9 • Traga a perfeição de volta
— Por tudo nesse mundo, Mysie, se contenha com lorde Chapmont. Por favor. — A voz de Lila ressoou como uma pregação em meus ouvidos.
Eu escutava cada uma das palavras da minha prima, mas meus olhos não encontravam os seus enquanto descíamos os degraus da entrada da casa, indo de encontro aos nossos hóspedes que já estavam de pé na soleira. Sem a responder, eu suspirei e encarei o horizonte e o dia muito claro e quente. Depois do café da manhã, nós duas havíamos sido incumbidas de passear pela charneca com Harold e, para meu total desprazer, Aaron. Então, lá estávamos: Cordelia, animada e disposta; eu, absolutamente tensa. Mal acreditava em tudo que estava acontecendo e já precisava liderar uma excursão por terras que deveria conhecer, mas não conhecia. Além disso, o embate com lorde Chapmont na noite anterior ainda estava vívido em minha mente, ressurgindo mais forte a cada sermão que minha prima me passava sobre ter o abandonado no meio da dança.
No fundo, eu sabia que Lila havia até achado graça no acontecido — podia dizer pelos seus olhos cúmplices e jocosos —, mas isso não a impedia de me repreender como uma criança. Cansada, por um segundo eu pensei que meu cérebro fosse derreter no mármore dos degraus.
— Eu já entendi, Cordelia — murmurei impacientemente.
Com um último olhar afiado para mim, Lila assentiu e sorriu na direção dos hóspedes como se nada estivesse acontecendo. Quando os alcançamos, nós trocamos as reverências típicas com as quais ainda estava me acostumando e meus olhos encontraram os de lorde Chapmont muito rapidamente, mas o bastante para fazer condensar o ar ao nosso redor. Percebendo a tensão, Cordelia logo sugeriu que seguíssemos por uma trilha da charneca e engatou uma conversa descontraída com os lordes.
Depois de alguns minutos de caminhada, todos paramos debaixo de uma das duas grandes árvores do lugar, abrigando-nos um pouco do sol. Debaixo da copa verdejante e cheia, o calor era amenizado, e eu senti que podia chorar de felicidade quando uma brisa refrescou minha pele entre as camadas do vestido amarelo. Lila e Harold logo começaram uma conversa paralela, entrando num flerte sutil enquanto eu e lorde Chapmont continuávamos na mais cautelosa das quietudes.
— Aquilo são lavandas? — Harold perguntou a Lila, apontando para a imensidão arroxeada distante.
— Ah, não! São urzes-roxas. — Ela corrigiu prontamente.
— Céus, tão altas? — Ele surpreendeu-se. — Acho que nunca vi nada assim.
— O solo dessa charneca faz milagres. — Lila curvou os lábios num sorriso gracioso. — Quer ver de perto?
Harold assentiu sem hesitar, oferecendo o braço a Cordelia, que logo o tomou. Mantendo alguma distância entre si, os dois se encararam firmemente por um instante, mas desviaram os olhos assim que minha prima virou para mim e para lorde Chapmont.
— Nos acompanham? — Ela perguntou.
Eu parei e pensei um pouco. Por mais que conhecer o terreno parecesse muito interessante, não era justo que aceitasse o convite. Nunca poderia atrapalhar o momento do casal furtivo diante de mim, mesmo que isso me custasse enfrentar um momento a sós com lorde Chapmont, já que ele também não dava indícios de se interpor no romance quando parecia tão amigo de Harold.
Por fim, eu neguei com a cabeça e emendei uma justificativa sobre estar com muito calor. Lila se voltou para Chapmont que, como esperado, também recusou a oferta.
— Muito obrigado, Lady Lawburn, mas também ficarei aqui sob a sombra por enquanto. Passarei para a senhorita a dura missão de aguentar Harold agora.
Com isso, os dois enamorados se despediram entre resmungos insatisfeitos de Harold pela brincadeira e risadas baixas de Lila, deixando a mim e a lorde Chapmont parados, solitários e desconfortáveis debaixo da árvore. Por um momento, ficamos em tão absoluto silêncio que apenas o assobio do vento rodopiando e farfalhando as folhas dava vida ao ambiente. Na verdade, eu somente queria esquecer que ele estava ao meu lado, mas seu cheiro peculiar, sua altura e algo na sua postura não permitia. Por algum motivo, Aaron Chapmont era uma presença impossível de ser ignorada — e ainda mais quando, de repente, sua voz ecoou meu nome.
— Lady Greaves?
Saindo dos meus pensamentos, eu pisquei com força antes de virar para olhá-lo. Erguido muitos centímetros acima de mim, ele me olhava com alguma expectativa.
— Sim?
— Me permite falar com a senhorita por um instante?
Um pouco desconcertada, eu ponderei o questionamento dele, mas por fim, acenei em concordância. Então, ele também assentiu com um sorriso suave e virou-se para mim com a calma e a graciosidade que lhe pareciam inerentes.
— Eu gostaria de me desculpar por ontem à noite — disse, a voz mansa. — Fui muito inoportuno e indelicado. Peço que a senhorita me perdoe.
Surpresa, eu parei e o observei atentamente. Na luz do alto dia e vestido de modo menos formal, lorde Chapmont parecia ainda mais bonito que antes. Sem gravata, o seu fraque escuro estava aberto sobre o colete e a camisa clara, e suas mãos enterraram-se nos bolsos da calça de tweed, o fazendo parecer ainda mais alto. Desviando o olhar, eu respirei fundo e acenei condescendentemente, aceitando o pedido.
— Está tudo bem. Também preciso lhe pedir desculpas por... — Por deixá-lo dançando sozinho no meio do salão, pensei, mas me repreendi mentalmente e encarei o horizonte. — Bem, pela situação de ontem — emendei somente, acanhada.
— Não se preocupe. Sobre isso, está tudo bem. — Ele garantiu em tom sério, mas logo depois deixou escapar uma risadinha jovial e tranquila. — Na verdade, sendo sincero, eu fiquei até bastante intrigado, senhorita. Preciso admitir que jamais havia estado naquela situação curiosa e não esperava vivenciá-la ontem à noite.
Não evitando sorrir um pouco, eu balancei a cabeça. Relembrando a cena, havia realmente sido um tanto engraçada.
— Então talvez até haja um lado bom em tudo isso. — Eu falei, segurando o riso. — A falta dessa experiência poderia ter o deixado mal-acostumado.
— Ah, não! Jamais. — Ele negou enfaticamente. — Nenhuma dama tem e nunca terá, de maneira nenhuma, a obrigação de dançar comigo, Lady Greaves. A senhorita apenas usufruiu do seu direito.
Sorrindo para mim, lorde Chapmont meneou a cabeça num gesto cortês e entremeado por sarcasmo. Suas palavras eram certas, mas estavam carregadas por uma presunção e por uma elegância que me irritavam profundamente. Me poupando de respondê-lo, eu respirei fundo e voltei a fitar a paisagem da charneca. Distante de nós, onde o arroxeado das urzes incandescia na luz solar, Lila e Harold ainda caminhavam em passos lentos. Agora, eles estavam muito mais próximos que antes: ela segurava o braço dele com firmeza e seus olhos nunca se deixavam. Era como se estivessem hipnotizados.
Estão mesmo apaixonados, pensei ao ver a cena, e não percebi que havia dito isso em voz alta sem querer até que, olhando-me de soslaio, lorde Chapmont respondeu:
— Concordo plenamente. Acho que agora só precisam admitir isso um ao outro. — E deixou que uma sugestão de sorriso ornasse seu rosto.
— Ou talvez não — sopesei. — Nem sempre há necessidade de falar.
— Realmente, não quando se olham daquele jeito. — Ele gesticulou para o casal enamorado no horizonte. — Ainda assim, acredito que seja mais fácil falar, sem enganos ou mal-entendidos. Afinal, quando se ama alguém, desejar dizer isso costuma ser inevitável, não?
Silenciada por um instante, eu não pude evitar que as palavras me acertassem de alguma forma. Durante meu namoro com Benjamin, ele não costumava falar sobre seus sentimentos e não gostava muito que eu falasse dos meus, de forma que fui fazendo-o com menos frequência até que perdi o hábito. De repente, isso angustiou meu coração, mas eu tratei de reprimi a sensação. Era bobagem. Ben estivera comigo por quatro anos, era claro que me amava, disse a mim mesma.
— Algumas pessoas apenas não são tão propensas a dizer o que sentem — redargui, não sabendo se o fazia mais para lorde Chapmont ou para mim mesma. — Nem todos gostam de falar tanto quanto...
Você, minha mente gritou, e ainda que tivesse parado antes que a palavra escapasse pelos meus lábios, era tarde demais para evitar que lorde Chapmont entendesse a sentença incompleta. Eu pisquei os olhos com força, amaldiçoando mil vezes minha impulsividade. Ele me encarou, porém, como sempre, nada havia em seu rosto além de um sorriso charmoso e agridoce.
— Tanto quanto eu? — questionou, mel e ácido pingando das suas palavras junto a um sorriso preguiçoso.
— Eu nunca disse isso.
— Mas não era o que ia dizer?
Por fim, respirando fundo e jogando ao inferno toda minha pouca paciência, eu apenas o respondi sem mais rodeios:
— Na verdade, sim. Isso era exatamente o que eu ia dizer.
Eu pensei ter visto um cintilo de surpresa passar pelo rosto de lorde Chapmont, mas foi tão rápido que quase não o capturei. Parecendo nada abalado por minhas palavras, ele assentiu calmamente e tirando as mãos do bolso, as repousou atrás das costas.
— Tem razão, eu gosto bastante de falar — admitiu com muita serenidade, cheio de presunção. — Especialmente quando, para todos os efeitos, a senhorita me responde todas as vezes. No fim, acho que nós dois gostamos muito de falar.
— Discordo totalmente. Na verdade, acho que tem muita sorte que sou educada demais para não lhe deixar falando sozinho, lorde Chapmont — retorqui, seu nome soando quase como uma maldição.
— E é por isso que continua falando comigo nesse exato momento, Lady Greaves? — Ele rebateu, citando-me na mesma intensidade de ironia.
Aborrecida, eu o fitei fixamente e dei um passo adiante, jamais deixando meus ombros caírem para uma postura em que parecesse menos firme. Chapmont, por sua vez, não vacilou em sua posição ou sequer piscou. Estávamos frente a frente e nossos olhos eram afiados um contra o outro, entrando num duelo silencioso e amargo. Novamente, a atmosfera ficou carregada pela presença dele e o ar, difícil de respirar.
— Não. — A palavra escapou da minha boca, dando início a uma sequência de falas as quais eu sabia que não deveria externar, mas que já tinham vida própria quando continuei: — É por isso que vou lhe deixar falando com essa bela árvore, lorde Chapmont. Quem sabe ela quer ouvir o que tem a dizer.
Então, antes que algo mais pudesse ser dito, eu dei as costas e parti. Podia sentir os olhos de Aaron Chapmont caindo sobre minhas costas enquanto andava de volta para casa, deixando-o mais uma vez para trás. De longe, pensei tê-lo ouvido falar ou mesmo rir, mas nunca virei para ver. Continuei caminhando e tropeçando nos saltos dos sapatos e nas numerosas camadas de roupa, silenciosamente amaldiçoando o espartilho apertado, a grama enrolando nos meus pés e, principalmente, o malicioso lorde Chapmont.
Quando subi os degraus da entrada e passei novamente pela grande porta da frente, a visão do salão de recepção encheu meus olhos. O lugar estava vazio e silencioso como um túmulo, e eu resfoleguei de alívio por estar sozinha ao menos naquele instante estressante. No entanto, o momento durou pouco: logo, o som de passos apressados se achegando me fez reerguer os ombros e endireitar a postura.
Buscando ao redor, eu avistei uma jovem criada saindo de um corredor à minha direita. Mechas onduladas de cabelo loiro caiam no seu rosto e suas mãos agarravam com tanta força a saia marrom que os nós dos seus dedos brancos estavam vermelhos. Ela vinha tão ligeira que mal me notou no primeiro momento. Quando finalmente me viu, a moça arregalou os grandes olhos azuis e parou bruscamente, me reverenciando com pressa. Ela parecia assustada. Muito assustada.
— Mi-milady, não a vi, perdão — disse de cabeça baixa e com os olhos esquivos.
— Não há problema. Está tudo bem? — questionei rapidamente, repousando uma mão em seu ombro.
Como se meu toque tivesse a despertado, a jovem ergueu o rosto e me encarou. Eu tive a impressão de já ter a visto antes, mas não conseguia lembrar com clareza. Além disso, outra coisa nela logo tomou minha atenção: o terror evidente nas suas írises, tão vívido que fez um arrepio subir por minha espinha. Ela abriu a boca para falar, mas nenhum som foi emitido; ao invés disso, seus olhos se esgueiraram para o lado, seguindo o ruído de passos pesados que vinha do mesmo corredor do qual saíra.
Por um momento, como se acompanhasse o humor receoso da jovem, meu coração também saltou no aguardo do que aconteceria, mas para minha felicidade, o que surgiu do corredor foi o rosto desapressado de Benjamin. Suspirando de alívio, eu sorri, e após o que pareceu uma pequena surpresa por me ver, ele também o fez.
— Com a sua licença, milady, preciso ir. Estou atrasada nos meus afazeres. — A jovem disse de supetão, livrando-se do meu toque e voltando a andar apressadamente antes que Ben nos alcançasse.
Ligeira, ela sumiu pelo corredor atrás das escadas que levavam ao andar superior. Quando Benjamin se aproximou de mim, eu ainda tinha a testa franzida e a mão erguida ao ar como se continuasse a tocar o ombro dela. Ele encostou gentilmente seus dedos nos meus e, com muita cautela, olhou ao redor antes de acariciar meu dorso.
— Mysie, meu amor, o que aconteceu? Está bem? — perguntou baixinho.
Balançando a cabeça em concordância, eu aproveitei a deixa e segurei seus dedos nos meus. As mãos dele eram firmes como eu lembrava, como se a pena e o tinteiro do seu ofício sempre fossem tão pesados que as calejasse.
— Estou bem, sim. Mas aquela moça... não sei, ela parecia tão assustada.
— Ah, ela estava mesmo bastante afobada, não foi? Passou com tanta pressa por mim no corredor que quase não me viu. — Seus olhos passaram de relance na entrada pela qual a jovem havia sumido e voltaram a mim. — Mas não deve ser nada. Agora me diga: você está mesmo bem, meu amor? Parece um pouco consternada...
— Estou bem, só tive um problema com... — Parando, eu pensei se valia a pena gastar meu tempo com Ben falando sobre lorde Chapmont, e logo concluindo que não, emendei: — Com o tamanho da saudade que estou de você.
Sorrindo maliciosamente, Ben deu um passo adiante e acariciou meu cabelo preso. Seus dedos desceram por meus fios e minha pele até que, segurando minha outra mão, ele a levou à boca e beijou-a demoradamente. Seus lábios eram mornos e seu olhar, ladino e sugestivo.
— Me acompanha em um passeio pelo jardim? — sussurrou.
Apesar de estranhar um convite de Ben para ir ao jardim quando ele costumava ter tão pouco apreço por flores, eu assenti sem hesitar, passei meu braço pelo seu e nós seguimos para fora da casa. Ao longe, das escadas, pude ver as silhuetas de Lila, Harold e lorde Chapmont voltando da charneca, mas antes que eles nos vissem, eu e Benjamin nos esgueiramos em um vão entre as plantas. Azaleias multicoloridas nos cercaram e atravessando uma bifurcação dos muros vivos que formavam quase um labirinto, ficamos finalmente a sós. Benjamin se aproximou de mim e deslizando os dedos pela minha bochecha, esquadrinhou meu rosto como se não o visse há muito tempo.
— Sempre tão bonita... se eu pudesse escolher um só desejo para ser realizado agora, seria beijá-la.
— Eu mesma posso lhe conceder esse desejo — ronronei, me esticando nas pontas dos pés até que minha boca estivesse a apenas alguns centímetros da sua.
Dolan titubeou por um instante, mas cessando as dúvidas, eu me estiquei e o beijei. No segundo seguinte, as mãos dele estavam no meu rosto e sua boca entrou em sincronia com a minha. O sol incandescia nossas peles e o farfalhar suave das folhas era nossa trilha sonora. Quando nos separamos, havia um sorriso suave nos lábios dele.
— Céus... — suspirou. — Mal posso esperar que essa votação passe logo para finalmente noivarmos e casarmos. Mal posso esperar para estar sempre com você. — Ele me deu um selinho demorado.
— Até lá, teremos duas comemorações para fazer. — Eu disse, animada, mas Ben franziu o cenho sem entender. — Quero dizer, teremos nosso noivado e a aprovação do sufrágio feminino para festejar — expliquei.
O sorriso de Benjamin não vacilou, mas algo passou por seus olhos tão rápido e sutil quanto a morte e a vida antes que ele assentisse. Se não o conhecesse tão bem e há tanto tempo, não teria percebido a esgueira nele. Mas eu vi — da mesma forma que vira alguma coisa errada em outro século, quando ele havia terminado comigo. Minhas pernas tremeram e repousando a mão na sua bochecha, eu meneei a cabeça, sentindo sua barba roçar na minha palma. Era como um déjà-vu.
— O que foi? — perguntei. A reminiscência do meu questionamento fez meus ombros retesarem, mas tentei afastar as lembranças ruins.
— Nada. — Ele segurou minha mão em seu rosto com cuidado. Eu respirei fundo, aliviando meu corpo tenso. — Só prefiro não tirar conclusões precipitadas sobre a votação agora. A política pode ser bastante imprevisível.
— Por quê? Acha que há chances de o sufrágio feminino não ser aprovado?
Balançando a cabeça sem responder, Ben passou o braço por minha cintura e me trouxe para mais perto. Seu sorriso era tênue quando ele cochichou para mim:
— Meu amor, não quero falar desses assuntos com você agora. Na verdade, só o que quero é aproveitar sua companhia nesse raro momento em que podemos ficar a sós. Vamos dar uma volta no jardim enquanto ainda temos tempo até o almoço. Que seu pai nunca escute isso, mas nenhuma dezena de beijos parece suficiente para matar minha saudade de você.
Então, sorrindo e beijando-me novamente antes que eu pudesse responder, Ben me deu o braço e eu o tomei. Nós seguimos caminhando pelo imenso jardim e, naquele instante, apesar de estar totalmente feliz na companhia dele, uma sensação estranha instalou-se no meu coração. Com muito esforço, eu reprimi o sentimento e repeti em minha mente que tudo estava perfeito como eu havia desejado. Eu não tinha nada com que me preocupar, afinal,tinha tudo que quisera de volta.
Tudo estava perfeito.
• • •
Oi, anjo! 💜
Aqui estamos nós em mais um dia no mundo ~perfeito~ da Mysie (será? rsrs 🤭). Espero que tenha gostado do capítulo! Se sim, não esqueça de deixar seu voto e seu comentário, a autora que vos fala fica muito feliz em saber sua opinião. 💌
Obrigada pela leitura e até as cenas dos próximos capítulos! 🔮
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