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Capítulo 2


Eu não iria perder para Adalberto Carvalho. Não, de jeito nenhum. Eu iria dar o melhor de mim e quando ganhasse, eu comemoraria com uma bela garrafa de champanhe.

— Veja e aprenda Lilian. Assim você pode ganhar da próxima vez.

O elegante advogado à minha frente estava testando a minha paciência. Ele não deveria provocar meu lado competitivo. Esse pequeno monstro estava adormecido há muito tempo e eu gostava de mantê-lo assim, mas eu também não teria problemas em acordá-lo.

— Beto, vou só te dar uma dica, faça o seu melhor, queridinho. — eu lhe lancei um sorriso de escárnio. — Mas só se você puder...

O Beto era lindo, como um galã de novela, mas tinha uma aura de garotinho bonzinho chato, daqueles que irritariam até um monge. Ele era o tipo de pessoa que se levasse um esbarrão, pediria desculpas a quem o atropelou. Entretanto, eu sabia que havia outro lado desse modelo e só se você fosse um observador experiente veria essa mudança.

E sempre considerei a observação uma fonte de sabedoria.

No tribunal, em meio às contestações surgia um homem provocador e instigante, porém, isso só acontecia no calor de uma briga judicial. Às vezes eu me perguntava aonde mais essa dupla personalidade surgia e como ela seria...

— Que vença o melhor então, megera! — eu suspirei ao ouvir essas palavras.

Eu não iria cair na dele. Não iria perder a cabeça naquele momento, mesmo que eu estivesse com uma vontade enorme de mandá-lo passear, pois reconhecia os passos do joguinho dele. Eu já havia visto isso antes.

Ele começava com as acusações e provocações, depois, enquanto o pobre coitado do réu ficava enfurecido e dizia coisas sem pensar, o nosso modelo aqui fazia sua dança da vitória com um ataque embasado em palavras ditas no calor do momento. Na teoria fica tudo fácil e chato, mas ao vivo e com emoção era quase um musical da Broadway. E eu tinha que reconhecer, o Beto sabia muito bem conduzir esses espetáculos.

— Então, olhe bem para a melhor, babaca! — eu disse, antes de lhe dar as costas para sair.

Eu não era uma atriz, mas eu sabia que essa era a hora da saída triunfal. E confiança era a minha arma nesse tipo de situação em que eu não sabia como agir.

Então, eu deveria aparentar estar muito confiante, pois eu não tinha a menor ideia de como vencer essa competição.

****

Na minha confortável sala, também saída de uma revista de decoração, eu tinha duas coisas em que pensar e nenhuma vontade de fazê-las. A primeira era como vencer o Beto e a outra, como sair ilesa de mais uma reunião familiar.

Tarefas difíceis, porém, seria necessário encará-las uma hora ou outra. E o único resultado aceitável seria vencer essas duas batalhas, nas quais eu teria que ser a melhor.

E como essa frase me soava familiar.

Crescer com esse mantra não foi fácil, meu pai sempre exigia esforço e mais esforço, o bom não era aceitável, só o melhor. Na verdade, o meu tal lado competitivo foi alimentado com isso, pois mesmo eu sendo filha única, as comparações vieram em forma de primos. A competição era uma rotina, ser a melhor filha, ter as melhores notas, ser perfeita. Há tempos eu não pensava nisso, já que via meus pais só nas datas festivas e os parentes apenas nessa rara ocasião do encontro familiar.

Veja só, não estou reclamando da minha infância, embora existam alguns rancores guardados lá no fundo e não vou negar isso, pois eu acredito que tudo pelo que passamos é válido. As boas e más experiências, tudo isso nos torna quem somos. E eu gosto da minha história, mesmo com seus erros de gramática.

Eu estava imersa nesse estado filosófico com um toque de nostalgia, quando o toque estridente do meu celular me despertou.

— Lilian Medeiros. — sei que atender uma ligação se apresentando é meio teatral, mas virou hábito depois de um tempo.

— Querida, não precisa dessa formalidade toda. É só a mamãe.

Sim, é só o meu pesadelo pessoal. Pode parecer que não amo minha mãe, mas ela é um pouco excêntrica e conviver com isso diariamente pode fazer mal à sanidade mental de qualquer pessoa.

— Oi mãe, você já chegou? Quer que eu vá te encontrar? — tentei esconder um pouco do meu desagrado.

— Não, meu bem. Mas eu queria te dizer que hoje seu signo ascendente está alinhado com...

Confesso que a partir da palavra signo eu parei de ouvir. Essa era a minha tática infalível, desligar-me da conversa e apenas concordar com alguns ahãns, jura? e É mesmo?

— Então eu encontrei a sua prima Gabi... Um minuto, vou colocar você no viva- voz... E nós, eu a Gabriela, estávamos falando de como você deve ter um namorado incrível para querer que ninguém saiba dele. Não é Lili? Você não tem um namorado incrível?

— Claro mãe! Com certeza. — eu disse sem prestar atenção ao que ela dizia.

— Eu não disse para você! E você vai apresentá-lo à família, não é?

— Isso mesmo! Vou apresentar... peraí, o quê?

— O seu namorado, priminha! Estou louca para saber quem é!

A voz pegajosa que me saudou costumava me dar arrepios e me trazia péssimas recordações do passado. Gabriela sempre foi minha arqui-inimiga consanguínea, mas também era conhecida como a prima do mal. E eu detestava ser obrigada a conviver com ela, por isso, ignorei a sua presença na ligação.

— Erh, mãe, você ainda quer que eu vá te buscar? — meus pais viviam no interior, em uma fazenda, por isso, visitas eram meio raras.

— Não meu bem, já estou no hotel. Mas, eu espero vê-la ainda hoje, estou com saudades Lili. Meu quarto é o 560.

O tom de voz da minha mãe me amoleceu um pouco, mas eu sabia que em breve ela começaria com o esoterismo, falando de signos e outras coisas.

— Eu tenho que sair agora, mas eu te vejo mais tarde. Tchau mãe. — eu apertei o botão vermelho no celular e quando a ligação foi finalizada, eu percebi o que havia acabado de acontecer.

Ai minha Nossa Senhora dos Distraídos, o que foi que eu fiz?

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