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Capítulo 29 | Contratempos

Eu tinha plena consciência de que me levantar daquela cadeira e me dirigir ao banheiro não era a melhor ideia. Primeiro, porque tinha um policial no bar, e segundo, pois Ryan não estava lidando com a devida seriedade da qual o problema que tínhamos exigia, mas eu realmente tinha uma emergência e com isso, assenti com a cabeça e empurrei a cadeira para trás, me levantando e rumando em direção a porta do banheiro.

Sem criar muitas expectativas sobre a limpeza do local, abri a porta e avancei com pressa, batendo-a logo atrás. Quando sai de lá, minutos depois, levei algum tempo para me reorientar com toda a fumaça e a música alta, até encontrar a mesa em que Ryan estava.

Antes de atravessar o caminho até a mesa, vasculhei o local com o olhar, buscando pelo policial que chegara a pouco. Esperava passar o mais longe possível dele, e agradeci internamente, sentindo um peso a menos quando não o encontrei no recinto.

Suspirei ruidosamente, aliviada. Joguei os cabelos para trás e tomei coragem para seguir à diante, em direção à mesa.

— O que uma boneca como você está fazendo sozinha por essas bandas... — uma voz pesada e grossa atacou os meus ouvidos inesperadamente, ao passo que o meu pulso foi segurado com força.

Os meus músculos se enrijeceram imediatamente, tomados pela tensão das circunstâncias. Me virei com urgência, assim que comecei a entender o que estava acontecendo. Quase perdi o fôlego ao me deparar com a figura alta, de aproximadamente trinta e poucos anos. Ele era dono de longos cabelos castanho-claros que caiam na altura dos ombros, barba escura, espeça e grande que cobria boa parte do rosto e lhe rendia um ar bruto e rústico. Seus olhos eram negros e grandes nos côncavos. Ele exalava um cheiro de cerveja e cigarro, que fazia o meu estômago se revirar de pura aversão. Abaixei o olhar e engoli a seco, surpresa com o tamanho e os músculos protuberantes do homem sob a camisa fina.

Afinal, "o que de tão ruim poderia acontecer em um bar beira de estrada?" — amaldiçoei as palavras de Ryan e tentei me soltar do homem, mas ele não permitiu, segurando mais firme ao me puxar para ele.

— Me solte! — Ordenei e tentei recuar, puxando o braço novamente, mas o homem o segurou mais firme e me encarou de lado.

Franzi o rosto com repulsa ao ver o sorriso sujo no rosto dele. O homem estava bêbado e fora de si.

— Droga. Eu sabia que não deveria ter parado nessa droga de lugar. — resmunguei, o pensamento escapando pelos meus lábios.

— O que foi? — ele indagou, abrindo outro sorriso repugnante e me puxando para mais perto, segurando na minha cintura ao bater peito contra peito — a princesinha não gosta de uma pegada de verdade?

O sujeito lambeu os lábios, e eu podia sentir o cheiro da cerveja apenas pelas lufadas de ar vindas de sua boca.

— Afaste-se de mim, seu babaca asqueroso! — Insisti com mais veemência. Podia sentir a minha paciência chegando ao limite e não demoraria muito mais do que alguns segundos para tentar reagir a isso com alguma atitude impulsiva.

Ele soltou uma risada esganiçada e correu os olhos para a sua trupe sentada de frente para o balcão.

— E ainda por cima é selvagem... — ele concluiu, contando vantagem com um sorriso presunçoso.

Pausei por um instante, pega de surpresa e enviesando o olhar para ele, abaixando o olhar com desaprovação para o que ele estava fazendo.

— Do que você me chamou? — inquiri, sentindo o meu rosto aquecer e as minhas narinas dilatarem.

— Você se parece muito com uma gata selvagem. — O seu polegar áspero deslizou pela pele da minha bochecha. — Eu gosto!

Raiva ácida e crua atiçou meu sistema nervoso. As minhas mãos se fecharam em punhos e eu cerrei os dentes.

— Droga! — tentei empurrá-lo para trás — eu já falei para você tirar a droga das suas mãos sujas de mim... — praticamente sibilei cada palavra. Eu não queria começar uma briga aqui, não podia chamar muita atenção, mas esse maldito estava estragando tudo.

Em resposta, o homem franziu os lábios. Ele parecia estar apreciando tudo o que estava acontecendo e aquilo me deixava mais irritada.

— Ou que? — Ele arqueou as sobrancelhas grossas.

Eu o fuzilei com o olhar, e tentei controlar os sentimentos explosivos que estavam começando a arder em minha pele. Não dava para colocar tudo a perder agora.

— Mas que porra é essa? — a voz de Ryan explodiu de repente, e eu agradecia internamente. — Tire suas mãos dela.

O homem ergueu o olhar para Ryan, mas não pareceu se intimidar com a presença dele, mas meu coração se sentiu mais aliviado por vê-lo.

— E quem você pensa que é você?

Ryan travou o maxilar e o encarou duramente em resposta.

— Eu sou o cara dela. — Declarou, pegando-me de surpresa. Desde quando ele era "o meu cara"? Aquilo soaria ridículo em outras circunstâncias. — Agora, será que você poderia acabar com o seu show e nos deixar em paz? — Ryan intimou, encarando-o sem hesitação.

Alguma coisa, como um ruído esganiçado escapou da garganta do homem quando ele deixou sair uma risada exagerada.

— Não é assim que as coisas funcionam por aqui... — O homem rebateu, soltando o meu braço, pronto para comprar a briga com Ryan.

— Então, me diz O'Brain, como as coisas tem funcionando por aqui? —outra voz se sobrepôs acima de qualquer outra, e eu me surpreendi ao encarar o homem fardado, era o xerife.

— Ei, Nolan... — O homem abaixou a guarda e recuou. Eu me afastei, pulando para o lado de Ryan.

O xerife nos encarou.

— Me desculpem pelo problemático aqui... — o xerife começou a dizer, apontando para o atrevido que havia se metido comigo. — Ele costuma ser uma pessoa boa, quando não está bêbado.

— Tudo bem. — Ryan assentiu, sem dar muita credibilidade. — Estamos apenas de passagem.

— Certo. — O policial respondeu. — A jovem está bem? — Averiguou o xerife, indicando para mim.

— Ela vai ficar bem. — Ryan suavizou, respondendo por mim, e eu me senti aliviada pelas coisas parecem estar ficando menos alarmantes.

— Ótimo. — Nolan, o xerife, estalou em resposta. — Eu sou o xerife Nolan e vocês, quem são?

Meus músculos se contraíram com insegurança, virando o rosto para o lado para encarar Ryan, antes de me pronunciar. Nós já tínhamos entrado em um acordo sobre isso, sobre novos nomes:

— Eu sou Jake e essa é minha noiva, Rachel. — Apresentou-nos, se limitando a não dar detalhes e Ryan esticou as mãos e o xerife a apertou amistosamente.

— Clarion é uma cidade pequena, mas qualquer visitante é muito bem-vindo. — disse o xerife, sacodindo a mão de Ryan. — Agora, se me derem licença, eu preciso resolver outras coisas.

— O'Brain... — disse o xerife ao homem indigesto que assentiu em resposta, parecendo entendê-lo.

O xerife nos cumprimentou com um aceno discreto de cabeça antes de sair com o grandão porta afora, e eu me virei para Ryan, tentando conter o nervosismo, suspirando lentamente.

— Nós precisamos dar o fora agora mesmo! — declarei, e ele me puxou para mais perto, como se estivéssemos dançando.

— Mas você não estava com fome? — Indagou, bem próximo do meu ouvido.

Sim, realmente, eu estava faminta, mas toda essa agitação tinha roubado o meu apetite. Agora, a única coisa que me deixaria em paz, seria estar longe desse lugar.

— Não importa, não dá para ficar neste lugar por mais tempo, e se esse xerife voltar... Talvez ele venha falar conosco outra vez... — argumentei, precipitada. — O que vamos dizer?

Tudo bem. Talvez estivesse exagerando um pouco, mas quem poderia garantir a nossa segurança além de nós mesmos? Precisamos ser cautelosos e tudo o que estávamos fazendo parecia ser imprudente. Porém, o olhar de Ryan era complacente. Ele sabia que não podíamos ficar de bobeira com a polícia tão perto.

— Okay. — Concordou, me puxando pelo braço em direção à saída do bar.

— Foi uma péssima ideia ter parado aqui, Ryan... — resmunguei assim que cruzamos a porta, caminhando em direção ao Mustang estacionado mais à frente.

A brisa sobrou em meus cabelos, denunciando a noite iminente. O céu já estava escuro e algumas estrelas já tinham tomado seu posto cintilante. Talvez nós devêssemos procurar um lugar para passar essa noite, ou simplesmente seguirmos até Michigan e acabar de uma vez por todas com isso.

— O que houve? — ele puxava a chave do carro do bolso da calça — Afinal, o que aquele cara queria com você?

Engoli a seco quando vi de longe o xerife e o homem, que mais se parecia com um selvagem conversarem. O xerife de braços cruzados sobre o peito carregava uma expressão dura e o motoqueiro apoiado relaxadamente em uma caminhonete 4x4 preta, polida o bastante para refletir a luz que batia na lataria do outro lado da calçada do bar.

— Não faço a menor ideia. — Bufei, tratando de ignorá-los para encarar Ryan. Puxando a maçaneta do carro e pulando para dentro do Mustang. Esperei que Ryan entrasse e batesse a porta a fim de continuar. — O idiota simplesmente agarrou o meu braço quando estava voltando do banheiro e começou a me provocar. — Eu fiz uma careta ao me lembrar das palavras.

Eu estava observando a conversa do motoqueiro e do xerife através da janela, enquanto Ryan inseria a chave na ignição. O motor não deu nenhum sinal de vida e eu o encarei incrédula ao sentir todo o sangue escoar do meu rosto.

Engoli a seco e encarei Ryan com descrença. O meu estômago se revirou imediatamente ao sentir um frio percorrer a minha espinha.

Ryan tentou girar o motor outra vez, mas o carro não funcionou.

— O-oouu... — ele murmurou, tentando não deixar transparecer todo o nervosismo.

Cruzei os braços diante do peito, em seguida e encarei-o com a minha expressão mais interrogativa possível, esperando que ele me dissesse algo além de um murmúrio que me tirou a paz.

— Acho que a sua relíquia não passa de uma velharia! — articulei, provocando-o quando percebi o que tinha acabado de acontecer.

— Deve ser por isso que ele não quer pegar, por causa da sua boca grande. — Ryan resmungou em resposta, insistindo mais uma vez ao tentar ligar o carro novamente, mas nada aconteceu.

— Mas é claro, Ryan, porque um grande pedaço de lata tem sentimento. — retruquei de braços cruzados.

— Que grande bobagem a minha, não acha mesmo? — ele revidou com boas notas de sarcasmo em seu tom. — Um grande pedaço de carne como você não tem sentimentos, porque um pedaço de lata teria?

— ANGH... — rosnei, inconformada. Me dando conta da situação, pois ele abriu a porta do carro. — Como eu não tenho sentimentos, Ryan? O que aconteceu com aquele papo de "meu lado dramático"? — Ele arrastou-se no banco de couro preto, bateu a porta na minha cara e foi em direção ao capô do carro. — Pensando bem — eu também abri e bati a porta com força — o carro está me fazendo um favor em não funcionar — declarei. — Uma pena ter sido nessa droga de lugar. Nós vamos morrer se formos atrás do Pellignton.

— Dá para calar a porra da boca? — ralhou, batendo na lataria do carro ao me encarar com revolta. — Eu preciso pensar, talvez seja apenas alguma coisa mal conectada.

— Você abasteceu o carro? — Eu cruzei os braços, analisando toda a para-fernalha do motor. — Talvez não tenha combustível.

Ryan parou de analisar tudo e me encarou com nítida descrença.

— Claro! Ou você acha que andamos mais de 300 milhas com o que? Oxigênio? — ironizou em resposta, parecendo tão revoltado quanto eu.

Enviesei um olhar ofensivo para ele e cruzei os braços.

Nós não éramos simples turistas indo visitar uma tia em qualquer canto isolado do país. Éramos foragidos da polícia com um xerife a poucos metros de nós. Não era um luxo que poderíamos nos dar.

E eu só queria saber qual era a parte inteligente da coisa toda.

— Não faça isso, Ryan! — adverti, devolvendo no mesmo tom. — Não desconte em mim. Porque o maior culpado disso tudo é você com essa ideia maluca de atravessar o Estado atrás de um bandido insano. — Abaixei o tom de voz, levando as mãos à cintura.

Pronto, nós estávamos discutindo novamente.

— Claro, foi ideia minha parar para comer e mijar.

— Ah, ótimo! — revidei, ainda mais revoltada com o que ele havia dito. — Agora a culpa é minha? Me desculpe por precisar fazer minhas necessidades mais básicas. Eu só te pedi uma carona para longe de Nova York.

Ele se apoiou no capô do Mustang olhando para todos os componentes do motor e depois me encarou, buscando um pouco de paciência ao suspirar ruidosamente.

— Olha, já chega! Está bem... — ele suspirou, segurando os meus ombros e me dando uma chacoalhada de leve. — Essa discussão não vai dar em nada. Eu vou achar o problema e tentar consertar. Enquanto isso, tente não me atrapalhar, espere aqui ou dentro do carro, não importa, apenas me deixe pensar. Ok?

Suspirei e não respondi.

— Obrigado mesmo assim... — Ele me fitou e voltou a sua atenção ao carro.

Abri a porta do carro e me sentei no banco, olhando para a fachada do bar, Hard Rock piscava em vermelho em letras de cowboy compridas. Abaixei um pouco o olhar e analisei o capô do Mustang para cima, cobrindo a minha visão em relação a Ryan.

Rolei os dedos pelo painel do carro e deslizei o dedo pelo porta-luvas, sobre a trava. Olhei para frente e Ryan provavelmente estava muito ocupado em tentar descobrir qual o problema para prestar atenção em mim. Destravei o compartimento e tirei alguns papéis de lá, em seguida, peguei os dois pentes de arma municiados, mas hesitei, sem acreditar no que acabara de encontrar. Minha garganta secou e eu devolvi os papéis, pegando o meu celular.

Apertei no botão de ligar e desejei fervorosamente que existisse um pouco sequer de bateria. A tela se acendeu e para o meu alivio, não demorou mais do que vinte segundos para que iniciasse.

Quinze por cento de bateria — engoli a seco ao constatar.

Tendo um pouco de esperanças que Travis tivesse salvado o contato dele, abri a lista de contatos e comecei a rolar o dedo na tela e suspirei quando não encontrei contato algum.

Sem expectativas, apenas deslizei o dedo pela tela, sem objetivo algum e amaldiçoando Travis e Ryan.

Um contato denominado "emergência" se destacou em letras maiúsculas, pois não me lembrava de tê-lo armazenado.

Hesitei antes de clicar e abri-lo, mas o fiz quando um barulho abrupto irrompeu do motor do carro. Era Ryan mexendo no motor.

— Merda! — Era a voz de Ryan e ele parecia muito aborrecido.

O meu coração bateu mais rápido com a esperança de entrar em contato com Travis, por isso agi rápido e abri o contato, surpreendendo-me com o número de celular. Não pensei muito antes de efetuar a chamada. Pela primeira vez na vida senti uma necessidade desesperada e inexplicável de falar com Travis. Eu não fazia a menor ideia do que diria a ele, pois não sabia por que razão exatamente estava ligando. Talvez, ouvir sua voz, ou apenas para saber que ele estava bem e avisar a idiotice que estava fazendo ao ir para Detroit atrás de Pellignton e certamente que não conseguiríamos nos falar porque depois disso estaria morta.

A adrenalina começou a circular à minha corrente sanguínea, e comecei a relancear o olhar ao redor, esperando não ser pega antes que a ligação completasse, mas um bipe repentino irrompeu sobre a linha. Era a voz dele e quando abri a boca para falar. Parei, pois tinha caído na secretária eletrônica.

No momento, não posso atender, deixe seu recado ou me ligue mais tarde.

Eu não sabia se Ryan poderia me ouvir, ou se o volume de voz que usasse a seguir soaria compreensível para Travis, mas não poderia me arriscar a falar alto demais, nem perder a oportunidade de tentar notificar alguém dessa loucura. Abri os lábios para falar, mas os fechei quando olhei para cima, arqueei o corpo para a frente, a fim de que pudesse me esconder.

— Travis. É a Rose... Amy. — Corrigi. Minhas palavras não passaram de um sussurro. — Eu fui pega por um cara, Ryan. — disse, tentando ir direto ao ponto. — Ryan Russell. Nós trabalhamos juntos no passado para pegar Pellignton e ele está me levando para Detroit agora, e quer que eu o ajude a matar Brandon Pellington, por favor, eu não sei se quero fazer isso realmente...

Suspirei ruidosamente. Não sabia se havia mais alguma coisa a dizer. Mas deslizei o celular da orelha e encerrei a ligação assim que ouvi outro barulho na dianteira do carro. Esperava que ele pudesse me encontrar a tempo.

Os passos ao redor do carro me fizeram precipitar em colocar o celular no modo silencioso e devolvê-lo ao porta-luvas. Precisava continuar fingindo que estava tudo bem.

Ryan abriu a porta do carro e se jogou no banco, coçando a cabeça.

— Eu não sei o que acont... — Ele interrompeu a frase quando olhou para a parte de baixo do painel a sua frente.

— Que inferno! — Ryan socou o volante de repente.

— Alguém sabotou o carro — anunciou, inclinando-se sobre o banco, mais para baixo e puxando alguns fios soltos dali — cortaram os fios da central elétrica. — Sua voz estava séria e bastante preocupada. 

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