Capítulo 43 | O sol sempre nascerá
As luzes da manhã ensolarada insidiam diretamente sobre meu rosto, afastando aos poucos o sono. Meus olhos se abriram e minha visão foi tomando foco. O meu rosto estava apoiado sobre uma superfície rígida e ao mesmo tempo macia e me deparar com a pele levemente rosada debaixo de mim, ergui o rosto e eu me deparei com Travis ainda dormindo. Os olhos fechados e a linha suave da boca quase virada num sorriso me fizeram espichar o corpo para beijá-lo outra vez.
Essa foi a imagem que fiz questão de registrar em minha mente. Ele, tão lindo, enquanto dormia num sono tranquilo. A paz que sua presença me fornecia e a leveza do momento. Não queria esquecer disso. E por alguns segundos, senti que tudo ficaria bem.
Quando entrei embaixo do chuveiro para um banho, senti a presença de Travis logo atrás de mim. Senti-o se aproximar e seus lábios pousaram sobre os meus ombros. Suas mãos envolvendo a minha cintura, abraçando-me por trás.
— Eu não quero que isso acabe. — Ele assumiu, quando eu me virei.
Foi então que senti uma tremenda vontade de lhe dizer que tudo ficaria bem, mas algum pressentimento ruim me alertava do contrário.
Ernest ergueu as sobrancelhas quando Travis e eu entramos à cozinha.
— Que bom que vocês estão... — Ernest hesitou com ceticismo. — Bem.
— Eu te disse. — Seth pontuou com entusiasmos para Ernest. — Eles estavam quase se beijando ontem. — Ele acrescentou e eu olhei para Travis estarrecida.
Seth ergueu a mão de palma para cima com uma cara de vitorioso e Ernest enfiou a mão no bolso da calça enquanto revirava os olhos, e Seth ergueu as sobrancelhas quando Ernest deixou uma nota de vinte dólares em sua mão.
— Eu não acredito que vocês apostaram isso. — Travis resmungou, voltando-se para a bancada para servir-se de um café.
— Ah, Trav — Seth rebateu num muxoxo — essa estava no papo. — Ele completou. — Ernest adora perder dinheiro para nós. — Agora ele falava comigo. — Você tinha que ver quando apostamos se você atiraria ou não atiraria em mim.
O meu rosto ficou branco quando fui pega desprevenida.
— Seth! — Ernest deu um empurrão nele por falar demais.
— Ah. Qual foi? Ela não atirou. — Ele se apressou em se defender.
— Infelizmente. — Travis acrescentou por alto. — Ela deveria. — Ele riu para mim, e eu me senti suavizar por dentro.
— É, eu acho mesmo que deveria. — Brinquei, rindo também.
— Já chega. Vamos tomar café. — Ernest tomou uma postura mais séria. — Partiremos daqui a pouco.
✦✦✦
Travis empurrou a porta arrombada e parou no meio da entrada, provavelmente analisando uma vez mais o estrago feito na sala de sua casa. Fazia pelo menos uma semana que eu não voltava aqui, mas nada parecia diferente da última vez.
Respirei fundo e absorvi o cenário caótico. Travis me surpreendeu, passando o braço pelo meu ombro e me conduziu para dentro da casa, levando-me para o quarto.
— O que vai acontecer de agora em diante? — Perguntei para ele ao deixar a bolsa de viagens sobre a cama.
Travis ficou em silêncio e caminhou em minha direção, sentando-se ao meu lado à beira da cama, esfregando os olhos e deixando visível o quanto tudo aquilo estava sendo cansativo.
— O FBI está planejando uma missão. Eu preciso entregar Raymond vivo se quiser voltar ao trabalho. — Travis disse e isso causou um grande nó em minha cabeça.
— O que?
— Eu envolvi pessoas demais no caso. As coisas tomaram grandes proporções, o antigo diretor não estava ajudando e... — Travis foi interrompido pelo toque do celular dele.
Ele puxou o dispositivo do bolso e eu ergui um pouco a cabeça para analisar a tela. Era uma chamada de vídeo com o nome de "Nichols" da qual franzi o cenho imediatamente e por impulso, tomei o aparelho da mão dele e joguei no chão, pisando-o até me certificar de que não sobraria nada para nos rastrear.
— Amy. — Ele interrompeu. — Meu telefone. Você enlouqueceu? — Travis perguntou, pondo-se de pé instantaneamente.
— Quem é esse homem? — Indaguei com brusquidão.
Ele franziu a testa e gesticulou com as mãos em completa confusão.
— Quem? — Interroguei com mais firmeza na voz.
— Nichols. Nichols Coleman. Meu chefe.
— O que? — Proferi com ceticismo. Não dava para acreditar.
Era como Ryan dizia. A vida é um carma. Lei de Murphy cujo ditado é bastante claro. Se uma coisa tem potencial para dar errado. Dará.
Foi aqui que tudo começou a dar errado.
— Ele está afastado. — Travis acrescentou. — Aconteceram umas coisas no FBI ele foi pego e devolvido por um casal e ele não os identificou, porque... — Ele foi parando de falar, como se pronunciar tudo aquilo e olhar para mim fosse esclarecedor o suficiente. — "Informante" — pensou por último.
Suspirei, passando as mãos pelos cabelos.
— Ele era o diretor da CIA. — Pontuei. — Há dois anos, tínhamos uma Missão: pegar Brandon Pellignton, mas fomos pegos e ninguém sabia o que tinha dado errado. Quatro pessoas sabiam dessa Operação e quando chegou aos ouvidos desse Coleman... No mesmo dia tudo deu errado. — Esclareci. — Ele trabalha para Brandon. Você está tentando prender Raymond para ele. Brandon. Ele quer dominar tudo e está usando o FBI para facilitar as coisas.
A garganta de Travis subiu e desceu.
— Ele está fora. — Ernest pronunciou assim que entrou no quarto. — Mas ele fica sabendo de tudo.
— As coisas acabaram mudar de figura. — Travis se lamentou, passando as mãos pelos cabelos.
— Nós temos um plano. — Ernest pontuou.
— Que plano. — Inquiri, analisando-os.
Travis e Ernest se entreolharam antes de tomar a decisão de falar.
— Amanhã de noite, quando ele estiver saindo. Nós vamos seguir e captura-lo. — Contou Ernest.
— Saindo? — repeti.
— Ele vai sair do país. — Travis disse erguendo o olhar para mim.
Uma inquietude se apossou de mim. Eles só podiam estar brincando se estivessem realmente esperando Raymond fugir para pegá-lo. Havia uma grande chance de tudo dar errado.
— Precisamos ir agora. — Deleguei varrendo o quarto com urgência para pegar tudo o que precisava antes de ir. — Esse plano é ridículo.
Ernest não hesitou em entrar na minha frente.
— Ridículo é para lá agora. Desse jeito. Sem reforço. Poucas armas. Temos tudo planejado e você não vai estragar tudo. Amanhã. — Ernest decretou, apontando com o dedo indicador para mim. — Amanhã. — Reforçou antes de sair. — Travis, certifique-se de que até lá ela não faça nenhuma idiotice.
— Você não vai fazer nada? — interroguei a Travis com indignação. — Esperar o bandido fazer as malas para ir embora. Isso vai tornar as coisas muito mais difíceis.
Travis se levantou da cama e me mirou por um tempo.
— Vamos deixá-lo pensar que se safou. — Travis argumentou. — Quando ele estiver com as malas prontas, vai pensar que saiu vitorioso e não vai se dar ao menos o trabalho de olhar para trás. — Ele sorriu um sorriso astuto. — Esse vai ser o seu erro, sabe por quê? — Ele envolveu os braços ao redor do meu corpo puxando-me mais para ele ao umedecer com a ponta da língua os lábios com desejo, me olhando com olhos degustativos e brilhantes. — Porque nós estaremos lá. — Sussurrou em meu ouvido. — Bem atrás dele.
Travis decretou fim ao assunto, passando a mão na linha do meu maxilar e devorando meus lábios com calor e intensidade.
— Depois disso — ele parou para me olhar. — Acabou! Nós vamos embora de Nova York.
— O que está dizendo? Você vai sair do FBI?
Ele me fitou por um longo instante e sacodiu a cabeça, concordando positivamente.
— Então, por que você está indo atrás do Raymond para o FBI? — perguntei, bastante confusa.
— Não vou fugir como um criminoso, Amy. Eu comecei o serviço. Vou terminar.
Assenti e ele voltou a me beijar. Puxando a minha regata para cima e forçando-a a passar pelos braços e depois pela cabeça.
Ainda não estava convencida, mas beijá-lo foi o bastante para me silenciar naquele momento. Travis se livrou do meu sutiã e sugou meu peito entumecido, fazendo-me gemer com a excitação que ele me provocava.
Ele abaixou a minha calça e sua mão deslizou para dentro do cós da minha calcinha, descendo e descendo até estar na minha entrada.
— Tão molhada... — Ele murmurou com desejo quando seu dedo me penetrou.
A onda de sensações faz a minha pele se arrepiar e eu o afastei um pouco, brincando com os lábios dele ao beijá-lo lentamente enquanto desafivelava o cinto e descia a calça para os joelhos. Parei o que estava fazendo com os lábios dele e me concentrei no músculo rijo sob o tecido. Minha boca encheu-se de água assim que a ideia de o degustar me veio à mente.
Tão duro. Pensei enquanto passava a mão em sua ereção e isso fez com que ele rosnasse de prazer. Travis tentou me tocar, mas meu lado dominador o reprovou com um estreitar de olhos que o fez recuar.
Era a minha vez de brincar.
Então, me ajoelhei diante dele. Com seu pau diante da minha boca e eu comecei a abaixar sua cueca bem devagar, deixando-o ainda mais duro com a ideia de colocá-lo em minha boca.
Capturei-o sem pensar muito e suguei-o de um jeito que ele precisou se apoiar em algo enquanto gemia.
— Caramba. — Ele arfou, levando a mão à minha cabeça, emaranhando os seus dedos em meus cabelos.
Ouvi-lo gemer me deixava ainda mais excitada. Segurei na base do membro e tirei do pau da boca, chupando a cabeça e deslizando a língua. Ergui o olhar para fitar Travis e me deparei com ele acima de mim. Os olhos fechados e a expressão de puro prazer e voltei ao trabalho, aumentando o ritmo.
— Eu vou gozar. — Ele advertiu num ronronar.
E não parei. Eu queria encher minha boca com seu sabor e quando ele explodiu em mim, engoli-o sem hesitação.
— Você... — Travis gemeu com ceticismo e me puxou para cima com urgência. Virando-me de costas e me penetrando por trás.
Sua mão deslizou pelo meu abdômen enquanto ele estocava e seu dedo pairou sobre o meu clitóris, fazendo com que a minha visão ficasse turva de prazer.
— Travis.. — Murmurei seu nome enquanto ele fazia movimentos enlouquecedores sobre o meu clitóris.
Ele chupou o lóbulo da minha orelha e se movimentou mais rápido, fazendo-me gemer ainda mais.
— Goza para mim, goza... — Ele pediu em meu ouvido, segurando um dos meus seios, apoiando-me mais sobre seu corpo quando o meu começou a amolecer.
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