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Capítulo 35 | Submersa

Minha cabeça parecia pesar três vezes mais do que o normal e pendia para frente, sem forças. Abri os olhos com dificuldade e uma dor terrível martelou meu crânio e eu precisei apertar as pálpebras em resposta àquilo. Eu sentia o suor escorrer por entre as minhas sobrancelhas e têmporas.

Sentia-me desidratada. A garganta implorando por uma gota de água. Os lábios secos e rachados, a língua colando no céu da boca.

Ergui minha cabeça com dificuldade e forcei a minha visão a focar em meio ao ambiente escuro. Tentei mover meus braços, mas fui impedida imediatamente, com um retinir metálico se arrastando e uma dor queimou os meus braços e ombros. O meu coração parou, e o eu perdi o fôlego quando me deparei com correntes enferrujadas, envoltas em meus pulsos, mantendo os meus braços esticados para cima.

Encontrava-me jogada num chão áspero e grosso. As pernas dispunham-se desajeitadamente pelo chão, e meu corpo era firmado pelas correntes presas a mosquetões na parede.

Presa!

Um murmúrio escapou da minha garganta no momento em que inclinei um pouco a cabeça e fitei a parede de madeira pútrefa à frente.

O local era pequeno, quatro paredes grossas cercavam um cubículo, que carregava um ar denso e seco, exalando um fedor que o meu olfato reconheceu como fezes e urina de animal.

Havia uma pequena abertura na porta, protegida pelo gradeado de ferro enferrujado.

Precipitei-me, engolindo em seco todo o desespero. Apesar da dor que aquilo me ocasionava, comecei a balançar os braços, de modo que agitasse as correntes em volta dos meus pulsos, para que fizesse o barulho metálico que agonizava os meus ouvidos.

— Brandon... — Tentei chamá-lo, mas a minha voz não saiu com a intensidade que eu esperava.

— Brandon... — Insisti, dessa vez me empenhando para que a minha voz se expandisse mais. — Eu sei que você está aí...

Calei-me, segurando o fôlego quando os meus ouvidos capturaram um arrastar distante de pés. Um barulho de botas contra o chão. O som ficando cada vez mais próximo.

Retesei meus músculos, pois um vulto rápido ultrapassou a pequena janela.

O silêncio começou a me torturar, mas eu sabia que ele estava ali.

— Me tire daqui, Brandon! — Berrei, jogando num impulso o meu corpo para frente, as correntes me contiveram bruscamente.

A dor queimou em meus pulsos, mas eu não me importava. Eu podia sentir a ira se alastrar por cada átimo de meu corpo.

Quando pensei em gritar outra vez, a porta foi aberta num arrastar pesado de madeira bruta contra o chão. A claridade se derramou de súbito para dentro do cubículo mofado, ofuscando completamente a minha visão. Precisei abaixar a cabeça e apertar os olhos abruptamente a fim de me recuperar do choque da luz nociva.

Eu sabia pelo exalar do perfume mentolado com notas amadeiradas, que se impregnavam no ar, que aquele, definitivamente, não era Ryan.

Amaldiçoei-o silenciosamente e ergui aos poucos a cabeça, e encolhi as pernas com urgência ao encontrar a silhueta, contra à luz, dentro do cômodo, bem próximo dos meus pés.

Encarei-o de baixo e deste ângulo ele parecia ser bem maior do que realmente deveria ser. Ele usava um sapato preto sofisticado de couro polido puro e depois a calça jeans preta.

Prendi a respiração no instante em que ele se abaixou, nivelando a nossa altura.

Encarei a sua jaqueta de couro amarronzada com uma gola felpuda do mesmo tom, da qual lhe caia sob medida, e depois fixei meus olhos em seu rosto. Grossas sobrancelhas negras emolduravam seus olhos vincados, negros, profundos, que exalavam uma irritante ironia. O maxilar quadrado, marcante, contornado pela barba recém-aparada. Sua pele era de um tom branco, quase pálido. Os cabelos castanho-escuros eram puxados, penteados em um topete avantajado para trás.

— Olá, querida! — Disse ele finalmente, abrindo um sorriso lateral, sem mostrar os dentes. Sua voz modulada e firme viajou no ar, penetrante os meus tímpanos.

— Brandon... — Eu suspirei, frustrada.

Eu já me considerava morta. Ele iria me matar.

— Que tal se pulássemos essa parte e fossemos direto para o que realmente interessa? — Propôs persuasivamente, inclinando de uma forma ameaçadora a cabeça para o lado.

Eu não respondi, apenas o encarei.

— Eu estou impressionado. — Acrescentou depois do silêncio, torcendo o lábio e levando a mão ao meu rosto, puxando-o de um lado para o outro, me examinando atentamente. — Você é uma vadia bem durona...

Desvencilhei meu rosto de sua mão, puxando a cabeça para trás.

— O que você quer? — Retorqui.

Ele ergueu a sobrancelha com um interesse manipulado.

— Ora, meu bem... — Ele abriu um sorriso impiedoso e frio antes de prosseguir. — Você está com uma coisa que é minha, e já faz um bom tempo que eu ando em busca disso...

— Eu não sei do que você está falado... — respondi prontamente.

— Não seja tola, Amy! — grunhiu ele, se levantando, e tomando uma postura superior. — Todos nós sabemos do que eu estou falando. Há dois anos você e a porra da CIA invadiram a minha organização e fizeram cópias dos meus documentos. Eu os quero de volta...

Eu balancei a cabeça com veemência, incrédula.

— O que? — Disparei imediatamente — Eu não faço ideia do que você está falado... — Insisti em minha resposta, pois eu realmente não sabia.

Eu não tinha como lhe responder algo que não fazia a menor ideia do que poderia ser.

— Muito bem! — Grunhiu ele, enfiando as mãos nos bolsos da frente de sua calça, seguindo em direção à porta como um lobo sorrateiro.

Encarei as correntes em meus pulsos e suspirei sem esperança, pensando no que aconteceria comigo.

— Sabe, Amy... — disse, do outro lado da porta de madeira. — De um jeito ou de outro, eu sempre dou um jeito de conseguir o que quero... — Sua voz soou cortante e o seu olhar intimidante.

Os meus olhos ficaram maiores quando ele gesticulou com a cabeça e logo, dois homens surgiram, invadindo o cubículo.

— Levem-na para cima. — Ordenou, apontando em minha direção e piscou debochadamente.

✦✦✦

Da minha cabeça escorria água para o meu pescoço e pelo vão das minhas costas e o decote do vestido, que agora não passava de um farrapo.

— Vamos, Amy... será que você aguenta mais um mergulho? — Ele atiçou e eu forcei meus olhos para cima, para encará-lo de onde estava. — Talvez, dessa vez, eu não te tire a tempo...

O busto do vestido estava ensopado, e os fios dos meus cabelos pesavam encharcados pelos pescoços e para frente.

Meu peito subia e descia em uma respiração desesperada e dolorosa. Não importava o quanto de ar eu levasse para os meus pulmões, não parecia ser suficiente. Eu precisava demais.

Os meus pulsos doloridos estavam presos em algemas. Dois homens, um de cada lado, empurravam meu corpo rigidamente para frente, mantendo-me inclinada, de cara para um tonel metálico, cheio de água.

— Seu.rato.sujo... — Vociferei, entre os dentes, resfolegando. O ódio corrompendo qualquer resquício de medo que pudesse haver dentro de mim.

— Diga-me de uma vez... Onde está o maldito pendrive? — Ele insistiu com rispidez. Dessa vez, a ironia e o deboche não se faziam mais presentes em sua expressão.

Ele estava tão de saco cheio disso quanto eu.

Santo Deus... Eu já não aguentava mais repetir aquilo. Era como dar murro em ponta de faca.

— Por Deus... — Suspirei antes de me pronunciar. — Estou te dizendo a verdade. Eu não sei. Eu.não.me.lembro...

O homem bufou ruidosamente como um touro selvagem e começou a andar furiosamente de um lado para o outro, levando as mãos aos cabelos, se voltando em minha direção, encarando-me com um brilho selvagem nos olhos.

— Eu acho que não estou sendo muito claro com você, não é? — Ele agarrou com força os meus cabelos rente ao coro cabeludo. Eu abri a boca para protestar, mas ele empurrou bruscamente a minha cabeça para dentro da água gelada, sem me dar ao menos tempo de ganhar um pouco de fôlego. O desespero me atordoou quando a água me invadiu pela boca e nariz.

Tentei me debater com os braços atados, lutando desesperadamente contra a força imposta a mim, mas estava presa, submersa. Sem fôlego. Não adiantava, independente do que fizesse, estava afogando e ele parecia me afundar ainda mais no tonel.

Eu precisava sair dali. Precisa desesperadamente de ar. Eu já não tinha mais forças para lutar contra aquilo. Os meus pulmões pareciam que iam explodir a qualquer momento e as minhas narinas queimavam com a água que insistia em invadir as minhas vias.

Dezoito segundos... Vinte segundos... Vinte e cinco segundos...

O cansaço e a fraqueza começaram a tomar conta do meu corpo. Estava começando a temer morrer ali, enquanto era torturada, em uma busca insana que seque tinha conhecimento.

Estava tentando não entrar em pânico e pôr tudo a perder ao perder o fôlego, mas me aproximava dos quarenta e cinco segundos, e ele ainda não tinha puxado a minha cabeça para fora da água.

Eu precisava desesperadamente respirar.

Meus pulmões queimavam pedindo socorro, meu corpo tremia involuntariamente. Frio. Hipotermia. Estava molhada e a água se estendia por toda a minha roupa.

Eu já não aguentava mais e meu pescoço começou a amolecer quando o meu corpo começou a apresentar os primeiros indícios da desoxigenação. Então ele puxou a minha cabeça para fora novamente e eu resfoleguei ruidosamente, grata pelo ar que invadia as minhas vias novamente.

— Por favor, me deixe em paz... — Implorei num sussurro, a minha cabeça pendia, completamente sem forças para frente. O meu peito subindo e descendo. Ainda resfolegando em meio ao desespero.

O homem da minha direita emaranhou os meus cabelos pesados de água em sua mão e puxou a minha cabeça mole para cima, erguendo-a para ficar de cara para Brandon, eu franzi o rosto ao sentir a pressão dolorosa em meu coro cabeludo.

— Você quer que isso acabe? — Provocou, inclinando-se um pouco para frente, ficando mais próximo de meu rosto. — Então, diga onde está o maldito pendrive com todos os meus arquivos! — Ele urrou e meus músculos se retesaram com o impacto de sua voz enfurecida em meus tímpanos.

Eu não respondi, apenas o encarei, respirando pesadamente enquanto ainda podia. O meu corpo tremia de frio, e o cansaço começava a dominar a minha mente.

Os seus olhos negros brilhavam de uma maneira doentia. Ele arqueou as sobrancelhas como se aguardasse a minha resposta.

— Eu já te disse que não sei de nad... — Murmurei, em resposta.

— Você está mentindo, porra! — Sua voz sobressaltou-se sobre a minha e ele estapeou o meu rosto bruscamente, mas o meu corpo sequer reagiu, sendo firmado pela força dos dois homens ao meu lado.

A minha bochecha formigou, o sangue se concentrando quente, e meu lábio superior ardeu.

Desgraçado! O sangue ferruginoso começou a escorrer pelo canto da minha boca. Ele tinha partido o meu lábio.

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