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◉✿ - 53 CAPÍTULO - ✿◉

Aquela manhã estava sendo a menos cansativa para Ludmilla, ela estava se sentindo mais disposta e ansiosa também, seu casamento estava cada vez mais próximo de acontecer, mas apesar disso ela ainda não queria sair de casa e ficar andando por New York para encontrar um vestido de noiva, então Fernanda decidiu levar seus melhores e exclusivos modelos para sua amiga.

Ludmilla já tinha experimentado a maioria deles, uns ficavam apertados, outros largos demais e alguns simplesmente descartava por não gostar, restavam apenas três modelos de vestido, e caso ela não gostasse de nenhum deles Fernanda teria que voltar para a boutique e esvaziar seu estoque.

- Esse está bom. - Fernanda bocejou, deitada sobre cama de Ludmilla enquanto a filha mais nova e Théo estavam ao seu lado. - Maravilhoso.

- Te deixa a vontade e não aperta sua barriga, esplêndido. - Luane sorriu.

- Fiquei gorda, me ajude a tirar. - Ludmilla fez careta e pediu para Daiane - que estava lhe ajudando com a troca contínua de roupas -, desabotoasse o vestido.

- Ficou bom mamã, mamãe vá gostar. - Donna disse indo para o lado de Ludmilla .

- Eu sei querida, mas não me senti bem com ele. - Ludmilla sorriu para a filha. - Pegue o último pra mim, Daiane, por favor.

- Você está abusando Lud. - Daiane revirou os olhos e foi pegar o vestido.

Ludmilla deu de ombros e terminou de tirar o vestido o colocando sobre a cama, sentindo a falta de uma pessoa em especial ali, Brunna. Ela tinha viajado para Londres para que assim pudesse escolher ela mesma uma casa para elas e também como estavam indo as obras de sua propria loja, Brunna já estava inclusive desenhando uma confecção inteira.

Lauren e Ally tinham ido com ela para ver os apartamentos mais próximos da revista, e aquilo iria demorar, por isso Brunna ficaria fora durante toda a semana, para a infelicidade de Ludmilla, que sentia que um pedaço de seu peito estava partido e só voltaria a estar completo quando Brunna voltasse para casa, e para Ludmilla aquela situação estava sendo complicada também.

Ficar longe de Ludmilla era quase uma sessão incansável de tortura.

- O que acha de se casar nua? - Fernanda sugeriu risonha e ajeitou Niamh em seus braços.

- Pensei nisso, Bru gostou dessa idéia. - Ludmilla sorriu, pela primeira vez naquele dia. - Mas não, só quem pode ter a maravilhosa visão do leu corpo nu é a minha futura esposa.

- Crianças aqui. - Luane cantarolou tapando o ouvindo da sobrinha.

- Desculpe. - Ludmilla pediu sem jeito. - Tire as mãos dai, já parei de falar besteiras. - a negra pediu, e Luane tirou as mãos de Donna beijando o rosto da sobrinha. - Se você gostar desse mamãe se casa com esse vida.

Donna abriu um grande sorriso vendo Daiane sair do closet com o último vestido dos vinte que Fernanda tinha levado para ela experimentar. Ludmilla sorriu minimamente ao ver o vestido, aquele tinha sido realmente o mais bonito de todos para ela, e parecia comfortavel também.

Ludmilla colocou o vestido com a ajuda de Daiane novamente e o vestido entrou facilmente nela, diferente dos outro, que apertaram em alguns lugares e as rendas a incomodavam. Esse vestido era liso, não possuia renda nem detalhe algum, o tecido era leve e não apertava Ludmilla. A negra se virou para Donna esperando afoita pela decisão de sua menina.

Donna colocou as mãozinhas na cintura e encarou a mãe por alguns minutos, olhando de cima a baixo e parecendo realmente pensativa.

- E então? - Ludmilla sorriu.

- Esse é o vestido certo mamã. - Donna abriu um sorriso tão grande quanto e parou ao lado de Ludmilla em frente ao espelho.

- Finalmente. - Luane levantou os braços e sua irmã mais velha revirou os olhos.

- Não via a hora realmente. - Daiane bufou. - Fê querida ajude ela a tirar o vestido que eu vou pedir o almoço, o que acham de comida japonesa?

- Ótima idéia. - Ludmilla respondeu. - Obrigado pela ajuda Day.

- Por nada Lud. - Daiane sorriu antes de sair do quarto.

Fernanda colocou sua filha deitada ao lado do irmão e montou uma "barreira" com os travesseiros ao redor da nenê, indo ajudar Ludmilla.

- Mamãe, por que as pessoas se casam? - Donna perguntou chamando a atenção das três mulheres presentes no quarto.

- Por que se amam querida. - Ludmilla tocou a ponta de seu nariz sorrindo amorosa.

Ludmilla começou a tirar o vestido quando Donna a surpreendeu com outra pergunta.

- E como se sabe que ama?

Ludmilla torceu os lábios e Fernanda riu com a pergunta e a feição curiosa da menina.

- O que você sente por mim e pela mamãe é amor. - Ludmilla respondeu.

- Não esse amor mamãe. - Donna bateu na própria testa e Luane riu. - O amor que você sente pela mamãe, como é?

Ludmilla voltou a sorrir, mas dessa vez um sorriso grande e amoroso sentindo o coração disparar enquanto os olhos brilharam. O quarto se silênciou enquanto Luane e Fernanda também esperavam pela resposta de Ludmilla.

- É grande, muito grande, é um sentimento tão grande que transborda. O amor que eu sinto pela sua mãe me faz bem faz ela bem também, me faz querer estar sempre ao lado dela, me faz protege-la de tudo, como uma boneca de porcelana, meu amor pela sua mãe é tão grande que eu poderia deixar ela se isso fosse fazê-la feliz, por que eu quero ver ela feliz independente de tudo, acima de tudo. - Ludmilla terminou de falar e Donna tinha os olhinhos brilhando encantada com cada palavra de Ludmilla.

- Isso é bonito mamã. - Donna disse e Ludmilla riu adoralmente, sendo acompanhada por Fernanda. - Quero amar alguém assim um dia, como você e a mamã se amam.

- E você vai querida, vai achar alguém te ame bastante e vai te fazer muito feliz. - Luane respondeu abraçando Donna. - Assim como suas mães são. Agora vamos lá pra baixo fazer compainha pra Daiane, sim?

- Sim. - Donna assentiu e se soltou do abraço da tia indo até Ludmilla e à abraçando. - Obrigado, mamã. -a negra franziu o cenho e Donna continuou sorrindo doce. - Obrigado por amar minha mãe e fazer ela feliz, obrigado também por ser a melhor mãe do mundo inteiro, eu amo você.

- Também amo você vida. - Ludmilla respondeu completamente emocionada pelas palavras de Donna.

Com toda certeza daquele mundo Ludmilla poderia dizer para todos que tinha a família mais feliz do mundo, mesmo com as várias complicações algumas brigas, ciúmes e inseguranças, elas se amavam de mais e isso já era o suficiente para que tudo isso deixasse de importar.

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