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Memória III

"Cheguei a uma aldeia afastada do centro da cidade, havia diversas árvores contornando as casas simples rodeadas de flores coloridas, o ambiente trazia certa paz para minha mente, afinal o cheiro da grama recém cortada me trouxe certa esperança. Sem tempo para continuar fantasiando andei até uma casa onde a placa de pensão se encontrava, quando entrei no quarto me certifiquei de que as portas e janelas estavam bem fechadas assim como a cortina. Peguei minha única mala de mão e de dentro retirei o livro que meu pai prometeu me dar um dia. Onde meus pais estariam agora? Seria possível a existência de uma vida pós morte?

Quando abri o grosso livro estava em branco, todas as paginas pareceriam intocadas se não fosse o fato de que algumas estavam um pouco amassadas nas pontas. Já havia o visto escrever nele mas agora estavam em branco, não tinha marcas no papel. Sentei na cama frustrada pelo que acabara de ver, ou melhor, não ver. O guardei novamente dentro da bolsa e a escondi logo abaixo da cama, andei até a janela e olhei pelo canto da cortina, tudo parecia calmo e sem sinais de perigo. Voltei a cama, retirei minhas botas e deixei o apertado espartilho mais solto. Me encontrava exausta e alguns minutos de sono não me fariam mal. Estar fugindo se tornou mais exaustivo do que pensei que seria, meu inimigo sem nome continua a solta e cada passo que tento dar para longe dele sou tomada por alguém que não desejo ser. Tentar me manter viva esta acabando com a garota que um dia fui.

***

- A srª é nova aqui?

- Sim, estou de passagem apenas e precisava de um lugar para descansar algumas noites.

- É um prazer a ter aqui meu nome é Dayana Tary - Ela sorriu para mim.

- Emmeline Maccol - Disse enquanto fazia a reverencia que me foi ensinada para apresentações.

- Não tem necessidade de tais formalidades comigo - Disse pegando uma de minhas mãos - particularmente acho elas besteira - Ela ria e eu não pude deixar de acompanhá-la nesse feito, pois partilhavamos da mesma opinião.

Dayana tinha cabelos pretos cacheados na altura de seus ombros, era uma garota franzina com grandes olhos castanhos bem delineados por preto, o que os dava grande destaque, porém o que mais chamou minha atenção foi seu cabelo azulado em sua franja e nas pontas de um modo degrade. Havia visto rainhas de cabelo colorido, mas não alguém com partes dele apenas. Talvez seja apenas perguntas insignificantes, quero acreditar que algo pode ser normal ainda em meu cotidiano.

- Eu tenho que ir agora mas foi um prazer conhece-lá Emmeline, poderíamos nós encontrar mais tarde? Creio eu que não conhece o local, pode ser uma aldeia pequena mas tem muito a oferecer garanto.

- Claro, até mais tarde. Foi adorável conhece-lá.

Nós despedimos com um aceno de cabeça, ela foi na direção oposta a minha. Me pergunto se devo me preparar para a degolar. Fui para o lado das coxilhas onde ouvi risos exagerados na noite anterior. Depois de tudo que ocorreu me preocupo com os ruídos mesmo que ao longe. Seria insensatez da minha parte ou estou correta de verificar qualquer atividade suspeita ao meu redor?

Chegando ao local depois de uma longa caminhada pude notar o vestígio de um pentagrama desenhado ao chão com gravetos e sal. Certamente tentaram desmanchá-lo após o ritual. Se estiveram aqui na noite anterior devem estar próximas.

TALVEZ EM ALGUMA DAS ALDEIAS QUE VIMOS NO CAMINHO.

Provável, apenas resta descobrimos em qual das outras três elas estão.

SIM, MAS POR HORA É MELHOR VOLTARMOS. Á POSSIBILIDADE DE QUE ESTEJAM NA QUE SE HOSPEDOU.

***

Quando entrei no quarto retirei minhas vestes para ir me lavar. Assim que me arrumei com um vestido leve até a altura dos pés me certifiquei novamente de que as portas estavam fechadas assim como as cortinas, peguei o livro em branco e o expus uma de suas páginas em frente a chama de uma vela que estava iluminando a escrivaninha, algo apareceu nela, um contorno. Imediatamente o retirei de perto das chamas e assim que olhei novamente havia sumido, então o levei até elas de novo, nada apareceu. Uma pontada de frustração surgiu em mim. Batidas na porta me fizeram o esconder.

- Desculpe Srª Maccol, Dayana está na entrada procurando por você.

- Estou descendo, diga para que aguarde um minuto.

***

- Há um circo em alguns quilômetros dessa região, o que acha?

- Acho que seria algo novo, estou ansiosa.

- Você sabe cavalgar?

- Monto desde pequena, meu pai achou que seria necessário em algum momento e insistiu que eu aprende-se - Falar dele deixou minha boca com um gosto amargo.

- Bem, já que sabe cavalgar podemos ir.

Andamos até a porta da pensão onde se encontrava dois cavalos negros e fortes. Montamos e eu a segui pela floresta escura completamente alarmada a um campo aberto. Ali estava uma enorme lona no chão rodeada de bancos de madeira, alguns já ocupados.

- Dayana, não achei que viria esta noite - Disse um garoto jovem de rosto pintado e cabelos loiros com pontas verdes. Deu um abraço nela e assim que se virou para mim disse - Quem é esta bela amiga que trouxe?

- Ela não é para você, ela e especial - Sorriu para suavizar o clima.

- Claro, claro - Certa malícia se desfez rapidamente de seus olhos - Sou Jordan, é um prazer - Fez uma reverencia enquanto pegava minha mão e beijava-a.

- Emmeline.

- Guardei lugar para vocês logo a frente. Tenho que voltar, mas foi um enorme prazer Emmeline.

Nós nos sentamos nos lugares quais Jordan indicou. Dayana parecia desconfortável desde que ele se foi e me senti intrigada para saber o motivo, mas isso seria assunto para outra hora. Para iniciar o espetáculo duas gêmeas entraram em um monociclo rodeando da lona enquanto faziam malabarismo, foi incrível a quantidade de coisas que humanos conseguiram fazer e entre elas adestrar animais como o tigre que passou os arcos em chamas. Jordan andou em uma corda suspensa no ar enquanto ela tinha uma chama roxas e quando pareceu que iria cair ele deu duas cambalhotas e caiu no chão em pé. Ao fim todos entraram novamente sobre a lona e se curvaram em agradecimento a presença do publico e assim que ficaram retos novamente, aplaudiram junto conosco. Parte do público foi se esvaindo aos poucos e assim que ficou livre todos que participaram da apresentação vieram falar com Dayana. O desconforto que ela sentia anteriormente agora se tornou mais visível o que me deixou alarmada quando todos me cumprimentaram e começaram a conversar conosco. Era um negocio familiar o circo, e todos tinham as pontas do cabelo pintadas. Não notamos o passar do tempo mas segundo meu relógio de bolso já passara da uma da manhã, como estava tarde ofereceram-se para hospedarmo-nos devido ao horário.

- Não será incomodo para vocês? Devem estar cansados não?

- Por favor, fique - Disse Jordan para provocar Dayana, aparentemente ele sempre o fazia.

- Emmeline a decisão é sua, por mim não é problema mas se não sentir-se confortável partimos agora mesmo.

- Por mim tudo bem. Precisam de ajuda para arrumar o lugar onde iremos repousar?

- Não será necessário querida - Disse Margarete, mãe de Jordan - Filho faça companhia a elas enquanto preparo o local.

***

Após essa noite continuei saindo com frequência com Dayana nós deixando mais próximas do que achei que ficaríamos, Jordan também saia conosco as vezes e parecia realmente se divertir e mesmo com as provocações constantes senti que eramos amigos, algo estranho de se falar pois não achei que teria tempo para isto novamente. Adelinne se manteve quieta durante esse tempo.

Com a chegada do domingo ela parecia inquieta, realmente nervosa, perguntei o motivo mas ela desviava das perguntas. Iriamos jantas com a família dela onde estavam com o circo e Jordan veio nos buscar com a carruagem, ambos se olhavam constante e nervosamente, havia uma comunicação desesperada entre eles. Quando tivessem vontade de contar o que os perturbava o fariam. Quanto mais chegávamos perto do local de encontro mais a tensão entre os dois aumentava.

- Chega, temos que contar para ela, não e justo Jordan não quero que a machuquem.

- Depois de estar com ela me sinto da mesma forma, afinal somos amigos.

- O que esta havendo? O que fizeram? - Ambos se entreolharam e acenaram com a cabeça e em seguida viraram-se para mim.

- Escute até o fim por favor, jure que vai escutar a historia até o final.

- Juro, mas falem logo - Meu maxilar estava rígido com a minha mente criando ideias sobre o porque de estarem tão estranhos. Senti que deveria procurar as facas escondidas em minhas roupas.

- Emme quando a conheci e toquei sua mão senti um poder imenso dentro de você, algo que nunca senti em ninguém e fiquei maravilhada com a vastidão deles, então quis conhece-lá e descobrir como você era tão poderosa.

- Quando a toquei antes da apresentação senti a mesma coisa que Dayana então imaginei que fosse uma bruxa poderosa. Não mencionamos nada para nenhum de nosso parentes mas Daya e eu sabíamos que ambos sentimos. Como fim da apresentação nossos familiares foram conversar com vocês e apenas de estarem próximos sentiram, eles são muito habilidosos e sensitivos por isso nem precisaram a tocar.

- Enquanto você dormia eles fizeram uma reunião e fizeram um feitiço para que você não acordasse ou pudesse escutar o que falamos nela. Eles querem usar você para transferir seu poder para eles se tornarem mais poderosos. No momento eu até pensei que seria incrível ter parte de seu poder para mim, mas depois que a conheci realmente, depois que..

- Viramos amigos - Completou Jordan, a essa altura Dayana já começava a chorar e soluçar - Quando tentamos pará-los eles disseram que se contássemos a você estaríamos mortos junto com você, disseram que iriam absorver nossos poderes junto com os seus. Então continuamos saindo com você enquanto pensávamos em uma maneira de sairmos todos vivos dessa sem que você nós odiasse pelo que pensamos em fazer. Agora imagino que não queira mais ficar perto da gente e entendemos.

Assim que ele terminou de contar a historia chegamos ao local onde sua família estava, o tempo havia acabado e a única coisa que separava a gente deles era essa fraca carruagem que não aguentaria um ataque. Seria mais inteligente da parte deles ter mandado o cocheiro parar no caminho.

- Droga - Dayana começou a falar assim que conteve suas lagrimas - Emmel e Jordan, fujam eu seguro eles.

- Esta louca? Nunca vai conseguir sozinha, não venha agir como uma heroína agora. Emmeline eu e Daya vamos segurar eles o máximo que conseguirmos, fuja assim que descer da carruagem, iremos para cima deles e você vai na direção oposta. Preparadas? Vamos descer.

Antes que eu pudesse contestar ele e Dayana desciam e me esperavam do lado de fora, sua família vinha em nossa direção para cumprimentar e nesse segundo Jordan deu a mão para Daya. Uma luz azul repeliu seus familiares para longe e enquanto os corpos eram arremedados Jordan e Daya foram para cima deles. Então eu fugi. Fui para o lado oposto, seria o certo a ser feito?

VOCÊ É BEM PARECIDA COMIGO DE CERTO MODO, DEIXANDO QUE OUTROS MORRAM PARA QUE SOBREVIVA.

Hora perfeita para que voltasse a me importunar.

SE VAI FUGIR ESCUTE OS GRITOS, SABE COMO EU ADORO ISTO.

Involuntariamente minha audição se apurou e pude escutar os gritos deles enquanto seus familiares o machucavam, algo mudou e quando dei por mim estava voltando para ajudar a eles, se eles ariscaram suas vidas por mim tenho que estar pronta para fazer o mesmo.

NÃO SEJA ESTUPIDA, VÁ EMBORA AGORA. ELES A COLOCARAM EM PERIGO. VÁ EMBORA

Não, eu vou ajuda-los goste ou não e sei que você vai ter que me ajudar já que tem um senso de autopreservação.

CONSEGUE SER IRRITANTE DE DIVERSAS MANEIRAS NÃO É MESMO, ABRA ESSA MENTE PARA EU TE CONTROLE.

Assim que voltamos ao local Adelinne já controlava grande parte de meu corpo e dessa vez era diferente, sentia um poder em minhas veias, não estava sanguinário como fiquei quando estava com Solis, era algo bom dessa vez, um sentimento leve. O corpo de Daya estava ensanguentado e ela implorava com suas ultimas forças para que não matassem Jordan que estava inconsciente nas mãos de seu pai que sugava seus poderes para si. Passei tanto tempo absorvendo a cena que mal notei o corte recém feito em minha bochecha por um dos parentes de Daya. Recuei para trás. Quando Adelinne controlava meu corpo tudo mudava, ficava mais ágil e forte. Ele continuava vindo para cima de mim com facas, quando minha pele começou a formigar senti meus olhos começarem a fechar. Suas facas deviam estar envenenadas e agora que o veneno entrou em minha circulação não devo ter muito tempo antes de apagar, ao menos vou lutar pelo que acredito.

Corri para cima de meu inimigo e minhas mãos cercaram sua cabeça em ambos os lados, assim que tocaram seu cranio o precionei até que ele explodiu espirando sangue e parte de seu cérebro em meu rosto. Fui em direção ao outro homem desconhecido em uma velocidade que não pareciam poder ser medidas, antes que desse conta eu enfiei meus dedos dentro da carne no fim de sua barriga e os puxei para cima rasgando-a inteira verticalmente, ele caiu de joelhos ao chão e nesse instante dei um chute em sua cabeça para certificar-me de que ele continuaria caído. As gêmeas vieram juntas me derrubando no chão e prendendo-me nele. Me debatendo as tirei de cima de mim e arranquei seus olhos com masi facilidade que achei que teria.

Restava apenas a mãe e o pai de Jordan em pé. Ambos pareciam abismados, assim como Daya que me olhava incrédula do que acabei de fazer, não pude deixar de sentir certo orgulho. O pai de Jordan desapareceu repentinamente e sua mãe permaneceu ao lado do corpo dele pronta para atacar a qualquer segundo, um soco atingiu meu maxilar fazendo meu corpo voar para longe, um ataque era esperado mas o que aconteceu em seguida não. Meu corpo foi inteiro tomado por chamas, gritei perante a agonia de estar sendo queimada viva. Daya deve ter feito algo pois vi seus lábios se mexerem antes de as chamas se apagarem. Cai ao chão exausta, quando tentei me levantar o pai de Jordan pisou em mim fazendo minha pele queimada descolar de minhas costas e deixar minhas vestes ensopadas de sangue. A partir desse momento perdi o controle de minha mente. Tenho borrões do que ocorreu a seguir.

Meus chifres cresceram junto de minhas garras e presas, minha visão se escureceu e eu sabia a localização do que estava ao meu redor pelo modo como a terra tremia aos meus pés. Minha pele se tornou tão rígida quanto as rochas e senti o poder fluir por mim. Invoquei algo que não tenho certeza do que era mais pude ouvir a lamina cortando o vento quando errava os golpes, e quando os acertava, sentia com prazer o sangue respingando em minha pele. Alguém chamou meu nome, e quando abri os olhos o sol já estava nascendo, a voz que escutei não era conhecida mas quando olhei ao meu redor Dayana e Jordan estavam comigo e pareceram aliviados assim que acordei.

Passamos vários dos dias a seguir juntos aumentando a confiança que sentia por ambos, por fim dei a eles o livro que estava em branco e pedi para que ambos descobrissem como fazer as letras aparecerem, antes de nós nos separarmos Jordan derreteu o metal e a pedra azul que estava no anel de meu pai fazendo três colares, um para cada um de nós para que quando eu precisasse deles eu o utiliza-se para os invocar. O colar só era visível para nos três e apenas quando quiséssemos ver assim não haveria como roubarem e sempre poderíamos se encontrar por meio dele em qualquer circunstancia. Sobre aquela noite, eles disseram que eu descobriria quando chega-se a hora."

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