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Texto Bônus: Leia agora o começo de O Dia V!

PRÓLOGO - A VÉSPERA

1 dia para o Dia V


— Senhor presidente?

O homem que entrava no escritório tirou Edgard Humphry de seu torpor. Ele ainda massageava as têmporas ao virar sua cadeira para a voz que interrompera seus pensamentos.

— McCalley?

— Está na hora, senhor. — Peter McCalley tirou um pequeno embrulho de dentro do seu casaco e deixou sobre a mesa de Edgard. — O senhor precisa fazer isso agora. Ainda tem duas coletivas hoje, uma no jardim e outra no Capitólio.

— Sei do que preciso, McCalley. Me deixe sozinho.

— Claro, senhor.

Edgard virou sua cadeira para a janela, na mesma posição em que se encontrava antes da interrupção do diretor de comunicação da Casa Branca. Um observador desatento poderia achar que ele estava olhando para os preparativos do seu discurso no Rose Garden, mas seus olhos estavam fechados. Ele os abriu bruscamente e se voltou para a mesa.

O embrulho o encarava enquanto repousava sobre o seu segundo discurso daquele dia.

Edgard arrastou sua cadeira até as grossas cortinas que serviam de moldura para o jardim e, sem ao menos ver o que fazia, as fechou. Ele se levantou, segurou o embrulho com uma das mãos e caminhou, lentamente, até uma adega no canto da sala. Abriu o pacote e observou o conteúdo, uma bolsa transparente com um líquido vermelho. Ele esvaziou o líquido em um copo, expirando de forma cansada.

Andou um pouco pela sala, sem focar em absolutamente nada. Seus dedos batiam de leve no copo que segurava. Ele se encaminhou para os dois sofás que marcavam o centro do ambiente e escolheu sentar-se no que ficava à direita do selo presidencial estampado no carpete. Virou o copo, bebendo o espesso líquido até não sobrar nenhuma gota.

Alguém bateu à porta.

Ele se pôs de pé rapidamente e guardou o copo em uma gaveta do outro lado da mesa.

— Pode entrar. — proferiu as palavras forçando um sorriso.

Era McCalley novamente.

— Desculpe, mas eu tenho uma ligação para o senhor. É o Eros Sete. Ele diz que é urgente.

— Linha aberta?

— Não, senhor.

— Obrigado, McCalley.

Enquanto ele se retirava da sala, Edgard tateou a parte de baixo da mesa. Um clique pôde ser ouvido quando uma gaveta na estante à sua esquerda se abriu. Ele atendeu o telefone que estava ali dentro.

— E-Sete?

A voz rouca do outro lado da linha proferiu a frase que Edgard mais desejava ouvir.

— Nós o encontramos, Ed.

***

PARTE I - O TRABALHO DE UMA NAÇÃO

97 dias para o Dia V


Era a quarta vez que David Silver passava o seu crachá na estúpida roleta de acesso à sua frente. Os seguranças observavam com atenção, deixando o rapaz mais nervoso ainda.

— David?

Apenas uma pessoa tinha o poder de arrepiar a nuca de David com a simples menção do seu nome.

— Miranda! — Sua mão começou a suar. — O que você está fazendo por aqui?

— Eu trabalho aqui... Esqueceu?

Como ele poderia esquecer? Miranda era a representante da CIA no seu departamento. Ela era os olhos e os ouvidos do diretor da agência de inteligência mais importante do mundo. O braço direito do homem que queria conhecê-lo.

— Eu te ajudo com isso.

A jovem virou o crachá ao contrário e voilà. David estava dentro. Ela começou a caminhar ao seu lado.

— Sei que você está nervoso, mas relaxa. Você sabe que o seu trabalho é o melhor, é o que move todo o Departamento Cinco. O máximo que pode acontecer é um tapinha nas costas e um "continue assim". Confia em mim.

A voz dela relaxava e inquietava David ao mesmo tempo. E aquele sorriso? Como alguém conseguia ter dentes tão perfeitos? E pernas também...

— A sala dele é no décimo terceiro andar. Quer que eu vá com você?

— Não precisa, mas obrigado.

— Ok, até mais.

E lá ia Miranda pelo saguão da agência.

Deus, que pernas!, ele pensou por um segundo antes de finalmente voltar sua atenção para o que aconteceria a seguir.

Do lugar onde David se sentou, o décimo terceiro andar se mostrava ligeiramente assustador. Era um grande ambiente, com apenas uma porta, três poltronas e uma secretária, que ele realmente achava que não tinha ido com a sua cara.

Esqueça a secretária, esqueça Miranda. Agora é o seu momento.

— Pode entrar, senhor.

A sala do diretor era muito maior do que parecia pelo lado de fora. Tapetes para todos os lados, quadros enormes pendurados nas paredes e pouquíssima luz vinda de um abajur na grande mesa posicionada no meio.

— Ah, agente Silver! Eu estava ansioso para te conhecer! — Saindo de trás de sua mesa, Phil Watsen se levantou para apertar a suada mão de David.

— Eu também estava ansioso para conhecê-lo, senhor, apesar de não saber o que o senhor pode querer comigo.

— Relaxa, garoto. Sente-se.

David obedeceu. Watsen se apoiou, ainda em pé, contra sua mesa e cruzou os braços. Ele era um homem imponente. Ombros largos, rosto quadrado e um terno impecavelmente passado. David olhava para o diretor da CIA de baixo para cima, sentindo-se como uma criança prestando atenção no professor.

— Agente Silver, como você sabe, o Departamento Cinco tem tido grandes vitórias. É o mais ambicioso e o que traz mais resultados para a Diretoria de Ciência e Tecnologia. E, pelo que eu escuto, é você quem eu devo parabenizar por esses feitos.

— Que isso, senhor. Só estou fazendo o meu trabalho.

— Não, Silver, não está. Você está indo muito além. E acho que, melhor do que ninguém, você pode entender.

— Entender?

— Que fique claro que tudo o que eu disser a partir de agora é extremamente confidencial e a quebra de sigilo será considerada traição.

— Sim, senhor.

Watsen andou pela sala pensativo. Deu a volta na mesa e se sentou. Parecia preparar a sua abordagem na mente, focando em onde queria chegar com o seu discurso.

— Silver, você não está cansado de fazer tantas coisas grandes e não ter um lugar dentro deste prédio?

— Não entendi.

— Ninguém sabe que você existe, Silver. Ninguém sabe nem que o seu departamento existe! Você está lá há quanto tempo?

— Seis anos.

— Seis anos... Seis anos mantendo o sigilo da nossa existência, salvando nossos amigos, protegendo a nossa espécie. E para quê? E de quem?

— De idiotas humanos?

— Pois é... Idiotas que só comem, bebem, fodem e dormem sem ter a menor noção do mundo maravilhoso que nós conhecemos. David... Posso te chamar de David?

— Claro, senhor.

— David, nosso sonho pode se tornar realidade. O lema que seguimos aqui na agência, "O Trabalho de Uma Nação", vai finalmente ser executado em sua plenitude.

— Como assim?

— Esqueça o que você ouviu desde criança sobre viver nas sombras! Esqueça de ter que se esconder! Nós vamos conseguir nosso lugar ao sol, David! Vamos finalmente brilhar! Figurativamente falando, é claro.

— O senhor está querendo dizer que...?

— Sim, David. Conseguimos colocar o primeiro presidente vampiro à frente deste país e agora é a hora. A hora do Dia V. Chega da supremacia humana, chega de viver no escuro. Eu vou para a luz e quero você nesta luta comigo.

***

A primeira lembrança que David tinha de uma manhã de Natal era sua mãe com a cabeça decepada, na sala de estar da sua casa. O corpo estava no chão perto do sofá cinza de dois lugares e a cabeça havia rolado para perto da árvore. O crânio esmagado manchava um dos presentes com sangue. A pessoa que a havia matado sabia que vampiros só morrem se a cabeça for machucada com um impacto forte e não tinham poupado esforços para ter certeza de que Linda Silver nunca mais acordaria.

O pequeno David travou ao ver o corpo da mãe e passou três dias em pé naquela sala sem se mover. Apenas quando os vizinhos começaram a sentir o cheiro da decomposição e chamaram a polícia é que ele fora encontrado e finalmente saiu daquele triste estado.

Os detetives responsáveis pela investigação descobriram que todas as joias de Linda haviam sido roubadas e classificaram como latrocínio. Depois de pouco tempo, arquivaram o caso sem nunca terem encontrado o verdadeiro culpado. David logo percebeu que as autoridades não sabiam da existência de vampiros e, sem a informação sobre a real natureza de sua mãe, nada naquela investigação poderia ser considerado verdadeiro. O pior era entender que ele não podia contar para ninguém. Afinal, eles tinham que ficar nas sombras, era o que ela sempre dizia.

Ele achava que não tinha mais familiares vivos. Seu pai havia morrido quando sua mãe estava grávida e desde sempre eram só os dois contra o mundo. Entretanto, o Serviço Social conseguiu encontrar um parente distante e David foi morar com seu tio Luke. Ele o amava como um pai, mas nunca se esqueceu daquele dia. Quando ficou mais velho, prometeu a si mesmo que descobriria quem era o culpado pela morte de sua mãe. E, quando isso finalmente acontecesse, o desgraçado morreria.

***

David ficou em silêncio, seus lábios estavam levemente abertos e os olhos fixos no rosto de Watsen, como se estivesse tentando assimilar o que acabara de ouvir.

— David? Você ainda está comigo?

Ele balançou a cabeça para os lados em um rápido movimento. Não era choque, não era felicidade, não era medo. O único sentimento que pulsava em sua alma era de realização.

— Claro, senhor. Sempre. O que o senhor precisar é só falar.

Watsen abriu um sorriso quase que assustador, alegria não parecia ser uma expressão que aquele rosto costumava ver com frequência.

— Sabia que podíamos contar com você! Escute com atenção. Os próximos passos que tomarmos serão fundamentais para a nossa ascensão e você é o nosso trunfo.

Um enorme peso pareceu pressionar o peito de David. Como assim ele seria "o trunfo"? Quem era ele para ser trunfo de alguma coisa?

— Eu não posso te dar todas as informações agora, até porque, se estamos sendo sinceros, nem eu conheço a porra toda. Nosso presidente fez questão de dividir bem o conhecimento para que, se alguém não conseguisse ficar com a boca fechada, o Dia V não fosse por água abaixo. Mas o que eu posso te dizer é que deve acontecer em menos de quatro meses e que a sua ajuda vai precisar ficar fora do radar até lá. Sei que o Departamento Cinco é formado integralmente por vampiros, gente de bem e focada apenas em criar inovações voltadas para a nossa raça, e sei também que você deve ter amigos lá, mas nem eles podem saber o que vai acontecer.

Amigos no Departamento Cinco. Essa é boa.

O diretor da CIA não precisava saber dos seus problemas de relacionamento no trabalho, então David ignorou o breve pensamento.

— Pode deixar, senhor. Ninguém vai saber de nada.

— Ótimo! Por enquanto, somos só eu e você nessa, garoto. E você já tem uma primeira tarefa. Não sei se você sabe, mas eu fui um dos primeiros vampiros a conseguir um alto cargo no governo dos Estados Unidos e isso foi há quinze anos. Estão aqui os cabelos brancos que tenho que tingir que não me deixam mentir.

David deu um risinho de canto de boca e pensou em como essa empreitada mudaria o futuro de sua raça. Sem ter que ficar nas sombras, os vampiros nunca mais precisariam disfarçar a idade. Não que David tivesse passado por essa experiência ainda. Aos trinta e quatro anos e com um rosto que não passava dos vinte, o máximo com que ele sofria era sempre ter que mostrar a identidade em bares.

— Desde então — continuou Watsen. —, conseguimos nos infiltrar na NSA, nas Forças Armadas, no FBI e, até mesmo, na NASA. A presidência era realmente a última peça do nosso quebra-cabeças. Eu e o Ed nos conhecemos há anos, a confiança entre nós está estabelecida. O problema são os outros. Queremos cobrir a nossa retaguarda. E é aí que você entra. Precisamos investigar os líderes vampiros do nosso país para descobrir se realmente são de confiança.

David engoliu em seco. Os líderes vampiros estavam cercados de equipamentos de segurança de alto nível. Ser pego hackeando e grampeando suas máquinas significava ser preso ou algo bem pior se você fosse um vampiro. Ainda mais um vampiro que ninguém sabia que existia...

— Sei o que você está pensando, mas por isso que eu estou aqui te fazendo esse pedido. É perigoso? É. Você pode morrer? Pode. Mas, no que depender de mim, vou te proteger, garoto. E é o seu país, a sua raça, a sua nação te chamando. Você vai atender?


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