↪ 47.
47. dia de folga
O barulho alto do despertador mágico ecoava enquanto ele pulava pelo quarto e Diana concluiu ainda mais que odiava aquele despertador e que deveria quebrá-lo.
Ela suspirou e colocou o travesseiro sobre a cabeça mas o despertador continuava pulando, Diana gruniu e estava preparada para se levantar e desligar o despertador - ele só parava de fazer barulho quando alguém fizesse o feitiço que o desligava - mas não foi preciso se levantar pois o som parou.
Ela retirou o travesseiro da cabeça e olhou para o despertador, estava no chão e em pedacinhos, do lado dele haviam cacos de um vaso, Fred havia jogado o vaso no despertador.
Diana riu e então olhou para o ruivo que parecia surpreso por ter quebrado o objeto, mas logo se juntou a esposa rindo da situação. Quando as risadas cessaram, o ruivo se aproximou de Diana dando um beijo na mesma.
- Isso é tão nojento. - Ela disse se afastando e tentando esconder o sorriso, o que não conseguiu. - Eu nem escovei os dentes.
- Eu também não, acho que estamos quites. - Ele disse e deu uma piscada exagerada.
Diana deu um tapa no ombro de Fred que apenas a beijou mais uma vez.
Se casaram no inicio de Setembro e o tempo parecia passar tão rápido que Diana nem acreditava que já era Dezembro, a neve caia do lado de fora e a Guerra parecia se itensificar cada vez mais, todos os dias chegavam cada vez mais pessoas para serem atendidas no St. Mingus, seu trabalho estava uma correria apesar da garota gostar do que fazia.
As transmissões do Observatório Potter aconteciam sempre e estava se tornando um sucesso entre aqueles que estavam contra Voldemort, Diana gostava de fazer parte daquilo, Lino estava mais empenhado do que nunca e Celine, apesar de ser dois anos mais nova que eles, se dedicava muito a causa, Diana suspeitava que no fundo a Sinclair tinha uma quedinha por Lino.
- Deve estar congelando lá fora, ontem desafiei o Jorge a tirar as luvas e encostar na neve, acho que a mão dele ainda não se recuperou. - Fred comentou bem humorado.
- Você é a única pessoa feliz pela manhã, é impressionante. - Ela disse o observando.
- Você já é a mal humorada, a casa não aguentaria dois mal humorados de manhã. - O ruivo deu de ombros.
- É um bom ponto. - Diana disse enquanto se levantava da cama e procurava pelos seus sapatos.
No começo Diana tinha receio que não se acostumasse com a vida de casada mas se acostumou rapidamente, os dois revezavam nos feitiços de limpeza, nunca cozinhavam - sempre pegavam comida no Caldeirão Furado -, era bom voltar do trabalho e ter Fred para ouvir o que ela tinha para dizer, conversar e a fazer rir.
Os dois faziam tudo da maneira deles e passavam pelos altos e baixos - que existiam, as vezes ela tinha vontade de matá-lo e a algumas semanas usaram Jorge como "pombo correio" por que tinham brigado - juntos, ela esperava que aquilo nunca acabasse, que nunca o perdesse.
- Onde você vai? - Perguntou Fred ainda deitado.
- Trabalhar. - Ela disse como se fosse óbvio enquanto se levantava. - E você também tem que fazer isso.
- Acho que devíamos tirar o dia de folga. - Ele disse. - Eu sou o meu próprio chefe, estou me dando uma folga.
- Uma folga em uma Segunda-Feira? - Ela arqueou as sobrancelhas.
- É óbvio, segundas são horríveis. - Ele fez uma careta e a observou calçar as botas. - Diana a folga é para você também.
- Não sou a minha própria chefe igual certas pessoas. - Ela apontou com a cabeça para ele. - E minha chefe não me deu uma folga.
- Você pode falar para ela que ficou doente. - Ele disse como se tivesse tido uma ideia brilhante. - Eu posso escrever uma carta me passando por você.
- Ah sério? - Ela riu e se sentou na cama. - E o que você vai escrever na carta, trasgo?
- Observe. - Ele sorriu.
Fred se levantou e saiu do quarto, Diana arqueou as sobrancelhas e antes que ela pudesse ir atrás, ele estava de volta segurando um pergaminho, uma pena e tinta.
- Você não vai fazer isso. - Ela disse sem acreditar.
- Querida senhorita chefe. - Fred disse em voz alta enquanto escrevia e Diana riu.
- Que trasgo.
- Não estou me sentindo muito bem hoje, ainda não sei o que é, pode ser varíola de dragão mas também pode ser o meu primeiro bebê ruivo dando sinais. - Ele continuou a falar em voz alta e escrevendo. - De qualquer forma eu vou ficar em casa e meu maravilhoso marido vai ficar cuidando de mim, com amor, Diana Weasley.
- Meu primeiro bebê ruivo dando sinais? - Ela riu. - Por Merlin Frorge, você não sabe se passar por mim.
- Duvido que você faça melhor. - Ele brincou e Diana piscou.
- Observe.
Foi a vez dela se levantar e sair do quarto, logo voltando com um pedaço de pergaminho e se sentando na cama para começar a escrever.
- Jorge. - Ela começou a escrever. - Não vou aparecer na loja hoje, se vira aí com o Lino, se alguém perguntar a Diana está doente.
- Droga, parece comigo. - Ele disse.
- Ganhei! - Ela levantou os dois braços para cima em comemoração.
- Ótimo, agora é só enviar. - O ruivo disse e se levantou, saindo do quarto.
- Você não vai enviar isso não. - Diana disse indo atrás do mesmo. - Fred!
Ele saiu correndo como uma criança e Diana se sentiu mais criança ainda correndo atrás dele, os dois correram pelo corredor e pelas escadas, até Fred entregar a carta para a coruja que estava na sala e abrir a gaiola. Diana pulou nas costas do mesmo que riu e a segurou.
- Vão querer me examinar amanhã! - Ela disse dando um tapa nas costas do mesmo.
- É, então eu acho que você devia tirar uma folga amanhã também. - Ele disse em de brincadeira.
Fred começou a rir e apesar de estar irritada Diana acabou rindo também, até que uma folga era uma boa ideia.
Diana crescera na mansão Fawley e a sua casa atual era muito diferente, muito diferente mesmo. A mansão Fawley era enorme e antiga, a casa de Fred e Diana tinha dois andares e tinha sido construida a um ano, a mansão tinha um ar medieval e era escura, a casa era bem iluminada, tudo na casa lembrava Fred e Diana, tinham fotos dos dois e dos amigos espalhados pela casa, bandeiras de times e de suas casas em Hogwarts. Ela amava aquela casa, amava tudo nela, era seu lar.
- Nós deviamos levantar e fazer alguma coisa útil? - Diana perguntou.
Os dois estavam passando o dia "de molho", deitados sem fazer nada, Diana estava deitada com a cabeça apoiada no peito de Fred, que parecia muito concentrado em tentar fazer tranças no cabelo dela, Diana tinha certeza que ele ia acabar fazendo um nó.
- Tá legal, o que você quer fazer? - Ele perguntou e ela levantou a cabeça para olhar para ele.
- Nada. - Ela disse e Fred riu. - E você?
- Nada. - Ele sorriu. - Parece que concordamos nisso.
- É, então não vamos fazer nada. - Ela concluiu.
Fred voltou a mexer no cabelo de Diana e os dois ficaram em silêncio até que o ruivo se pronunciou novamente.
- Acho que nunca te perguntei isso. - Ele disse. - Como é ser uma vidente?
Diana realmente não sabia a resposta para essa pergunta. Seus pais sempre consideraram aquilo um dom, uma benção mas ela sempre viu como um fardo, uma maldição, em parte pensava que se não fossem suas visões Fred já estaria morto, quem sabe Sirius também, tinha seu lado ruim mas também tinha o seu lado bom.
- Eu não sei explicar, é bom e ruim ao mesmo tempo. - Ela disse.
- Eu sempre achei que devia ser legal ver o futuro. - O ruivo deu de ombros.
- Talvez se eu visse o que eu quissesse mas eu vejo cenas aleatorias, nunca sei quando vai acontecer, nem sempre posso evitar, eu fico tensa o tempo todo, tem dias que eu nem consigo dormir. - Ela suspirou.
As visões, principalmente as de Fred morrendo, constantemente tiravam o sono de Diana, ficava pensando em como impedir aquilo, como mudar o futuro, como fazer tudo aquilo parar. Diana sempre foi muito confiante e determinada, sempre achou que não havia nada que ela não conseguia fazer mas estava precisando se convencer que podia fazer aquilo.
- Sabe que quando isso acontecer você pode falar comigo, certo? - Ele perguntou. - Eu posso ficar conversando com você até que você caia no sono.
- É, seria uma boa. - Diana sorriu de canto.
- Qual foi a pior visão que você já teve? - Ele perguntou.
O estômago de Diana gelou, ela sabia a resposta e a resposta a assombrava a anos, não podia dizer a ele, as vezes ela se questionava como seria se ele soubesse.
- Qualquer coisa relacionada a morte. - Ela disse. - Sirius, Penelope, os Scorgmans, sou uma profissional em prever mortes.
Fred ficou em silêncio por alguns minutos, não esperava nenhuma resposta tão séria e tensa como aquela, Diana notou isso e resolveu quebrar o gelo.
- E a melhor visão com certeza foi quando previ que o Lino ia sair com o zíper aberto. - Ela disse e Fred riu.
Os dois riram por alguns segundos, Diana concluiu como era bom ficar ali e não fazer nada com Fred, quando se está com quem você ama, realmente não importa o que vocês estão fazendo.
Ela se inclinou e o beijou, o beijo foi rapidamente correspondido.
Se afastaram ao ouvir fritos e batidas na porta. A Weasley suspirou e se sentou na cama, ao notar que quem quer que fosse, não iria parar até não ser atendido, Diana se levantou, calçou os sapatos que estavam no chão e saiu do quarto.
Desceu as escadas rapidamente, pensando no quanto queria matar quem estivesse na porta. Assim que chegou ao hall de entrada e abriu a porta, foi pega de surpresa ao ver quem estava ali, tremendo de frio apesar de usar um casaco e com as bochechas tão vermelhas quanto os cabelos.
- Por Merlin! - Ela exclamou o puxando para dentro e fechando a porta. - Quando voltou? Você está bem? Vocês já conseguiram seja lá o que estavam procurando? Cadê o Harry e a Mione? Você fez falta, eu gosto de implicar com você.
- Você também fez falta Diana. - Ele sorriu de canto. - Harry e Hermione não vieram comigo, na verdade eu, é.. É uma longa história.
Diana observou Rony que agora parecia um misto de nervoso, assustado e arrependido.
- O que aconteceu? - Ela perguntou.
- Roniquinho? - Fred perguntou entrando na sala, Rony arregalou os olhos.
- Merda, eu achei que você fosse estar no trabalho. - O ruivo disse, claramente não esperava encontrar o irmão mais velho.
- Dia de folga. - Fred disse como se fosse óbvio. - Não acredito que voltou, nossa mãe deve estar surtando, já imagino ela se afogando em lágrimas enquanto quase te sufoca no abraço.
Rony pareceu não saber o que dizer e Diana resolveu intervir na conversa.
- Acho que você tem mesmo uma longa história para contar para gente. - Ela disse e apontou para o sofá. - Senta.
Rony se sentou no sofá e começou a contar a história, omitindo algumas coisas mas contou detalhadamente sobre a briga com Harry e Hermione, Fred tinha começado a história zoando o irmão e no final já andava de um lado para o outro da sala irritado.
— Você é um saco de batatas? Deveria estar lá, são seus amigos e é o destino de todos nós! – Fred exclamou enquanto resmungava diversos xingamentos.
— Mais alguém sabe que você voltou? – Diana arqueou as sobrancelhas.
— Gui e Fleur, eu estava com eles, eles me passaram o seu endereço e eu vim aqui te parabenizar pelo casamento por que achei que o Fred não estaria aqui. – Rony disse. – Eu sabia que o Fred e o Jorge iam querer me matar.
— Tem razão, espera só eu contar para o Jorge. – Fred disse ainda andando de um lado para o outro.
— Não. – O mais novo disse rapidamente.
— Olha, você fez burrada ruivo, uma burrada enorme se quer saber. – Diana disse. – E eu quero bater em você.
— Eu disse! – Exclamou Fred.
— Silêncio Frorge ainda não terminei. – A Weasley disse e olhou para Rony. – Quer saber eu devia bater em você e depois te empurrar de volta para onde eles estão, mesmo que eu não saiba onde é.
— Mas – Ele começou mas foi interrompido por Diana.
— Olha eu vejo no seu rostinho sardento que você está arrependido – Ela disse. – E sabe o que acontece quando fazemos merda e nos arrependemos? Nós limpamos a merda e fazemos de tudo para nos redimir e melhorar, é isso que você vai fazer.
O ruivo olhou para Diana por alguns segundos e engoliu em seco, ela tinha razão e ele sentia falta dos amigos e realmente estava arrependido.
— Você tem razão. – Ele disse e Diana sorriu vitoriosa.
— Eu sempre tenho razão Roniquinho. – Ela disse.
— Eu ainda estou irritado. – Fred disse. – Mas eu vou pegar alguma coisa para você comer, nossa mãe me mataria se eu deixasse você morrer de fome.
— Eu vou ajudar ele. – Diana disse se levantando.
— Parabéns pelo casamento. – Ele disse e a garota piscou.
— Obrigada.
Diana e Fred caminharam em direção a cozinha, era um dos maiores cômodos e que eles mal usavam por não cozinhar.
— Roniquinho estragou nosso dia de folga. – Fred disse e suspirou.
— No fundinho, beeem no fundinho eu sei que você está feliz por ver ele. – Ela disse.
Diana passou seus braços envolta do pescoço de Fred que sorriu.
— Você lidou muito bem com a situação, foi dura mas compreensiva, eu fiquei impressionado. – O ruivo disse.
— Eu também fiquei impressionada, nem sabia que conseguia fazer aquilo. – Ela deu de ombros.
Ele não respondeu, apenas ficou olhando para ela, que arqueou as sobrancelhas.
— Por que está me encarando?
— Nada. – Ele sorriu de canto. – Você fica cada vez melhor, Diana Weasley.
— Semana passada você disse que eu era desconfiada e complexada. – Ela disse provocando.
— Você é tudo isso mas ainda assim fica cada vez melhor.
Uma das coisas que Diana mais gostava sobre o relacionamento dos dois era o fato de amarem as qualidades um do outro e aceitarem os defeitos, lutando para ajudar o outro.
Antes Diana esperava encontrar alguém que a amasse mas ela não sabia se queria amar, afinal sempre há a possibilidade de se machucar amando, mas se tinha algo que ela aprendeu é que não tem como ser amado sem amar, sem se doar pelo outro e fazer sacrificios, aquilo era amor e era lindo, você pode se machucar e pode ser assustador mas é preciso arriscar.
— Eu entendo ele, eu já cometi tantos erros, já fui cruel com tantas pessoas e já me senti perdida um milhão de vezes, foi bom encontrar pessoas que foram compreensivas mas ao mesmo tempo duras e me mostraram que eu estava errada e que precisava mudar, que podia mudar, sou sortuda por ter tido essas pessoas, então tinha que ser essa pessoa no momento para o Roniquinho. – Ela disse. – Apesar de querem jogar na rua.
— Deviamos jogar ele na rua. – Fred disse e ela riu. – Acho que ele vai ficar com o Gui e a Fleur no Natal e depois espero que ele vá atrás do Harry e da Hermione.
— Eu também espero.
— E espero que ele tenha a descencia de me convidar para ser um dos padrinhos do casamento dele e da Mione quando eles se resolverem. – Fred disse já imaginando tudo sobre os dois que ainda nem namoravam. – Eu espero ver isso.
— Você vai ver. – Ela garantiu.
Diana levantou os pés, ficando na meia ponta para poder ficar em uma altura equivalente – e ainda não alçancar – do namorado e antes que pudessem se beijar ouviram uma voz vindo da sala.
— Vocês estão se agarrando na cozinha, não estão? – Perguntou Rony fazendo os dois rirem.
— Com certeza Roniquinho. – Disse Fred.
Ele riu e então beijou a esposa, no meio da cozinha, durante o dia de folga.
primeiramente, 66k? o queeeeeee? eu estou chocada aqui, obrigadaaaa por lerem, os 70k vem, será que até o fim da fic chega em 100k? (sonhei legal aqui mas ok)
gente os comentários de vocês no último capítulo me emocionaram tanto, fiquei soft demais lendo, tô tão feliz, obrigada por todo o amor, na verdade obrigada pelos comentários em todos os caps, eu sempre fico toda surtada, melhores leitoras sim ou absolutamente sim?
quero dedicar esse capítulo a wowsaturn que fez aninhos no domingo, parabéns atrasado gabe, obrigada por tudinho, você é muito meu nene.
me deixem informada do aniversário de vocês para eu poder dar parabéns, eu gosto, amo aniversário, o meu é 24/10
enfim esse capítulo ta mais soft e os próximos capítulos serão mais leves e softs mesmo, o caos real vai ser nos últimos três capítulos, então até lá vamos viver momentos de paz e felicidade, ok?
falaaaando nisso, faltam nada mais nada menos que SEIS CAPÍTULOS para a fanfic acabar, estamos na reta final, logo mais posto o cronograma de lançamento deles, por que quero fazer um negócio bem organizado e especial iti #goodbyettf
acho que eu vou acabar chorando por que tá acabando, crise.
gente detesto ficar fazendo divulgação mas eu postei mais um original, se chama (des)apaixonados, é comêdia romântica e ta tão bonitinho, se vocês puderem dar um pulinho lá eu vou ficar bem felizinha.
vamos para pergunta do dia: qual sua cena fav da diana e do fred?
vou parar, já enrolei demais, amo vocês ❤
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