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◉✿ - 31 CAPÍTULO - ✿◉

Ludmilla estava parada em frente ao enorme espelho de seu closet olhando para sua barriga. Não tinha volume nenhum ali, não havia confirmação, mas tudo indicava que ela já carregava em seu ventre seu pequeno ponto de esperança, amor, o fruto de seu amor ao lado de Brunna. Seus olhos brilhavam e lágrimas já molhavam seu rosto estragando toda a sua maquiagem. Mas naquela altura a maquiagem era o de menos.

Ela nunca esteve tão sensível, ou vulnerável como estava naquele momento. A negra ainda não podia afirmar com certeza, mas podia dizer pelo que estava sentindo, era o mesmo que sentiu da primeira vez, ela podia senti-lo crescer dentro de seu corpo, ela podia e queria vê-lo se desenvolver. Mas criar esperanças em cima de algo que poderia não ser verdade a deixaria arrasada, mas ela seria forte, ela teria que ser, ela estava sendo.

--- Eu já posso imaginar você, sabia? --- ela sorriu, olhando para seu reflexo no espelho. --- Seus olhinhos castanhos, o cabelo loiro como o da sua outra mamãe, as bochechas gordas, a pele morena, ou então negro e coberto de sardas assim como eu. Pode vir do jeito que for meu amor, eu sempre vou amar você, por toda a minha vida. E eu prometo, que dessa vez eu vou me esforçar mais amor... --- ela parou de falar por um segundo ao sentir a voz embargar e as lágrimas descerem compulsivamente. --- Mamãe jura que vai, porque mesmo que você ainda não esteja aí, mas eu sei que está, sabe porque? Porque só hoje você já fez a mamãe vomitar umas cinco vezes, fora as vontades de comer coisas estranhas, e eu também posso sentir você.

Sem que ela ouvisse Brunna havia entrado no quarto para chama-la para ir para a apresentação de Donna na escola. Seria como um show de talentos, aonde as crianças iriam cantar, e se apresentar, como havia todo ano na escola, e assim como Pedro, as tias e avós também seriam convidadas, e Ludmilla estava tão empolgada com aquilo, tão feliz por poder estar ao lado de Brunna nesses pequenos momentos na vida de Donna, que nada mais tinha importância pra elas além de seus filhos.

Ao ouvir Ludmilla chorando Brunna continuou em silêncio e andou até a porta do banheiro se encostando ali, segurando em suas mãos a solução para tirar aquela dúvida a limpo. Assim como Ludmilla, Brunna estava nervosa, ansiosa e querendo uma reposta, ainda mais por que aquilo iria depender muito da felicidade de sua mulher, e a dela também.

--- Você está bem amor? --- Brunna perguntou.

Ludmilla fechou os olhos e balançou a cabeça ajeitando-se em frente o espelho e arrumando seu vestido. Ela secou o rosto com os dedos e sorriu se virando para Brunna. Gonçalves sorriu ainda mais quando viu o quão radiante Ludmilla estava, sorrindo como nunca e com um brilho diferente no olhar, tão linda quanto em qualquer outro dia, com os cabelos naturais formatando algumas ondas e caindo sobre os ombros, assim como o par de tênis brancos e o vertido preto que abaixo dos joelhos estavam em uma combinação perfeita.

Ela estava completamente perfeita.

--- Estou. --- Ludmilla disse andando lentamente até ela. --- O que é isso?

--- São testes, quatro, se você não quiser fazer eu entendo você, mas seria bom pra...

--- Tirar a dúvida de uma possível gravidez psicológica? --- Ludmilla completou levantando as sombracelhas.

--- Eu não quero te deixar chateada, mas é, é isso sim. --- Brunna suspirou.

--- Eu também estava cogitando essa ideia. Segura a Donna lá em baixo com as nossas mães só mais um pouco, eu faço e vemos o resultado quando chegarmos, ok?

--- Sim, tudo bem, e olha só, vai dar tudo certo. Eu amo você. --- Brunna disse.

Ludmilla sorriu. Não sorriu apenas por sorrir, seus sorrisos para Brunna era algo involuntário, algo que simplesmente saia, assim como Brunna sentia vontade de falar para Ludmilla a todo momento que amava, sempre que a olhava e sentia o quão importante aquela mulher era em sua vida, e que ela iria amar cada insegurança e pequenas falhas que tivessem em seu corpo, assim como amava tanto a dona dele.

--- Também amo você. --- Ludmilla disse beijando-a.

❍❍❍❍

Eram exatamente três e quarenta da tarde e nada de Pedro aparecer na escola de Donna. O show de talentos já havia começado, e todos os familiares de todas as crianças ali presentes estavam encantados com os pequenos teatros, danças e músicas, tudo estava mais do que encantador, e Donna esperava inquieta nos bastidores ao lado de Silvana, mas não por ter que se apresentar, e sim pelo fato de ver seu pai, coisa que era difícil de acontecer nos últimos meses já que ele estava sempre muito ocupado.

E para dar mais tempo a ele Donna havia dado sua vez a muitos de seus pequenos colegas de sala, ficando então por último apenas para que seu pai pudesse vê-la, porém, Pedro não tinha mandado uma mensagem se quer para justificar seu atraso, e isso estava enfurecendo tanto Brunna quanto Ludmilla. Quando o nome da menina foi anunciado mais uma vez, ela apenas olhou cabisbaixa para a avó e seus olhinhos castanhos brilhavam por causa das lágrimas que se formavam.

--- Eu mudei de ideia vovó, eu não quero mais cantar, nadinha, eu vou embora com as minhas mães. --- Donna disse, e se agarrou ao pescoço da avó.

--- Oh minha querida. --- Sil esfregou as mãos nas costas da neta. --- Nós estávamos tão ansiosas para vê-la cantar. Seu pai pode chegar a qualquer momento meu amor, vá lá e cante, você ensaiou tanto pra isso.

--- Eu não quero vovó! --- a voz da menina tinha saído alta devido ao choro desesperado, chamando a atenção de várias pessoas, incluindo a professora dela.

Srta. Sanchez andou até Silvana e colocou a mão em seu ombro balançando a cabeça, fazendo-a entender assim que seria melhor se Donna não participasse, já que a menina realmente não queria de fato. Ela então agarrou ainda mais a neta em seus braços e saiu dali, acariciando Donna e reconfortando-a de certa forma. Quando elas chegaram até Brunna e Ludmilla ambas estavam estressadas ao lado de fora da escola, batendo os saltos contra o chão e bufando a cada ponto de esperança que de alguma modo elas ainda sentiam quando viam um carro igual ao de Pedro se aproximar.

--- Ele ainda não chegou não é? --- Silvana perguntou.

--- Não, e muito provavelmente não irá vir. --- Brunna esbravejou. --- Mas eu vou dar um jeito nisso.

Ela andou até Ludmilla dando um rápido selinho e logo fez sinal para o primeiro táxi que apareceu, não dando à nenhuma delas a oportunidade de falar alguma coisa, mandando o motorista então seguir para a casa de seu ex marido, sentindo toda a raiva que guardava dele querendo se esvair de seu corpo, e ela poderia ser capaz de mata-lo se algum objeto cortante estivesse ao seu alcance.

Alguns minutos depois o táxi parou em frente ao prédio aonde ele morava, e então Brunna pagou a corrida e desceu do carro, subindo sem se quer deixar que a recepcionassem ou anunciarem ela para Pedro. Ser anunciada naquele momento era o de menos, mas o fato dele ter mais uma vez feito sua filha chorar a matava por dentro, e a cada vez ele parecia se importar menos com ela, e isso não doía apenas em Donna, mas em Brunna também.

Sem mais delongas o elevador ao qual ela tinha pego finalmente parou na cobertura, lugar aonde ela se lembrava bem de ter passado quatro longos anos de sua vida até o dia de seu divórcio. Brunna fechou a mão e bateu rudemente na porta, e não parou enquanto a mesma não havia sido aberta por uma outra mulher a qual ela nunca tinha visto em sua vida, e para falar a verdade ela nem ao menos se importava em ver, então Brunna apenas entrou no apartamento.

--- Ei! --- a mulher gritou. --- Quem acha que é para entrar assim na minha casa? Pedro!

--- A mãe da filha do seu namorado ou sei lá o que aquele canalha seja seu. --- Brunna disse, olhando-a com escárnio. --- Aonde ele está?

--- Olha só sua louca... --- a ruiva se aproximou de brunna apontando o dedo em seu rosto e alterando o tom de voz na intenção de intimida-la, porém o que ela não fazia ideia era que depois de estar ao lado de Ludmilla por tanto tempo ela havia aprendido a ser tão rude quanto.

--- Olha só você minha querida. --- Brunna riu em deboche. --- Eu vou apenas te avisar uma coisa caso ele não tenha lhe dito, certo? Vamos lá. Pedro é do tipo de homem que fica com você até enjoar, então na hora que ele encontrar alguém mais nova, olhos mais azuis e cabelo melhor tingido, ele vai trocar você, e seu sonho de ser casada com um empresário rico vai por água abaixo. Tudo bem? Então tire esse dedo da minha cara e vai chamar aquele filho da puta antes que eu mesma suba e revire esse apartamento todo até achar, e acredite, eu morei aqui por quatro anos eu sei cada pequeno lugar aonde ele se esconde quando uma das mulheres dele vem fazer escândalo.

--- Ele traía você? --- ela perguntou agora mais baixo, mudando completamente sua expressão. --- Mesmo quando ainda estavam casados?

--- Você não sabe da missa metade minha flor. --- Brunna respirou fundo.

Quando ela deu alguns passos em direção a escada indo para o segundo andar afim de chamar Pedro, o próprio já estava descendo lentamente as escadas, impecavelmente lindo e arrogante como de costume. Ele sorriu um pouco quando viu Brunna parada em sua sala, porém ao notar a expressão extremamente raivosa que Gonçalves possuía ele diminuiu os passos e sua expressão se fechou completamente.

--- Eu vou subir Pedro, acho que vocês têm bastante coisa pra conversar.

--- Espera Rose. --- ele segurou em seu braço mas ela se soltou bruscamente.

--- O que foi? Quer que eu fiquei aqui ouvindo sua conversa com ela? --- Rose esticou o braço apontando para Brunna.

--- Nós vamos nos casar certo? --- Pedro perguntou. Rose respirou fundo concordando e então ele prosseguiu. --- Não seria mais do que certo você ouvir o que temos a dizer, não quero esconder nada de você. --- Pedro passou a mão no rosto dela sorrindo docemente e então Brunna revirou os olhos realmente enojada com aquilo.

--- Acho que isso você não vai querer que ela saiba, querido. --- Brunna riu em deboche, coçando a garganta em seguida e se equilibrando em cima do salto.

--- Fala logo, Brunna. --- ele bufou.

--- Então Rose. --- Brunna começou a falar colocando sua bolsa sobre o sofá, então andando até Pedro e ela. --- Acho melhor você começar sabendo que ele é um péssimo pai, pelo menos até o momento em que vocês se separam, o que seria no caso um momento difícil para uma criança, para qualquer criança que sempre teve o pai do lado, em datas especiais como aniversário, show de talentos, para brincar, ver desenho, filmes ou qualquer outra coisa, um pai que realmente seja um pai...

--- O show de talentos. --- Pedro murmurou, passando a mão eu seu rosto. --- Merda, ele ainda está acontecendo ou...

--- Donna foi pra casa chorando com a avó e a mãe. --- Brunna sorriu sarcástica e olhou para Rose em seguida. --- É esse o pai que você quer para os seus filhos caso algum dia isso não dê certo?

--- Não eu... mãe? Mas você não é a mãe dela? --- a garota enrugou a testa confusa com o que tinha ouvido.

--- Ela é lésbica, é uma longa história Rosely... --- Pedro disse, e fechou seus olhos balançando a cabeça rapidamente logo voltando a encarar Brunna. --- Eu apenas me esqueci, ok? Eu compro alguma coisa pra ela depois e ela esquece, é criança.

--- As coisas não funcionam assim, Pedro! --- Rose disse abismada.

--- Você acha mesmo que comprando um brinquedo pra ela ela vai esquecer? Pedro! --- Brunna disse boquiaberta. --- No momento em que nós decidimos ficar juntos quando eu descobri que estava grávida você se comprometeu a ser o melhor pai que poderia para ela, mas olha só, até agora só demonstrou ser um grande merda.

--- Espera Brunna , eu só... --- Pedro disse enquanto terminava de descer as escadas indo até ela.

--- Não! Cala a boca! --- Brunna gritou sentindo sua garganta arder enquanto fechava suas mãos e andava arduamente até ele. --- Sua desculpa é sempre essa Pedro, você sempre se esquece, sempre! Se lembra quando eu levei ela pra te ver na empresa e você deixou a menina plantada esperando você? Ou de quando resolveu simplesmente cortar gastos e parar de pagar o ballet, ou o jazz, até mesmo a escola! Ou quando disse que era pra eu sair da sua casa e me virar com ela já que eu tinha pedido o divórcio. Você se lembra? Isso tudo para me atingir! Se lembra quando assim que nós separamos no dias dos pais você deixou a menina esperando por você uma tarde inteira e simplesmente não apareceu porque esqueceu?!

Brunna gritava colocando toda sua raiva para fora, socando o peito de Pedro deixando-o completamente avermelhado enquanto ele dava alguns passos para trás devido a força. Toda raiva que ela estava guardando dele e o fato dele ter feito sua filha chorar a machucava de tal maneira que ela nem se quer conseguia falar mais nada, apenas usava toda sua força contra ele e chorava, como se toda a dor que Donna sentiu em todos aqueles momentos tivessem sido nela.

--- Brunna! --- Pedro gritou segurando seus braços.

Ambos pararam no mesmo momento enquanto se encaravam de forma indescritível. A única coisa que ela conseguia sentir naquele momento era raiva, enquanto Pedro sentia culpa, e a cada palavra percebia o quão ruim ele tinha sido para sua filha durante aquele tempo, deixando que a raiva que ele sentia de Brunna atrapalhasse sua relação com Donna e fizesse dele um pai horrível, coisa que ele tinha prometido para si mesmo que não seria assim que pegou aquela pequena criaturinha nos braços pela primeira vez.

--- Eu... Eu vou me desculpar com ela Brunna... eu vou voltar a...

--- Não me fale de dinheiro novamente, não quero seu dinheiro, não quero você perto da minha filha, não quero te ver, quero distância de você. Nós duas queremos. --- Brunna disse se afastando de Pedro e assim pegou sua bolsa pronta para sair do apartamento, e assim ela fez, saindo dali disposta a fazer com que Donna nunca mais passasse por aquilo.

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