30. mais problemas.

Diana estava sentada em uma das mesas da biblioteca, as provas finais ficavam cada vez mais próximas e a garota se sentia a beira de um colapso.

- E aí Di. - Lino disse se sentando na cadeira na frente da garota e ela arqueou as sobrancelhas.

- Lino Jordan, você conhece o caminho até a biblioteca? - Ela perguntou. - Achei que nunca tivesse pisado nesse lugar.

- Aprendi no dia da festa dos meninos. - Ele disse. - E minha namorada também passa muito tempo aqui.

- Então veio ver a Sra. Perfeição, ela não estava e você resolveu dar um "oi" para mim.

- Seu humor está pior que o normal hoje, as provas vão te enlouquecer. - Ele deu de ombros. - Mas eu vim por que também preciso estudar, Fred e Jorge vão ter um empreendimento de sucesso, eu não.

- Já sabe o que quer fazer da vida, figurante? - Ela perguntou fechando o livro em sua frente.

- Não tenho a mínima ideia. - Ele disse de uma forma tão perdida que Diana riu. - Você vai dizer algo sobre eu poder trabalhar como figurante?

- Na verdade eu nem ia dizer isso, estou ofendida com a visão que você tem de mim. - Diana disse se fingindo de ofendida e Lino riu. - Mas foi um comentário muito bem pensado, não acredito que não pensei nisso antes.

- São as provas afetando seu cerébro e o seu sarcasmo. - Lino disse. - Palavras de Frederick Weasley.

- Eu não quero nem saber o que vocês falam de mim pelas costas. - Deu de ombros. - Mas se for algo ruim, eu acho que vou envenenar o suco de vocês.

- Eu vou sentir falta deles quando forem embora de Hogwarts. - Lino disse. - Sei que vão ser só dois meses sem eles mas não vai ser a mesma coisa.

- Também vou sentir falta deles. - Ela disse com sinceridade.

- Mas eu não vou sentir saudades de ficar de vela.

- Eu vou sentir falta de te deixar de vela. - Disse ela. - Provavelmente eu vou ficar de vela, você vai estar grudado na Anna e eu sinto um clima rolando entre a Eady e o Ash, acho que vou ficar com a Angelina por dois meses inteiros.

- Qual é o seu problema com a Anna? - Lino perguntou e Diana negou com a cabeça.

- Não tenho nenhum problema com a Anna. - Disse ela. - Só acho que tem algo errado com ela, até cheguei a suspeitar que ela entregaria a AD.

Já faziam alguns dias que a Armada de Dumbledore havia sido entregue por Marieta, a situação saiu do controle e Dumbledore saira da escola, agora a diretora era Umbridge e Hogwarts não poderia estar pior.

- A Anna não faria isso, não sei por que você não dá uma chance para ela. - Lino disse.

- Lino você não suspeita nem um pouquinho que tenha algo errado com aquela garota? E ela ainda é próxima da Umbridge, tipo a filhinha dela. - Retrucou Diana.

- Ela não é mais próxima da Umbridge e você não sabe o que ela está passando, aquela mulher tem ameaçado a Anna a algum tempo e ameaçado a carreira do pai dela no Ministério. - Contou ele. - Você não é a única perseguida por ela.

- Olha figurante - Ela começou mas foi cortada por Lino.

- Diana apesar de você chamar minha namorada de Sra. Perfeição, ela não é perfeita, tem passado por muita coisa e você nem tentou dar uma chance para ela, a Anna é ótima. - Ele disse. - Eu a amo.

Diana suspirou, tinha prometido a si mesma que não atrapalharia o relacionamento de Lino.

- Tudo bem, eu sou só uma amiga se preocupando, quando o Fred começou a gostar de mim, você não ficou preocupado? - Ela perguntou. - Eu não era lá a melhor pessoa do mundo.

- Fred tem uma queda por você desde o terceiro ano, acho que você nunca soube disso. - Lino disse. - Mas ele nunca achou que fosse dar certo afinal você era a Diana do mal, até que no ano passado você deu a louca no vagão do Expresso Hogwarts, então logo entrou para o time da sala secreta e quando eu me dei conta Fred estava apaixonado por você, não tive muito tempo de julgar por que na época eu e Jorge nos davámos até que bem com você.

Diana foi pega de surpresa ao saber que Fred já tinha uma queda por ela e com certeza o provocaria mais tarde.

- O ano passado foi uma loucura. - Ela disse se lembrando do ano anterior.

- Mas nós ficamos felizes de você ter se unido ao time. - Lino disse e Diana sorriu de canto.

Antes que ela pudesse responder, Fred e Jorge entraram, Jorge se sentou ao lado de Lino e Fred ao lado de Diana.

- Reunião na biblioteca? - Ela perguntou.

- Não chorem mas vai ser nossa última reunião em Hogwarts. - Jorge disse. - Pode dizer a eles por que, Fred?

- Por que vamos embora hoje. - Fred disse e Jorge começou a bater palmas.

- Hoje? - Diana perguntou surpresa.

- Eu acho que ficamos muito. - Fred disse e beijou o ombro da namorada.

- Vamos começar a nos preparar, o caos será a noite. - Comentou animadamente Jorge.

Jorge se levantou em um pulo e Lino se levantou logo atrás dele, Fred fez um sinal com a mão para que eles fossem na frente.

- Pelo menos não vamos ficar de vela. - Disse Jorge e saiu rindo com Lino.

Diana olhou para o namorado e esperou que ele falasse alguma coisa.

- Tente não morrer de saudades enquanto eu estiver fora. - Ele disse.

- Tente você. - Retrucou ela. - Sabemos que você é louco por mim.

- Mas agora é sério. - Ele disse e a encarou por alguns segundos. - Tente não se meter em nenhuma confusão.

- Como se eu conseguisse. - Ela disse e o ruivo riu. - Mas eu posso prometer tentar.

- Vai soar meloso se eu dizer que já estou sofrendo por antes da hora? - Fred disse. - Mesmo que você esteja aqui do meu lado.

- Sim, vai soar bem meloso. - Ela disse e riu.

- Para ser sincero eu não ligo, nesse momento eu odeio o efeito que você tem sobre mim. - O ruivo disse.

- Você se sentiria um pouquinho melhor se eu dizer que vou sentir sua falta também?

- Faria bem para o meu ego. - Ele brincou e Diana se aproximou mais dele.

- Eu vou sentir sua falta. - Ela sorriu. - E quando as aulas acabarem, é bom que eu chegue no lugar que vai ser a Geminialidades Weasley e a loja esteja quase pronta.

- Como se eu e Jorge fossemos conseguir. - Ele disse afinando a voz para imitar o que Diana havia dito mais cedo. - Mas eu prometo tentar.

Diana riu e se aproximou de Fred, o beijando e como todas as vezes, ela sentiu que eles pertenciam um ao outro.

A tarde de Diana foi baseada em dar os toques finais no plano dos gêmeos, isso até Umbridge aparecer a chamando para ir até a sua sala.

A Fawley notou que havia algo errado com Dolores, parecia insuportável como todos os dias mas naquele dia ela parecia mais inquieta e irritada.

- Então querida, eu recebi uma outra carta dos seus pais hoje. - Umbridge disse assim que chegaram na sala e Diana se sentou. - Você tem um destino, não sei por que insiste em fugir dele.

- Agora trabalha para a Penelope e o Garrett? Eu nem estou impressionada. - Resmungou Diana.

- Estou fazendo um favor para dois amigos e para o mundo bruxo. - Umbridge disse e forçou um sorriso. - E seus pais estão preocupados com você.

Diana arqueou as sobrancelhas, o que Umbridge queria dizer com "favor ao mundo bruxo"? O que ela sabia que Diana não sabia?

- Eu vou dar uma cochilada enquanto você fala, você não se importa né? - Perguntou ironicamente.

- Eu tentei me aproximar de você Diana, esperava que pudessemos ajudar uma a outra mas você insiste nessa besteira. - Disse Umbridge logo em seguida abrindo um de seus sorrisos cínicos. - Acho que terei que te ensinar uma lição.

A mulher se levantou de sua cadeira cor de rosa e Diana a encarou, não pretendia abaixar a cabeça, estava cansada de Umbridge e de qualquer coisa que a incluísse.

- Manda ver, corte a minha língua. - Disse Diana. - Faça o que você quiser, isso não vai mudar absolutamente nada.

- Dessa vez vai mudar sim. - Ela disse. - Seus pais me deram uma missão, uma missão que alguém maior deu a eles.

- Espera, você vai começar a discursar? - Ela arqueou as sobrancelhas e exibiu um sorriso debochado. - Só deixa eu me sentar direito, quero estar confortável quando eu começar a cochilar.

Umbridge a encarou, Diana jurava que podia ver o olho dela tremendo, a garota tinha certeza que iria acabar enlouquecendo Dolores.

A nova diretora de Hogwarts pegou a varinha que estava na mesa, a apontando para Diana. A Fawley tentou disfarçar a expressão de surpresa.

- Vamos acertar as coisas querida, a partir de agora eu falo e você obedece. - Umbridge disse, sua voz fina e irritante como sempre.

Antes que Diana pudesse responder ou dizer algo sarcástico, a mulher pronunciou um feitiço. Não qualquer feitiço. Aquelas palavras tinham um imenso poder, tão grande que o feitiço havia se tornado proibido.. Imperdoavel.

- Imperius!

A sensação para Diana era como se alguém estivesse tentando entrar em sua cabeça, como se tentasse invadir, arrancar algo, era algo extremamente forte.

"Não" ela pensou "não vou deixar você ganhar", tinha feito muito esforço para aguentar Umbridge nos últimos meses, muito esforço para conseguir se libertar de seus pais, se libertar de estar sempre em busca da aprovação deles, se libertar de todo o ódio que sentia de não puros sangues.

Se lembrou de tudo que passara desde o sexto ano até ali, tinha mudado muito, lutado muito, se lembrará de tudo que tinha feito para salvar Fred e da amizade que tinha criado com os gêmeos e Lino, se lembrou de Angelina e de como os Johnson estavam sendo sua família, amava sua vida apesar de tudo, amava tudo o que tinha e lutaria por aquilo, nunca pararia de lutar, a vontade de lutar por aquilo sempre seria maior do que qualquer coisa.

E foi por conta dessa força de vontade que ela sentia que estava tomando controle de si novamente, naquele momento Diana teve certeza, ela era mais forte do que aquilo.

- Mais sorte da próxima vez. - Ela disse, as palavras carregadas de ironia e um sorriso sarcástico em seus lábios.

Umbridge a olhou, Diana via no olhar da mulher um misto de sentimentos, surpresa, confusão mas o mais claro deles era a raiva.

- Cruci - A mulher não terminou a frase pois a porta foi aberta pelo zelador Filch.

- Diretora temos um problema. - Ele disse.

- Resolva sozinho.

- Problema no nível pântano. - Ele disse e Umbridge arregalou os olhos.

- Eu volto em um minuto. - Ela disse olhando para Diana.

Filch e Umbridge saíram rapidamente e a Fawley pode ouvir Dolores lançar vários feitiços na porta.

A cabeça de Diana chegava a latejar mas ela se sentia aliviada pelo caos causando pelos gêmeos. A garota pegou sua varinha em seu bolso e se preparou para lançar feitiços na porta por mais que soubesse que a porta não abriria.

- Droga. - Resmungou.

- Diretora Umbridge, olá. - Disse alguém do lado de fora da porta, batendo ali.

Diana reconhecia aquela voz, era Anna Sinclair.

- Anna! - Ela exclamou. - Eu estou trancada aqui.

- Por Merlin, eu não cheguei a tempo então, achei que ela falaria com você mais tarde. - Anna disse desesperada. - Você está bem? Eu li por cima a carta que estava na mesa e Umbridge estava surtada, achei que ela fosse te machucar.

- Eu sabia! - Exclamou Diana. - Sabia que coisa boa você não era, ai eu vou esfregar isso tanto na cara dos gêmeos e da Angelina.

- Diana eu vou te explicar tudo mas primeiro vou te tirar daqui. - A garota disse. - Alomohara!

- Ela lançou vários feitiços na porta, não vai adiantar nada.

Anna ficou em silêncio por alguns segundos mas logo deu um gritinho.

- Caramba! - Exclamou. - Eu já sei.

- Já sabe o que? - Diana arqueou as sobrancelhas.

- Lino me deu um protótipo de explosivos mágicos que os gêmeos estavam fazendo. - Anna disse revirando os bolsos.

- Uau Lino é um cara muito romântico que sabe bem como presentear uma mulher. - Ironizou Diana.

- Ele tinha medo da Umbridge me trancar como fez com você. - Contou.

- Qual é o seu rolo com a Umbridge? Eu sinceramente não estou entendendo nada. - Reclamou a Fawley.

- Já disse que explico depois, agora saia de perto da porta. - Ela disse e olhou para os explosivos em sua mão. - Tomara que dê certo.

Diana se afastou da porta, indo até uma das paredes e Anna se afastou da porta também, puxando a corda dos mini explosivos mágicos e os jogou na porta.

Um buraco enorme se formou no meio da porta, pedaços de madeira voaram para todos os lados, misturados com a fumaça vermelha que saia dos explosivos mágicos.

Diana saiu da sala e assim que viu Anna as duas correram para longe da sala de Umbridge, parando ao se aproximarem da escadaria.

- Desembucha Sinclair, que história é essa? - Perguntou Diana.

- É uma história muito longa. - Começou a corvina. - Eu já te disse que minha família paterna tem um histórico de aurores, meu pai, Nick, é um auror, é ótimo e apaixonado pelo que faz, o trabalho dele significa muito para ele, Umbridge sabe disso então antes das férias terminarem ela fez uma visita a minha casa.

A garota pausou para respirar fundo antes de continuar a história.

- Ela me chamou para conversar naquele dia e me ameaçou, ela tem um cargo alto no Ministério e disse que faria meu pai ser demitido, além de ter espalhado calúnias sobre minha mãe. - Contou Anna. - Minha mãe, Kirby, foi amiga do Sirius Black durante a adolescência ela era próxima dele, ele e Freya Abbott, noiva dele na época e grande amiga da minha mãe até foram padrinhos de casamento dela, quando o Black fugiu de Azkaban, o Ministério foi atrás de pessoas que eram próximas dele, minha mãe sendo minha mãe não gostou de ser acusada e jogou um prato na Umbridge.

Diana riu e sentiu imensa vontade de jogar um prato em Umbridge também.

- Umbridge tem problemas com minha mãe desde então e disse que tinha como acusá-la de estar envolvida em ajudar Sirius Black, além de ameaçar meus irmãos mais novos, eu entrei em pânicos, aceitaria tudo se isso significasse proteger a minha família. - Anna respirou fundo. - Ela me trouxe mais cedo para Hogwarts e sem que ninguém soubesse me deixou entrar no seu quarto, fui eu que escrevi as ameaças.

Diana se lembrou de ter culpado Lacey por aquilo, no fim a Howard estava falando a verdade quando disse que não tinha nada haver com aquilo.

— Eu sinto muito Diana, na hora já me senti culpada e achei que Umbridge só iria querer aquilo mas ela me mandou espionar você e contar tudo para ela, ela sempre me chamava em reuniões e me ameaçava. – Continuou a Sinclair. – Quando eu descobri sobre a Sala Secreta, parei de contar as coisas para Umbridge e comecei a mentir, inventar histórias sobre você e ela demorou para perceber que eram mentiras mas a alguns dias ela notou e disse que acabaria comigo e com minha família, por isso Lino estava preocupado e me deu os explosivos.

A garota da Sonserina iria falar mas foi cortada por Anna que ainda tinha mais coisas para dizer.

— Parece que seus pais falaram com a Umbridge, queriam a ajuda dela para fazer você mudar de opinião, primeiro eu achei que era só por que queriam a filha de volta mas pela maneira que Umbridge falava é como se eles precisassem que você estivesse do lado de Você-Sabe-Quem, como se ele tivesse confiado uma missão a eles. – Anna disse. – E hoje eu li por cima uma carta na mesa da Umbridge, parece que tem uma profecia que fala sobre você, eles dizeram que a profecia está se cumprindo e então Umbridge ficou irritada e achei que ela faria algo contra você.

— Bom, ela iria fazer. – Diana disse. – Eu ainda não sei o que achar de você Anna mas fez o que fez pela sua família.

— Sim e eu garanto que não sou uma pessoa ruim, prometo que vou te provar isso. – Ela disse desesperada.

O barulho de uma explosão no andar debaixo chamou a atenção das duas, elas foram descendo as escadas e notando que havia caos em todos os corredores, alunos vomitando pelas Vomitilhas, um pântano em um dos andares, alunos transformados em canarios pelo Creme de Canário.

Assim que chegaram ao primeiro andar viram que o ali era o centro do caos, Umbridge gritava enquanto Fred e Jorge voavam pelo lugar com suas vassouras.

Lino distribuia Fogos Espontâneos para os alunos, até que viu Anna e saiu indo em direção da namorada para abraça-la, estava visivelmente preocupado afinal sua namorada estava sendo constantemente ameaçada, Anna correspondeu o abraço, o apertando e Diana se sentiu segurando vela.

— Espalhamos o caos Di. – Lino avisou.

— Hogwarts nunca esteve tão linda, figurante. – Ela disse sorrindo e observando o local.

Fred e Jorge acenaram para eles quando os viram ali.

— Ei pirraça! – Berrou Fred para Pirraça. – Fique de olho na minha namorada por mim.

Diana negou com a cabeça, Fred piscou para mesma e ambos sorriram um para o outro.

— Preparado, Fred? – Jorge perguntou após acenar para Angelina.

— Preparado, Jorge. – Fred disse e olhou para Diana mais uma vez.

Os gêmeos voaram para fora de Hogwarts, anunciando a Geminialidades Weasley e sendo aplaudidos pelos alunos.

O clima de caos também era de total festa entre os alunos de Hogwarts que encontraram nos gêmeos Weasley inspiração para continuar contra as regras de Umbridge e trouxeram ânimo a Hogwarts que estava desanimada desde a saída de Dumbledore.

Diana pensou que se fosse a alguns anos, ela provavelmente reviraria os olhos e reclamaria dos gêmeos, mas ali e agora ela estava orgulhosa e acima de tudo, amava Fred e Jorge Weasley.

capítulo enorme para compensar a demora!

o que vocês acharam?

próximo capítulo temos a morte (ou não) do sirius hihihi

ah, eu criei um grupo no whatsapp para ttf, quem quiser entrar o link está no meu mural.

ah eu tenho uma pergunta, vocês escolhem willa (full moon), diana ou freya (azkaban)? não vou falar para que, pode ser para uma coisa boa ou uma coisa ruim.