Memória V
- OLHA PARA MIM!!
A grama macia contra minha pele era agradável. O vento me refrescava e deixava os fios de meu cabelo ainda mais espalhados pelo chão. Sebastien estava longe, ou seria apenas sua voz? O sol estava intenso fazendo com que abrir meus olhos não fosse uma opção. Mudei de posição no chão e deitei de lado. Lá estavam apenas aqueles que me importavam. Dayana e Jordan sentados lado a lado olhando para mim carinhosamente.
- Você se sente a salvo aqui? - Dayana parecia diferente.
- Sim - Respondi sentindo o cheiro da grama se espalhando pelo ar.
- Então pode ficar para sempre.
As expressões gentis se desmancharam. A bela paisagem entristeceu. Jordan e Dayana não estavam mais ali. No mesmo local onde se sentavam, agora estavam duas crianças mascaradas. Uma garota ruiva mais nova que eu e um garoto loiro.
- Fique conosco - Disse a garota - Pare de beber isto, não faz bem a você. É tóxico.
- Quem são vocês?
- Somos como você - Responderam juntos.
- EMMELINE! - Sebastien estava em cima de mim travando meus braços e pernas.
- O que houve?
- Não se lembra do que fez? - Apenas então me dei conta dos cadaveres espalhados pelo chão do quarto de Sebastien - Você estava matando todos os meus criados. No início foi um pouco excitante assistir, mas depois você perdeu o controle.
- Lamento por isto. Eu não tinha a intenção - Sebastien estendeu a mão para me ajudar a levantar e apesar de estar tentando agir como de costume parecia preocupado. E com razão. Quando alguém mata metade de seus criados apenas por diversão é um motivo de preocupação.
- Logo vou os substituir novamente. O maior problema será limpar o piso - A criada Anny saiu das sombras quando Sebastien a chamou - Procure ajuda para arrastar os corpos para fora e os queime - Em silêncio ela concordou com a cabeça e se retirou.
- Por quanto tempo terei de me alimentar de inocentes?
- Por todo o tempo que a maldição existir em você.
Quando chegamos no meu quarto alguns criados estavam parados e Sebastien os mandou para fora.
- Deixe que eu ajudo.
- Está com medo que eu mate mais alguns criados?
- Não.
- Então por que os mandou para fora?
- Porque eu gosto de vê-la assim - Respondeu enquanto limpava o sangue em meu corpo.
Assim que descansei minha pesada cabeça no macio travesseiro lembrei das crianças. Seriam parte de uma alucinação causada pelo sangue que ingeri? A garota me mandou parar de beber. Disse que me fazia mal, mas não houve tempo para explicar os motivos. Devem ser parte de uma alucinação, apenas isto. Não devo ficar pensando em algo que minha mente atormentada criou.
***
Seus beijos não eram mais carinhosos e sim repletos de desejo enquando me jogava em cima da mesa de jantar. Os criados sairam da copa como se nunca houvessem estado lá. Sebastien continuava com os intensos beijos enquanto eu os retribuia mergulhada em prazer. Como eu ansiava por ele neste momento. A vontade de o tocar me consumia. Sua lingua na minha me fazia perder a razão e deixar que ele me guiasse para onde desejava. Mal havia notado que estavamos entrando pela porta de seu quarto. Não podia imaginar melhor maneira de conhecer o cômodo.
- Vire- se - Disse com sua voz mergulhada em luxúria.
Com habilidade Sebastien puxou a fita que prendia meu espartilho sem retirar sua boca de meu pescoço. As camadas de tecido que nos separavam estavam caindo ao chão uma a uma até não restar nada que impedisse nossos corpos de se tocarem. Sem notar bati a perna contra a cama e Sebastien me empurrou para deitar nela. Logo ele estava em cima de mim entre minhas pernas. Seus deliciosos lábios deslizavam por toda a extensão de meu corpo me fazendo enlouquecer. Subi em seu colo precionando meu corpo no seu ganhando mais um dos seus delicioso gemidos. Almejando ganhar mais deles sai de seu colo e cheguei com a cabeça ao meio de suas pernas. Sua mão puxou meu cabelo assim que comecei a sentir o sabor de seu pênis ereto em minha boca. Sebastien subiu em cima de mim novamente e tudo finalmente chegou ao ponto que ambos desejavamos com repetidos movimentos deliciosos. Estavamos conectados ao máximo e este momento ninguém poderia tirar de nós, pois nos tornamos um só. Diversas vezes em uma única noite.
Enquanto descansavamos uma criada entrou e a fome que guardei durante a prazerosa madrugada houvesse aumentado em uma proporção grotesca. Meu corpo se arrepiava com o pulsar da veia na garganta da mulher que dava o recado.
- Lamento encomodar Sr. Grant, mas acaba de chegar uma carta.
- Traga até mim.
Enquanto a criada se aproximava o som de sua veia se tornava mais alto. Sebastien pegou a carta e a colocou em baixo do travesseiro.
- Quer ela não é mesmo? - Perguntou em um sussuro.
- Sim.
- Então vá pegar.
***
- É um belo dia para se preservar a vida. Não acha?
- O que faz na minha cama Sebastien?
- Estou observando você dormir.
- Sai.
- Não posso sair. Estou te vigiando.
- Prometo não matar ninguém hoje.
- Eu não acredito em você - Disse sussurando em meu ouvido.
- Preciso me trocar. Você tem que sair.
- Não existe nada em seu corpo que eu já não tenha visto.
- Viu apenas um pouco antes de eu o expulsar do quarto enquanto eu tomava banho.
- O modo como se esqueceu da noite anterior me deixa triste - Disse enquanto passava os braços em minha cintura e aninhava sua cabeça próxima a minha.
- O que está fazendo?
- Preste atenção. Lembra sobre eu ter dito que quando você começou a beber de meus criados inicialmente havia sido excitante? - Concordei com a cabeça - O que acha que estavamos fazendo antes de você começar seu pequeno massacre?
- Eu achei que houvesse sido um sonho.
- Eu sou bom mesmo, porém não esperava que você me comparase a um sonho. Estou lisonjeado - Disse com um sorriso que me fez aquecer por dentro - Mas já que insiste em sua hipocrisia vou sair.
- Talvez eu precise de ajuda - Sebastien se divertia com minha mudança de idéia - com o vestido.
- Já que me explusou de novo eu vou embora.
- Tem certeza que não que ajudar?- Respondi levantando da cama e indo de encontro com o armário. Sebastien me seguiu até ele com um olhar malicioso.
- Eu faço mais o tipo de homem que ajuda você tirar as roupas - Disse enquanto passava a mão em minha cintura me puxando para perto de seus lábios que logo beijaram meu pescoço - Não tenho a intensão de fazer você se vestir - O tecido de minha camisola foi jogado ao chão por ele que começou a descer os beijos - por um bom tempo.
Demoraria um pouco mais do que o esperado para que eu me vestisse, e realmente poderia demorar por dias que eu não reclamaria.
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