Capítulo Único
Caro leitor, antes de começar a ler esse capítulo, peço encarecidamente que veja o vídeo que se encontra no multimídia. É a opening do shoujo no qual inspiro essa fanfic, Toradora. Boa leitura!
Como se conheceram?
As circunstâncias que levaram Aisaka Taiga e Takasu Ryuuji a se conheceram é de fato engraçada. Talvez não o tenha sido a eles diretamente, mas não deixa de ser cômico justamente por ambos possuírem fama de valentões.
Takasu-kun é um jovem de cabelos azuis e olhos incrivelmente amendrontadores herdados de seu pai, capaz de assustar qualquer pessoa. Literalmente qualquer pessoa, até mesmo os professores. No entanto ele é só um jovem comum em idade escolar, que mora com sua mãe Takasu Yasuko e seu feioso papagaio, Inko-chan. Apesar de ser uma pessoa normal, morando em uma casa normal, sua vida é de longe um clichê. Takasu-kun estuda, cozinha e cuida de sua jovem e atraente mãe infantil, que trabalha durante a noite em um bar e sustenta a casa sozinha. O jovem também possui mania de limpeza, o que o faz perder toda a diversão em diversas ocasiões se houver a mínima mancha em uma parede ou pratos na pia.
Já Aisaka Taiga é o que podemos chamar de tsundere, uma pessoa inicialmente agressiva e que pode alternar seu comportamento para mais amável. Mora sozinha em um imenso edifício após ter se desentendido com seus pais e vive — ou finge viver — sem regras. Apesar de sua pouca estatura, Taiga é muito forte e todos a conhecem por “Mini tigresa”. O apelido em si é compreensível, visto que faz alusão a sua altura, nome e aparência. A garota possui cabelos longos e castanhos, grandes olhos assustadores e um péssimo humor.
Juntos, são conhecidos como os deliquentes do colégio. E seria mais um dia de aula normal no começo do ano letivo, mas por uma infelicidade do destino os dois se trombaram na escola. E sem explicações, a pequena meteu a porrada em Ryuuji.
O que os dois tem de semelhante, além da horrível fama?
Ambos são apaixonados pelos melhores amigos um do outro: Kushieda Minori e Kitamura Yüsaku.
Esse foi o motivo de tudo ter se iniciado e terminado com um final feliz. Ou pelo menos teria sido mais agradável, se Taiga não tivesse batido em Ryuuji muitas e muitas vezes nesse processo de sentimentos.
Por engano a castanha confundiu as mesas no qual os dois garotos sentavam, e colocou uma carta de amor para Kitamura-kun na bolsa de Takasu-kun. Obviamente como vocês já devem imaginar, ela o atacou ao perceber o erro mas não conseguiu recuperar a carta. Esse foi o começo da amizade entre os dois, onde o coitado rapaz teve que satisfazer a todos os pedidos de Taiga e ajudá-la a conquistar Kitamura. Em troca, ele teria ajuda para conseguir o coração da jovem Kushieda.
— Desde a antiguidade, o dragão é o único animal que se equipara ao tigre.
Foi o que Ryuuji disse a Taiga, após a mesma se confessar a Kitamura. Felizmente tudo havia dado errado, mas só muito tempo depois os dois perceberam isso.
Não irei contar a história do desenvolvimento do romance entre esses dois jovens solitários e apaixonados, mas sim uma lembrança da mini tigresa. Uma lembrança que ela teve, enquanto seu jovem marido Takasu fritava arroz.
— Ryuu — o chamou, enquanto olhava para Inko-chan na gaiola. — se lembra de quando me perguntou se eu era uma tsundere?
— Como eu poderia me esquecer? — ele indagou, estremecendo. — você me bateu naquele dia.
Ela gargalhou, logo o olhando apaixonada. Estavam casados há três anos, e moravam com Yasuko-san e Inko-chan no apartamento que outrora havia sido só seu.
Flashback on.
Ryuuji e Taiga caminhavam para a conveniência mais próxima, onde ele compraria algumas coisas para fazer a janta. Era noite e o céu estrelado chamou a atenção de Aisaka, que olhou admirada. O garoto não pode deixar de notar o quanto ela era fofa ao observar o vasto universo tão distraída. Um sorriso tomou conta de seu rosto, e notou que por trás da máscara de durona, Taiga-san era realmente uma garota sensível. Mas essa impressão durou apenas alguns segundos, o suficiente para que ela pudesse notar que ele a encarava.
— Por que está me olhando assim?! — gritou, o fazendo se assustar e virar o rosto para a direção oposta. — por que estava sorrindo? Seu pervetido!
— Eu não sou um pervertido! — ele gritou de volta, completamente vermelho. — eu não estava sorrindo.
— Estava sim! — ela insistiu, cruzando os braços acima dos seios. — devia estar imaginando coisas!
— O quê?! Eu não faria isso, você sabe Taiga!
— Então quer dizer que eu não sou atraente o bastante?
De uma forma completamente inesperada, o tom de voz dela mudou para chateação. Ele não respondeu, apenas suspirou e novamente olhou para o céu.
— Céus... — murmurou, pensando em como a responder. — eu estava apenas observando a olhar para as estrelas...
— Hum? — a garota parou de andar e novamente olhou para o céu. — o que tem de mais em fazer isso?
— Você fica fofa — Takasu respondeu, completamente constrangido. — diferente do habitual, já que você é uma doida!
— Calado, seu cão! — ordenou Taiga, se aproximando. — você prometeu que ia me obedecer, não reclame!
— Eu não pensei que você ia levar a sério — murmurou cansado.
Ela ficou muito quieta e o olhou, tomando coragem para falar. Abaixou o olhar para seus próprios pés e sussurrou:
— Ryuuji, você acha que eu sou atraente?
— Por que está me dizendo essas coisas?! — respondeu escandalizado.
— Responda, sim ou não!
Ele abaixou a cabeça se dando por vencido. Era ridículo a contrariar, ela era impossível de ignorar.
— A... acho.
Taiga concordou séria, enquanto parecia pensar a respeito.
— E só isso? Então podemos continuar o caminho? Tenho que fazer a janta até Yasuko chegar do serviço! — ele apressou.
— Eu sabia que você era um tarado! — gritou, virando um soco no braço dele.
— Por que diabos você fez isso?
Takasu levou a mão onde o soco dela havia acertado, e a olhou completamente irritado. No entanto a baixinha começou a gargalhar, como se realmente achasse graça da raiva dele.
— Olha Taiga, não tenho tempo para as suas brincadeiras — reclamou se virando. — Por acaso você é uma tsundere?
Aquilo havia sido a gota da água. Instantes depois de a ter dito isso, ele sentiu os pés dela em suas costas e caiu para frente, com dor.
— Seu idiota! — gritou, o deixando para trás. — como pode achar isso de mim?
Ele arfou e se levantou, se perguntando no que havia se metido ao ficar amigo dela.
— Vamos seu cão! — Aisaka gritou ao longe, já sumindo na rua. — estou com fome.
Flashback off.
— Talvez eu tenha sido uma péssima amiga — Admitiu, enquanto ele servia a janta.
— Você foi a pior — ele concordou, sentando ao lado dela. — mas nos apaixonamos por isso.
A castanha sorriu novamente e se aproximou, o beijando.
— Eu te amo Taiga — Takasu murmurou, pegando os hashis.
A barriga dela roncou alto, como sempre fazia quando estava com fome.
— Eu também te amo — juntou as duas mãos e sorriu, olhando para o prato de comida a sua frente — Itadakimasu!
Fim...
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