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MISTIFÓRIO ❅01❅

Ao atravessar a floresta, ela encontrou o senhor Lobo, que ficou louco de vontade de comê-la.

— Chapeuzinho Vermelho



Em algum lugar do território mundial, localizada entre os polos norte e sul, distante de qualquer território comum, existia uma pequena cidade abençoada por um inverno incessante, regada através de brisas frias e úmidas. Um lugar enriquecido de mitologias, lendas e superstições, mais conhecido pelo seu nome popular de: Reverie.

Encontrando-se sentado em sua cabine de trem, solitário durante a viagem, ele equilibrava o queixo em uma de suas mãos, enquanto observava a paisagem verdejante e vívida correr por sua visão através da janela transparente, porém envelhecida. Jeon Jungkook estava de mudanças na manhã daquele 30 de dezembro.

Nascido e criado em cidade grande, era uma novidade ao rapaz a transformação de rotina que seria residir na pequena e misteriosa Reverie, local longe de tudo, onde curiosamente existia o maior centro histórico do planeta.

Recostou-se ainda mais sobre o banco de couro no qual estava acomodado, mas embora sua postura descontraída, internamente, Jeon estava completamente ansioso e inquieto para chegar em seu novo local de moradia.

Conhecida por ser a mística cidade do gelo, nenhum dos maiores estudiosos poderia explicar o grande destaque mundial notável da única faculdade de ensino superior de Reverie, que era exclusivamente voltada para estudos históricos e mitológicos. 

Jeon Jungkook estava especialmente empolgado por ter garantido uma generosa bolsa de estudos — graças ao seu histórico impecável — no curso de História da Instituição de Reverie, que carregava o mesmo nome da cidade. Sendo este o principal motivo que havia motivado a sua mudança de localidade.

Após algumas longas horas de viagem, observando tudo minuciosamente da janela de seu vagão, Jeon percebeu a paisagem externa mudar radicalmente de verdejante e alegre para acinzentada e obscura. Os sinais significavam apenas uma coisa: ele finalmente havia chegado em sua destinação.

Quando a locomotiva anunciou a sua parada dentro da cidade do gelo, por fim, Jungkook imediatamente se levantou de onde estava.

Carregando sua maleta comprida e pesada de estampa listrada com certa dificuldade, Jeon Jungkook teve ainda mais certeza de que havia chegado em seu local de destino quando, mesmo pela janela, deparou-se com a vista de um conhecido, chamado Park Jimin, em sua espera, esboçando a expressão mais receptiva e contente que conseguiu transmitir em seu rosto pálido e um pouco rechonchudo.

Assim, Jungkook arrastava as rodinhas carecas e desgastadas da sua enorme bolsa de viagem em direção à saída do vagão. Mas após deixar o veículo, não foi preciso ao jovem mais do que alguns poucos segundos para constatar que o ambiente de Reverie era mais álgido e nublado do que o esperado.

Situada em uma altitude não muito elevada, Reverie era famosa por seu inverno eterno típico e anormal, todavia, Jeon precisou comprovar o elemento pessoalmente para, somente depois, acreditar no acontecimento das baixas temperaturas vitalícias. Que até então ele considerava quase impossível de ser verídico.

Conhecendo bastante a respeito dos quesitos geográficos, o mais novo habitante da cidade, Jeon Jungkook, ainda matutava em seu interior a respeito das possíveis razões que explicariam um eventual tão anômalo que era aquele frio, buscando ser o mais coerente possível em suas ponderações. Quando, no momento, foi surpreendido pelo contato amistoso de um abraço aconchegante de boas-vindas, ministrado por seu, além de amigo, primo materno.

— Quanto tempo faz que não nos vemos, dongsaeng? — Separando-se do abraço, Jimin depositava uma de suas mãos sobre o ombro de seu amigo, cordial.

— Já faz muito tempo... — Exibindo um grande sorriso no rosto Jeon falava, feliz em reencontrar o seu tão querido primo, que para ele mais parecia com o irmão que nunca tivera tido oportunidade de ter.

— Seja muito bem-vindo ao novo mundo que é Reverie! — Park Jimin falava, desta vez enchendo e esvaziando o seu peito de ar com vigor. Afinal, aquela cidade passou a ser o pequeno e isolado refúgio do garoto Park, quando anos atrás ele praticamente fugiu de sua antiga vida de luxo, querendo ficar completamente longe de tudo o que era relacionado a sua família.

Porque Jimin era o herdeiro primogênito de uma grande fábrica de sapatos de grife, reconhecidos por todo o mundo. Mas abandonou toda a sua destinação quando se instalou em Reverie e se dispôs a investir por inteiro na carreira que realmente importava ao garoto, que era a arte da produção de doces, tortas e bolos. 

Desde então ele vinha suportando a falta que os dias ensolarados faziam em sua vida, positivo e sonhador, construindo seu próprio castelo mágico dentro do reino congelado. Era somente uma pena que, agora, todo o seu reinado estivesse passando por momentos de turbulência.

Entretanto, da mesma forma que Jeon Jungkook, ainda era um prazer receber e abrigar o seu primo, e também amigo de infância, em sua casa. Jungkook era o único membro da família no qual Jimin não queria distância.

Dessa maneira, a relação entre os primos era até mais amistosa e compassiva do que se comparada com o turbulento relacionamento entre Jimin e o seu irmão caçula. Que, inclusive, foi o grande responsável pelo estopim e também pela fuga do garoto para os campos gelados.

— A partir de hoje, maninho, mi casa es tu casa!

No pequeno tempo em que já havia passado no local, foi permitido a Jeon Jungkook que observasse parte do cenário que rendia as ruas esguias de Reverie.

O chão da cidade era habitualmente encoberto por uma camada grossa de gelo; os céus eram preenchidos de uma tonalidade acinzentada e escura, dominando toda a extensão superficial e visível das alturas. Reverie mais parecia com uma grande e gelada bola de cristal, que mantinha sua ambientação climática indiferente ao restante do mundo inteiro, atípica.

Enquanto caminhavam juntos, até que chegassem em casa, os dois passaram perto do que parecia uma grande floresta escura, recoberta por finos flocos de neve em cada uma de suas poderosas e elevadas árvores, características que proporcionavam à paisagem um semblante de mistério e desconhecimento.

Em meio a rota, Jeon pôde sentir um pressentimento ruim de como se fosse observado por algo — ou alguém — dentro da mata turva, mas talvez fosse apenas o medo do inexplorado que estivesse pregando peças no rapaz. Por isso, dando pouca atenção, ele apenas concordou que ignorar a sensação desagradável era a melhor solução, Jungkook nunca havia sido um rapaz de muita crença, de qualquer maneira.

A moradia de Park Jimin ficava localizada um tanto distante do centro da cidade, mais precisamente na direção do monte Glória, perto também da floresta de abetos que em pouco tempo já havia despertado a atenção da personalidade mais curiosa de Jungkook. Por estes motivos, Jeon passou a maior parte do trajeto concentrando quase toda a sua atenção no território mais misterioso e impenetrável do local, completamente fascinado.

Com algum tempo de caminhada, os dois finalmente chegaram no lugar que conviveriam juntos. E era tudo muito simples, o oposto da antiga realidade de Park Jimin, mas ainda assim suficiente para ele. Já Jeon Jungkook, em contraponto, sentiu um certo desconforto com a aparência e a localização isolada daquela moradia.

Poucos metros quadrados demarcavam a construção isolante de madeira, que não tinha nenhuma divisória ou repartição dentro de si, exceto pelo banheiro apertado. Contudo, embora a simplicidade, o que mais chamou a atenção do novo morador foi o estado caótico e desorganizado que o lugar se encontrava. 

Um cenário que somente manifestava o reflexo do atual estado de vida de seu proprietário. Era um desastre.

Garrafas vazias de soju estavam espalhadas por cada canto da casinha. Cama desforrada, roupas sujas largadas e pacotes vazios de lámen expostos em todos os lugares. Para Jeon Jungkook, bem conhecendo o seu primo, só existia uma razão para ocasionar tanta desordem na vida de Park Jimin. E seu nome era: Amber Chaase.

Loira, dos olhos tão claros que mais pareciam como o vislumbre do céu mais liso de uma manhã veraneia, Amber era como os dias ensolarados que existiam somente na imaginação fértil do Jimin. E desde que o Park habitava no território congelado, a garota havia sido o seu maior motivo de persistência ou recaída, tornando-se o maior ponto fraco do rapaz.

— Vocês brigaram de novo? — Jungkook o perguntou quase certo, tendo conhecimento de todas as brigas existentes na vida conturbada do casal. Já que, Jimin, do jeito mais sensível e emocional possível, sempre ligava para o primo apenas para lamentar a respeito de um novo infortúnio em seu relacionamento amoroso.

— Atrasado nas notícias Jeongguk? — Jimin usava o apelido carinhoso como razão para disfarçar a sua aparente mágoa, e manifestar uma indiferença inexistente em sua fala. — Ela terminou comigo depois de rejeitar o meu pedido de casamento — proclamou por fim, como se fosse pouca coisa.

— E você não me contou?

— Mudaria alguma coisa? — Jimin encontrava-se nitidamente na defensiva, provavelmente ainda abalado pelo recente término de seu relacionamento.

— Ah, então está explicado. — O mais novo exprimiu, julgando o ocorrido como o principal motivo para aquele caos. Ainda lamentando profundamente por ter que suportar o seu primo em seu pior estado mental.

— O que é? — indagou conhecendo a expressão conclusiva do mais jovem. — Eu já superei, okay? — garantiu, dando de ombros e se esquivando atrás de um pacote velho de salgadinhos abandonado no chão de sua sala, comendo os resquícios amolecidos, abandonados e esquecidos dentro dele. Deixando-se abarrotar, logo após, no único sofá entulhado da casa. — Quem liga para o casamento e esses compromissos bobos? — indagou, cruzando os braços, enquanto, sem sucesso, tentava demonstrar aversão a relacionamentos sérios com a sua fala de desgosto. — Estou certo de que viver na farra diária é muito mais divertido! É isso mesmo maninho..., eu já superei essa vida monogâmica.

— Eu vou fingir que acredito. — Jungkook revirava os olhos enquanto falava, pouco antes de empurrar alguns embrulhos amassados do sofá ao chão, e sentar-se ao lado de seu primo. — Quem você que enganar Jimin? — O Jeon suspendia as sobrancelhas. — Todo mundo sabe que você é amarradão nessas histórias de amor verdadeiro, príncipes e princesas, castelos mágicos, e laços que duram uma vida inteira... — Diferente de Jimin, Jungkook nunca acreditou muito no amor verdadeiro. Pois estava acostumado em observar casamentos tão fracassados que eram dignos de pena. Aliás, os seus pais eram um ótimo exemplo de casal infeliz, interligados por um contrato de mau gosto. E estar finalmente longe deles, agora, era como respirar sem sentir fagulhas cortantes nos pulmões. Talvez aquela também fosse uma das razões que justificavam a criação de uma personalidade tão julgadora e racional por parte do Jeon.

— Você está enganado maninho..., — Jimin afundou ainda mais a cabeça no sofá velho e molenga. Suas palavras saíam como se pesassem uma tonelada. — acreditar nessas coisas é tolice. E o amor é como uma faca que está prestes a cortar a boca de seu estômago quando você menos percebe...

— Então é pior do que eu pensava — Jungkook constatou.

— Não é tão ruim assim Jeongguk... — Ele levantou de supetão, como se fosse tomado por uma repentina energia. — Sabe que agora eu finalmente tive algum tempo para pensar em mim mesmo?

— Enchendo a cara? — apontava ressaltando os frascos de bebidas espalhados por toda a casa.

— Não seja tão careta primo, nós somos jovens. E o que há de melhor para se fazer quando se é jovem? — Estendeu os braços em um ato exageradamente dramático. — Se não for aproveitar as festas e as belas garotas?

— Mas e aquela história de você buscar uma vida no interior, longe do dinheiro de sua família, das futilidades da vida e das pessoas rasas? — Por mais que ouvisse, Jungkook nunca iria se convencer com a nova personalidade recém-forjada por Jimin.

— Isso tudo é besteira Jungkook. O que há de raso dentro da formosura de uma linda mulher? — Pior do que ouvir um Jimin excessivamente romântico, era suportar um Jimin completamente devastado e mulherengo. Por isso, Jeon Jungkook se permitiu arquejar em alto som, a contragosto. — E por falar em garotas, maninho, você chegou em boa hora! — Lembrando-se da data de véspera de Ano Novo, Jimin se levantou de onde estava, empolgado para contar as notícias. — Amanhã à noite acontece o nosso Baile de Gala anual, é o evento mais aguardado da cidade!

— Baile de Gala? Céus, me diz que isso é mentira! — zombava. — Quem participa de uma coisa horrenda dessas, hoje em dia? — Jeon protestou pela milésima vez na conversa, assim que se levantou e apanhou a sua mala para procurar algum espaço dentro do guarda-roupas caótico de seu primo, na tentativa de guardar alguns de seus pertences.

— E você pretende ficar aqui sozinho ao invés de curtir a festa? — Jimin indagava incrédulo. — Sei que considera comemorar a virada de ano como algo fútil e antiquado, Jeongguk, mas você realmente não terá algo melhor para fazer aqui!

— Eu preciso me organizar bastante antes de escolher qual será o meu currículo de matérias em janeiro... — justificava-se. — Tenho muita coisa para fazer antes do início das aulas! 

— Não venha com desculpinhas esfarrapadas. As suas aulas começam no final de janeiro, ainda há muito tempo!... Não acredito que você vai perder a melhor oportunidade para beber e sair com as garotas bonitas. — Jimin estava completamente decepcionado com a falta de ânimo de seu primo, mas de maneira nenhuma estava disposto a desistir de convencê-lo por tão pouco.

— Park Jimin e suas aventuras alcoólatras — ironizou —, eu sempre soube que a sua maior companheira era uma garrafa barata de soju! — Jungkook caçoava com gosto, conhecendo bem a respeito da natureza de seu amigo. — Aliás, desse jeito vai acabar despedido... 

Desde que habitava em Reverie, Park Jimin garantia a sua independência trabalhando em uma cafeteria de sucesso entre os residentes; que além de cafés, variados doces, bolos e guloseimas eram vendidos pelo mesmo local. Já o salário que recebia, não era nem um pouco satisfatório, e mal dava para pagar as suas despesas mensais.

Todavia, mesmo que o emprego não fosse completamente perfeito, Park Jimin contentava-se com sua realidade precária desde que tivesse o apoio de sua adorada Amber. Não tê-lo foi a razão que fez o seu pequeno castelo de areia desmoronar.

— Mais uma novidade dongsaeng..., fui demitido! — O comunicado foi o responsável por, além de surpreender, chatear ainda mais ao novo residente do chalé. Porque, agora, além de suportar um Park Jimin abandonado, carente e embriagado, como se não fosse o bastante, suportaria a sua situação insustentável e desempregada.

Porém, os dois rapazes estavam completamente esgotados quando, muito tarde da noite daquele mesmo dia, se sentaram sobre os bancos gelados que se localizavam em frente ao singelo chalé que residiam, apenas em tentativa de descanso. Logo após longas e animadas partidas jogadas dentro do único local de divertimento das redondezas, o fliperama.

Suas respirações tornavam-se mais controladas com o passar dos minutos e seus batimentos aos poucos se normalizavam, enquanto eles aproveitavam o silêncio e a bela vista da floresta coberta pela neve.

— Eu ainda consigo dar uma lavada em você! — Jeon Jungkook se orgulhava de ser o único vencedor invicto nas partidas. Justificado porque o rapaz sempre foi completamente frenético por todos os tipos de jogos e videogames, sendo sua natureza competitiva também o proporcionou longas horas de treinamento, e suas habilidades cognitivas afiadas somente o deixaram ainda mais à frente de qualquer que fosse o seu adversário.

— Diferente de você, eu não tenho tempo para desperdiçar com essas bobagens de jogos e fichas. — Jimin se defendia como uma pequena criança revoltada, antes de sentar-se ao lado do amigo.

— Tempo para encher a cara até ser despedido você tem! — A provocação nítida de Jeon ocasionou no recebimento de uma careta infantil por parte de Jimin, como a forma de repreensão mais patética possível. Na qual Jungkook pouco se importou, e até achou um pouco de graça. Afinal, Park Jimin sempre foi um péssimo perdedor. — Há quanto tempo você mora aqui, mesmo? — Respirando com calma, Jeon Jungkook progressivamente se tornava mais relaxado sobre o banco, era bom ter momentos divertidos como aquele. Era como visitar uma parte esquecida de suas infâncias, quando brincavam e se divertiam juntos, durante épocas anteriores.

— Faz mais de três anos, eu acho. — Jimin se ajeitou na cadeira, enquanto colocava os seus cabelos de tonalidade, tingida, de cinza para trás, descobrindo parte de seu rosto claro e de suas bochechas rosadas pelo efeito dos ventos frios. — A gente acaba perdendo a conta de quanto tempo fica aqui — expirando fundo, ele continuava. — O estranho é que eu só consigo me lembrar com clareza das festas anuais da virada de ano...

— Deve ter passado o resto do tempo bêbado. — Jungkook concluiu rapidamente.

— Bêbado e solto em Reverie? — Jimin indagava plenamente contraditório. — Só se eu quisesse ser comida para lobos! — Evidenciou sua resposta.

— Lobos?! — Jeon quase riu com o comentário, mas antes foi contido pelo olhar sério de seu amigo. — Fala sério Jimin! Estamos longe de encontrar algum lobo por aqui, isso é até absurdo..., além de, cientificamente impossível! — Fez questão de garantir.

— Nada é impossível em Reverie, Jeongguk, você vai precisar aceitar isso se quiser viver aqui..., de lobos até fadas, eu não duvido de mais nada! — Abaixando a voz, o Park prosseguia como se buscasse sigilo para suas próximas palavras. — Existe uma lenda famosa por aqui que diz, somente durante a noite da virada de ano, que diversas criaturas mágicas e perigosas encontram uma passagem através das nossas florestas congeladas e vagueiam por entre os bosques e as ruas de nossa cidade... E é por isso que todo o ano nós temos o Baile de Gala. Reunir o maior número de pessoas em um local é a maneira mais fácil de protegê-las ao mesmo tempo! — Concluía, satisfeito com sua linha de raciocínio.

— Para de falar besteiras hyung! — Jungkook repreendia, já sentindo um leve tremor ser anunciado em sua espinha, elementos inexplicáveis eram o maior motivo de descrença e até de medo, para o garoto.

— E é também por isso que você precisa aproveitar o ingresso que está sobrando e me acompanhar no Baile de Gala, amanhã à noite! — Jimin não perderia a oportunidade de pressioná-lo para comparecer ao evento. — Eu não quero o meu maninho sozinho e desprotegido..., além do mais, você é carne nova por aqui, o aperitivo predileto para os lobos famintos! — Foi com o pronunciamento daquela fala tão indiscreta e incomum que Park Jimin se levantou de onde estava sentando, sem nenhuma explicação, antes de adentrar ao seu chalé sem mais nem menos.

Aquilo não era um convite, muito menos um pedido, era um aviso.

E por mais que quisesse negar, a ideia de ficar à noite sozinho naquele chalé medíocre e desprotegido, causava calafrios a Jeon Jungkook, apenas de imaginar.

Assim, o destino de Jungkook era certo, e ele sabia que não poderia lutar contra a insistência permanente de seu primo. Afinal, o Baile de Gala também seria uma ótima oportunidade para que ele comprovasse de uma vez por todas a respeito da não existência dessa história de cidade mágica. Convencido a respeito destes temas que Jeon Jungkook também se levantou, em seguida, acompanhando os passos de seu guia.

O que ele não esperava era ser surpreendido pelo soar de um barulho distante, — despontado em direção até a profunda e densa vegetação frígida de abetos, que compunham a floresta escura e congelada de Reverie, ao redor do grande monte Glória — um som que mais parecia com um uivar solitário de um lobo que delimitava o seu território. Estaria ele alucinando?

Jeon Jungkook sabia que a existência de lobos naquela cidade era tão imprevista quanto a evidência da concretização dos contos de fadas. Mas então, por que foi que ele sentiu medo?

Saber explicar aquele evento como bem gostaria, Jeon ainda não o sabia fazer. Assim, sentiu um tremor amargo percorrer por toda a extensão de seu corpo, da ponta de sua cabeça até que chegasse ao final de seus pés. Como consequência, ele enfiou ambas as mãos dentro do bolso de seu casaco grosso, apressando os passos na tentativa alcançar o seu primo Park Jimin, para que não ficasse tanto tempo sozinho fora de casa.

Todavia, somente com aquelas preposições, Jungkook já conseguia prever que a noite seguinte provavelmente lhe renderia algumas muitas e diversas surpresas.



V O C A B U L Á R I O 

Dongsaeng: termo coreano usado para referir-se a pessoas mais novas.

Hyung: termo coreano utilizado entre homens, para se referir a um outro homem mais velho.

Lámen: prato de macarrão oriental com caldo, possui diferentes versões e temperos.

Soju: é uma bebida alcoólica, destilada e transparente de origem coreana.


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