozinha.
A julgar pelas pegadas elas eram recentes e ainda estavam frescas, seguiu os passadas até a cozinha e engoliu em seco quando algo gelado tocou seu ombro, fechou os olhos.
__ O que houve parece que viu um fantasma?__ era apenas Mag, soltando a respiração ela encarou a garota.
Com certeza ela tinha acordado devido ao barulho da porta batendo.
__ Acho que Paul e Candy retornaram e saíram novamente.__ disse ela e iluminou a cozinha, as marcas de pegadas terminavam próximo ao balcão.__ Deixaram uma bagunça na sala. E tem pegadas de lama por toda parte.
__ Vou avisar Clif e Leroy. Enquanto isso que tal dá uma olhada lá fora ?__ disse a ruiva ao acender a luz do abajur da sala.__ Talvez os dois estejam lá fora.
__ É eu vou fazer isso.__ disse ela e sentiu um arrepio, olhou uma última vez para as pegadas e saiu.
Do lado de fora a chuva forte havia derrubado alguns galhos de árvore e apagado a pegada dos Cervos, haviam pegadas de botas ao redor da cabana e do carro, mais achara estranho o fato das pegadas serem somente de uma pessoa só.
Não havia pegadas de botas pequenas como as de uma garota, as pegadas seguiam em direção a uma trilha.
__ Encontrou alguma coisa ?__ a voz de Leroy a trouxe de volta e ela iluminou em direção ao carro.
Caminhou apressadamente até ele e parou ofegante, estava frio, lama inundava seus sapatos, sentiu um arrepio e olhou em direção a trilha.
__ Não, somente pegadas de uma única pessoa.__ disse ela e vestiu um casaco. __ Terminam na trilha que leva ao lago.
__ Revistamos as coisas de Paul e Candy, mais não encontramos nada.__ disse Cliff. Atrás dele Mag esfregava as mãos trêmulas. __ Eles ainda tem quase toda a comida que trouxeram.
__ Olhei no quarto dos dois, mais não encontrei nenhuma pegada.__ disse Mag.__ Por que será que não chamaram a gente?
__ Eu não sei, mais sinto que alguma coisa não está certa aqui.__ disse Leroy, e iluminou na direção do carro, a porta estava aberta.__ Vejam tem lama nos carros também.
__ Revistaram tudo, estou começando a ficar preocupado.__ disse Cliff e abriu o capô do carro e soltou um palavrão.__ Alguém cortou as correias de ventoinhas.
__ Que droga... Paul seu desgraçado isso não tem graça.__ disse Leroy e fechou o capô do carro irritado.
__ Candy, aparece isso não tem graça você sabe disso.__ gritou Mag enquanto caminhava em direção aos galhos de árvore.__ Candy... Ah meu Deus...
Sunny ouviu a ruiva dizer e se afastar aos gritos, tropeçou em um galho de árvore e cobriu a boca, lágrimas rolavam em sua face enquanto ela apontava a luz da lanterna para algo, e quando se aproximou ao lado de Leroy e Cliff, Sunny tapou a boca e virou a cara para o lado.
A luz da lanterna iluminava um dedo humano e marcas sangue em uma árvore, abraçando a garota apavorada Cliff ajudou-a á se erguer e a pegou no colo, afastando-se também Sunny caminhou até a cabana e se abraçou.
__ Cliff de quem é aquele dedo ? E aquele sangue ? __ perguntava Mag apavorada, as mãos trêmulas, o rosto sujo de lama.
__ Eu não sei, amor fica calma por favor. Leroy temos que consertar o carro veja se tem uma corrente reserva.__ gritou Cliff.__ Sunny tente acha algum sinal de rede ao redor da cabana.
__ Está certo... __ disse ela, e pegou o celular.
__ Não tem nada nas mochilas, também não encontrei nada no porta malas.__ gritou Leroy. __ Vou olhar na dispensar atrás da cabana.
Andando sem direção sempre atenta a tela do celular Sunny sentiu um arrepio e parou, tinha se afastado de Leroy e os outros, estava agora nos fundos da cabana, engoliu em seco ao encarar o chão, haviam mais pegadas que terminavam na floresta próximo a uma pequena dispensa.
Haviam pegadas próximas a porta de madeira também e manchas de sangue, engoliu em seco e empurrou a porta.
__ Candy ? Paul ?__ chamou ela e engoliu em seco, iluminou o local escuro com o celular e tremeu.__ Candy... Paul...
__ Encontrou algum sinal ?__ ouviu Leroy perguntar e se virou.
__ Não. Somente pegadas e manchas de sangue.__ disse ela quando ele adentrou a dispensa. O lugar estava bagunçado, como se alguém houvesse vasculhado tudo.__ Do que você precisa?
__ Uma correia de ventoinha.__ disse ele enquanto vasculhava os objetos em caixotes de madeira.__ Mais que droga, não tem nada aqui também. Vamos voltar para a cabana.
__ E Mag, como está? Algum sinal de Paul e Candy?__ perguntou ela enquanto ao sair da dispensa.__ O que vamos fazer? De quem era aquele dedo ? e o sangue? Leroy eu estou com medo.
__ Eu não sei mais o que está acontecendo, eu pensei até mesmo que fosse uma peça pregada por Paul e Candy mais aquele dedo é real.__ disse Leroy e suspirou.
__ As pegadas levam a floresta. __ disse ela e apontou em direção a trilha.
__ Pessoal alguém cortou os fios e quebrou o gerador de energia da cabana.__ disse Cliff.
__ Não tem sinal? Encontraram algo?__ perguntou Mag e se ergueu.
__ Não.
Disse Sunny e Leroy a abraçou, e entrou na cabana ao lado dele e dos outros. Faltava apenas algumas horas para o clarear do dia. Depois de um banho rápido ela tentou se acalmar juntamente com os outros.
Mag era a mais impactada, a garota estava histérica e apavorada, talvez por que tivesse medo de sangue, mais ela sabia bem lá no fundo que era por causa da imagem do dedo humano em sua mente.
De acordo com Leroy, aquilo não era uma brincadeira, tanto o dedo quando o sangue eram reais. Se perguntou de quem seria o dedo. Se seus amigos estavam bem.
Cansada ela acabou cochilando e acordando horas depois com os passos apressados de seus amigos e Leroy, os dois haviam criado um plano de sair a procura de Paul e Candy, enquanto Cliff e Mag iriam até a cidade mais próxima em busca de ajuda e da polícia.
__ Você está bem ? __ perguntou ela a Mag que enxugou as lágrimas e tentou sorrir.__ Vai ficar tudo bem, a gente vai encontrar o Paul e a Candy.
__ Assim que encontrarem os dois voltem para a cabana.__ disse Cliff e entregou uma mochila a Mag. __ Se encontrarem mais alguma coisa como aquilo lá fora se afastem.
__ Eu não espero não encontrar mais nada.__ disse Mag e Sunny a abraçou.__ Tomem cuidado vocês dois.
__ Pode deixar. __ disse ela quando os dois saíram. Observou-os caminhar em direção a trilha e suspirou.__ Bem, vamos tentar encontrar nossos amigos.
__ É vamos nessa.
Disse Leroy e ela o abraçou, pegou sua mochila e engoliu em seco quando um calafrio a atingiu. Sentia que algo ruim estava prestes a acontecer.
🏹🏹🏹
Duas horas haviam se passado desde que Cliff e Mag haviam deixado seus amigos, Mag estava exausta e assustada enquanto se afastavam cada vez da trilha que levava a cabana, mais algumas horas e chegariam a cidade mais próxima.
Sabia desde o início que não deveria ter desaparecido seus pais e acompanhado Leroy até aquela cabana, deveria ter ouviu Mag e ficado em casa. Ela assim como ele também não queriam está ali.
O que tinham visto horas antes era real, o sangue, o dedo, e a julgar pela unha bem feita era de uma mulher, se perguntou de quem poderia ser. Se seria de Candy, e Paul, onde estaria seu melhor amigo agora.
Tinha a esperança de que os dois estivessem na cidade mais próxima. Que era pra onde planejava ir agora.
__ Estamos perto da Ponte que leva ao outro lado do rio.__ disse ele e Mag parou atrás dele.
__ Ah que droga...__ disse ela e colocou as mãos na cabeça.__ Que merda.
A ponte não havia sido arrastada pela enxurrada provocada pela chuva forte da madrugada, o rio também havia subido e se tornava difícil de atravessar nadando, mesmo que tentassem atravessar a água forte os arrastaria.
Estavam presos naquele lugar. Abraçando sua namorada ele suspirou.
__ E agora?__ perguntou ela desesperada.
__ Vamos voltar para a cabana.
Disse ele e se afastou dela, pegou sua mochila e engoliu em seco ao notar as marcas de sangue próximo a uma árvore caida. Deu um passo para trás e se virou.
__ Cliff...__ disse ela e ele sentiu o coração acelerar ao encarar Mag.
Sangue saia de sua boca e nariz, enquanto ela respirava ofegante, deu um passo a frente e gemeu, então algo atingiu suas cotas e ela caiu de joelhos.
__ Mag...
Gritou e caiu no chão assustado quando uma nova flecha a acertou atravessando sua garganta, caindo no chão ele rastejou até seu corpo e a pegou nos braços, enquanto gritava apavorado, sangue inundava suas roupas enquanto a chamava.
__ Mag...
Uma nova flecha foi disparada de algum lugar e o acertou no braço, olhando para os lados ele começou a correr em direção a trilha, deixando o corpo da namorada para trás.
Gritando ele gemeu quando uma flecha atingiu sua panturrilha, entrou na trilha se areia, a lama grudando em seus sapatos, corria o mais rápido possível.
Não conseguia ver o que ou quem disparava as flechas, se escondeu atrás de uma árvore, a respiração ofegante, ouviu o barulho de passos e voltou a correr, sabia que estava sendo seguido, era como se estivesse sendo caçado.
Depois do que havia acontecido a sua namorada, dificilmente acreditava que Paul e os outros estivessem bem.
Lágrimas molhavam sua face enquanto corria, entrou na floresta, o coração acelerado, o corpo trêmulo de medo.
🌳🌳🌳🌳
__ Olha é o carro do Paul. __ disse Sunny e correu em direção ao veículo estacionado próximo ao lago.
Atrás dela Leroy gritava pedindo para que tomasse cuidado, o local estava lamacento devido a chuva e as folhas das árvores. Ofegante ela parou de repente ao notar os restos de uma fogueira.
__ A porta não abre.__ ela ouviu Leroy dizer ao tentar abrir a porta do carro.__ Acho que talvez os dois tenham levado a chave.
Soltando um suspiro cansado ela emgoilu em seco ao notar os pneus murchos do carro. Estavam secos e haviam uma faca enfiada em um dos pneus dianteiros.
__ E mesmo que tivéssemos a chave não iria funcionar.__ disse ela ao apontar para o pneu.__ A julgar pela fogueira eles montaram acampamento aqui.
__ Droga, espero que meu irmão e Mag tenham tido mais sorte que a gente.__ disse Leroy ao arrancar a faca do pneu.__ Essa coisa parece tirada daqueles filmes de caça a animais.
__ Isso é uma catana, acho que pode ser útil.__ disse ela e olhou para o lado ao ouvir o barulho de passos e galhos quebrando. __ Tem alguém vindo...
Assustada ela se afastou até o carro enquanto Leroy apontava o facão na direção dos sons, o que quer que estivesse vindo era rápido. Atrás dele Sunny olhava para os lados assustada e trêmula.
__ Leo... Sunny...
Ela ouviu alguém gritar e segurou o ombro de Leroy. A voz repleta de medo e desespero era a de Cliff, ele não estava tão longe concluiu ela e olhou em direção as árvores e cobriu a boca com as mãos.
Havia marcas de sangue em uma árvore, marcas uma mão. Estava prestes a gritar quando Cliff irrompeu de uma moita, havia sangue em suas roupas rasgadas. Mancava de umas das pernas onde havia uma flecha quebrada enfiada em sua panturrilha, uma flecha também estava enfiada em seu ombro.
__ Leo... A Mag...__ disse ele quando Leroy o segurou antes que ele caísse no chão.__ a Mag...
__ O que houve com Mag? O que aconteceu Cliff?__ perguntava Leroy enquanto o irmão mais novo sangrava em vários pontos do corpo.__ Cliff...
__ A Mag, morreu... Acho que Paul e Candy também.__ disse ele enquanto respirava ofegante. Estava pálido, tinha perco muito sangue, e seus ferimentos eram graves.__ Leo... Me perdoe...
__ Não se esforce, a gente vai sair daqui Cliff...__ disse Sunny enquanto chorava, as mãos trêmulas e nervosas segurando as do garoto.__ Você viu quem fez isso...
Antes que ele pudesse responder ela ouviu o som de algo sendo disparado, então um objeto passou por ela rapidamente e atingiu o olho de Cliff, fazendo com que ela e Leroy gritassem e se afastassem do corpo.
Em pânico ela observou uma flecha enfiada no olho de Cliff, sentiu o coração cada vez mais acelerado, as mãos de Leroy a ergueram do chão e seus pés se moveram, corria sem destino, lágrimas turvando sua visão.
Depois de horas correndo, as vezes parando atrás de árvores para respirar ela voltou a realidade ao perceber que Leroy estava machucado em uma das mãos, um pedaço de pano estava amarrado envolta de sua cintura, segundo ele, tinha sido acertado por uma flecha em uma das mãos, mais olhando agora, o ferimento em sua mão não era tão grave quanto o ferimento em suas costas.
__ Leo... Leo... O que está acontecendo ? Eu quero ir pra casa.__ disse ela quando Leo a abraçou apertado.__ Eu não quero morrer... Como os outros.
__ Shi... Shi... Vai ficar tudo bem. Nos vamos sair daqui.__ disse ele, estavam escondidos no alto de uma árvore.__ amanhã, quando amanhecer vamos sair daqui, encontrar a cidade mais próxima e ir...
Interrompendo-o bruscamente ela prendeu a respiração e apontou para baixo, havia pelo menos duas pessoas segurando tocha, ambos armados com arco e flecha e um machado enquanto arrastavam o corpo de Mag e Cliff.
Quando Cliff fora morto não vira quem havia atirado a flecha, se perguntou como os outros haviam morrido, e por que aquelas pessoas faziam aquilo, quem eram. E talvez nunca saberia.
Observou os dois se afastando cada vez mais e soltou a respiração, afastou sua mão da boca de Leroy e o abraçou. Aquelas pessoas eram assassinos insanos, psicopatas que gostavam de matar. A julgar pela forma como se comunicavam eram mudos, mais pareciam entender uns ao outro.
Se perguntou se haviam mais pessoas como eles, se haviam matado outras pessoas que entraram naquela floresta.
__ Eram...__ perguntou ela e Leo acenou que sim, embora ela estivesse triste, ele era o mais arrasado ali. Tinha perco seu irmão e seus melhores amigos.__ Estou tão cansada, só quero ir pra casa.
__ Eu também, acho que estamos longe da cabana e da cidade também.__ disse ele e apertou firmemente sua mão.__ Quando sairmos daqui nunca mais irei pisar em uma floresta.
Em silêncio ela fechou os olhos e suspirou, estava exausta, o coração ainda acelerado, o corpo trêmulo, mesmo que tentasse não iria se acalmar.
__ Leroy, se sairmos daqui, eu aceito me casar com você.__ disse ela e ele sorriu antes de beija-la.__ Eu irei a qualquer lugar com você Leo...
__ Nos sairemos... Nos...
Sentindo algo escorrer e molhar sua perna ela se afastou de Leo e tocou seu rosto e sentiu o coração acelerar, seu rosto estava frio, e mesmo sobre a fraca luz da lua podia notar sua palidez.
Sangue escorria do ferimento nas costas de Leroy, seu ferimento era realmente grave, uma das flechas havia perfurado um de seus rins, ele tinha aguentado a dor e estancado o sangramento todo aquele tempo em que fugiam.
Sentindo as lágrimas turvarem sua visão ela o abraçou ainda mais forte enquanto chorava, beijou sua testa e gritou ao notar que seus batimentos cardíacos haviam parado.
Ouviu passos apressados pisando sobre as folhas, os assassinos haviam ouvido seus gritos e retornado, uma flecha raspou em seu rosto e ela soltou o corpo de Leo.
__ Eu sinto muito Leo... Eu te amo.
Disse ela antes de passar para o outro lado da árvore, segurou em um galho e prendeu a respiração quando o corpo de Leo caiu em direção ao chão, se chocando contra os galhos da árvore, ouviu o som do corpo tocar o chão e os gritos eufóricos e contentes dos assassinos.
Se pudesse voltar a cabana talvez conseguisse religar os geradores de energia e ligar para a policia, mais era perigoso, estava cansada demais para correr caso fosse vista pelos assassinos.
Quando os dois homens se afastaram arrastando o corpo de Leo, ela enxugou as lágrimas e tremeu.
Desceu com cuidado da árvore e correu pelo floresta escura, a respiração ofegante, o coração acelerado, o corpo trêmulo.
Não sabia a qual direção ir, queria se afastar dali, ouviu o som da água, havia uma cachoeira por perto, e as trilhas com estradas de terra, se conseguisse nada até o outro lado conseguiria ajuda talvez.
Parando para descansar ela enconstou-se em uma árvore e soltou a respiração ofegante, enxugou as lágrimas e deu um passo a frente, estava prestes a voltar a correr quando algo a atingiu na cabeça, ouviu o som de passos e depois tudo escureceu.
🏹🏹🏹
__ Socorro...
Os gritos fizeram com que Sunny despertasse, a luz do sol entrando por brecha da janela quebrada fez com que gemesse, ao seu lado uma garota gritava perto do corpo de um garoto, o corpo havia sido cortado ao meio, os órgãos internos retirados estavam espalhados sobre uma mesa.
Com as mãos presas e amarradas para trás Sunny tentou gritar mais sua boca estava colada, estava largada próxima a uma serra de corta madeira.
Do outro lado da sala os dois assassinos dormiam sobre camas improvisadas com pedaços de pano, o corpo de Leo estava largado próximo a um deles, os olhos haviam sido arrancados, acima dele na parede uma espécie de árvore decorativa estava sendo decorada com orelhas e dedos aprodecidos.
__ Alguém... Socorro...
__ Socorro.... Socorro
Uma voz rude e grossa ecoou pelo quarto quando uma mulher velha e com rosto sujo abriu uma porta e se arrastou até a garota, mancando de uma perna. Não eram apenas dois assassinos, eram três, era uma família.
Deviam habitar aquela região a algum tempo, nem mesmo Leroy fora capaz de explicar sobre aqueles assassinos, e nem mesmo ela havia ouvido falar sobre algo.
Uma maldita família de canibais assassinos e doentios, a velha mastigava um dedo enquanto retalhava os órgãos sobre a mesa e os colocava em vasilhas.
Diferente dos outros ela podia falar normalmente, imitava os gritos e súplicas da garota, que acabou acordando os dois assassinos.
__ Só sabe implorar... Calem ela.
Disse ela e o assassino mais jovem pegou uma faca sobre a mesa e caminhou em direção a garota que fixou em silêncio. Virando o rosto para o lado Sunny tremeu e gritou quando o homem mais velho tocou seu rosto e depois apertou um de seus seios.
Pegou uma espécie de colar feito com unhas e colocou em seu pescoço, enquanto ela se debatia. Empurrando os lábios com a língua por dentro ela conseguiu descolar sua boca e chorou.
Esperou que a velha saísse e os dois voltassem a dormir e olhou para a garota.
__ Você... Você pode me ouvir?__ perguntou ela, a voz trêmula e assustada, a garota acenou que sim.__ Pode andar e correr não é?
__ Sim... Mais se sairmos vamos morrer, eles mataram meu namorado, nosso carro quebrou...__ ela interrompeu quando um dos assassinos se moveu.__ Eu vi quando trouxeram seus amigos um a um...
__ Eles mataram meu namorado e seus amigos.__ disse Sunny e ouviu o barulho de passos.__ Você sabe onde estamos?
__ Embaixo de uma espécie de cabana.__ disse ela e ficou em silêncio quando a velha gritou acordando seus companheiros que correram em sua direção __ Mesmo que a gente consiga sair, eles são três, não dá pra fugir.
__ Eu não vou ser retalhada ao meio...__ disse Sunny ao olhar para os lados, haviam machados e facas nas paredes, o arco e flecha de um dos assassinos estava próximo ao corpo de Leo.__ Eu vou tirar a gente daqui mais preciso de ajuda, ok.
Se erguendo um pouco ela olhou para trás e colocou as amarras sobre a serra e começou a se mover, tinha decidido que não iria morrer ali, não iria ser comida por aqueles loucos, quando saísse dali iria pedir ajuda, traria a polícia e recuperaria o corpo de Leo e seus amigos.
__ Ótimo...__ sussurrou ela quando sentiu as amarras em seus pulsos se romperem.__ Eu vou soltar você, você sabe como sair não é?
__ Eu lembro que tem uma passagem que leva pra cima, mais é pequena.__ disse a garota e olhou para o lado.__ Mas tem que ser rápido. Como você se chama ? Eu sou Deina Ferguson.
__ Colede, Sunny Colede, faremos o seguinte, eu vou soltar você, vamos acabar com esses desgraçados.__ disse Sunny e pegou uma faca, colocou-a dentro da calça, depois correu até a garota e a soltou.__ Vamos queimar esses desgraçados vivos.
Ouvindo os passos da velha ela voltou para seu lugar e colocou as mãos para trás, a velha era a mais fácil de se derrubar, ela não iria muito longe com sua perna mancando, quanto aos dois homens, um também mancava da perna e o outro tinha um dos olhos faltando.
Mais ambos eram rapidos, quando a velha entrou na sala e pegou o corpo de Leo e o arrastou até a mesa ela fechou os olhos quando a mulher pegou uma faca e abriu a barriga dele.
Sentindo seu coração acelerar ela se ergueu e pegou o machado e gritou antes de atingir s velha na cabeça, o machado perfurou seu crânio, partindo-o no meio, soltou a respiração ofegante e pegou uma faca grande sobre a mesa.
Aliviada e em silêncio Deina pegou uma faca e uma machado pequeno e se escondeu próximo a porta. Entrando na sala os dois assassinos gritaram eufóricos e correram em direção ao corpo da velha, gritando e se comunicando entre si.
__ Mastiga isso seu desgraçado.__ disse Deina ao atingir a cabeça do mais baixo com o machado.__ Isso é por David.
Com raiva e escumando pelos cantos da boca o mais alto tirou o machado da cabeça da velha e tentou atingir Deina que desviou e o machado acertou a borda da mesa.
__ Isso é por Leo e os outros seu desgraçado.
Disse Sunny antes de atingir uma das pernas do homem com um dos machados, enfiou uma faca em um de seus olhos e gritou antes de sair correndo.
Fechou a porta e arrastou uma mesa e bloqueou a passagem enquanto o homem tentava abrir a porta.
__ Vamos, estamos sem tempo, ele é forte e vai derrubar a porta.__ disse Deina e correu.__ Me siga.
Correndo atrás dela Sunny ouviu o barulho da porta sendo arrebentada, virou em uma espécie de corredor com paredes e chão de terra, o teto iluminado por lampiões acessos, escorregou em algo e gritou ao cair sobre um corpo, era o corpo de Paul.
Segurando a mão de Deina, ela se ergueu e voltou a correr, atrás dela os passos do assassino se tornavam cada vez mais próximos. Parando próximo a um buraco na parede na parede ela soltou a respiração ofegante.
__ Eles fecharam o buraco.__ disse Deina e socou a parede irritada, começou a chorar e a gritar.
__ Droga... Droga...__ disse Sunny, socou a parede.__ O que faremos?
__ Tem uma porta.__ disse Deina e fechou os olhos.__ Uma porta que leva pra cima, eu tentei uma vez mais fui pega, mais temos que voltar... Cuidado.
Desviando de uma faca Sunny gritou quando o assassino tentou mata-la e o chutou entre as pernas, atingindo-o novamente Deina segurou em sua mão e começaram a correr.
Evitando olhar para o corpo de Paul, Sunny virou em outro corredor e jogou um dos lampiões da parede no chão, o lugar cheirava a gasolina, se incendiasse o local teria mais tempo até encontrar a saída.
__ Estamos perto...
Disse Deina e Sunny a viu parar e gritar quando uma flecha atingiu sua perna. O assassino estava parado do outro lado do fogo que começava a se alastrar.
__ Aonde é a saída?__ disse Sunny ao ajudar Deina a se erguer. __ Vamos... Não vou te deixar para trás.
__ Eu não vou conseguir.__ disse Deina e gemeu quando uma segunda flecha atingiu sua barriga.__ Fuja e procure a residência Ferguson em Los Angeles, diga...
Ela não pode terminar o que quer fosse dizer, se afastando Sunny gritou quando o assassino enfiou uma faca na cabeça da garota e veio em sua direção, erguendo-se para correr ele a segurou pelo pé fazendo com que caísse.
Gritando ela o chutou quando ele a arrastou em sua direção, gritando e sentindo o fogo esquentar o lugar ela pegou a faca em sua calça e tentou enfiar na garganta dele, mais ele fora mais rápido e a jogou contra a parede.
Sentindo sua cabeça doer e um ferimento em sua testa sangrar ela mordeu a parte interna da boca e se ergueu no momento em que o assassino avançou, gritando eufórica ela o derrubou com uma rasteira e depois o chutou no rosto, pegou o machado que ele deixara cair e atingiu uma das mãos dele.
__ Hey desgraçado você gosta de machados não é?__ perguntou ela e antes que ele pudesse pegar a faca que ela deixará cair no chão ela sorriu e cuspiu ao pisar em uma de suas mãos.__ Tá aqui o seu machado.
Disse ela antes de gritar e com um único golpe atingir a cabeça do assassino que se debateu e gritou enquanto ela desferia os golpes, gritando e chorando.
Soltando o machado ela correu quando o fofo começou a se alastrar ainda mais, não olhou para trás, apenas continuou correndo pelos corredores, parou enfrente a uma porta e a abriu.
A porta dava acesso a uma espécie de porão por onde passava a luz do sol, sentiu o cheiro do fogo queimar os corpos, fechou os olhos e começou a empurrar a porta do sótão, continuou empurrando até conseguir forçar a saída.
Saiu para fora e notou a fumaça do fogo que em breve iria queimar toda a casa velha e abandonada, respirando ofegante ela observou uma trilha de estrada de terra e começou a correr.
Não muito longe de onde estava, depois de horas correndo e exausta ela ouviu o som de uma sirene, lágrimas turvaram sua visão ao ouvir o som de pessoas conversando.
Tinha corrido a noite na chuva forte, e na manhã seguinte em direção a estrada, não iria parar por nada até encontrar ajuda. As roupas rasgadas, o corte em sua perna sangrando devido aos movimentos.
Seu corpo estava no automático, gritos ecoavam em sua mente. Saiu de dentro da floresta e parou ao notar um carro de polícia parado próximo a rodovia. Sorriu quando um policial veio em sua direção.
__ Como você se chama ?
__ Sunny Colede.
Disse ela e fechou os olhos, horas depois ouviu o barulho de mais sirenes, então apagou.
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O escritório do xerife kraden parecia uma verdadeira bagunça quando um policial entrou acompanhado por um homem mais velho e com roupas sujas, o cabelo sujo assim como o bigode mal feito.
__ Senhor, esse homem encontrou os corpos descritos por Sunny Colede.
Disse o policial e o xerife se ergueu, pegou seu distintivo e encarou o velho que sorriu friamente.
__ Nos leve até lá.
......
Fim
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