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Capítulo 45

- Faça o que você quiser comigo. Hoje eu sou sua – sorri de canto, meio irônica, desviando minha atenção da mensagem que Seth tinha me mandado no celular, resmungando como é horrível ser adulto e falando que tá com saudade de mim, e fitando Lucy.

- Essa é uma frase perigosa... – ela arqueou a sobrancelha.

- Eu estou confiando no seu bom senso... – parei de falar. – Quer saber: eu retiro o que eu disse.

Lucy me bateu com o travesseiro, mas acabou rindo.

- Shopping, que tal? Vamos em todas as lojas, comprar um monte de coisa que a gente sequer vai conseguir usar tudo. Depois vamos ao cinema, assistir aqueles romances bem clichês que eu sei que você odeia. A gente pode comer em algum restaurante maneiro também. Ou pedimos em casa, se você preferir. Hoje vai ser o dia das garotas – soltei um grunhido.

- É sério isso? – ela confirmou. – É realmente o que você quer fazer? Ficar andando por horas no shopping vendo lojas e depois ver um filme de romance? Comigo? – Lucy confirmou novamente com a cabeça, sorriu. – E depois a gente vai fazer o que?, uma festa do pijama? – revirei os olhos.

- Até que é uma boa ideia... – ri.

- Eu devia ter ficado quieta, não é?

- Devia.

- Merda! – me levantei. – Vou tomar banho. Você dirige. Eu estou com preguiça.

- Claro. Vai ser uma honra – seu sorriso se alargou. Dei de ombros e saí do quarto com as roupas que eu peguei na mochila em mãos.

- Lucy, pela milésima vez: chega! – ela riu.

- Tá bom, tá bom – revirou os olhos. – Vamos para o carro guardar esse monte de coisa. Eu só estava matando tempo até a hora da sessão começar.

- Eu sei, mas você não precisa comprar realmente tudo de todas as lojas!

- Mas eu tinha te avisado que faria isso – comentou inocentemente. – Você estava previamente avisada. Não pode nem dizer que não sabia.

- É, eu acho que eu realmente cometi um erro ao confiar no seu bom senso.

- Ei! Isso me ofende! – bufou. – Eu não fiz nada de mais... E outra coisa, Sam: você tá fingindo que não comprou nada e que não se empolgou tanto quanto eu, não é? – me encarou, me obrigando a desviar o olhar. A verdade é que eu comprei mais coisas do que ela...

- Me deixa ser hipócrita, pode ser? – franzi o cenho.

- À vontade – riu. – Eu só estou te mostrando o meu ponto. Nada de mais – destrancou o porta malas do carro e jogou suas coisas ali dentro e depois saiu do meio, para que eu pudesse fazer o mesmo.

- Eu estava precisando de roupas novas – dei de ombros.

- O que aconteceu com as suas? – sorri sem graça.

- Bom... Pense nisso apenas como uma repaginada rotineira do meu guarda roupas e não pensa demais no assunto – Lucy riu.

- Você e Seth se empolgaram?

- Um pouco, sim... – tive que admitir.

- Vocês são selvagens – debochou, me fazendo ficar corada. Eu odeio essa capacidade dela de me deixar sem graça. – Imagino quantas roupas sua ele rasgou pra você se obrigar a vir ao shopping. Ainda mais pra você comprar esse tanto de coisa...

Suspirei.

- Não foram tantas assim – dei de ombros enquanto a gente voltava a caminhar pelos corredores iluminados do estabelecimento. – Eu só aproveitei a oportunidade pra fazer algo que eu venho enrolando há literalmente anos...

- Por que essa aversão toda à compras?

- Não é aversão à compras. É preguiça mesmo. Só de pensar em ter que sair de casa pra poder ficar andando pra lá e pra cá, comprando roupas, provando as peças... Argh. Sem chance.

- Então de nada. Provavelmente Seth iria exterminar todas as suas roupas antes de você se obrigar a vim.

- É uma possibilidade bem real – admiti. – Mas geralmente ele repõe. Ele se sente culpado depois quando acontece.

- Você já fez o mesmo com ele? – perguntou, curiosa. Claro que ela perguntaria... Me limitei a sorrir. – Vocês nasceram um para o outro.

- Obrigada. Eu gosto de pensar que sim.

- Tão romântica – ironizou.

- Eu não estaria com ele se eu não achasse que vale a pena ou que não vai durar. Não faz o meu estilo.

- Eu acho isso incrível em você, sabia? Porque, quem olha de fora ou não te conhece, tem a impressão oposta. Até eu pensei por um tempo que você era o tipo de pessoa que não ligava pra relacionamento e, que se quisesse, seria algo passageiro, nada mais do que diversão...

- Eu já fui assim – lembrei.

- Por um motivo – deu de ombros. – Não consigo imaginar você com paz de espírito agindo daquele jeito, mesmo naquela época. Além do mais, depois de tudo o que a gente já falou sobre o assunto, eu sei que você não se sentia confortável, então, bom... sempre esteve aí dentro – Lucy sorriu. – Você sempre foi a garota que esperava pelo cara perfeito pra você – completou, mas não era ironia e ela não tentava debochar. Pra ela, era só um fato.

Sorri minimamente, meio sem graça.

- Vamos pra fila? Vou ser sincera em dizer que não aguento mais ficar andando por aí...

- Ainda tá cedo – pegou o celular do bolso pra poder checar as horas. – Nós vamos iniciar a fila e ainda vamos ficar olhando pro nada. Falta uns quarenta minutos ainda pro início da sessão...

Suspirei.

- Alguma ideia do que a gente pode fazer?

- Quer ir pra área de jogos? Deve ter alguma coisa ali pra nos distrair por alguns minutos. Ou se você preferir, a gente senta na praça de alimentação e só conversa. Por mim tanto faz.

- O que você quer fazer? – perguntei. Mesmo que ela tenha dito que não se importa, eu sei que ela tem uma preferência. – Como eu disse: hoje eu estou ao seu dispor. Basta dizer o que você quer fazer que eu vou te acompanhar.

- Então vamos jogar – sorriu, praticamente me arrastando, animada. Deixei uma risada leve escapar, não conseguindo me conter pelo ar jovial e animado da Lucy. Já fazia tempo. Mesmo que ela tenha tentado disfarçar, eu percebi que ela não estava bem ultimamente. E é claro que isso me preocupa.

Compramos algumas fichas e nos dividimos em jogos diferentes, e depois nos reencontramos para disputar em alguma coisa boba. Quando faltava dez minutos, resolvemos voltar.

- Você vai querer pipoca? – ri.

- Não, obrigada. Eu não gosto de pipoca – ela me olhou como se eu a tivesse xingado.

- Como pode existir uma pessoa que não gosta de pipoca?... – dei de ombros.

- Não gostando, ué. Me deixa. Deve ter alguma coisa que você não gosta também – me defendi.

- Bom, tem... Jiló! – ri.

- Não é um equivalente e a disputa nem sequer é justa, mas eu poderia te julgar, porque eu gosto – empurrei Lucy gentilmente pra fila e me enfiei do lado dela. – Uma barra de chocolate ou qualquer coisa do tipo pra mim é o suficiente.

Ela confirmou com a cabeça, sem se abalar.

Lucy comprou o que queria e me deu alguns doces de bônus, que eu obviamente não neguei, e então fomos para a fila.

- Admite que você gostou do filme... – Lucy sorriu, zombeteira.

- Eu não gostei do filme – revirei os olhos.

- Sam... Eu vi seu rosto. Você estava curtindo. O que tem de mais em admitir que gostou de um filme de romance? – dei de ombros.

- Eu admitiria se eu tivesse gostado...

- Aham, eu tô vendo que admitiria... – bufou. Ok, eu sei que eu só estou sendo teimosa e infantil.

Ri um pouco.

- Por que faz tanta diferença eu dizer se curti ou não o filme? – questionei.

- Pode não parecer, mas eu considero o que a gente vai fazer com você em pensamento também – franziu as sobrancelhas, parecendo incomodada por eu nunca ter reparado. – Eu quero que você se divirta tanto quanto eu, e não que você fique com uma cara de tédio o tempo todo, enquanto faz alguma coisa comigo só pra me agradar...

Suspirei. Eu pisei no calo dela, e pisei com força...

- Tá bom! – desisti, me sentindo levemente culpada. – Eu gostei do filme... Tá feliz agora?...

- Por você ter decidido ser honesta? Sim, obrigada – revirou os olhos.

- Foi mal se eu não reparei, ok? É só que você é sempre tão impulsiva e sugere as coisas do absoluto nada que eu nunca pensei que você estivesse considerando o que eu quero ou não. Pra falar a verdade, eu nem sequer considerei se você fazia o que você mesma queria. Até praticamente esse exato momento, eu sempre pensei que você só falava qualquer coisa e tava maneiro...

- Obrigada, Sam. Me sinto muito bem ouvindo isso... – sentou no banco do motorista de maneira bruta.

- É melhor eu calar a boca? – deu de ombros. Ri. – Ok, desculpa. É sério, Lucy. Eu sei que você sempre pensou em mim... e ignora qualquer sentido estranho que essa frase pode ter... – ela soltou uma risadinha. – Obrigada. Não teve um momento desse dia no qual eu não me diverti ou me arrependi de ter saído com você – disse com sinceridade.

- Tá bom! Não precisa mais tentar consertar. Eu já entendi.

- Pra onde a gente tá indo?

- Prefere restaurante ou se entupir de besteira lá em casa enquanto a gente assiste outros filmes ou fazemos outra coisa?

- Vamos para casa – falei e ela confirmou. – Além do mais, você me prometeu uma festa do pijama – sorri divertida. – Como eu nunca participei de uma, eu não vou pular a experiência.

- Sabe que não vai ser diferente do que a gente sempre fez, não é?

- Precisa estragar a magia? – me fingi de ofendida, olhando torto pra ela, que riu.

- Sua magia se resume a um pijama? – franzi o cenho.

- Obrigada por estragar a atmosfera, sua sem coração – Lucy riu.

- Você sobrevive, Sam.

Dei de ombros e olhei para a minha janela, me sentindo muito cansada de repente.

- Você vai querer que eu faça seu cabelo e pinte suas unhas também? – voltei minha atenção para ela, que sorria, zombeteira.

- Usando os clássicos filmes americanos como referência de festa do pijama, Lucy? Eu confiava mais na sua capacidade...

- No máximo eu queria implicar com você – me fitou rapidamente. – Mas eu queria testar algo e eu acho que combinaria com a sua imagem... Embora eu não tenho certeza se você vai gostar da ideia... – sorriu parecendo nervosa.

- Dependendo do que for – dei de ombros. – Só não me peça pra encher a cara e sair pra fazer uma tatuagem porque não vai rolar – ela riu.

- Não, relaxa. Nada disso. Nada permanente desse jeito – foquei minha atenção no seu sorriso matreiro. Talvez eu me arrependa de dar corda pra ela, mas a curiosidade tá levando o melhor de mim...

- E o que você pretende?

- Te dar um corte de cabelo novo? – viu?, me arrependi...

- Por quê? – arqueei uma sobrancelha. A ideia não me incomoda de fato. Como ela mesma disse: não é permanente.

- Porque eu acho que vai combinar com a sua imagem – respondeu. – Só por isso – deu de ombros.

- O que, exatamente, você quer fazer?

Lucy pegou o celular e abriu uma foto que estava salva na sua galeria e me mostrou. Hesitei. Não é uma diferença grande. Apenas um pouco mais curto, nada muito gritante.

- Pode fazer – concedi.

- É sério? – perguntou, chocada.

- Seríssimo! – sorri. – Não é tão diferente do que tá e uso normalmente – dei de ombros. – E eu já estava precisando retocar de novo, de qualquer jeito. Você tá me poupando um trabalho... – hesitei. – Eu só preciso ter certeza se você sabe o que você tá fazendo... – soltei uma risada nervosa.

- Claro que sei! Eu não faria isso com você se não soubesse! – revirou os olhos, bufando, parecendo muito indignada por eu sequer considerar que ela faria essa loucura.

- Onde aprendeu a fazer isso? – perguntei, intrigada.

- Quando eu era mais nova eu queria ser cabeleireira e maquiadora – admitiu com uma risada. – Minha mãe não se importou de incentivar essas ideias...

- Tá, e onde a faculdade de arquitetura se encaixa nisso?

- Sei lá. Eu me atraí pela coisa enquanto ia envelhecendo, embora eu não tivesse exatamente a vontade de fazer nenhum curso...

- Dona Lili realmente exigiu que você fosse pra faculdade?

- Mais ou menos. Minha mãe dizia que não se importava, mas eu sentia que não era bem assim. No fim das contas, quando eu contei que resolvi entrar pra estudar arquitetura, ela pareceu muito aliviada e orgulhosa, então eu acho que eu fiz uma boa escolha.

- Você se arrepende? – saímos do carro quando ela parou na frente da casa da mãe.

- Nah. Eu tô curtindo. É muito diferente da escola e eu acho que as experiências são válidas. E seria mentira dizer que eu não gostei da coisa.

- E o Matt? Como tá na faculdade de medicina? – Lucy soltou uma risada.

- Ele reclama com frequência. Como era algo que ele não queria fazer e pode ser facilmente categorizado como "trabalhoso", ele simplesmente odeia. Embora ele esteja reclamando cada vez menos, então eu acho que ele tá começando a curtir a coisa toda – Lucy entrou no closet e pegou algumas coisas dali de dentro, depois de jogar a quantidade enorme de sacolas das lojas que a gente foi ali pelo chão mesmo. – Senta ali – instruiu e eu obedeci.

Conversamos enquanto esperávamos a nossa comida chegar e enquanto assistíamos televisão. E, só depois que ela resolveu fazer o que tinha comentado no carro.

Mantive meus olhos fechados, mesmo que eu estivesse sentada de costas para o espelho enorme que tem no quarto dela, já para que eu não pudesse ver de qualquer forma.

Quando Lucy acabou, ela virou a cadeira para que eu pudesse ver. Não me surpreendi ao perceber que ficou realmente bom. Lucy tem um bom olho pra essas coisas.

Dei um sorriso meio sem jeito.

- Ficou incrível – falei por fim. – Obrigada – ela apoiou os braços cruzados sobre o encosto da cadeira e depois apoiou o queixo sobre eles, me fitando intensamente através do espelho. – Mais alguma ideia? – talvez eu não devesse, mas eu estou me divertindo ao deixar Lucy me usar pra fazer o que quiser. Bom, não é como se eu não confiasse nela de olhos fechados.

- Tentando visualizar como você ficaria com uma determinada make e com lentes de contato... – comentou, sem desviar o olhar do meu reflexo.

- Você tem tudo aí? – perguntei, curiosa.

- A parte da maquiagem sim. Mas a lente não. Nunca nem usei isso, então... – sorri de canto e ela arqueou a sobrancelha. – Você tá estranhamente cooperativa...

- Fiquei curiosa – admiti. Lucy se afastou da cadeira e me virou de frente para si, me analisando com uma mão sob o queixo, parecendo muito concentrada.

- Certo – fez movimentos positivos com a cabeça e se afastou, voltando para o closet, voltando de lá com uma maleta enorme de maquiagem. – Quer ir para uma balada pra aproveitar todo esse esforço? Eu não quero te maquiar só pra você tirar depois.

- Você tá me chamando para uma balada? – quase ri.

- Só pra poder curtir um pouco tudo isso. Eu sei que você não curte muito...

- Eu não tenho roupa pra isso, Lucy. Eu comprei roupas, mas foram roupas casuais ou pra usar no serviço. Não comprei nada que poderia ser usado numa festa desse tipo – ela revirou os olhos.

- Eu te visto com as roupas que você comprou e te deixo gata e gostosa pra ninguém botar defeito – deu de ombros.

- Tá! – revirei os olhos. – Mas eu não vou beber e muito menos você. Não tô no clima de aturar você bêbada enchendo a minha paciência...

Lucy sorriu parecendo uma menininha e só isso já me fez pensar que valia à pena ceder. Sim, eu sou uma pessoa simples.

Me levantei da cadeira e fui até o carro pra pegar as coisas que eu tinha comprado e depois voltei pro quarto dela, despejando tudo sobre a cama pra que Lucy pudesse escolher.

Não me surpreendi muito que ela tenha montado algo básico, já que o que eu comprei era básico... Embora eu já não possa dizer o mesmo sobre o resultado... que ficou incrível...

- Eu falei que ninguém poderia botar defeito – sorriu e tirou uma foto minha, me pegando praticamente distraída. – Vou terminar de me arrumar... Ah, o Seth adorou – sorriu maliciosa e me jogou meu celular de volta pra mim.

Abri a mensagem de resposta dele, sentindo meu rosto esquentar. É a primeira vez nesse final de semana que eu me arrependo de não estar com ele...

Sorri maliciosa enquanto respondia.

Me sentei na cama de Lucy e me ocupei em reguardar todas as coisas que eu tinha tirado das sacolas, enquanto a esperava, e tentei não ficar boquiaberta quando ela voltou com um sorriso sacana em lábios...

- Porra, Lucy, você tá... – neguei com a cabeça e me levantei, sem conseguir concluir a frase. Acho que é a primeira vez que eu fico tão sem reação assim vendo outra mulher. Caralho, nem o Seth já me deixou sem reação assim! Ela soltou uma risada baixa e divertida.

- Eu sei – piscou um olho pra mim. – Vamos?

- Pelo menos você é humilde – ironizei enquanto a gente saía de casa. Tirei os saltos pra poder dirigir quando Lucy me empurrou gentilmente em direção à porta do motorista. – Pra onde a gente tá indo?

- Eu sou humilde. Eu só me enxergo... – revirou os olhos. Ri. Isso... Super humilde. – Você não tem a menor ideia de onde fica nenhum estabelecimento desse tipo?

Bufei.

- Sei onde ficam vários – franzi as sobrancelhas e olhei torto pra ela. – O que eu quis dizer foi: pra qual a gente vai?

- Só vai que eu te guio – confirmei com a cabeça, sem questionar. Não vai ser surpresa alguma se a gente estiver indo pro "melhor".

- Ahh... – deixei escapar, quando me toquei de uma coisa.

- O que foi? – tirou os olhos da estrada e me fitou.

- Deve estar um inferno aquilo... Cheio de gente... – grunhi, o que arrancou uma risada dela.

- Sim? Tá me dizendo que você só percebeu isso agora? – baixei meus ombros, cabisbaixa. – Para de agir como se eu estivesse te levando pra forca, Sam. Vai dar tudo certo, relaxa – tentei um sorriso, mas sinto que não deu muito certo. – Há quanto tempo você não vai a esse tipo de lugar?

- Alguns anos. O mais próximo que eu chegava disso era... – me interrompi com uma gargalhada. – Esquece – ela fez uma careta, mas não insistiu. Provavelmente porque sentiu que eu não continuaria nem sob tortura. – Eu não era de frequentar baladas, em específico. Eu ia à festas e essas coisas, porque eu acabava conhecendo muita gente mais velha e por aí vai, mas esse tipo de estabelecimento dá quase pra dizer que é a primeira vez...

- Eu acho que você vai curtir – sorriu pra mim.

- Imagino que sim... Você tem um jeito especial de me entreter – olhei pra Lucy de canto de olho, sorrindo de um jeito sacana. Não, Lucy não vai fazer besteira e também não me deixaria fazer nada de errado. Ela é uma pessoa consciente, por menos que pareça. O pior que deve acontecer vai ser ela me obrigar a dançar, mas não é algo que particularmente me incomoda.

Paramos o carro com alguma distância, já que não tinha vaga perto do local, e a música já estava alta daqui... O que me fez quase dar meia volta.

- Sam – ela praticamente me repreendeu. – Confia em mim. Pode ser?

- Se eu não confiasse, eu não estaria nem aqui, Lucy – revirei os olhos.

- Tá, você tem um bom ponto... – admitiu. – Só vamos curtir, conversar com pessoas novas, dançar, sei lá. Nada de mais. Nada comprometedor. Relaxa – dei um tipo de grunhido como resposta, mas não me prolonguei no assunto. – Preocupada se alguém chegar em você?

- Bom, só me preocupo se a pessoa for invasiva. No resto, não – dei de ombros. – É só curioso a gente vim só pra se divertir, porque eu estou acostumada a vim a esse tipo de lugar pra outra coisa – Lucy se virou pra me olhar, compreendendo.

- Tá em conflito interno?

- De jeito nenhum – sorri. – Eu não quero nada com ninguém. Ainda mais coisa casual com uma pessoa que eu sequer conheço.

- Já conheço todo esse papo – revirou os olhos. – Só o Seth te basta – ri.

- Mais ou menos por aí... Você não pensa assim do Matt? Tem a intenção de ficar com alguém hoje? – perguntei, me sentindo incomodada. Traição é uma coisa que mexe com alguns botões meus e que eu absolutamente abomino.

Mesmo eu estando separada do Seth na época, pra mim ainda é difícil lidar com o que rolou entre eu e Jack aquele dia, por menos que eu demonstre isso...

- Claro que não, Sam! – me olhou feio, quase ofendida. – Por que eu trairia meu namorado? – revirou os olhos. – Ele não se importa e a gente vive praticamente um relacionamento aberto – hum?, essa é novidade pra mim -, mas eu nunca senti a necessidade de outra pessoa e nem ele.

- Pera. Como assim relacionamento aberto? – chocada não começa a descrever como eu estou – paramos no balcão do bar e pedimos um refrigerante.

Lucy colocou a mão na nuca, meio sem jeito.

- O assunto meio que surgiu depois de uma ocasião – deu de ombros.

- Ah não! Nem pensar que você não vai me contar – bufei, olhando-a com intensidade. – Eu já te contei tanta coisa da minha vida. É o mínimo que você me deve.

Ela revirou os olhos, mas acabou rindo.

- A gente reencontrou uma pessoa... – abriu e fechou a boca algumas vezes, sem saber como prosseguir. – Lembra da Sara? – fiz um aceno com a cabeça. – Depois de todo aquele rolo, quando a gente parou de ficar, ela sumiu... Quer dizer, ela partiu pra outra.

- Sim, e até hoje eu não entendi o porquê de vocês pararem assim do nada. Eu gostava dela – admiti. – Eu pensei inclusive que vocês iriam namorar em algum momento – Lucy desviou os olhos, meio culpada. – Ahhh...

- A culpa foi minha, na verdade... A Sara confiou em mim pra... bom...

- Meu deus, Lucy... Você transou com ela e depois disse que não queria nada?! – fitei-a com intensidade. E ela me julgava pelas merdas que eu contava...

- Eu já sei de tudo isso – bufou, irritada. – Me deixa continuar, pode ser? – dei de ombros, indiferente. – A questão é que ela sabia que eu não queria relacionamento. Eu sempre tinha deixado isso claro... – arqueei a sobrancelha. – Ok, eu fui uma idiota com a garota. Tá feliz?

- Não – dei de ombros. – Mas agora você entende o que eu queria dizer.

- Enfim... Um dia eu e Matt esbarramos com ela e, bom... Ela ficou meio chocada por me ver namorando e essas coisas. Super compreensível, né? – confirmei novamente, sem querer interromper. – Só que ela conseguiu surpreender nós dois quando disse que ainda queria ficar comigo...

- Pera... É o que? – eu não sei se eu rio ou se eu só continuo com a cara de vento mesmo.

- Aham – Lucy riu. – Não sei se foi uma piada que ela contou, ou se ela realmente queria alguma coisa, mas essa brincadeira, no fim das contas, nos levou pro quarto dela...

- Os três... – não era exatamente uma pergunta. Eu só afirmei, ainda que em dúvida, saboreando a informação que ela me dava.

- Os três! – sorriu um pouco, parecendo meio envergonhada por falar sobre isso. – Foi uma experiência legal – ri.

- Imagino que sim – ri também. Uau... Mas não posso dizer que me surpreende. Lucy se encaixa em qualquer definição.

- Depois disso, a gente meio que quase começou um trisal. A ideia foi colocada e a gente pensou sobre isso. Chegamos a nos encontrar algumas vezes como um casal triplo e transamos algumas outras vezes juntos também. Eu e Matt também tínhamos liberdade pra ficar com a Sara quando bem entendêssemos, mas a coisa toda não foi pra frente porque ela teve que se mudar.

- E como chegaram ao status "relacionamento aberto"

- Ah, sim. Depois que a Sara foi embora, eu e Matt conversamos e chegamos à conclusão de que poderia ser interessante nos manter mais "soltos", mas nem eu e nem ele colocamos a ideia em prática. Mas a parada tá ali e a gente sabe que pode fazer quando bem quiser. Se eu me interessasse por alguém, tudo o que eu precisaria fazer seria mandar uma mensagem pra ele agora e eu estaria livre de culpa e ressentimentos futuros – sorriu.

- Eu estou sem palavras... Cada dia você me choca mais – riu.

- Viva ao relacionamento moderno – ironizou, levantando seu copo com a bebida, pra brindar comigo.

- Viva... Eu acho... – ri um pouco, fazendo o mesmo movimento que ela.

Depois da sessão de confissão, Lucy resolveu ir – e me arrastar – pra dançar e eu não posso dizer que em nenhum momento da noite eu não me diverti.



Roi, meu people, tudo bom? Nesse momento eu tô morrendo de dor de cabeça por causa do ''lindíssimo'' calor do Hell - quer dizer - Rio de Janeiro. Quem aí se solidariza pra fazer uma dança da chuva comigo? kkkk

Enfim, altos papos rolando, Lucy finalmente conseguiu levar a Sam pra uma boate também kkkk

É isso, galera, vejo vocês em algum próximo cap aí ~ kkk bye

Fran

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