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◉✿ - 49 CAPÍTULO - ✿◉

Ludmilla tinha acordado cedo, — antes de qualquer um em casa —, se arrumado e chamando seu advogado para acompanha-la, se ela fosse realmente fazer um acordo com Claire queria que tudo acontecesse de formas legais.

Com muito cuidado, fechou a porta de quarto observando que Brunna ainda dormia aconchegada em meios as cobertas. Além da ótima manhã que tiveram — no dia anterior —, a noite também tinha sido tórrida, repleta de prazer e amor, mas Brunna ainda não tinha dito nada sobre Tóquio, não sabendo de todo o estresse que aquilo poderia causar para Ludmilla.

A negra desceu calmamente as escadas e foi até a cozinha, abrindo a porta que dava diretamente para a garagem da casa, surpreendendo-se ao ver Mia ali, em cima de um banquinho procurando algo na parte alta de uma prateleira. Mirian olhou para trás e enrugou a testa ao ver sua nora de pé tão cedo, Ludmilla não fazia isso com frequência nos últimos meses.

— O que faz de pé tão cedo minha querida? — indagou, descendo do banco. — É algo com a Jasmine?

— Não, estamos bem. — Ludmilla passou a mão na barriga. — Só vou sair para resolver assuntos referentes a minha volta para o trabalho.

— Que é só daqui há quatro meses. — Norma cruzou os braços. — Você está aprontando.

Ludmilla estava realemente incomodada em sair as escondidas e ocultar as coisas de Brunna, mas ela só não queria proucupa-la, Brunna já passava tempo demais em função dela.

— Vou te contar mas promete manter segredo? — Ludmilla perguntou se aproximando de Mirian que assentiu. — Então vamos lá. Claire me fez uma proposta de emprego, como uma sociedade, mas talvez teremos que nos mudar para Londres, mas eu quero resolver tudo antes de avisar a Brunna, ela já tem se preocupado demais comigo.

— Se quer minha opinião eu acho que deveria falar com ela primeiro. — Mia disse.

— Agora já não dá tempo, estou atrasada, e além do mais isso vai ajudar Brunna. — Ludmilla sorriu.

— Como?

— Ela vai abrir a boutique dela, vai poder fazer seus vestidos, ter o reconhecimento que merece e eu vou ajuda-la, por isso não diga nada à ela até o contrato estar assinado, ok?

Mirian revirou os olhos mas sorriu por fim e tocou o ombro da nora, desejando-lhe toda a sorte do mundo. Ludmilla podia até não saber, mas Mirian tinha um carinho maternal por ela, e amava ainda mais o fato dela fazer sua filha e neta felizes.

— O que está procurando? — Ludmilla perguntou abrindo a porta do carro e Mirian olhou para trás.

— Os patins da Donna, Rose vai leva-la para sair mais tarde e eu não sei aonde estão os patins. — Mia pareceu um pouco irritada, voltando a olhar para a prateleira.

— Eu acho que estão no jardim Mia. — a negra sugeriu entrando no carro, abrindo a janela em seguida. — Se Bru perguntar eu fui caminhar com a Ally.

— Tudo bem querida. — Mia respondeu acenando.

❍❍❍

Ludmilla olhou irritada para o relógio em seu pulso, querendo loucamente dar um soco no rosto de Claire, ou então fura-la com um salto, esfregar sua cara no asfalto também era uma opção plausível. Ela e o advogado estavam sentados na recepção esperando há quase duas horas, o que estava provocando a total ira da negra.

Quando Ludmilla estava se preparando para se levantar e ir embora a porta do elevador se abriu e Claire saiu dele, sorridente e esnobe como sempre usando um casaco de pele e um vestido branco que iam até os joelhos, saltos estupudamente altos e o cabelo evidentemente tingido de ruivo caindo maravilhodamente sobre seus ombros.

Claire teve a cara de pau de olhar para Ludmilla e acenar com os dedos caminhando até ela.

— Você ficou linda grávida. — tirou os óculos exibindo os olhos cor de mel brilhantes. — Está com um brilho diferente.

— E você continua sem ter compromisso com as coisas, Claire. — Ludmilla soou grosseira. — Já viu as horas?

— Tive um imprevisto. — balançou os ombros caminhando até sua sala e Ludmilla a seguiu entrando na sala ao lado do advogado.

— Qual? — perguntou batendo a porta.

— Desliguei o despertador para dormir mais cinco minutos. — respondeu fazendo bico e puxou a cadeira de sua mesa para se sentar.

Ludmilla olhou a sua volta e sentiu o coração apertar. Ela sentia saudade de sua sala na models, de ter reuniões importantes, eventos, viagens e suas amigas ao lado, mas Alex tinha garantido que Ludmilla nunca mais teria esse prazer, mas isso não importava mais, pois Ludmilla ia conquistar o seu lugar em meio aquele mundo.

Ludmilla revirou os olhos ao ouvir a reposta de Claire e sentou-se, se encostando na cadeira. Suas costas estavam doloridas demais para que ela mantesse a postura ereta, assim como os pés inchados demais, que quase não entravam em seus sapatos, isso fazia Ludmilla querer chorar.

— Vamos logo ao que interessa. — a negra disse, e Claire balançou a cabeça. — Qual a sua real proposta?

— Expandir. — Claire abriu um grande sorriso entrelaçando os dedos sobre a mesa. — Expandir é a minha idéia inicial Ludmilla, mas sozinha eu não vou conseguir.

— Pelo que eu entendi no telefone você quer que eu comande em Londres enquanto você comanda daqui, é isso?

— Até que você pega rápido as coisas. — Claire riu mas parou ao notar Ludmilla ainda séria demais. — Mas para isso você terá que ir para Londres.

— Vou trabalhar para você? — Ludmilla levantou as sombrancelhas.

— Não querida, você vai ser minha sócia. Nós não nos suportamos mas podemos ser muito boas juntas, muito boas. — Claire disse.

Ludmilla não precisava pensar muito, ela queria e iria aceitar aquela proposta, mas sua preocupação no momento era como contar a Brunna que iriam se mudar para Londres.

— Mas com uma condição. — Ludmilla disse chamando a atenção de Claire. — Meus funcionários da models vão junto.

— Não vou comprar uma briga dessas com o Alex, contrate outros. — Claire parecia um pouco indignada com o que Ludmilla tinha proposto.

— Não, só as mais eficientes. Minha assistente pessoal vai comigo, Ally Brooke, a esposa dela é funcionária da models, assim como a Lauren e...

— A sua esposa? — Claire completou.

— Não, não tenho outro planos para ela. — Ludmilla esticou a mão para Claire, que arqueou uma das sombrancelhas e depois sorriu apertando.

— Negócio fechado, Oliveira. — a ruiva levou o contrato que já estava em sua mesa e entregou para o advogado de Ludmilla.

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