Capítulo Um - Agust D
Oie ツ
Vim aqui postar mais uma fanfic com esse projeto incrível PurpleGalaxy_Project lindo 💜
Ok, vamos ser sinceros armys, quando lançou o mv de Haegeum, quem não pensou em ler uma fanfic onde o yoongi policial e o criminoso tinham um caso...👀👀 Eu pelo menos, então tive uma ideia pra uma fic, não foca no romance, mas eu espero que gostem s2
Aqui vai os créditos as pessoinhas maravilhosas que me ajudaram nessa fanfic:
Escrito por: @amanddyh (eu mesma kk)
Co-Autor: PurpleGalaxy_Project
Avaliação por: LoloMochiS2
Betagem por: Cevemo
Design por: angellen_
Trailer por: parkning
Deem uma olhadinha no trailer incrível antes de ler a fanfic se preferirem😎
E também confiram as fanfics no perfil do projeto no spirit fanfics para apoiar o projeto 💜
Boa leitura 💜
Que completa perda de tempo - Era o que passava pelos pensamentos do detetive Min Yoongi, enquanto procurava seu maço de cigarros em um dos bolsos do sobretudo preto e de couro característico da imagem do detetive.
Acendeu o cigarro, tragando e soltando a fumaça, aliviando sua tensão de minutos atrás. Pura frustração, olhou no relógio de pulso constando o horário que se aproximava da uma da manhã. Tantos meses de busca e noites mal dormidas, vivendo à base de café extraforte para no final se deparar com este desfecho ridículo, na sua visão.
- Quinto andar, ala oeste, apartamento 306. Venham logo - falou próximo ao walkie-talkie, desligando o aparelho e não esperando resposta alguma.
Enquanto o cigarro o esquentava na noite fria, o detetive se aproximou do corpo a passos rápidos, com a lanterna em uma das mãos. Haviam se passado seis meses que a divisão 2 de crimes violentos do departamento de polícia de Nova Iorque estava buscando o criminoso Robert Miller, o último procurado da gangue Venom Vipers que cometeu inúmeros crimes desde 2013, e com Min Yoongi passando dias e noites cada vez mais próximo de prender Robert e levá-lo a julgamento como fez com os outros 5 parceiros de Robert, lá estava o desfecho daqueles inúmeros meses de trabalho duro.
Robert havia atirado na própria cabeça com um simples revólver calibre 22.
Se aproximando, a luz da lanterna do detetive Min iluminava o sangue se espalhando pelo chão de concreto do prédio abandonado Elysium Hight na avenida Empire Grand Avenue. Antes de se deparar com a cena frustrante, ele havia ouvido um tiro alto quando estava apenas no andar de baixo, vasculhando. Várias coisas inundaram sua mente com apenas um barulho de um disparo, aquele maldito dia, mas não era a hora de se martirizar por erros do passado, na verdade, o detetive Min acreditava fielmente que os poucos minutos que divagou sobre seu passado o fizeram perder a chance de capturar Robert com vida. Se tivesse sido mais rápido, se tivesse apenas corrido mais rápido, se tivesse sido mais esperto... muitos "e ses" vagam pela sua mente.
Não era preciso sequer checar o pulso para saber a veracidade, o buraco enorme na parte de trás da cabeça de Robert, permitindo que o sangue vaze facilmente e que pedaços nojentos do cérebro possam ser vistos com clareza, denunciam a sua morte.
- Filho da puta - sussurrou, se agachando perto do corpo do criminoso, Min se agachou próximo do corpo, lutando contra a sua curiosidade de virar o corpo para cima e ver o rosto sem vida daquele cafajeste, mas se conteve seguindo a legislação e sua profissão.
Ouviu passos se aproximando mais e mais até que a equipe que veio com ele se mostrasse na porta do apartamento.
- Você atirou nele? - perguntou JK, seu parceiro na divisão, quando o Min se aproximou dele.
- Quem me dera - lamentou com deboche, soltando a fumaça. Olhou para o corpo mais uma vez, vendo o resto da equipe fazer o que deveriam fazer.
- Longa noite, não é?
- Nem me fale... Depois que terminar o serviço, me mande uma mensagem, preciso dormir. - Min sai andando em direção a porta do apartamento abandonado, ansiando por uma boa noite de sono. O desgraçado estava morto, um caso a menos para o deixar acordado, mas também um caso a menos sem sucesso na sua carreira para ajudá-lo a ser promovido.
A dor de cabeça e as dores nas costas de alguma forma o ajudaram a não fechar os olhos sonolentos na estrada enquanto dirigia até seu apartamento, havia feito um recado mental necessitando de um remédio. Um caso a menos nas suas costas, aliviava a tensão em seu corpo, finalmente poderia se dar ao prazer de ter uma noite de sono digna, nem se recordava da última vez que dormiu bem, um dos fardos da sua profissão.
Deitou a cabeça no travesseiro, se recordando das cenas anteriores, seus pensamentos o manteriam acordado por mais alguns minutos, tantos coisa passava pela sua cabeça mantendo-o ainda consciente, e aquela merda de barulho de tiro em seus ouvidos não o deixava em paz, deveria fazer alguma coisa sobre isso, mas depois.
O toque alto do celular fez o Min acordar no susto de um pesadelo enigmático, aquele maldito dia. Sentia seu corpo quente e sua testa levemente suada, ótimo, dias sem dormir para quando finalmente conseguir receber o descanso que merece ser pertubardo por pesadelos. O Min tentou regular sua respiração acelerada, fechando os olhos novamente na esperança de que o toque insuportável cessasse de uma vez.
Até que em algum momento o toque parou, e o Min bocejou sonolento, ainda desejando voltar a dormir, mas aquele maldito toque voltou. Mesmo que fosse o mesmo toque de segundos atrás, estranhamente parecia mais irritante agora do que antes, fazendo o Min ceder. Que doce ilusão que ele teve por pensar que um policial consegue ter paz.
Min levantou o tronco e passou as mãos no rosto várias vezes em uma tentativa de despertar mais, mas parecia não ajudar. Se esticou até a mesa do lado da sua cama, pegando seu celular e sua falta de atenção não lhe permitiu pensar sobre o nome da chamada, apenas atendeu.
- Que horas são? - perguntou confuso, se embolando no seu raciocínio.
- O quê? Detetive Min, já passa das 10 horas da manhã e você já deveria estar na delegacia, o que está fazendo? - A voz imponente e grossa soou do outro lado da linha em um inglês quase difícil de tão rápido, despertando o Min em um susto ao ouvir o horário e principalmente quem estava o ligando.
- Delegado?! Dez horas? Escute... me desculpe a falta de modos. Eu já estou a caminho!
- Se apresse Min, você sabe que não tolero atrasos, e depois da sua reunião às dez e quinze para fechar o caso do Robert, preciso que venha à minha sala, um assunto importante o espera. Se apresse. - E a ligação foi desligada, deixando o Min mais confuso e o nervosismo em seu organismo pela seriedade da voz do seu superior o despertar de vez.
Olhou no relógio do celular, mas que infernos, já deveria estar no trabalho há três horas. E principalmente, a reunião do caso do Robert ainda teria que acontecer... e o Min percebeu que só possui 15 minutos para fazer sua rotina de manhã normal e correr para o trabalho, sua cafeteria favorita estava a mais de dez minutos da delegacia, e infelizmente seu café ficaria para depois.
Ele correu para se arrumar, pôs o sobretudo que ficava perfeito em seu corpo, e saiu com a chave do carro em mãos, em disparada ao trabalho. Quase 10 anos de carreira e nunca havia se atrasado assim, onde está a sua tão preciosa promoção que não vem logo para lhe dar sossego.
Chegando na delegacia, como o esperado do detetive Min, adentrou o prédio de rosto sério e não se importando com os simpáticos bons dias ou com as fofocas ao seu redor sobre o seu atraso.
- Finalmente detetive Min, a reunião começou há cinco minutos - debochou JK, seu parceiro, tinha que ser.
- Não enche, já estou aqui, vamos logo arquivar este caso. - Bufou irritado, pegando um dos cadernos da mesa de reuniões para analisar, se esforçando ao máximo, já que o Min estava sem seu café extraforte de sempre.
A reunião se passou arrastada, era um processo chato e padrão da burocracia, Min teve que ler e reler a investigação para dar o caso como encerrado e mandar para a sala de arquivos. Invejou seus companheiros pelo café da delegacia ser o suficiente para saciá-los, já que o paladar de Min se recusava a ingerir aquele gosto ruim novamente e ter se tornado fiel a sua cafeteria há anos.
Antes de retornar a sua sala após a reunião ter tomado quase uma hora do seu tempo, Min relembrou do aviso do delegado, chamando-o para uma conversa séria. Seria mentira se não dissesse que estava nervoso, a cada passo até aquela sala no final do corredor, mil e uma teorias passavam pela sua mente. Sem paranoia, Min, sem paranoia neste momento.
Bateu na porta, adentrando a sala após a confirmação, encontrando o delegado finalizando uma ligação enquanto possuía um charuto em sua outra mão. Seu superior o chamou próximo, oferecendo um charuto da sua caixa que ficava sobre sua mesa de madeira escura, pedido o qual Min teve que recusar.
- O caso foi finalizado com sucesso? - perguntou o delegado.
- De certo modo, o fugitivo cometeu suicídio para não ser preso, não sobrou mais suspeitas de possíveis comparsas, a gangue está atrás das grades e o caso já foi arquivado - respondeu o Min.
- Ótimo, precisamos conversar. Sem enrolação, você vai ser enviado para Seul, na Coreia do Sul, para capturar um criminoso difícil de lá. - O delegado foi curto e simples como sempre foi, assustando o Min com a informação inesperada.
- Coreia do Sul? Senhor, sem querer faltar com respeito, mas como assim? Eu estou sendo punido por algo que eu fiz? Eu sei que o caso de Robert não foi solucionado da forma que esperávamos, mas eu não deveria ser punido por isso! - Alterou a voz surpreso, não tinha nada contra sua terra natal, mas já estava em Nova Iorque há anos, lutando e lutando para ser promovido em seu cargo, para simplesmente ser despachado para longe quando estava chegando tão perto. Possui uma vida nessa cidade, seria mandado embora sem explicação? Não fazia sentido para o Min, e mudanças muitas vezes não são nada fáceis ou boas.
- Punição? Do que está falando? Essa é uma situação especial, a Coreia do Sul está a bastante tempo pedindo ajuda de outros países porque este criminoso parece ser alguém muito astuto e está dominando o quartel de drogas daquele país e de outros que estão ao redor. Ele não pode crescer, você é o melhor detetive da firma, você é perfeito para este caso, detetive Min - explicou o delegado, empurrando na mesa em direção ao Min uma pasta com algumas informações. - Você é coreano, não deve ser tão ruim assim voltar a suas origens, não é? - Olhou para ele de uma forma debochada, e a ideia real passou pela sua cabeça. Há alguns anos este tal criminoso procurado estava perturbando a Coreia, fazendo o país precisar de mais reforços, e Min se recordava de o delegado ignorar os pedidos inúmeras vezes. Todo seu trabalho duro, aqueles elogios que poderiam o deixar orgulhoso tinham uma verdade por trás, aos olhos do homem branco sentado naquela mesa de couro com a cidade aos seus pés, nunca suportou o fato de a delegacia não possuir apenas policiais brancos. Era uma clara punição. O fato de Min ser o único não americano naquela delegacia, já fazia as pessoas torcerem o nariz, ele não era igual a eles afinal. E nunca seria aos olhos dessas pessoas que sorriem na sua frente e riam às suas custas. A dor do desprezo o fazia querer procurar uma arma e atirar naquela testa do homem que tanto respeitava. Ele era diferente, nunca seria sequer pensado para casos importantes, mas seria o primeiro a ser pensado quando se deve ir para longe.
- Eu... Eu... - Min parou para pensar enquanto reformulava frases em sua mente, suas mãos pegaram aquela pasta sob a visão dos olhos negros daquele delegado, e sentia raiva de não poder protestar. A decisão já estava tomada.
- Sem mais detetive Min, você sabe como sou, esta é minha decisão. Você deve partir esta noite, a delegacia de lá cuidará de suas hospedagens, não vai ser tão difícil se estabelecer lá, e voltar para o seu povo. - O sorriso amarelo do delegado o irritou mais, aquele homem simplesmente tragou o charuto e soprou na direção do Min, sorrindo... Sorrindo.
E mais uma vez a decepção encontra sua mente, tanto trabalho duro para nada.
- Sim, senhor Wilson.
Min fechou a cara e saiu daquela sala, querendo jogar aquela pasta no fogo. Ele literalmente foi despachado para longe da sua casa. Era óbvio que ser coreano ajudava na comunicação em seu país natal, mas de tantos policiais nesta cidade ele havia sido o escolhido, quanta sorte.
- O que o delegado queria? - Seu parceiro JK se aproximou curioso, com os olhos na pasta preta que o Min carregava consigo.
- Vou ser mandado para a Coreia do Sul ainda hoje, tenho que ir.
- Espera, você vai embora do nada?! Mas, temos ainda um monte de casos, precisamos de você aqui Min, por que ele teve essa ideia do nada? - Seu parceiro JK, parecia ser a única pessoa que se importava com o Min, sempre parecia preocupado com ele, uma preocupação o que deixava tocado e sem saber como agir.
- Eu não sei, eu realmente não sei. - Adentrou no seu escritório, sentado em sua cadeira frustrado. Iria embora daquela delegacia que passou tantos anos, sua cidade, sua casa.
- Você acha que eu vou ser demitido se eu for falar com ele? - perguntou seu parceiro, perdido sem saber o que fazer.
- Vai. Olha, obrigado por se importar. Mas, é isso, eu vou embora, então só vou terminar o que tiver que fazer hoje, você vai assumir os casos agora. Volte ao trabalho. - Min tentou tirar sua mente daquele assunto, voltando ao trabalho.
- Não se atreva a sair sem se despedir. - Min riu anasalado com a "ameaça" de seu parceiro antes que ele saísse de sua sala.
O dia passou rápido demais para alguém que estava tão angustiado que deveria ir embora da cidade que tanto amava, e nem sequer teve tempo de passar na sua cafeteria, comprar seu café pela última vez e deixar uma boa gorjeta para o garçom simpático de sempre. Aguentou o drama de seu parceiro e mais alguns "boa viagem" de outros companheiros na delegacia, além de receber a passagem de apenas ida para a Coreia do Sul enviada pelo seu superior, um voo marcado para às 01:00 da manhã, quase 15 horas de voo, para o outro lado do mundo, voltando para sua terra natal, perfeito.
Mas, um único pensamento bom passou no meio de tantos que só constataram o desagrado do detetive Min de voltar ao seu país de origem, poder visitar sua mãe e seu irmão mais velho, e talvez - com certeza - levar um buquê de lírios brancos para o seu amado.
O voo foi longo, e nem acreditou quando pôs os pés no Aeroporto Internacional de Incheon depois de quase oito anos fora. Mal se recordava do ambiente, então era difícil de dizer se havia alguma mudança extrema ou não. Bem, Min Yoongi não estava ali para momentos de nostalgias ou diversão, era apenas trabalho. Com sua mala no meio do aeroporto, estava se encontrando levemente perdido. Decidiu ligar seu celular e tirar do modo avião, esperou um pouco até ver as notificações aparecerem na tela, vendo mensagens que recebeu algumas horas atrás, as quais não teve conhecimento por causa do voo.
Abriu o app de mensagens, abrindo a curta mensagem do delegado do departamento de polícia de Nova Iorque. A mensagem simples dizia:
Seu superior agora é o delegado Jung do departamento de polícia de Seul, sei que vai fazer um ótimo trabalho detetive Min.
E era só isso. Então Min decidiu ir para outro bate-papo com um número desconhecido.
Olá detetive Min, sou o policial Kim NamJoon e vou ser o encarregado de levá-lo até ao hotel mais próximo da delegacia para sua hospedagem em nome do seu antigo superior, o delegado Wilson. Estarei no aguardo da sua chegada, quando puder, por favor, responda esta mensagem quando aterrissar. Espero que possamos nos dar bem.
Simpático, pensou.
As mensagens haviam sido enviadas ao meio-dia no fuso horário de Seul, já estava se aproximando das cinco da tarde, e Min não sabia exatamente quem deveria encontrar, já que o contato não possui foto mesmo que já tivesse salvado o contato como "policial Kim NamJoon".
Já estou no aeroporto de Seul, estarei nas áreas da mesa em frente ao Cloud Cup Coffee, estou usando um conjunto de moletom cinza escuro e uma mala grande preta com detalhes em vermelho, não será difícil me reconhecer, aguardo sua presença.
Min enviou uma mensagem e se identificou para o policial para ajudá-lo na procura da sua pessoa. E saiu andando para a área que avisou, procurando uma mesa simples para se sentar, já que suas costas doíam pela viagem extensa, não conseguiu pegar no sono totalmente, apenas cochilos curtos conseguiu ter. Além de passar horas escutando uma criança birrenta chorar tirando sua atenção várias vezes da pasta sobre Agust D.
As informações não eram aprofundadas, mas era o suficiente para saber a situação deste caso. Agust D é um criminoso já bastante conhecido no mundo do crime da Coreia do Sul inteira, e seus delitos começam desde 2010 quando foi expulso de casa e foi pego inúmeras vezes por roubos a banco e posse de drogas com seus comparsas que se denominavam Haeguem, mas eles sempre conseguiam escapar, sempre. Relendo as informações Yoongi percebeu que de alguma forma Agust D parecia se divertir com a polícia. Era estranho, não sabia explicar, mas tinha a sensação que estava certo. Como se Agust D fosse uma pessoa com muito dinheiro e uma inteligência única, que tivesse convicção que poderia fazer o que quiser, e como se fugir da prisão era apenas um passatempo, fazendo a polícia de palhaço. Inúmeras vezes ele e sua gangue pegavam sentença baixas por crimes violentos e alguns de seus comparsas tinham muito dinheiro para pagar fiança, mas por algum motivo Agust D, sempre escolhia ir para prisão para uma semana depois conseguir fugir. Certamente a polícia deveria ter ficado mais alerta, mas não teria como imaginar o tanto que a gangue Haeguem ficaria poderosa e o tanto que o nome Agust D ficaria conhecido no mundo.
Min Yoongi não poderia garantir nada nesta vida, mas com toda certeza que faria se arriscaria até o impossível para colocar essa gangue de canalhas atrás das grades, a lista de crimes era imensa, roubos, tráfico e assassinatos eram os principais que completavam a ficha criminal extensa deste tal de Agust D, que para o Min, parecia um nome idiota.
- Senhor detetive Min Yoongi? - Yoongi tirou sua atenção do celular, levantando a cabeça para encontrar um homem alto de roupas sociais e um crachá de reconhecimento na mão com o nome Kim NamJoon.
- Sim, sou eu.
- Prazer em conhecê-lo, bem-vindo à Coreia. Estou aqui para levá-lo com segurança ao hotel. - O policial se curvou minimamente em respeito, quando o Min se levantou do banco, e o que quase fez com que risse foi a diferença de altura entre eles, ele era muito mais baixo.
- Ok. Qual é o nome do hotel? - perguntou curioso, seguindo o policial pelo aeroporto até o lado de fora, indo em direção a um Toyota Camry.
- Seul Grand Hotel... Então, como foi a viagem? - Policial Kim Iniciou um diálogo já que a chegada até o hotel demoraria algum tempo.
- Cansativa, apenas não dormir bem - respondeu curto, mas tentou ao máximo ser simpático, algo que não era muito do seu feitio. - Me conte mais sobre Agust D e Haeguem, por favor.
- Bem... Você poderá ver todos os dados da investigação quando for à delegacia, você começa amanhã, deve estar lá às sete horas da manhã. Eu sou novo neste caso também, fui transferido de Daegu para cá há menos de um mês, este cara é muito difícil de prender, já ouvir falar dele ainda quando estava entrando na academia de polícia, há cinco anos, pelo que percebi parece que ele tem muitos contatos com o pessoal da política e isso vai dificultar e muito a prisão dele, é o que acontece, você é quase invencível quando se tem dinheiro. - O policial Kim divagou pelo que se lembrava, mantendo a atenção na estrada, mas sentia os olhos atentos do policial sênior ao seu lado.
- Nada novo quando se fala de criminosos, 90% deles escapa de tudo quando se tem dinheiro e contatos. Você sabe se perto do hotel tem alguma loja de conveniência que venda cigarros?
- Acho que sim, quase em todo lugar vende... Parando para pensar um pouco detetive Min, sem querer insinuar nada e sem faltar com respeito claro, você até que tem uma grande semelhança com o criminoso... É só um comentário, não leve a sério. - Policial Kim riu nervoso com seu comentário, que não parava de o deixar intrigado, era estranho o quanto os dois se pareciam, e Min não gostava do fato, mas era uma curiosidade que nem o próprio Yoongi podia negar.
- Não se sinta nervoso, eu meio que concordo com você. É estranho, pelo o que eu sei, não tenho um irmão gêmeo. - O Min riu anasalado também, tentando deixar o seu então parceiro mais calmo entrando na brincadeira.
- Seria irônico serem irmãos gêmeos sendo que um é policial e o outro um criminoso. - Policial Kim comentou rindo mais ainda, o que fez o policial Min acompanhá-lo se sentindo confortável com a presença do outro, ele parecia ser um cara legal.
A conversa fluiu bem, pois a viagem foi mais longa do que o detetive Min esperava, até o Kim estacionar na frente de um hotel bem luxuoso, que o deixou surpreso com o tamanho do lugar. A estadia deveria custar o olho da cara, e ainda nem se quer havia se tocado neste fato ainda.
- Quanto é a estadia de apenas um dia nesse hotel? Ele parece ser muito caro. - O Min comentou adentrando o local, o saguão grande estava lotado de pessoas conversando alguns com malas em pé e outros sentados em poltronas de cores marrons, enquanto esperavam ou outra coisa que ele não pensou muito.
- Não se preocupe muito, seu ex superior enviou dinheiro o suficiente para sua estadia durante duas semanas aqui. Parece que ele confia muito no seu trabalho. - Foi um comentário simplista, mas não chegou bem aos ouvidos do Min, ainda estava irritado com o fato de ter sido mandado embora.
O check-in foi rápido, enquanto Min esperava o policial Kim que ia até as pessoas no balcão da recepção, reparando que o homem alto usava seu crachá de policia para abrir passagem entre as outras pessoas, e então quando conseguiu pegar a chave do quarto 508 no quinto andar, eles partiram para o elevador que fica em outro corredor.
Abrindo a porta do quarto, Min se surpreendeu mais uma vez apenas naquele dia. O quarto é grande e espaçoso com uma cama de casal e uma pequena varanda que dá uma bela vista para o resto da cidade. O quarto é absolutamente incrível. A primeira coisa que ele fez após se despedir do policial Kim que brincou um pouco sobre o quanto o quarto parecia um palácio ou algo assim, foi pegar seu notebook e ligá-lo, colocando o carregador na tomada, usando o tempo do notebook ligar completamente para averiguar seu quarto a procura de algo duvidoso, não encontrando nada, se sentiu mais aliviado. O Min ainda sentia sono e sua cabeça ainda martelava sobre o caso de Agust D, precisava saber mais e o amanhã às sete horas da manhã parecia ainda muito longe, se sentia ansioso para confrontar Agust D cara e cara e colocá-lo um belo par de algemas prateadas.
O sono enfim chegou enquanto Min se embolava naquele mar de informações, já estava ficando demais para seu cérebro processar tudo. Com o notebook em cima da mesa, seus olhos começaram a se fechar. Sentia dores no corpo por ter ficado tempo demais na mesma posição, e nem sequer havia desfeito sua mala, o que o deixava com mais preguiça ainda de fazer. Constando o horário, já passava das onze horas da noite, o céu estrelado lá fora era um sinal clara que ele precisava dar uma pausa naquilo tudo e uma bela cama de casal espaçosa e confortável chamava por Min Yoongi, com três lindos travesseiros brancos perfeitos para a cabeça do detetive. Ele desligou o notebook se rendendo ao sono, tirando apenas o tênis, só se recorda rapidamente de programar seu despertador para seis horas antes de ter se jogado na cama para uma boa noite de sono.
Foi engraçado para o Min ter conseguido acordar de bom humor e ainda não se irritar tanto com o despertador como sempre acontecia. Era apenas seis e quinze e ele já estava de pé, de banho tomado, seu cabelo molhado, com seu terno preto no corpo e o seu sobretudo de couro também preto. Procurando onde era o lugar do departamento de polícia no google, Min se animou ao saber que havia uma cafeteria bem a frente da delegacia, sentia falta de tomar café, mesmo que havia se passado apenas dois dias.
O Min conseguiu chamar um uber até a delegacia, e ainda estava adiantado no horário quando parou na frente da cafeteria Café Serenity e vendo do outro lado da rua as escadas que levavam até a entrada da delegacia, faltavam apenas vinte e cinco minutos perfeitos para tomar algo para começar o dia.
Adentrou o estabelecimento, notando alguns olhares curiosos, talvez a sua extrema beleza ou talvez pelo suas vestes pretas que chamava bastante a atenção. Pediu um café extraforte, saciando seu paladar, voltando a frente da delegacia faltando vinte minutos para o seu primeiro dia no departamento de polícia de Seul se iniciar, estava ansioso como nunca, e na sua visão, nada melhor para dar uma boa impressão do que chegar adiantado, ainda mais se apresentar formalmente ao seu superior.
Adentrando o lugar, Min se deparou com o ambiente calmo, mas não tinha muitas pessoas por ali, faltavam vinte minutos para sete horas, ainda estava muito cedo.
- Posso ajudá-lo? - Um policial de farda azul marinho quase preta se aproximou.
- Sou o detetive Min Yoongi, fui designado para cá pelo departamento de polícia de Nova Iorque. Gostaria de falar com o delegado - respondeu o mais formal que conseguiu.
- Tem distintivo que comprove a veracidade? Ou identidade senhor, por favor. - O policial pediu olhando-o desacreditado dos pés à cabeça.
- Ok, minha identificação de policial ficou em Nova Iorque, mas aqui está. - O Min pegou sua identidade, entregando o objeto ao policial que analisou rápido e devolveu.
- Só um segundo. - O policial o deixou na entrada da delegacia e voltou para dentro, levou cerca de cinco minutos que pareceram uma hora pela demora, quando o mesmo policial o chamou.
- Vou levá-lo até o delegado Jung. Me acompanhe, por favor. - O policial desconhecido chegou em Yoongi e dando as costas logo depois seguindo pela delegacia com Yoongi atrás de si, até uma porta a qual bateu.
- Pode entrar, e seja bem-vindo então. - Deu de ombros, saindo.
Min Yoongi adentrou a sala, se deparando com um senhor de idade de cabelos grisalhos entre os pretos com um rosto familiar demais para Yoongi.
- Min Yoongi, meu rapaz, quanto tempo. - O então delegado pronunciou-se animado se levantando da sua cadeira e vindo até Min, dando-lhe um abraço confortável deixando o Min surpreso, mas ainda assim retribuiu ao reconhecê-lo. Ele é o pai do ex melhor amigo e primeiro amor de Min Yoongi, jamais esqueceria aquele rosto.
- Senhor Jung, que surpresa, eu não sabia que o reencontraria depois de tanto tempo. O senhor estava em Daegu ainda quando fui para o exterior. - O Min sorriu amigável por reencontrar um rosto amigo, aquele rosto simpático do senhor que tratava-o como um filho.
- Assumi a delegacia após a renúncia do antigo delegado em 2016, meu jovem. É tão bom ver você de novo, saudável, virou um rapaz tão bonito e com uma carreira de sucesso. Eu tenho tanto orgulho de você. - O delegado amigável o levou até ao sofá em sua sala, sentando-o ali, sempre com um sorriso nos lábios que reconforta Yoongi que era inundado de memórias boas do seu passado com este senhor e com seu melhor amigo.
- Você sabia que eu estava na polícia de Nova Iorque?
- Eu estava tentando contatá-lo desde que assumi a delegacia, mas estava difícil te encontrar. Acho que viajei para o exterior uma vez, e vi você no jornal no dia que estava voltando para Coreia, mas não pude ir atrás de você. Você estava tão bonito na televisão meu filho, estou pedindo ajuda de países parceiros há um tempo, estamos perdendo muitos policiais ultimamente. Mas, que bom que escolheram você para vir. Soube de todos os seus casos solucionados, sabia que viraria um brilhante policial. - O orgulho que o delegado demonstrava ter pelo Min o deixava sem jeito e ao mesmo tempo feliz por saber que alguém ainda torcia por ele.
- Tudo graças ao senhor que me motivou desde pequeno. - Riu anasalado. - Ia ser incrível termos tempo para conversar mais senhor, mas acho que estou aqui por um objetivo maior, certo?
- Exatamente. Bem, a investigação não está aqui na minha sala, seus companheiros de equipe podem deixá-los a par de cada detalhe. Você vai trabalhar bem, confiamos em você. Vou apresentá-lo à sua divisão 1. - O delegado foi até a porta e saindo da sala com Yoongi ao seu lado, eles caminharam pela delegacia, com o delegado Jung mostrando o local para o Min conhecer seu lugar de trabalho. Até chegarem a sala da equipe 1, onde quatro pessoas estavam ao redor de uma mesa conversando alto, e todos eles pararam com a chegada do delegado, todos os olhos caíram sobre o Min Yoongi que não sabia dar conta da atenção de tanta gente.
- Policiais, este é o detetive Min Yoongi, ele fará parte desta equipe agora. Vocês precisam ser legais e colaboradores com ele, deixem-o a par de tudo da investigação, não temos tempo a perder para colocar aqueles canalhas atrás das grades, voltando ao trabalho - anunciou o delegado. - Vá lá rapaz, dê o seu melhor - encorajou o Min com um tapinha bobo nas costas e saiu voltando a sua sala.
- Bom dia a todos, prazer em conhecê-los. - Min se curvou para eles.
- Ei! você é aquele detetive de Nova Iorque, já vi reportagens sobre você também, seja bem-vindo, eu me chamo Park Jimin. - O mais baixo entre os outros rapazes veio mais próximo parecendo empolgado. - E estes são os policiais Kim SeokJin, Jeon Jungkook, Kim Taehyung e... falta alguém.
- É o policial Kim Namjoon, está atrasado de novo. - O policial que Jimin apontou sendo Kim SeokJin deu de ombros dando um gole do que quer que ele estivesse tomando em sua xícara vermelha.
- Então policial Min Yoongi, vamos começar. A gente sabe que é cedo, mas você se acostuma logo né. Ali está uma mesa vazia, você pode pegá-la para você. - O tal de Kim Taehyung pronunciou simpático enquanto apontava para o outro lado da sala, para uma mesa e cadeira ao lado da janela, e o Min simplesmente assentiu gostando do local.
- Bem, ele já é policial há muito tempo, com certeza já sabe a rotina exaustiva que é. - O terceiro policial da sala, Jeon JungKook pronunciou levemente baixo como um comentário, mas foi muito bem ouvido por todos.
- Você me conhece então? - Min sorriu debochado pelo comentário do rapaz mais alto que si, mas ainda assim, parecia ser mais jovem.
- Ele é o seu maior fã. - O policial Jimin riu, brincando com o outro que parecia envergonhado e virou o rosto.
- Aish, pare de graça...
- Haeguem! - O policial SeokJin falou alto cortando o que o policial JungKook falava, enquanto apoiou sua xícara vermelha na mesa fazendo um barulho soar pela sala e chamar a atenção de todos. - Precisamos focar na gangue Haeguem, depois o JungKook faz suas gracinhas.
- Cheguei, tô atrasado, mas cheguei. - Um homem de um e oitenta metros entrou na sala de surpresa atraindo a atenção, e o Min reconheceu, era Kim NamJoon mostrando sua presença. - Olá, policial Min.
- Bom dia. - Deu de ombros Yoongi, se aproximando da mesa no centro da sala que continha alguns papéis espalhados, eram recortes de reportagem, fotos de Agust D com outros homens, reportagens sobre policiais assassinados, banco roubados, toneladas de drogas apreendidas pela polícia e mais e mais.
Os policiais ajudaram o Min com mais informações, alguns comparsas de Agust D haviam sido presos há alguns meses e revelado uma estação de metrô abandonada que era o principal ponto de entregas de drogas, contêineres abandonados em várias áreas isoladas da cidade metropolitana que pessoas sequestradas eram aprisionadas, prédios abandonados em bairros isolados que eram usados para assassinatos, e um píer isolado em xxxxxx onde vários corpos eram descartados. Não era à toa que esses mesmos criminosos haviam sido mortos na prisão. Todos esses lugares foram investigados, o que alertou a gangue, com certeza.
- Sobre essa boate Inferno, o que descobriram sobre? - Min ficou curioso sobre um letreiro que apareceu em inúmeras fotos dos lugares com os dizeres boate Inferno em cores vermelhas.
- Não temos nada, só essas fotos. Nunca havíamos prestado a devida atenção e quando fomos até os locais que tinham este letreiro, o lugar não tinha mais nada - respondeu simplista o policial SeokJin.
- Essa boate já causou problemas 10 anos atrás quando ela ficava em Gangnam por denuncia de prostituição de menores, as donas do estabelecimento da época era as duas primas mais velhas da esposa do ex senador de Gangnam. Elas pagaram um suborno pesado para os policiais da área manterem a polícia longe do local, e a boate só foi fechada apenas uns quatro anos depois. - Jimin informou com uma pasta de cor amarela nas mãos, aparentemente onde estava as únicas informações que havia sobre a boate.
- E agora é uma boate fantasma? Só aparece em fotos? Tem que ter alguma ligação, não acham? - Foi a vez de JungKook questionar, ainda na investigação.
- É possível - comentou Yoongi, indo até a mesa que deram para ele, ligando o computador. Mas antes de continuar sua pesquisa, eles escutaram o telefone de Kim NamJoon tocando, o qual NamJoon atendeu e alguns segundos depois desligou com uma expressão tensa no rosto que alarmou seus companheiros.
- O que há?
- Policiais de tocaia na antiga estação de metrô e no prédio abandonado 2 em Gangnam-gu avistaram muitas pessoas no local novamente e eles tem certeza que são os comparsas de Haeguem. Precisamos ir averiguar. - NamJoon falou rápido indo até sua mesa guardando algumas coisas e saindo da sala junto com Jimin e JungKook atrás dele, enquanto o Min voltou a atenção ao computador, deixando os policiais Taehyung e SeokJin confusos.
- Você não vai com a gente Min? Eles estão em muitos. - SeokJin questiona confuso.
- Vocês vão se sair bem, eu... - Min tirou sua atenção dos policiais ao sentir algo no bolso do seu sobretudo, era o vibrar do seu celular. Ele tirou o aparelho da mão, acendendo a tela vendo na barra de notificação um número desconhecido mandar mensagem. - Eu preciso fazer algo antes, vão logo, não temos tempo a perder - anunciou nervoso para os dois irem logo, e suspirou aliviado ao vê-los irem sem questionar mais.
Levou sua atenção completa ao celular indo até o bate papo da tal mensagem que dizia:
Seoncho-gu, xxxxxxxx Boate Inferno, 345.
Era um endereço estranho, e mais estranho ainda conter o nome da boate a qual ele estava planejando pesquisar sobre. Era uma armadilha? Um trote? A mensagem estranha não era o suficiente para o Min, ele decidiu outra coisa. Enviou o endereço para o número de um de seus companheiros que havia pego os contatos mais cedo, de qualquer forma, era próximo aos locais que eles iriam verificar. E voltou a ler os papéis, comparando os dados, procurando ideias e planos, tentando achar algo útil.
Se sentia tão frustrado que foi até a área de recreação da delegacia, tomar um café, necessitava de algo para mantê-lo ativo e continuar com o trabalho exaustivo. Vendo o horário, já chegava perto das quatro da tarde, já tinha se passado tanto tempo assim? E seus companheiros não haviam voltado ainda, Yoongi entendia que imprevistos acontecem, os locais se encontram longe da delegacia, ainda mais dois lugares diferentes para averiguar, só esperava que eles tivessem sucesso, e que permanecessem bem.
Aquela maldita boate não fazia sentido ainda, Yoongi tentava encontrar lógica naquele maldito lugar, tentando e tentando, quando o walkie talkie ligado em um canto da sua mesa havia o chamado atenção pelo som de chiado estranho, Yoongi percebeu que alguém estava falando no meio dos chiado e pegou o objeto na mão para aproximar de seu rosto e escutar melhor.
- Aqui é o policial Min Yoongi, repita, câmbio. - Min falou próximo ao aparelho, esperando algum retorno.
- Denúncia... assalto no banco central. Assalto no banco central, precisamos de reforços, reféns no local, câmbio. - A voz desconhecida anunciou após uma pausa, alarmando Yoongi. A palavra reféns deixará-o preocupado, fazendo correr de sua sala rondando a delegacia para achar alguma equipe e acompanhá-lo até lá.
- Está tão apressado policial? O que houve? - Um policial desconhecido por Min se aproximou.
- Onde estão os outros? Precisam de reforços no banco central, está acontecendo um assalto no local e há reféns, inclusive preciso de uma arma e providenciar um crachá. - Suspirou frustrado por perceber que não havia feito o básico quando chegou na delegacia, a conversa com o delegado havia o feito apenas pensar em começar a trabalhar e não se preparar corretamente para uma situação como está.
- Você precisa passar pela avaliação padrão para ter permissão ao porte de arma e preencher um formulário para receber seu crachá e provavelmente só poderá receber pelo menos em uma semana, sinto muito policial, mas você por enquanto não possui autorização para atuar como policial em campo, deixe isso com outra equipe - explicou o outro policial, pegando seu walkie talkie e saindo da delegacia logo após, sendo seguido por outros policiais.
- De qualquer jeito estou aqui pra lidar exclusivamente com o caso de Agust D. - Yoongi suspirou tentando acalmar a adrenalina que havia o atingido ao escutar o pedido de possível perigo no walkie talkie. Havia esquecido que nesta delegacia e agora, ele é apenas o policial novato Min Yoongi, que precisa ir devagar, é apenas seu primeiro dia, não é como se fosse acabar com uma teia gigantesca de criminosos no seu primeiro dia trabalhando, ele sabe do seu caráter e de suas habilidades, mas também é realista.
Então Yoongi foi atrás de outro setor solicitar um crachá, um distintivo e um certificado de posse de arma de fogo que levaria um tempo para conseguir obter tudo que precisava, e o processo padrão mesmo que fosse demorado era necessário.
Perto das cinco horas, Yoongi ouviu uma comoção fora da sala e foi ver o que era, seus companheiros haviam chegado, com vários homens de vestes pretas algemados e todos foram levados para os fundos da delegacia, onde ficaram em celas separadas até serem interrogados um por um e Min percebeu que eles teriam trabalho a fazer até pelo menos perto da meia noite, isso levaria muito tempo.
[ ... ]
- Pela última vez, o que vocês estavam fazendo na antiga estação de metro Gangnam Urban Metrô, às onze horas e cinquenta e quatro minutos da manhã? - E o policial Kim Namjoon repetia a pergunta para o criminoso sentado à sua frente, ele possuía uma barba cinza grande e mal cuidada, as roupas estavam rasgadas e ele possuía uma cicatriz grande e aparentemente recente no pescoço que deixava curiosidades. Ele era o capanga denominado 056 na gangue, a polícia não sabia o porquê, só tinham escutado os outros comparsas chamando-o assim antes, e na foto recente tirada há três meses dele entrando em um posto de gasolina, não aparecia cicatriz nenhuma no pescoço, ainda mais daquele tamanho.
- Não percam seu tempo policiais. - Bufou de novo, e a mesma frase era pronunciada. Aqueles bandos de filhos da puta não haviam aberto a boca, perguntaram de tudo, tentaram de tudo para tirar uma única informaçãozinha deles, mas nenhum dos seis caras que eles capturaram escolheram abrir a boca, o que caralhos Agust D fazia para mantê-los tão fiéis assim?
A vontade de Min de entrar naquela sala de interrogatório e socar aquele canalha era grande, no final, era uma armadilha ou apenas algo idiota para atrair os policiais e fazê-los perder tempo. Os companheiros da delegacia informaram para Min algo estranho, quando eles chegaram no endereço da suposta boate, havia o letreiro, mas era um prédio abandonado, mais um prédio abandonado entre tantos e tantos que os policiais se esbarravam na investigação, era um trote idiota de qualquer forma.
- É isso, esses caras são osso duro de roer, não vão falar um "a" do porquê daquela atitude estranha ou se quer um "a" sobre Agust D. - Kim NamJoon saiu da sala de interrogatório frustrado pelo fracasso.
- Vamos apenas enviá-los para a prisão, e voltar a investigação amanhã. - Jimin concluiu.
- Isso foi muito estranho, eles se reuniram em dois locais diferentes sem motivo algum? Só para fazer a gente perder tempo? Ou tinha algo muito maior, isso não faz sentido. - Min sussurrou consigo mesmo tentando pensar.
- Já passou horas do nosso turno rapaz, vamos tentar descansar para amanhã. Boa noite. - SeokJin foi o primeiro a voltar a sala da equipe para pegar suas coisas para ir embora, seguido dos outros quatro que seguiram o que SeokJin fez, arrumaram seus pertences e suas mesas, se despedindo antes de irem em direções diferentes para sua casa.
E Min Yoongi pensou em ficar mais um pouco, mas logo percebeu que estava cansado demais e seu cérebro certamente precisava de um bom descanso. Então, decidiu fazer o mesmo que seus colegas, arrumar suas coisas e deixar a delegacia, chamando um uber para ir para casa e fazer uma pequena nota no celular para se lembrar que deveria visitar uma concessionária para ver se conseguiria arranjar um carro, gastar dinheiro todo dia com uber tendo habilitação internacional não era muito inteligente, a espera interminável é irritante demais para alguém que sabe que cada minuto deve ser aproveitado.
No elevador, subindo para o seu andar, Min Yoongi sentia-se imensamente cansado. Sua cabeça doía só no fato de pensar em Agust D e Haeguem novamente apenas naquele dia, precisava de paz pelo menos pela noite.
Ao abrir seu quarto do hotel, sentiu vontade apenas de jogar sua bolsa em qualquer lugar e se jogar na cama confortável para se entregar ao mundo dos sonhos, mas não se sentia legal apenas em fazer isso. Decidiu estrear a banheira que há no banheiro, se deliciando com um banho quente e perfumado, os músculos relaxando, ele quase sentia que podia dormir naquela banheira pela moleza que a água quente o proporcionou. Voltando ao quarto, sua cama o esperava, e em apenas cinco segundos o Min arrumou o despertador para às cinco horas da manhã, fechando seus olhos e se permitindo dormir.
Não sabia que horas era, mas ainda se sentia muito sonolento quando escutou um barulho estranho no seu quarto, pensava que era só a sua imaginação fértil que o fez acordar do nada, mas uma sensação de estar sendo observado se apossou de si. Ele escutou um passo bem baixinho e teve certeza disso, alguém estava invadindo seu quarto, se aproximando de sua cama. Era apenas seu primeiro dia na Coreia e já aconteceram tantas coisas, ele não tinha o direito ter apenas seis horinhas de paz nesse dia cheio?
Min sentiu algo na sua cama, como algo encostando no cobertor da cama e deslizando. Os passos estavam próximos, quem quer que fosse que estava tocando, estava muito, muito próximo.
- Eu sei que está acordado detetive Min. - Escutou um sussurro e uma respiração perto da sua orelha, aquilo o assustou, então ele sem pensar muito, virou-se levantando seu tronco e tentando agarrar a pessoa próxima, que em uma ação ágil se afastou antes das mãos de Min Yoongi pudessem encostar nele.
Sua segunda ação rápida, foi ligar a luz do abajur na mesa de cabeceira ao lado da sua cama, quando viu a silhueta escura apenas iluminada pela luz da lua que vinha da janela se afastava.
A luz do abajur apagou, e lá estava aquele homem das fotos. Aquele cabelo longo e preto caído em frente aos olhos, os mesmos olhos escuros e enigmáticos das fotos e um maldito sorriso cafageste nos lábios finos, lá estava o tão famoso Agust D, invadindo seu quarto, aquele cara que tirou sua paz desde o momento que chegou na Coreia do Sul, aquele homem que não sai da sua cabeça desde o momento que viu o rosto.
- Mas, que porra... - Min sussurrou desacreditado, coçou os olhos por um segundo torcendo para ser alucinação, não era possível ele está ali agora e simplesmente do nada, não era possível.
E o Min sequer tem uma arma para se defender. Mas, aparentemente, aquele canalha tem uma.
- Bem-vindo a Seul - pronunciou enquanto ria divertido, puxando a cadeira que ficava na frente da mesa do quarto para longe do lugar dela, colocando a cadeira de costas para o Min, e se sentando. Apontando para a varanda com a janela aberta antes de pronunciar: - Bem-vindo ao meu império.
- Por que caralhos você está aqui? - Min questionou raivoso com a presença do sujeito, ele parecia se divertir com a situação, e o Min simplesmente não sabia como deveria agir, a impotência e a imprevisibilidade do criminoso o deixava ansioso e com raiva. Sabia que Agust D é um homem muito esperto, qualquer movimento e ele já estava o antecipando.
- Vim conhecer o novo policial. Tentei te atrair três vezes, mas você não veio me encontrar, me arrisquei até divulgando um local tão querido só pra poder ver o seu rostinho - comentou rindo divertido, ele estava rindo de novo, por que ele estava se divertindo tanto com essa situação?!
O criminoso decidiu levantar da cadeira e se aproximar de Min Yoongi com passos longos mas lentos, fazendo Yoongi ficar ansioso sem saber o que esperar, a única coisa que o policial Min realmente esperava de Agust D, é que ele era completamente louco.
- Então era mesmo uma armadilha, o que caralhos você quer aqui? - Min concluiu suas teorias anteriores após receber a confirmação do criminoso. Sentiu levemente vontade de dar um passo para trás quando aquele homem se aproximava, mas não, ele não seria a presa naquele jogo doentio.
- Não seja tão rude detetive Min. Não vamos começar com o pé esquerdo, acho que já me conhece o suficiente, me conte sobre você? - Sorriu safado, enquanto tirava uma arma da sua calça larga, deixando Min Yoongi alerta sobre o que não devia fazer. Aqueles olhos eram perigosos demais, fitavam cada pequeno detalhe do rosto de Min Yoongi, mas ele não abaixaria a guarda.
- Por que não nos conhecemos melhor na sala de interrogatório? - Foi a vez do Min de sorrir debochado, tentava fingir entrar naquele jogo sem sentido de Agust D.
- Não gosto daquela sala, seu quarto é muito mais interessante até porque... tem você. - Min Yoongi estava por acaso detectando a porra de um flerte da merda do maior criminoso da Coreia ou o sono estava o fazendo ter um sonho tão maluco?
- Como é que é?
Antes mesmo de processar o que estava acontecendo ali, Min se assustou de uma vez quando Agust D se aproximou dele tão rápido que quase o mesmo não prestou atenção, com a sua arma na mão, Min viu a arma ser apontada no seu queixo deixando-o tão nervoso pela arma e pela proximidade de Agust D, que o fez descuidar ao cair de volta na cama ficando vulnerável, droga.
- Eu quero muito apostar no seu trabalho. Você é bonito e intrigante, tenho certeza que é muito capaz no seu trabalho, o pouco que eu sei de você me faz querer muito descobrir mais e mais. Você não parece ser alguém fácil, e eu amo desafios. Estou apostando em você, detetive Min, me prenda se for capaz. - Agust D estava quase sentado em cima de Yoongi na cama, com a arma apontada no seu queixo, Min percebeu como ele era enigmático. Ele era intrigante de fato, e ele compartilha da mesma curiosidade para saber mais e mais, mas suas intenções são completamente diferentes, a única coisa que queria quando desvendasse o enigma que Agust D é era finalmente ter a oportunidade para colocar um par de algemas nos seus pulsos.
Min percebendo a pequena brecha na postura de Agust D quando ele estava tão próximo de seu rosto, decidiu fazer um movimento de risco o mais rápido que conseguiu, pegando no braço que Agust D usava para se apoiar na cama e puxando, fazendo-se desequilibrar por um momento, ajudando Yoongi ao prendê-lo de costa pra si na cama.
- Que mãos fortes policial. - Agust D riu anasalado novamente o que Yoongi não deu bola, e quando tentou arrancar a arma da mão do outro, Min percebeu o quanto Agust D também era muito forte, usando força para colocar o joelho na cama, deu impulso e empurrou suas costas contra o policial, fazendo-o afrouxar o aperto o que possibilitou de Agust D se soltar, correr até a varanda e antes de sair, apontar a arma para Yoongi como um aviso para não se aproximar.
- Nós ainda vamos nos divertir muito, até mais detetive. - E então Yoongi só pode assistir Agust D simplesmente pular da sua varanda de costas, e desaparecer na noite.
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