↪ 02.
02. o torneio tribruxo.
Já faziam horas desde o acontecimento no vagão e Diana evitava pensar sobre aquilo e sobre sua nova visão. Resolveu que focaria toda a sua atenção no banquete que estava sendo servido.
— Você está bem? – Perguntou Eadlyn.
— Estou, por que? – Questionou sem nem um pingo de preocupação na voz, Diana podia ser uma ótima atriz e manipuladora de situações quando queria.
— Eu não sei, só sinto que você não está bem. – Respondeu a loira. – E você está comendo mais do que o normal, além de não estar participando do assunto.
Diana ficou em silêncio para ouvir a conversa de seus amigos, falavam sobre a Copa Mundial de Quadribol, a morena deu de ombros.
— O assunto da Copa já passou, não aguento mais falar sobre isso. – Ela disse e bebeu um pouco de suco de abóbora.
— Seus pais ficaram com ótimos lugares na Copa, até melhores do que os dos meus pais que eram incríveis. – Disse Eady.
Em outras situações Diana teria respondido, ela e Eadlyn conversariam até o fim do banquete, mas naquele momento, a Fawley ficou feliz por Douglas Pelts, um quintanista, puxar assunto com Eadlyn e ela deixar Diana de lado.
"Não olhe para mesa da Grifinória, não olhe, Weasley é bem grandinho, você não é a babá dele" repetia para si mesma e se arrependia de ter se envolvido naquilo, Diana sabia muito bem que quando se envolvia em alguma coisa ia até o fim, não aceitava falhas, não aceitava desistências, se entrasse em algo era para ganhar. Era ambiciosa e orgulhosa demais para desistir.
Resistindo ao impulso, Diana se virou e olhou para mesa da Grifinória. Quando encontrou os gêmeos, não soube diferencia-los agora que os dois estavam com as vestes da Grifinória.
Seu olhar acabou encontrando o olhar de um dos gêmeos, ele desviou o olhar rapidamente ao notar que tinha sido pego olhando para ela, Diana fez o mesmo e algo lhe dizia que aquele era Fred.
Para disfarçar voltou a tomar suco de abobóra e fingiu estar interessada na conversa de Eadlyn e Douglas.
— Então! – Exclamou o diretor Dumbledore, se levantando e sorrindo para todos. – Agora que já comemos e molhamos também a garganta, preciso mais uma vez pedir sua atenção, para alguns avisos.
Todos os alunos fizeram silêncio e escutaram o diretor falar sobre o aviso do zelador Filch. Diana bochechou e parou de prestar atenção no discurso até escutar uma frase que a fez querer pular de raiva.
— Tenho ainda o doloroso dever de informar que esse ano não realizaremos a Copa de Quadribol entre as casas.
Após as palavras de Dumbledore, o salão todo começou a conversar entre si.
— Eles vão mesmo tirar a única coisa que torna esse lugar menos tedioso? – Eadlyn acompanhou Diana nas reclamações.
Logo todos na mesa da Sonserina reclamavam, e não só naquela mesa, o anúncio não agradara os alunos de nenhuma Casa.
Diana era artilheira da equipe de Quadribol da Sonserina a alguns anos e amava o esporte, não conseguia disfarçar sua revolta. Continuou resmungando enquanto Dumbledore apresentava o novo professor de Defesa Contra as Trevas, Olho Tonto Moody.
— Esse cara é muito estranho. – Disse Ashton que estava sentado ao lado de Diana.
Ela não pode deixar de concordar.
— Como eu ia dizendo – Recomeçou Dumbledore. – Teremos a honra de sediar um evento muito excitante nos próximos meses, um evento que não é realizado há um século. Tenho o enorme prazer de informar que este ano, realizaremos o Torneio Tribruxo em Hogwarts.
— O senhor está brincando! – Exclamou Fred Weasley.
A tensão no salão desapareceu, a maioria dos alunos estava rindo.
Após a brincadeira de Fred, Dumbledore explicou exatamente o que era o Torneio e contou que alunos de Durmstrang e de Beauxbatons estariam em Hogwarts. Os alunos que antes estavam revoltados pelo cancelamento da Copa, agora comemoravam o anúncio do Torneio. Isso até Dumbledore jogar outra "bomba".
— Somente os alunos que forem maiores de dezessete anos terão permissão de colocar seus nomes na seleção.
Novamente todos estavam falando sem parar. Entre os mais revoltados estavam Fred e Jorge Weasley, Diana sentiu vontade de bater em Fred e explicar que ele já estava com a previsão de morte feita e se escapasse dela e entrasse no Torneio Tribruxo, acabaria encontrando mais milhões de jeitos de morrer.
— Isso é frustante. – Disse Ashton para Diana. – Só faço dezessete no fim do ano.
— Eu não me inscreveria nem que tivesse. – Ela disse e deu de ombros. – Já tenho drama suficiente na minha vida.
Ela se levantou, praticamente puxando Eadlyn para vir também.
— Tchau Douglas! – Exclamou Eady e olhou para a amiga. – Quando será que começam as inscrições e como será que vai ser?
— Eu não sei. – Deu de ombros. – Mas acho que começam em Outubro, Dumbledore disse que as outras escolas chegariam em Outubro.
Quando as duas saíram indo em direção as masmorras, Diana viu Fred, Jorge e Lino conversando animadamente sobre o Torneio, a visão de mais cedo voltou a sua cabeça e ela sentia que aquilo tinha alguma ligação com o Torneio.
— Qual sua próxima aula? – Eadlyn perguntou quando ela e Diana saíram da sala de Herbologia.
Era o primeiro dia letivo em Hogwarts e o primeiro dia dos alunos do sexto ano com as aulas escolhidas através das N.O.M.S.
Os resultados de Diana haviam sido satisfatórios, dos cursos que fora aceita optara por cursar somente Poções, Herbologia, Transfiguração, Feitiços e Defesa Contra as Artes das Trevas e Adivinhação, pensou em cursar Trato de Criaturas Mágicas mas não considerava o professor apropriado, sem contar que sua mãe mandava milhões de cartas a escola reclamando dele e não deixaria Diana cursar a matéria nesse ano, nem se ela quisesse.
— Poções. – Disse a morena olhando o horário. – E a sua?
— História da Magia. – Deu de ombros. – Qual é a próxima aula que temos juntas?
— Eu tenho Poções agora, depois Adivinhação e.. Nos vemos em Transfiguração. – Disse Diana.
— Ainda não acredito que vai continuar em Adivinhação, aquela velha não sabe nada! – Exclamou de maneira exagerada – E você não precisa disso, você é uma vidente.
Eadlyn era uma das poucas pessoas em Hogwarts que sabia sobre o "dom" de Diana, os outros imaginavam que ela fosse só uma aluna muito boa em Adivinhação.
— Exato, por ser vidente que essa matéria se torna mais fácil para mim. – Disse.
— Pensei que não quisesse ter nada relacionado com isso na sua vida. – Disse Eadlyn. – E você quer ser curandeira certo? Para que vai precisar de Adivinhação?
— Não vou precisar de Transfiguração também mas você me implorou para fazer. – Deu de ombros. – Se eu escolhesse apenas as que eu vou usar como curandeira, meus pais me matariam, querem poder dizer para todos que a filha faz várias aulas, incluindo Adivinhação.
— Então Adivinhação foi ideia deles?
— Yeap. – Disse enquanto dobrava o horário. – Eles acham que a professora pode me ajudar a ver algo que eu não vi.
— Vai precisar se impor a eles uma hora ou outra, você sabe disso né? – A loira arqueou as sobrancelha.
— Essa hora não vai chegar tão cedo, você conhece os meus pais.
Eadlyn suspirou, os Fawley eram realmente dificeis.
— Boa sorte Di, te vejo em Transfiguração.
— Te vejo em Transfiguração.
Ela observou sua amiga sair.
— E ai Fawley.
Diana nem precisou se virar para saber de quem era a voz.
— O que você quer Frorge? – Ela perguntou se virando para encarar o ruivo.
— Frorge? – Ele perguntou rindo.
— Eu não sei se você é o Fred ou é o Jorge, acho que ninguém sabe. – Ela deu de ombros.
— Tem razão, até minha mãe confunde. – Ele sorriu. – É por isso que não namoramos, medo da namorada de um se confundir e beijar o outro.
— Não, vocês não namoram por que ninguém quer namorar vocês. – Revirou os olhos. – Desejo forças as futuras esposas.
— Quem sabe minha futura esposa não seja você?
— No seus sonhos Frorge.
— Eu sou o Fred. – Ele disse. – Escute bem a minha voz, se não sabe diferenciar pelo rosto, pode diferenciar pela voz.
— Por que você está falando comigo? – Perguntou sem se importar se iria soar grossa.
— Uau Fawley, cade a educação? – Ele perguntou se divertindo com a situação.
— Nós nunca nos falamos Weasley, por que está falando comigo?
— Qual o problema? – Questinou. – Está com medinho dos seus amigos da Sonserina te virem conversando comigo?
— Eu não converso com traidores de sangue, só para deixar bem claro. – Ela disse.
— Nossa Diana como você é engraçada! – Ele exclamou levantando o tom de voz.
— O que você está fazendo?
— Chamando a atenção, quero que todo mundo veja a esnobe Diana Fawley falando com um "traidor de sangue" – Ele disse.
— Quer parar com isso Weasley? – Perguntou já se irritando.
Não adiantou nada, afinal Fred continuou falando alto. Diana puxou o mesmo pelo braço entrando no armario de vassouras.
— Puxa Fawley, não imaginei que você era do tipo que já arrasta para o armário escuro. – Ele brincou.
— Você é tão infantil! Meu Deus Weasley, você é uma criança. – Ela disse.
— Ok, eu vou parar antes que você solte fogo pelas orelhas. – Ele disse. – Por que fez aquilo no vagão?
O coração de Diana aquecerou, ela ignorou isso mas o armário era pequeno demais, o que fez o ato não passar despercebido por Fred.
— Está nervosa Diana? – Ele perguntou e sorriu.
— Não pense por um minuto que isso tem haver com você, trasgo. – Revirou os olhos. – Eu vou me atrasar para aula do Snape por sua causa.
— Responda a pergunta Diana. – Ele disse.
— Por que eu quis! – Exclamou. – E eu não te devo satisfação, faço o que eu quiser.
— Nós gastamos tempo e dinheiro com aquilo, quero uma resposta melhor. – Ele disse.
— Gastaram pouco tempo isso sim, de longe dava para ver que aquilo ia dar errado, melhor reverem as receitas! – Exclamou e ia sair até ser puxada por Fred.
— Onde você vai? A conversa ainda não acabou!
— Acabou sim Weasley, eu tenho mais o que fazer, a culpa não é minha se você é desocupado. – Disse empurrando a porta do armário. – Pode ficar ai pensando no escuro se quiser.
— Diana! – Ele exclamou mas ela continuou andando. – Nenhum beijinho de despedida?
— Cala a boca Frorge! – Disse se virando.
Fred observou Diana sair em rumo as masmorras, riu daquela situação. Tinha feito uma grande descoberta naquele dia: Irritar Diana Fawley era muito divertido.
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