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Capítulo 36 | Maus bocados

O meu corpo doía; minha mente agonizava.

Seria mais fácil se ele acabasse logo com isso, porque dava para sentir o cansaço corroer meus ossos e atrofiar os músculos. Respirar parecia ser algo lancinante e torturante. Eu só queria que parasse. Só conseguia implorar a quem quer que fosse para que aquilo parasse.

O meu corpo já não aguentava mais e havia chegado ao ponto de pensar que resistir àquilo era uma ideia insustentável.

Ninguém se preocuparia com o meu desaparecimento, ninguém viria ao meu socorro. Eu estava sozinha novamente.

Esse era o fim da linha.

Os meus braços encontravam-se presos para trás, por algemas. Estava jogada de qualquer jeito no canto da cela, as costas apoiadas na parede mofada e úmida de tijolos. Fraca e completamente destruída. Os meus lábios estavam rachados. Minha garganta estava seca, meu estômago revirado pela fome. E ainda dava para sentir o latejar quente e doloroso do corte em meu lábio.

Maldito Brandon Pellignton.

A essa hora ele deveria estar morto. Se não fosse algum idiota a me apagar eu o teria matado e não dava para parar de ruminar isso. Porque era ele ou eu, e bem, o jogo tinha virado.

Ergui um pouco a cabeça e remexi as pálpebras, tentando manter os meus olhos abertos quando ouvi o barulho pesado da porta de madeira se arrastar contra o piso áspero.

Não precisei erguer a cabeça para saber quem era, porque os sapatos eram suficientemente esclarecedores.

O bastardo estava ali para mais uma sessão de tortura.

Só que eu não sabia se aguentaria mais uma vez.

Brandon avançou pela cela sem pressa e chutou a bandeja de comida para longe do caminho.

— Não... — Balancei a cabeça em negativa da forma como pude. Da minha boca só saiu um ruído fraco. Eu não era capaz de suportar outro episódio de tortura.

Eu já tinha sido amarrada, torturada, afogada. Meu corpo carregava uma dúzia de cortes aleatórios.

Deus. O que mais eles fariam comigo?

Murmurei algo com minha garganta seca e encolhi-me como pude entre meus ombros, esperando o ataque da luz forte, mas não havia claridade alguma para ofuscar as minhas retinas.

O dia já tinha se tornado noite. O som de passos se tornou mais próximo, e então, alguém parou diante de mim.

Era ele. Eu podia distinguir o perfume caro e amadeirado que se derramava no ar.

— Pra uma vadia durona, você está bem acabada, não acha? — Provocou, cutucando a minha perna com a ponta do sapato.

Ele agachou perto de mim, e os dedos dele fizeram um caminho repugnante do pé da minha orelha até o maxilar. Depois a mão dele emaranhou nos meus cabelos embaraçados, e a pressão que ele impôs ali me fez grunhi, retorcendo a face quando ele me puxou para cima, e eu estiquei o pescoço, tentando acompanhar o movimento para diminuir a dor.

Não funcionou, mas isso me colocou cara a cara com ele. Forçada a encarar seus olhos quando ele repuxou a minha cabeça para cima. O meu nariz ficou na altura do seu.

O meu orgulho estava ferido e a minha dignidade tinha escoado ralo abaixo, então eu lhe abri um sorriso debochado.

O que ele esperava? O que mais ele queria de mim?

— Ninguém vai vir salvar você... — Brandon pontuou com a voz macia, parecendo satisfeito com a observação.

— Ryan... — Foi a única pessoa que me veio à mente.

Brandon jogou a cabeça e sorriu abertamente. Mas quando me fitou novamente, suspirou.

— Você é mais inteligente do que isso. — Brandon alegou quando seu olhar repousou sobre o decote do meu vestido arrasado, passando o nó do dedo sobre a pele — Mas prefere assumir a ingenuidade. Confiou na pessoa errada, e pelo visto não faz ideia do porquê está aqui...

— O pen drive... — balbuciei. Era por isso.

— O pen drive. — Brandon repetiu, balançando a cabeça.

— Mas eu já disse que não sei. — Proferi, repetindo o meu discurso de sempre.

Brandon concordou com um manear de cabeça, me encarando profundamente no momento seguinte.

— Ryan trabalha para mim, Amy. Ele te entregou. — Informou com satisfação e fez questão de reafirmar, mas depois disso tomou um ar distante. — Ele foi atrás de você, na ponte. Eu não sabia que era você, mas ele sabia e depois te trouxe para cá. Ele deu você para mim e sequer piscou para fazer isso. E você sabe por quê? — Brandon indagou, parecendo esperar a minha resposta. Eu não disse nada além de encará-lo com raiva e ele seguiu com a divagação. — Porque ele é assim. Ele faz esse tipo de coisa quando o dele está na reta. Mas pessoas como nós não se importa para esse tipo de coisa. Tem gente que chama isso de desvio de caráter, mas essas rupturas não surgem do nada.

Ryan não faria isso. Tinha que ser mentira! Não dava para confiar no que Brandon estava dizendo, por isso, acenei com veemência numa negativa, o que fez Brandon abrir um sorriso presunçoso.

— Você apagou os meus três seguranças. Não havia ninguém além de você, eu e Ryan lá. E ele me salvou quando te apagou. Talvez aquele maldito esteja jogando conosco, e se esse pen drive não está realmente com você, só pode estar com ele e ele te usou como distração.

A imagem dos três seguranças nocauteados rondou em minha mente.

Eu não queria acreditar!

Apesar do corpo dolorido e machucado, nada me pareceu doer mais do que saber que Ryan realmente poderia ter feito aquilo comigo. Ele nos caçou na ponte. Stayce morreu por causa daquilo. Ele estava tentando me eliminar.

Um estalo fez a minha mente guinar, e eu perdi o fôlego ao fitar Brandon.

Não podia ser!

Brandon e essa droga de pen drive estavam diretamente conectados. Eu não sabia ao certo o que havia nele, mas era alguma coisa que fazia Ryan sacrificar qualquer coisa, inclusive a mim, para escondê-lo.

Ele não havia passado a perna apenas em mim e olhar para o rosto de Brandon enquanto ele fazia todas as peças daquele quebra-cabeça se encaixar me fez soltar uma gargalhada exagerada.

— Afinal de contas, não sou eu a única ingênua... — Me atrevi a dizer. Porque, a essa altura, o que mais eu tinha a perder?

— Você está achando isso engraçado? — retorquiu, tentando omitir a frustração, passando um pouco do meu cabelo para trás com a mão.

Minha garganta se fechou e o ódio me envolveu.

— Não deveria. — Ele acrescentou, fitando-me de forma doentia. — Já que você vai me ajudar a pegá-lo.

Eu parei. Meu cérebro estagnando e meu sorriso morrendo de imediato, sem dizer nada.

Brandon estava desesperado, porque também faria de tudo para reaver o que existe naquele pen drive.

— O que é você sem essas algemas? — Um suspiro sem humor em forma de riso escapou. A minha voz estava seca e rouca devido à desidratação. — O que é você sem os seus capangas para te protegerem? Você é como uma maldita barata medrosa de esgoto, só sobrevive porque se esconde.

Ele arqueou as sobrancelhas grossas e seus olhos reluziram direcionando-se a mim de forma desafiadora.

— É nesse ponto que você se engana, minha querida... — Ele empurrou a minha cabeça com brutalidade contra a parede e agarrou o meu pescoço com a outra mão. — Eu sou a porra de um deus indestrutível e eu vou acabar com você se não me disser onde Ryan pode ter escondido o meu pen drive. — A mão dele se fechou mais em torno da minha garganta e eu resfoleguei ruidosamente em busca ar.

Balancei a cabeça em negativa, impossibilitada de proferir qualquer palavra. Ele já sabia a resposta para aquilo. Eu não sabia, droga!

Definitivamente não fazia a mínima ideia onde estava esse pen drive de merda.

Exasperei, sem fôlego e sem chão abaixo dos meus pés, debatendo as minhas pernas e tentando mexer os meus braços algemados. As minhas costas ainda pressionadas contra a parede fria.

— Vamos ver qual é o limite da sua resistência... — provocou, abrindo um sorriso pretencioso e afrouxando o aperto ao redor do meu pescoço.

Arquejei, soltando ruidosamente o ar dos meus pulmões, tentando estabilizar a minha respiração ofegante.

O fato de ele estar me torturando não me fazia odiá-lo tanto quanto o fato de assisti-lo apreciar a isso. O meu sofrimento não passava de uma diversão para ele.

Mais dois homens invadiram o cubículo e agarraram-me pelo braço, puxando-me cômodo afora.

De novo não, de novo não... — Eu tentava resistir, mas de braços atados não tinha forças para me defender.

Os dorsos dos meus pés arrastavam no chão grosso e sujo, ferindo a carne. Os meus sapatos tinham sumido antes mesmo do sequestro.

No momento em que passávamos por uma espécie de corredor escuro e úmido o celular do homem a minha esquerda começou a tocar e ele parou para atender.

— Está... — disse, com o aparelho na orelha, ele me encarou rapidamente antes de responder.

— Chefe... — Ele afastou o celular da orelha e o estendeu em direção a Brandon. — Telefone para você...

Brandon franziu os lábios e esticou o braço para pegar o aparelho da mão do homem.

— Fala... — disse, afastando-se.

Ele virou de um lado para o outro com a mão livre sobre o quadril, empurrando a barra do blazer para trás e depois fixou seus olhos nos meus, me encarando como uma presa encara a caça encurralada.

— Tentem segurá-los! — Determinou, passando a mão pela têmpora. — Mas que droga! A garota vai comigo... — informou para a pessoa do outro lado da linha, relanceando um sorriso perverso em minha direção.

Em seguida, ele desligou o aparelho e o devolveu ao homem.

— Estão tentando invadir o galpão. — Informou, no momento seguinte. — A garota vai ficar comigo, e eu quero que vocês peguem o Harmon, vivo — ele fez questão de ressaltar isso — e o tragam para mim.

Os meus instintos se alertaram. Minha garganta se fechou imediatamente, atônita. O que? Eu realmente tinha ouvido direito?

Travis?

Travis estava aqui?

Brandou deu dois passos à frente e se inclinou em minha direção, nossa face frente a frente. Eu tentei me remexer a fim de colocar alguma distância entre nós, mas os dois homens me seguraram firme em meu lugar.

— Parece que Travis também está procurando uma coisa. Será que ele quer tanto assim? — incitou ao abrir um sorriso cínico, e eu me remexi, revoltada, cerrando os dentes quando ele deixou sutis tapas em meu rosto.

Brandon se afastou e empurrou o seu blazer para trás, exibindo o peito coberto pela camisa social branca de botão, e puxou uma pistola do peitoral que envolvia seus ombros. Ele inclinou a cabeça um pouco de lado.

— Aquele merdinha está atrás dela... — Ele se afastou, determinado. — Vamos sair de helicóptero! — Ele me puxou pelo braço e eu cambaleei quando começamos a seguir pelo sentido oposto ao que iriamos.

Helicóptero...

Alguma coisa dentro de mim estremeceu. Porque sabia que se me levassem daqui, talvez Travis não conseguisse me encontrar em outro lugar.

— Quanto você acha que eu deveria pagar pela cabeça do seu namoradinho? — Sua provocação ecoou pelas paredes imundas do lugar.

Travis tinha vindo atrás de mim e agora estava em perigo.

E embora tivesse dado de ombros a Brandon, fiz um grande esforço para tentar ignorando o meu estômago que se retorcia.

Droga. Eu só desejava escapar daquelas algemas. — Essa grana pode ser sua... — Ofereceu atrás de mim.

— Eu não vou entregar Travis a você. — Rebati — Aliás, eu não quero o seu dinheiro nojento!

Ele ficou em silêncio por algum tempo, mas não se sentiu minimamente ofendido.

Brandon era assim. Mesmo que soubesse o quer era, ainda era orgulhoso de si e do império que havia construído com a criminalidade.

— Eu não vou ajudar você, Brandon. — disse com firmeza, outra vez, suspirando.

— Engraçado... — Dessa vez ele não me pareceu tão irritado. — É isso ou... — Ele exibiu a pistola. Muito esclarecedor.

A minha garganta se apertou e os meus músculos se contraíram com a raiva enervante, fechando as mãos em punhos.

Brandon deixou uma risada pesada escapar e ela reverberou pelo corredor ao qual seguimos. Parei por um instante e me atrevi a virar para trás, sentindo-me na obrigação de encará-lo quando mágoa começou a falar por mim.

— Foi um plano dele invadir a sua mansão, você sabia? — Rebati, virando-me de repente, mesmo com as mãos para trás. — Eu não concordei, mas ele me dissuadiu. Ele queria matar você, e eu deveria te distrair enquanto ele preparava o terreno.

Ele deu de ombros, e uma hélice gigante de ventilação embutida na parede começou a girar e a luz do lado de fora começou a invadir pela entrada de ar.

— Você já sabia... — as palavras me escaparam num balbucio, encarando-o completamente perplexa.

Ele arqueou a sobrancelha em resposta e esboçou um sorriso fechado, de lado, me encarando por um momento longo que começou a me causar incômodo.

— Você, na sua existência medíocre, ainda acha que eu sou algum idiota? — Indagou retoricamente. — Russell não passa de um peão num jogo de tabuleiro muito maior do que ele ou você... Eu dou as cartas, Amy. As pessoas dançam conforme a minha música.

— Não vai adiantar me arrastar, me torturar, ou seja lá o que mais estiver disposto a fazer. O seu primo atirou na minha cabeça e eu perdi a memória.

— Continue andando... — Ordenou, gesticulando com as mãos.

— Vamos supor que você esteja me dizendo a verdade — estalou pensativo, depois de um tempo. — Esse pen drive é muito importante, e eu preciso ter certeza que não vai cair nas mãos de quem não deve. Sendo assim, se estiver mesmo com o Ryan, dê um jeito fazer com que ele te devolva, e eu vou ser bastante generoso com você...

— Vai deixar a mim e Trevis em paz? — Rebati, depois de pensar um pouco.

Ele deixou uma risada escapar no ar e meu corpo se arrepiou.

— Óbvio que não! Esse idiota já está morto!

— Você acha mesmo que consegue pegá-lo? — perguntei desafiando-o, remexendo os meus pulsos discretamente dentro das algemas apertadas, tentando desviar sua atenção.

Eu realmente não estava interessada em sua resposta, me preocupava em tentar encontrar um meio de me livrar dessa situação.

Os passos de Brandon ecoavam trás de mim enquanto passávamos por uma espécie de túnel grande e extenso. A incidência de luz era mínima e o clima era úmido. O chão era seco e áspero e por vezes eu pisava em folhas secas caídas pelo chão.

Os meus ouvidos capturaram uma risada impaciente em resposta.

— Não seja tola. Eu tenho muitos homens lá em cima e ele, bem... Ele está sozinho nessa.

Travis não costumava vacilar. Ele não seria burro a ponto de se enfiar em um ninho de cobras sozinho.

Ele me tiraria daqui... — Eu me peguei pensando com esperanças de ser restado.

— É aqui... — disse Brandon, batendo com a palma da mão na haste metálica enferrujada que compunha um lance de escadas chumbada na parede velha do túnel.

Eu me retraí entre os ombros.

— Primeiro as damas... — ele disse, abrindo espaço para mim.

Encarei as barras da escada e depois o encarei com estranheza.

— Como você espera que eu faça isso? — Indaguei, demonstrando as algemas.

Ele enviesou os olhos, hesitante e segurou com firmeza na pistola diante de si.

— Muito bem... — Ele estalou a língua e veio em minha direção. — Eu vou abrir as algemas, mas não se esqueça que eu tenho uma arma e vou estar bem atrás de você. Eu não estou brincando, não me subestime. — Instruiu. Seus olhos castanhos fixos nos meus. Não havia vacilo em suas palavras.

Senti o tilintar das algemas sendo destravadas, afrouxando-se em torno dos meus pulsos que latejavam devido ao aperto do metal em minha pele. Levei a mão até o local, esfregando-os e sentindo o alívio.

Ele me empurrou bruscamente em direção à escada e eu me agarrei nas barras enferrujadas para não cair.

— Anda logo!

Comecei a impulsionar meu corpo para cima, um pé após o outro, degrau por degrau. Barra por barra. Eu tinha alcançado a superfície. Uma abertura no túnel bem acima das nossas cabeças.

Uma chance de escapar... O meu coração retumbava como uma orquestra no peito. A tampa foi aberta e o vento fresco assoprou meus cabelos. Ergui a cabeça para encarar o que me aguardava do outro lado. O meu coração parou e o fôlego me faltou ao encontrar a cano da pistola apontada em minha direção. Travei as mãos na barra da escada e parei de me movimentar.

— Eu não mandei você parar... — A voz de Brandon ecoou de lá de baixo.

Eu me mantive estática enquanto encava Ryan do lado de fora da saída com uma arma apontada para mim.

E não fazia a mínima ideia do que fazer. Ele atiraria em mim se eu me mexesse e Brandon atiraria em mim se eu me mantivesse no lugar.

Quando abri a boca para falar algo, Ryan me interrompeu levando as mãos aos lábios. Ele gesticulou com a mão desocupada, para que eu prosseguisse. Abaixei o olhar e encarei Brandon subindo a escada logo abaixo de mim. Apressei-me em pôr meu corpo para fora da saída e me pus com urgência atrás do corpo Ryan.

— Saia daí, Pellignton! — Ordenou Ryan quando a cabeça de Brandon se pôs para fora da saída.

— Vá embora, Ryan, e eu vou fingir que você nunca esteve aqui... — Barganhou Brandon, sob a mira da arma.

Ryan inclinou a sobrancelha em resposta. Não era isso o que ele esperava ouvir.

— Eu não vou a lugar algum, Pellignton. — Urrou Ryan. — Agora, se apresse... Saia daí.

Brandon franziu os lábios e se livrou das escadas, pondo-se para fora da saída ao passar pelo buraco.

Estaquei e engoli a seco quando fui surpreendida por um braço que envolveu a minha garganta. Uma lâmina fria roçou a pele do meu pescoço e eu ergui instintivamente as mãos.

— Não.se.mova. — Uma voz feminina sibilou bem próximo da minha orelha quando eu troquei força com o seu braço em volta da minha garganta.

— Que merda você está fazendo, Ryan? — A voz feminina veio com firmeza por trás de mim.

Eu não fazia ideia do que poderia estar acontecendo.

— Que porra, Blake! Você não cansa de meter seu nariz nos assuntos que não são da sua conta? — Rebateu Ryan, transtornado.

O meu estômago se revirou e meus músculos ficaram tensos.

— Abaixe a arma ou a garota já era... — disse Brandon, a confiança já o tomava novamente.

— Cala a sua boca, porra! — Grunhiu Ryan imediatamente, balançando a pistola para Brandon, a raiva bailando mortalmente em seus olhos.

— Eu vou acabar com você, detetivezinho de merda! — ameaçou Brandon, entre os dentes, encarando Ryan com um rancor notório.

Ryan arqueou as sobrancelhas e não fez questão de respondê-lo.

— Libera a garota, Blake... — Pediu Ryan, suspirando ao se voltar com tom de voz mais manso para a mulher as minhas costas.

— Vamos acabar logo com isso! — Senti o peito da mulher vibrar em uma risada debochada.

— É ela, não é? — rebateu Blake, apertando o seu braço ainda mais em torno do meu pescoço.

Ryan parou por um instante.

— O que? — Rebateu parecendo confuso ao franzir o cenho

— É ela... — Insistiu. — Amy Murray. Aposto que Brandon não se importaria se eu a matasse aqui, agora mesmo. Não é, Brandon? — Provocou ela e sua voz ecoou gravemente em meu ouvido. A minha coluna enrijeceu-se ao sentir a lâmina pressionar cada vez mais forte contra a minha carne.

Conforme a mulher me apertava mais, eu começava a sentir algo duro e maciço na altura de seu quadril, e se fosse o que estava pensando que era, eu precisava manter o sangue frio. Era a única forma de escapar daquilo.

— Vamos lá, babe... A faca está na sua mão... — instigou Brandon ao arquear as sobrancelhas. Seus lábios retorceram-se ao abrir um sorriso sádico e provocativo.

— Blake pode matá-la — declarou Ryan em seguida, arqueando a sobrancelha como uma raposa astuta, ele parecia saber o que estava fazendo — mas você morre logo depois! Que tal? — Ele inclinou o queixo provocativamente. — Parece divertido para você agora, Brandon?

Eu não sabia o momento ideal para agir, mas sabia que a lâmina já começava a penetrar mais fundo em minha carne. Ela cortaria a minha garganta se eu não fizesse nada.

Precisava ser rápida e bastante certeira. Tinha que dar certo. Essa era a única coisa que eu sabia naquele momento.

Tentando manter cérebro e corpo na mais perfeita sintonia, preparei uma cotovelada precisa nas costelas da mulher que me prendia por trás e me virei com destreza, sem dar muito tempo para que seu cérebro processasse o que estava acontecendo e alcançando o coldre atado à cintura dela, sacando a arma que havia ali.


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