EPÍLOGO
EPÍLOGO
Como em todas as manhãs do dia 1° de Setembro, a plataforma 9 ¾ da estação King's Cross estava cheia. O clima não poderia estar melhor, o sol brilhava forte mas a agradável brisa impedia que o ambiente se tornasse abafado demais.
— Anda, vamos, a gente vai se atrasar! – Exclamou uma garota ruiva animada enquanto empurrava suas malas.
— Faith se você cair, eu vou fingir que não te conheço. – Fred Weasley disse observando a empolgação da filha.
— Eu sou a Grace, não a Faith! – Ela exclamou. – Francamente pai, não consegue nos diferenciar?
— Desculpe Grace. – Ele disse e Diana que caminhava ao lado dele riu.
— O nome disso é carma, sabia? – Ela perguntou ironicamente. – Por tudo que você e o Jorge fizeram sua mãe passar.
— Eu estou brincando. – A mais nova disse. – Sou mesmo a Faith.
— Isso nunca perde a graça. – Comentou Grace, gargalhando logo em seguida junto da irmã gêmea.
— Eu vou doar vocês duas! – Fred exclamou fazendo as duas rirem ainda mais.
— Ótimo, eu fico com o quarto delas. – Disse Anna correndo para se unir a família.
Diana se virou para olhar para Anna, sua segunda filha, ridiculamente ruiva como previsto por Trewlaney. Anna exibiu um sorriso que Diana conhecia bem, era o mesmo sorriso que a ruiva mostrava após aprontar.
— Anna, o que você fez? – Ela perguntou arqueando as sobrancelhas.
— Nada mamãezinha, por que eu faria alguma coisa? – A ruiva perguntou fingindo estar ofendida. – Olha bem para o meu rostinho, eu sou inocente.
— Coitadinha da Anna, uma pobre incompreendida, ela nunca faz nada. – Ironizou Arthur bagunçando o cabelo da irmã mais nova.
— Sai daqui peste. – Ela disse empurrando Arthur. – Vocês deviam estar bravos com o Arthur, ele explodiu uma coisa no banheiro.
— Era um teste para os logros que se eu não me engano, é você que vende. – Arthur disse. – Ingrata.
Anna mostrou a língua e Arthur fez o mesmo, Fred ria observando a cena enquanto empurrava o carrinho com os malões.
— Criamos filhos horríveis que vão destruir Hogwarts. – Diana disse dramaticamente.
— Sério? – Fred perguntou. – Eu acho que eles são visionários.
— Quem você acha que vai causar mais problemas esse ano? – Ela perguntou. – Por que eu ganhei a aposta do ano passado.
— Ganhou por pura sorte. – O ruivo disse. – Eu aposto nas gêmeas.
— Eu aposto na Anna. – Ela disse e apertou a mão do marido.
— Feito. – Ele disse antes de se aproximar da esposa e lhe dar um selinho.
Eles se afastaram ao ouvirem os protestos de Grace e Faith. As gêmeas os observavam e estavam de braços cruzados.
— Olha Grace eles estão apostando sobre a gente de novo. – Faith disse e fez uma careta. – E se beijando de novo.
— Eca. – Grace retrucou. – Eles são tão estranhos.
— Eu acho eles fofos. – Disse Rachel, se manifestando pela primeira vez desde que eles entraram na plataforma.
Diana olhou para os próprios filhos. O mais velho era Arthur, estava em seu último ano de Hogwarts e pertencia a Sonserina, era conhecido como "Garoto problema" ou "Rei das pegadinhas". Ser mãe de Arthur era lidar constantemente com cartas de professores avisando sobre detenções e os namoros relâmpagos do garoto.
Depois vinha Anna, só um ano mais nova que Arthur, foi uma surpresa para Diana quando ela descobriu que estava grávida de novo com um filho tão pequeno mas no fim tudo deu certo.
O nome da garota era uma homenagem para Anna Sinclair, a senhorita Perfeição, que nunca seria esquecida. A ruiva era uma mistura de Diana e Fred na personalidade, era tão esperta que até era difícil lidar com ela. Anna foi selecionada para Corvinal e nas horas vagas vendia logros da Geminialidades Weasley para os alunos, uma "traficante de logros" como Jorge gostava de chamar.
A filha do meio se chamava Rachel e era a única morena, com os cabelos escuros e olhos azuis, ela parecia uma cópia exata de Diana, Penelope, Virna e todas as que vieram antes.
Diana queria fazer uma homenagem a Tonks mas sabia que a garota odiaria que colocasse o nome de Nymphadora em sua filha, afinal a própria Tonks odiava seu nome. Então a Weasley se lembrou de Tonks sugerindo nomes para ela durante a Batalha de Hogwarts, Rachel era um deles.
Rachel estava no quarto ano e fora selecionada para Lufa Lufa. Era muito oposta dos irmãos, não só na aparência, era quieta, organizada, muito gentil, agia como a mãe de seus irmãos na maior parte do tempo, às vezes Rachel chegava a ser ingênua, o que preocupava Diana.
Quando a Weasley achou que não teria mais filhos, vieram Grace e Faith, as gêmeas que para alegria de Fred foram para Grifinória, mantendo a tradição de gêmeos Weasley naquela casa. Elas estavam no segundo ano e também eram profissionais em causar problemas.
— Eu acho eles injustos. – Disse Anna. – Como eles esperam que eu me apaixone com alguém tendo um relacionamento como o deles como meta? Ergh, eu odeio vocês.
— Ela é dramática, devia fazer teatro. – Rachel brincou.
— Pai, você devia doar a Anna. – Disse Faith se aproximando de Fred. – Ela é tão mais irritante que todos nós.
— Eu sou uma pobre incompreendida nessa casa, francamente, todos me odeiam. – Ela brincou, mantendo o tom dramático.
A conversa entre a família continuou até que Arthur saiu atrás de sua atual namorada.
— Olha só se não é o gêmeo mais feio. – Disse Jorge se aproximando deles.
— Pelo que eu vejo, ele acabou de chegar! – Exclamou Fred piscando para o irmão.
— Angie nós deviamos ganhar um prêmio por aguentar piadas chatas sobre gêmeos toda vez que eles se encontram. – Disse Diana.
— Você tem razão, com certeza merecemos um prêmio. – Angelina concordou.
— Sério, eu posso fazer uma piada sobre você sabe o que. – Disse Jorge sorrindo.
— Faça isso e eu corto a sua língua. – Diana retrucou.
Os anos se passavam e para Jorge a piada sobre Diana ter confundido o gêmeo no sexto ano, sempre teria graça. Para a Weasley aquilo parecia ter acontecido a uma eternidade.
— Tia Diana! Tio Fred! – Exclamou Roxanne animada.
— Olha só, é a minha garota. – Fred sorriu se abaixando para abraçar a afilhada.
Diana também cumprimentou Roxanne. A garota era a mais nova entre os três filhos de Jorge e Angelina.
O primeiro filho deles, Hank – que o nome foi dado em homenagem a Hank Johnson que faleceu um mês antes do neto nascer – tinha a idade de Anna e era um dos melhores amigos de Samuel, filho de Lino.
Além de Roxanne e Hank, o filho do meio se chamava Fred Weasley II em homenagem. Fred também queria dar o nome do irmão gêmeo para um filho mas acabou tendo só filhas garotas depois daquilo.
— Está vendo o meu garoto aqui. – Jorge disse apontando para Fred II. – Ele vai causar mais terror em Hogwarts do que o Arthur e a Anna juntos.
— Vai sonhando tio. – Anna disse. – Fred vai acabar se juntando com o James Sirius e mesmo assim não vão chegar perto do meu caos.
— É pai, a Anna é problemática. – Fred II provocou.
— Para mim isso é um elogio, Fredzinho. – Ela sorriu.
— Cadê o Hank? – Diana perguntou olhando ao redor.
— Dormiu na casa do Lino e da Celine, eles devem estar chegando logo. – Disse Angelina.
— É igual praga, só falar que aparece. – Fred disse os vendo chegar. – Lino!
Lino sorriu e acenou ao vê-los, logo se aproximando com Celine e os filhos para abraçá-los. Diana ficava impressionada como o tempo podia mudar mas eles não, o grupo da Sala Secreta, sempre estariam únidos, eram uma família.
— Mãe, eu, hm, eu vou ali e já volto. – Anna disse.
— Você vai onde? O trem sai daqui a pouco. – Diana disse.
Anna saiu de lá tão rápido que Diana nem teve tempo de conciliar, Rachel, que estava do lado da mãe, riu. A ruiva estava ansiosa para se juntar ao seu grupo e planejar logros.
Sam, o filho mais velho de Lino, abraçou todos.
Samuel fora selecionada para a Grifinória, sempre fora extremamente simpático e corajoso, Diana sempre o via cercado de amigos, fazendo questão de chamá-lo de "protagonista"
A filha mais nova dos Jordan se chamava Jasmine, era uma das garotas mais determinadas que Diana conhecia, era forte e cheia de opinião.
— Olha só minha tia favorita. – Disse Hank que chegara junto com os Jordan.
— O meu sobrinho mais puxa-saco. – Retrucou Diana e Hank riu, em seguida beijando a bochecha da Weasley.
— Vocês viram a Anna? – Jasmine perguntou.
— Eu não faço a mínima ideia. – Fred disse.
— Que horror Fred, já está perdendo os filhos por ai. – Lino provocou.
— Não seria a primeira vez que você perderia um filho, mano. – Jorge riu.
— É pai, não seria a primeira vez. – Grace retrucou cruzando os braços.
— Em minha defesa, eu sabia onde você estava, eu só estava brincando com você. – Disse Fred.
Diana procurou com o olhar por Anna e a viu ao lado de Mia. Amelia ou Mia Dashwood era a filha de Eadlyn e Ashton, um ano mais nova que Anna, Mia também era da Corvinal.
Fazia parte do A Team, formado pelas duas e Astrid, outra Corvina, as três frequentemente causavam problemas e vendiam logros.
Ashton sorriu ao ver Diana e ela acenou de volta, ainda eram amigos e ela sentia muito pelas coisas ruins que aconteceram com ele. A Weasley e Eadlyn tinham se aproximado de novo, não era a mesma coisa de antes mas já era algo.
— Estamos ocupando todo o espaço da plataforma. – Celine brincou.
— É uma reunião de família, Celi. – Jorge brincou. – Cadê o resto dos Weasley?
— Estou vendo os Potter chegando. – Angelina disse. – O Albus parece desanimado.
— É claro que ele está, com aquele nome qualquer um estaria. – Brincou Fred.
— Eu não sei como a Ginny permitiu uma coisa dessas. – Completou Diana.
— Vocês dois são péssimos. – Disse Lino.
Fred levantou a mão e Diana bateu na mão do mesmo, eram uma ótima dupla. Sempre seriam.
— Teddy! – Jorge exclamou assim que viu o menino passando.
— Lupin! – Completou Fred animadamente.
— Vocês! – Teddy exclamou se aproximando deles.
De mãos dadas com Teddy estava sua namorada. A garota que Diana tinha visto em suas visões, olhos castanhos, cabelo castanho, cicatrizes espalhadas pelo seu rosto, pescoço, especialmente uma na bochecha que parecia não ter cicatrizado ainda.
— Bom te ver garoto. – Jorge disse.
— Ainda tenho os descontos de logros esse ano? – Ele perguntou.
— A vida toda. – Fred disse. – Nós prometemos para os seus pais.
Teddy sorriu e para Diana era como ver Remus. A Weasley sentia falta de Remus e Tonks sempre, especialmente de Tonks e o garoto lembrava muito os dois.
— Ah pessoal, essa é a Willa. – Teddy apresentou a garota.
— Oi, é um prazer conhecer vocês. – Ela sorriu tímida e estendeu a mão para cumprimentá-los.
Todos apertaram a mão da garota, os gêmeos e Lino simpáticos como sempre, quando Diana apertou a mão de Willa, precisou dizer algo.
— É um prazer te conhecer. – Ela disse. – Sinto muito pelo que aconteceu com você no ano passado.
— Bom, eu estou melhor e tudo aquilo acabou, é o que importa. – Ela sorriu.
— Eu vou procurar o Mason, vejo vocês depois. – Teddy disse e saiu com a namorada.
O som ecoou pelo local, indicando que o Expresso Hogwarts partiria em breve, os Weasley se aproximaram para pegar suas malas e corujas.
— Abraço em grupo? – Rachel perguntou.
— Se sua mãe não sair correndo. – Fred disse e Diana franziu o nariz.
— Não se acostumem.
Fred se aproximou abraçando Diana, Rachel abraçou os pais, as gêmeas também, Anna fez o mesmo e puxou Arthur para que ele entrasse no abraço também.
— Tá legal, não aprontem. – Diana disse quando eles se separaram. – Pelo menos não muito.
— Não podemos prometer nada. – Arthur disse e sorriu.
Diana observou seus filhos se despedirem e entrarem no Expresso Hogwarts, era assustador pensar como parecia que a alguns anos atrás eram Fred e Diana quem embarcavam ali.
Fred se aproximou de Diana passando um dos braços em volta da cintura de Diana, ela encostou a cabeça no ombro do marido.
— Eles crescem muito rápido. – Fred disse.
— Rápido demais. – Ela concluiu.
— Acha que a Grace vai acabar tendo visões de alguém morrendo como você teve? – O ruivo perguntou.
Grace havia herdado de Diana a habilidade como vidente, Anna também tinha um "dom" mas era algo diferente.
— Não, acho que isso é uma exclusividade nossa. – Ela disse.
— Depois da Batalha de Hogwarts, você nunca mais teve uma visão onde eu morro? – Ele perguntou.
— Não. – Diana disse e sorriu. – Aquilo acabou e fui eu que venci.
— Ainda bem que eu tinha você como Anjo da Guarda. – Fred disse e se inclinou para beijá-la.
Assim que se afastaram, acenaram para os filhos, desejando toda a sorte para eles em suas histórias. Pois a de Fred e Diana estava indo bem.
E nenhuma visão poderia separá-los. Estava tudo bem, eles tinham vencido.
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