↪ 51.
51. eu te amo.
No dia seguinte Diana ainda pensava na conversa que teve com Fred, estava tão irritada que sentia que seria ela quem o mataria no final de tudo. Por que ele estava insistindo em complicar tudo?
Naquele dia a Weasley acordou determinada a não derrubar nenhuma lágrima, teria que agir da maneira mais racional possível se quisesse que seu plano tivesse sucesso. O problema é que não poderia executar o plano sozinha e se tudo desse errado precisava que alguém realizasse o plano B.
Ela não queria envolver mais ninguém naquilo mas quando notou que precisaria de ajuda, se obrigou a engolir o orgulho e buscar ajuda. Por conta disso Diana enviou uma carta para Jorge, pedindo que ele a encontrasse mais cedo na Geminialidades Weasley.
— O que aconteceu? – O ruivo perguntou e esfregou os olhos. – O que é tão urgente para eu ter que levantar tão cedo? O Fred não vem?
— Não e você não vai comentar nada com ele sobre nada disso. – Ela disse enquanto fechava a porta do escritório dos gêmeos.
— Diana, você não vai tentar me beijar de novo, né? – Ele brincou.
— Você percebeu que essa piada já ficou velha? – Ela perguntou de volta.
— Sério, para mim continua muito engraçada. – Ele disse e observou Diana andando de um lado para o outro na sala. – O que foi? Agora você está me assustando pior cunhada de todas.
Ela parou de andar e se virou para olhar para Jorge, resolveu que faria aquilo sem rodeios ou enrolações.
— Eu vou ser direta com você. – Ela disse. – Eu estou grávida.
Diana tinha imaginado que Jorge teria uma reação exagerada mas nada como aquilo, ele deu um grito animado e bateu palmas altas, além de abraça-la com muita força.
— Isso é tão legal, incrível, fenomenal, sério, um bebê, eu vou ser padrinho né? Eu vou mimar tanto essa criança. – Ele disse animado andando pela sala. – Tomara que seja um menino, eu já vou comprar umas roupinhas, qual o tamanho de um recem nascido?
— Jorge – Ela disse mas ele a interrompeu e continuou tagarelando.
— Eu e o Lino deviamos organizar uma festa para o Fred e depois uma para vocês dois. – O ruivo continuou. – A Angelina vai surtar, nós amamos bebês, vamos ser os melhores padrinhos do mundo, quando ele vai poder ficar com a gente, ein?
— Jorge!
— Ok, parei. – Ele disse tentando se acalmar mas visivelmente eufórico. – Como o Fred reagiu? Ele desmaiou, não desmaiou?
— Eu não contei para o Fred. – Ela disse.
Primeiro a expressão de Jorge foi de confusão mas logo ele exibiu um sorriso.
— Eu entendi tudo! – Ele exclamou. – Você quer a minha ajuda para contar para o Fred, quer organizar alguma coisa, certo? Caramba, eu estou tão animado!
— Não Jorge, não, chega e você não vai contar para ele. – Diana disse. – Eu só estou te contando isso para você conseguir entender melhor a gravidade da situação.
— Que situação? – Ele perguntou e ela apontou para uma das cadeiras na sala.
— É melhor você sentar. – Ela disse.
Assim que Jorge se sentou, Diana começou a contar a história. Toda a história e desde o começo, contou desde a primeira visão até a última. Quando ela terminou, Jorge parecia sem chão e Diana conseguiu notar que uma das mãos dele tremia.
— Você, hm. – Ele limpou a garganta, parecendo incerto do que dizer. – O que você vai fazer?
— Eu tenho um plano. – Ela disse. – E foi por isso que te chamei aqui, preciso da sua ajuda.
— Claro. – Ele disse. – Você sabe que eu faria de tudo pelo meu irmão.
— Tudo bem, as chances de dar certo são muito baixas, ainda mais por que não sabemos a hora que eu vai acontecer. – Ela disse. – Eu vou ficar naquele andar, o tempo todo, tentar garantir que aquela parede não exploda e preciso que você esteja com o Fred, o impedindo de ir para aquele andar ou o mantendo longe da parede, por que se eu não conseguir evitar que a parede exploda, o plano B é que você esteja bem longe dali com o Fred.
Sabia que haviam muitas margens para erro mas aquilo era tudo que ela conseguia pensar, aquilo tinha que dar certo, precisava dar certo.
— Mas em todo caso eu vou tentar evitar que o Fred vá para Hogwarts, lançar um feitiço do sono, estuporar, trancar ele em algum canto, eu não sei. – Ela disse.
— E você vai para Hogwarts? – Jorge perguntou.
— É claro que vou.
— Vai mesmo estando grávida? – Ele perguntou. – Por Merlin, ainda estou em choque, achei que você só estava engordando.
— Eu vou ignorar essa parte. – Ela retrucou. – Eu tenho que ir Jorge, todos estão arriscando alguma coisa, eu estou dentro disso e vou até o fim.
— E depois você ainda reclama do Fred ser teimoso. – Resmungou o ruivo. – Vocês dois são iguais.
— E sobre o bebê. – Ela disse. – É um segredo, não conta para ninguém.
— Olha, vou ser sincero, eu não vou aguentar. – Ele disse. – Vou acabar contando para Angelina ou para o Lino.
— Jorge!
— Tá, ok, segredo, eu prometo, minha boca é um túmulo. – Ele disse.
— É bom mesmo. – Ela disse ajeitando o casaco e indo até a porta.
— Diana. – Ele chamou.
— O que? – Ela perguntou se virando para olhar para ele.
— Obrigado por ter salvado meu irmão todas essas vezes. – Ele disse. – Não deve ter sido fácil.
Diana sorriu de canto, realmente não havia sido fácil, não tinha nem palavras para descrever tudo que havia sentido durante todos aqueles anos, eram noites sem dormir, dias sem conseguir pensar em qualquer outra coisa, sua cabeça estava sempre cheia.
— Não foi. – Ela disse e abriu a porta. Antes de sair olhou mais uma vez para o cunhado. – Mas se fosse preciso, eu faria tudo de novo.
Quando Diana chegou em casa, encontrou Fred sentado na cama, ele encarava um ponto fixo, parecendo chocado com alguma coisa mas quando viu Diana, se levantou e se aproximou da esposa, a beijando.
— Para. – Ela disse se afastando do mesmo. – Eu ainda estou brava com você.
Ele sorriu e se abaixou para beijar a barriga da mesma. Ela arqueou as sobrancelhas e amaldiçou mentalmente Jorge, não era possível que ele fosse tão fofoqueiro.
Se lembrou de Jorge contando para absolutamente todo mundo sobre ela ter confundido o gêmeo e então concluiu: Jorge Weasley era um fofoqueiro de primeira.
— Oi bebê, se acostume bastante com essa voz, é o seu pai falando. – Ele disse. – Eu não vejo a hora de conhecer você, sua mãe é a maior sardafobica que existe mas ela vai te amar mesmo que você tenha sardas.
— Quem te contou? – Ela disse.
— A pergunta que eu estava fazendo era por que você não me contou? – Ele perguntou se levantando.
— Eu vou matar o Jorge, que língua solta é essa? – Ela reclamou.
— Espera, o Jorge sabe? – Ele perguntou surpreso.
— Não foi ele que te contou? – Ela perguntou. – Droga Fred, você é vidente também e eu não sei?
— Eu acabei me machucando em um teste de logro e fui para o St. Mingus, uma curandeira veio me parabenizar pelo bebê. – Ele disse. – Ai eu desmaiei mas quando eu acordei eu estava muito feliz, quer dizer, eu estou feliz, nós vamos ter um bebê!
O ruivo sorriu e passou seus braços envolta da cintura da mesma, a puxando para mais perto e quando tentou a beijar, ela esquivou.
— Diana podemos brigar outra hora? Vamos ter um bebê, eu estou muito feliz e sei que você também, devíamos comemorar. – Ele disse e sorriu. – E além do mais temos que ser mais responsáveis e não brigar na frente do bebê.
Ela riu do comentário do mesmo, havia sido feito com tanta sinceridade que ela não teve como não achar fofo.
— Eu te amo Diana. – Ele disse. – Agora é a hora que você diz que também me ama.
— Olha – Ela começou mas foi cortada pelo mesmo.
— Diana.
— Eu também te amo, Fred. – Ela disse e ele sorriu.
— E eu amo nosso bebê. – Ele disse colocando a mão na barriga da mesma. – Por Merlin, como eu amo o nosso bebê.
Diana ficou na meia ponta e se aproximando de Fred, selou seus lábios. Eles se beijaram, um beijo caloroso, cheio de amor que dizia muita coisa, principalmente que os dois poderiam superar tudo.
Os dois se separaram quando uma coruja entrou pela janela, Fred foi até ela pegando a carta e a abrindo. A expressão dele mudou radicalmente assim que ele leu.
— O que foi? – Ela perguntou.
— É o Aberforth, temos que ir para Hogwarts agora, Harry, Hermione e Ron já estão lá. – Disse o ruivo.
O estômago de Diana gelou, a frase pareceu se repetir milhões de vezes na cabeça dela. Ela sabe o que aquilo significada, sabia que se Fred fosse a Hogwarts, poderia nunca mais voltar.
Ela vasculhou seu bolso em busca de sua varinha mas antes que pudesse pegar, Fred apontou a varinha para ela.
— O que você vai fazer? – Ela perguntou.
— Você não pode ir, Diana. – Ele disse. – Não posso deixar você arriscar sua vida e do nosso filho.
— E eu não vou deixar você arriscar a sua quando nós dois sabemos que se você for, não vai voltar. – Ela disse pegando a própria varinha. – Não quer conhecer o seu filho?
— Eu quero e é por ele ou ela que eu vou fazer isso. – Ele disse. – Somnus!
Diana não teve tempo de reagir, o feitiço do sono a atingiu em cheio e antes que ela caísse, Fred a pegou no colo e a colocou deitada na cama.
— Você já salvou a minha vida várias vezes, Diana, está na hora de eu me salvar sozinho. – Ele disse e colocou a mão na barriga da esposa. – Está tudo bem meu bebê, eu vou mas eu prometo que volto.
O ruivo respirou fundo, com medo de tudo que poderia acontecer, evitou pensar e saiu, lançando um feitiço na porta e foi rumo a Hogwarts, na esperança de que pudesse ajudar a salvar o mundo bruxo para seu bebê.
Assim que Diana acordou, olhou para os lados confusa e precisou de alguns segundos para conseguir para conciliar tudo que estava acontecendo.
— Mas que droga. – Ela resmungou.
Diana se levantou da cama e correu para abrir a porta, sem sucesso.
— Eu vou matar o Fred. – Reclamou.
Pausou ao se lembrar de algo que o ruivo provavelmente não tinha passado pela cabeça do ruivo. Procurou por sua varinha e a encontrou caída no chão, levantou as mãos para cima em comemoração e então se concentrou e aparatou.
Quando se deu conta estava no Cabeça de Javali, rapidamente abriu a passagem, o caminho do túnel da passagem que levava até a Sala Precisa pareceu uma eternidade, mesmo que Diana estivesse correndo.
Ela não sabia quanto tempo havia ficado apagada e realmente esperava que não fosse muito.
Continuou correndo para fora da Sala Precisa e acabou esbarrando em alguém.
— Diana? – Perguntou Molly. – O que está fazendo aqui? Fred disse que você não estava se sentindo bem.
— Falando no Fred, cadê ele? – Ela perguntou olhando para os lados.
— Respira, você parece nervosa, fique calma querida. – A ruiva disse colocando a mão no ombro de Diana.
— Molly, o que está acontecendo?
Olhando ao redor ela notou uma enorme movimentação mas não haviam Comensais ali ou uma Guerra acontecendo. Soltou o ar que nem sabia que estava segurando e sentiu um enorme alivio percorrer seu corpo, ainda poderia enganar o futuro.
— Filch está levando os alunos da Sonserina para as masmorras, Snape fugiu, McGonagall está no controle de tudo e estamos nos preparando para lutar. – Molly disse. – Logo esse lugar estara cheio de Comensais, por Merlin, vamos conseguir, certo?
— Diana! – Angelina exclamou abraçando a mesma. – Você veio.
— É, eu não podia ficar de fora. – Ela disse.
— E o bebê?
— É óbvio que o Jorge não conseguiria controlar a língua. – Diana resmungou e viu Fred no fim do corredor. – Eu falo com você depois Angie.
Ela saiu e caminhou em direção de Fred que a olhou surpreso e assustado.
— Quando quiser apagar alguém por bastante tempo eu sugiriria um feitiço do sono. – Ela disse ironicamente.
— Diana. – Ele suspirou. – Vai embora, por favor, a coisa vai ficar feia.
— Não, eu não vou embora, não se você não for! – Ela exclamou.
— É melhor a gente conversar em outro lugar. – Ele disse ao notar Molly e Angelina os observando de longe.
Fred começou a andar e ela o seguiu.
— Fred, por favor, você tem que ir embora. – Ela disse.
— Eu estou tentando te proteger. – O ruivo disse.
— Pare de tentar, eu sei me virar e não sou eu quem tem a morte marcada. – Ela disse.
— A gente tem muito o que conversar. – Ele suspirou e abriu a porta de uma sala.
Diana entrou na frente, arregalou os olhos quando viu que Ginny e Tonks também estavam ali, em um canto da pequena sala também estava a avó de Neville, resmungando sem parar.
— Não deixa ele fechar a porta. – Disse Tonks desesperada. – Ela só abre do lado de fora.
Diana se virou para impedir mas era tarde demais, Fred já tinha fechado a porta. Ela sentiu seu sangue ferver e seu coração acelerar.
— Eu te amo. – Ele disse.
Ela escutou os passos do ruivo se afastando. Se afastando cada vez mais de Diana e se aproximando cada vez mais de seu fim.
reta final e temos sofrimento atrás de sofrimento.
obrigada pelos comentários lindos, eu leio todos e meu coração fica tão quentinho, amo tanto vocês, af.
pergunta do dia: quais seus personagens favoritos de toda a magic series (azkaban, ttf, full moon e fall)?
ps: não ta revisado por que eu tenho que sair mas não queria demorar para postar, então reviso quando voltar!
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