— Sunghoon! — Heeseung gritou pelo mais novo.

— O que aconteceu? — O garoto foi até o mais velho.

— Você não sabe. — Colocou a mão sobre o ombro do menor.

— Realmente, eu não sei. Não tem como você me falar? Preciso resolver algumas coisas com o grêmio estudantil.

— Você é certinho demais.

— Ainda bem que não sou igual a certas pessoas. — Debochou.

— É sério, Sunghoon! Vai chegar um aluno novo transferido da Austrália pra cá!

— Legal.

— Você não está levando a sério, não é?

— Como você acertou? — Falou com um tom de ironia.

— Estão dizendo que ele é um gatinho.

— Quero ver se é mesmo.

— Você está duvidando?

— Você já viu alguma foto dele?

— Bom, na verdade...

— Então você não pode dizer nada.

— Mas você quer ver quando ele chegar?

— Meu Deus, Heeseung.

— O que foi?

— Vai intimidar o menino com sua cara de bunda. Aliás, o coitado vai vir pra estudar, não para ser recebido por vários rostinhos de mamãe sofreu.

— Tá com ciúmes?

— De alguém que eu nem conheço? Não.

— Espero que ele te humilhe.

— Saturou essa coisa de humilhar, lacrar, pisar, entre outros.

— Por isso você não tem amigos.

— Era pra eu continuar sozinho até agora, só que você é tão chato que ficou enchendo meu saco.

— Tem a resposta na língua da ponta, né? Espera, na língua da ponta? — Entranhou sua fala. — Na ponta da língua. — Corrigiu.

— Na verdade, não. Você está vendo alguma resposta na ponta da minha língua? — Mostrou sua língua para o mais velho.

— A hipocrisia, Sunghoon. Quando o Jay chegou você nem ficou reclamando, e ainda babou.

— Não é todo dia que se vê um homem malhado aqui na escola, só tem uns pernas de vara pau.

— Que nem a sua.

— E a sua também.

— Dá pra vocês calarem a boca? — Alguém virou para trás, enquanto tentava filmar a entrada.

— Se estiver incomodado eu calo a sua para você, hyung. — Sunghoon disse calmo. — Você não é o Jungwon? Olha o respeito, garoto.

— Além de ficar só babando no Jay, já quer dar em cima de outro. — Heeseung cochichou com Sunghoon.

— Pelo menos eu conquistei o Jay, e vocês só tentaram.

— Eu tentei? — Heeseung apontou para si mesmo. — Foi o Sung- — Sunghoon colocou sua mão na boca do mais velho.

— Chan.

— O Sungchan gay? Novidade.

— Eu também não sabia que o Jay era gay.

— Gente, ele está chegando! — Uma garota gritou.

— Misericórdia, que multidão é essa? — O diretor entrou na escola. — Vão para a sala de aula agora! — Todos correram para a sala, exceto Heeseung, Sunghoon, Jungwon e Jay. — O que vocês estão fazendo aí parados?

— Eu não sabia que você gostava de homem malhado, Sunghoon. — Jay riu.

— Eu não gosto de homens malhados! Eu só gosto de ver os músculos deles. — Afirmou.

— Aham, sei.

— Sunghoon, não era para você estar no gremio estudantil ajudando Sungchan, Eunchae e Sunoo? — O diretor perguntou cruzando seus braços.

— Desculpe-me, diretor. Eu estava prestes a ir, mas me deparei com alguém me chamando no meio daquela multidão.

— No caso, eu. — Heeseung disse.

— Melhor vocês irem para suas salas, antes que a coordenadora veja.

— Ok, diretor. — Jungwon concordou.

Todos foram para suas salas.

— Tinha esquecido que éramos da mesma sala. — Sunghoon disse. — Nunca tinha reparado em vocês na sala.

— Exceto o Jay, né. — Heeseung cochichou.

— Sunghoon, já te vi em jantares de família, lembra de mim?

— Não. — Tentou reconhecer. — Você é o namorado da minha prima?

— Eu sou o garoto que enfiou sua cara na privada, que fez você parar de respirar porque eu coloquei bolo nas suas ventas.

— Mentira.

— Tava gamado no teu primo, Hoon? — Jungwon debochou.

— Cala a boca que ninguém tá falando com você.

— Vamos logo pra sala de aula, gente. — Heeseung deu a ordem, e todos obedeceram.

— E alunos, sobre a fórmula da- — A professora foi interrompida pelo barulho da porta.

07/10/2023