◉✿ - 57 CAPÍTULO - ✿◉
A música que estava tocando no jardim cessou e todos os convidados foram indicados a se sentarem, e assim foi feito, e todo o lugar ficou silencioso com a expectativa de verem logo o casamento começar.
As madrinhas já estavam com seus pares e prontas para iniciar a cerimônia, e elas estavam tão emocionadas e anciosas para aquilo quanto as próprias noivas, mas a marcha nupcial ainda não tocaria, ela só iria se iniciar quando Ludmilla fosse entrar. Assim que a porta de vidro foi aberta, todos os convidados se viraram para olhar, maravilhados com o quão bonita Brunna estava.
O lugar estava cheio, todos os lugares ocupado por pessoas queridas que desejavam extrema felicidade ao casal, até mesmo Pedro estava ali ao lado de sua noiva, e assim que bateu os olhos em Brunna sorriu dando um leve aceno com os dedos, a fazendo sorrir para ele e depois focar os olhos no altar, esperando que os padrinhos entrassem para ela entrar em seguida, e apenas o som alto dos flashes das câmeras eram ouvidos.
Conforme as madrinhas iam entrando posicionando em seus lugares Brunna sentia-se ainda mais nervosa, pois o momento pelo qual esperou toda a vida estava pronto para acontecer. Mirian sorriu para a filha e Brunna retribuiu, as duas então caminharam lentamente, sorridentes e preenchidas pelo nervosismo, sorrindo para os convidados.
Mirian deixou Brunna em seu lugar, deu-lhe um beijo no rosto e sussurrou palavras de carinho para ela, indo para o seu lugar mais atrás, aonde os pais das noivas estavam ordenados a ficar durante a cerimônia, apenas ela e Silvana ocupariam aqueles lugares.
Brunna juntou as mãos de frente em seu corpo e levou seu olhar ansioso até a porta de vidro aonde ela estava minutos antes, vendo uma pequena movimentação ali e logo Ludmilla apareceu arrancando um sorriso enorme de todos. Brunna sentiu o incômodo em sua garganta voltar, algo forte e quase incontrolável, seu coração parecia que ia saltar para fora do peito e tudo que ela conseguia pensar era no quanto amava Ludmilla.
De braços dados com Silvana, Ludmilla deu seu maior e mais apaixonado sorriso, não se importando com a maquiagem quando as lágrimas começaram a descer.
A marcha nupcial começou a tocar, suave e calma fazendo com que Brunna não conseguisse segurar as lágrimas quando viu sua futura esposa aproximar-se, vagarosa e com um olhar tão apaixonado que Brunna podia sentir o peito explodir de tanto amor, pois o que sentiam já não cabia ali dentro, era grande, forte e intenso demais.
Aquele momento pareceu passar em câmera lenta aos seus olhos, como num romance clichê que após muitas dificuldades o casal finalmente ficasse junto no final, mas era mais ou menos assim que Brunna sentia. Os convidados olhavam apaixonados para a cena, desejando que aquele amor durasse eternamente de tão grande e lindo que era, até mesmo Pedro se viu obrigado a admitir que Brunna combinava mais com Ludmilla e seria mil vez mais feliz ao lado dela do que foi ao dele, mas ele não se incomodava com isso — não mais —, pelo contrário ele apoiava mais do que ninguém a felicidade de Brunna e Ludmilla.
Quando finalmente chegaram até Brunna, Silvana beijou a testa de sua filha acariciando seu rosto enquanto ambas choravam emocionadas.
— Seja feliz querida. — Silvana sussurrou para ela e antes de ir para o lado de Mirian deu um beijo carinho no rosto de Brunna dizendo á ela o quanto estava feliz por toda a felicidade que ela proporcionava a sua filha, contribuindo para mais lágrimas.
A música parou no instante em que as noivas entrelaçaram os dedos e trocaram olhares apaixonados virando-se para o juiz de paz.
— Boa tarde a todos. — o juiz de paz disse e todos se sentaram em seus respectivos lugares, olhando com ternura para as noivas com um sorriso gentil posto em seu rosto. — Estamos todos reunidos aqui hoje para celebrar o momento mais mágico da vida de um casal, para celebrar o amor seja ele como for, a amizade e o compenherismo desse lindo casal.
Ludmilla olhou para Brunna por um momento, vendo-a chorar enquanto as palavras pareciam tocar-lhe, a loira então sorriu acariciando sua mão com o polegar, atraindo os olhos castanhos e apaixonados para sí.
O homem continuou a falar palavras lindas e carinhosas mostrando a todos presente o quão magnífico era aquele momento e o quão grande era o amor que uma sentia pela outra. Elas trocavam olhares doces e apaixonados, não conseguiam segurar as lágrimas por nenhum momento que fosse com o coração transbordando de amor e carinho.
— Vocês duas já passaram por muitas coisas difíceis para estarem aqui hoje, superaram coisas que achavam simplesmente impossíveis e cresceram juntas, aprendendo a perdoar e amar apesar dos erros, decidindo então passar para a fazê mais importante de suas vidas e dando continuidade a esse amor tão grandioso. — o homem com seu sorriso doce, passou os olhos pela barriga redonda e enorme de Ludmilla a fazendo sorrir em meios as lágrimas. — E com esses votos vocês poderão estar passando ao mundo e a todos presentes aqui o quão lindo e genuíno é esse sentimento. — Ludmilla. — seu olhar foi para a negra. — É de livre e espontânea vontade que aceita Brunna Gonçalves como sua legítima esposa?
Ludmilla não conseguiu conter seu sorriso e muito menos as lágrimas, virou-se frente para Brunna piscou os olhos que brilhavam e transbordavam amor.
— Sim.
— Brunna. — o juiz olhou para a outra. — É de livre e espontânea vontade que aceita Ludmilla Oliveira como sua esposa?
— Sim. — Brunna afirmou sem demora balançando a cabeça incontáveis vezes arracando algumas risadas de Ludmilla.
— Sendo assim, dêem as mãos e preparem para receber os votos. — disse por fim colocando a mão em frente ao corpo entragando um microfone nas mãos trêmulas e suadas de Brunna.
— Eu não me preparei nada especial para esse momento amor. — Brunna disse olhando para Ludmilla enquanto ela tirava um cartão branco com detalhes prata minuciosamente escrito para Brunna, mas acabou rindo com aquela confissão. — Mas não é difícil falar de todos os meus sentimentos por você quando eles estão tão perto de me fazerem ter um ataque do coração e também pelo fato deles serem tão grandes que mal cabem no peito. Ludmilla. — ela respirou fundo pegando a mão da negra, acariciando. — Confesso que até um tempo atrás eu não achava que esse momento chegaria, não me achava digna de ser merecedora de um amor tão grande quando tudo que fiz foi magoar você e mesmo que pareça desrespeitoso falar assim... — ela olhou para o ex marido que tinha as mãos entrelaçadas com Rose. — Desculpe Pedro. — o homem riu e fez um sinal com a mão para que ela prosseguisse arrancando algumas risadas dos outros convidados. — Não teve um só momento em que eu não tenha desejado com todo o coração estar ao seu lado, que eu tivesse esquecido você e eu sofri tanto a sua falta, sofri tanto por ter perdido você que se tornou impossível achar eu poderia amar novamente, mas ai aconteceu eu entrei naquela revista pronta para ser apenas sua secretária e no fim acabei me tornando sua esposa, acabei me perdoando e reconquistando a sua confiança por inteiro, acabamos montando a nossa família, eu, você, Donna e Jasmine e eu sou capaz de tudo para fazer vocês felizes, eu te amo Lud
Ludmilla não era a única que chorava naquele instante, pois todos pareciam estar em lágrimas como uma cena cômica de filme, e Brunna acabou desabando também entregando o microfone para Ludmilla, tendo a certeza de que quando a cerimônia acabasse ela teria que refazer sua maquiagem.
— Quando você se foi... — Ludmilla fungou. — Quando eu te mandei ir eu desejei com toda as forças nunca mais te ver, me apaixonar novamente por você ou cogitar a idéia de perdoar você, mas olha aonde estamos agora? — os olhos castanhos se interclavam entre os votos de casamentos e os olhos de Brunna. — Mas no fundo eu não queria que fosse, eu queria ter vocês ao meu lado, queria poder te amar e dar todo o carinho que você e Donna merecem, e apesar de tudo eu só tenho a agradecer ao Pedro por trazer ao mundo a pessoa mais importante de nossas vidas, apesar dele ser bem idiota. — Ludmilla revirou os olhos e ouviu a risada de seus convidados e Pedro com seu jeito convencido gritar "Por nada, Lud!". — Antes de você aparecer na minha sala eu nunca achei que poderia te perdoar, mas só de estar ao seu lado por alguns dias eu vi que na verdade eu não conseguiria viver sem você, não conseguiria mais acordar e não ter você ao meu lado, eu não conseguia mais me ver feliz longe de você, por que apesar dos erros você sempre foi e sempre vai ser a mulher da minha vida, a pessoa com quem eu quero estar até a última batida do meu coração, por que eu te amo demais.
Como Brunna queria ignorar todas aquelas pessoas ali e tomar Ludmilla em seus braços, beija-la até que lhe faltasse o ar.
A porta de vidro abriu-se novamente e Donna saiu, sorridente e saltitante olhando para as mães, balançando seus cachinhos com os olhinhos castanhos curiosos sobre elas. Quando Donna parou em frente as mães ambas entregando a almofada pequena e delicada aonde as alianças estavam.
Assim que as entregou, Donna sorriu e desceu calmamente indo para o lado de seu pai e madrasta, sentando sobre suas pernas e deitou a cabeça em seu peito, sentindo os braços de Pedro a rodeando de forma cuidadosa e carinhosa enquanto os olhos estavam vidrados nas noivas.
— Brunna te dou essa aliança como sinal de que escolhi você para ser minha esposa e minha melhor amiga. Receba-a e saiba que eu te amo. — Ludmilla disse colocando calmamente a aliança prata em seu dedo.
Brunna então pegou a aliança de Ludmilla pronta para repetir o ato.
— Ludmilla eu te dou esta aliança como sinal de que escolhi você para ser minha esposa e minha melhor amiga. Receba-a e saiba que eu te amo.
Elas então assinaram um documento que certificava sua união e se olharam ainda mais apaixonadas esperando o juiz de paz falar suas últimas palavras.
— Sendo assim, com o poder a mim concedido eu às declaro esposa e esposa, podem se beijar.
Com um sorriso ainda maior — se é que era possível — em seus rosto e lágrimas molhando as bochechas, Brunna aproximou-se de Ludmilla e colocou a mão em seu rosto selando levemente os lábios ouvindo os aplausos e gritos emocionados de seus convidados.
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