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Livro

Dedicado à Denise  ♥ 

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Para todos os escritores,

leitores 

e sonhadores do mundo!

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A fila dava voltas na livraria do shopping. Todas as pessoas que ali estavam carregavam os primeiros exemplares impressos do livro do mais novo escritor da cidade. O nome "Vincent Bianchi" estava destacado na capa do lançamento cujo título era "Fragmentos Familiares". Na entrada da livraria havia um banner com a foto de Vincent e, impresso nele estavam os horários da sessão de autógrafos.

Quando o escritor sentou-se em frente à mesa onde daria autógrafos, em cima de um palco, ouviu várias palmas. Sentindo-se extremamente feliz, acenou para todos. Na mesa, admirou a capa do próprio livro: a imagem de uma pena em meio a um céu estrelado. Era poético e remetia à sua paixão pelos astros.

Pegou o exemplar e deu-se conta de que seu sonho de anos finalmente havia se concretizado e era palpável. Folheou-o e tocou-o com cuidado, como se fosse uma jóia preciosa. Naquele momento, ao ver seu desejo antigo em suas mãos, teve mais certeza ainda do que desejava: dedicar-se à escrita pelo resto da vida.

Poderia passar horas a fio planejando histórias e criando personagens. Aquele havia sido seu sonho desde pequeno, ser um escritor. Publicar algo que havia escrito para o qual havia dedicado horas do seu dia lhe dava um orgulho imenso.

Tudo o que estava acontecendo em sua vida lhe fazia refletir sobre o passado. Havia sido expulso de casa por ser gay e tinha tomado uma decisão importante: sair do país, da sua amada Itália. Naquela época jamais imaginou que sua escolha lhe traria até o presente momento da realização de um sonho.

O destino tinha sido bom consigo e era por isso que continuava acreditando nele. E também porque  um certo loirinho estava em sua vida graças aos fios mágicos e brilhantes daquela roda da fortuna natural.

Pensou na cafeteria e no quanto era grato pelo emprego que tinha, afinal, graças a ele havia conseguido se manter por meses na cidade. Archie tinha inclusive aumentado seu salário, visto que a popularidade do lugar só aumentava. Se quisesse  viver da escrita não teria um salário fixo.

Perguntou-se se seria possível dedicar-se às duas coisas, ao sonho e o hobby para o qual tinha talento e carinho, mas a resposta era incerta. Enquanto não decidia-se, resolveu continuar no caminho que estava trilhando: morando com Finn e Byron, dividindo os gastos com o salário fixo que recebia e ansiando pela viagem à Itália.

Havia recém realizado um sonho e iria viajar... Não deveria curtir o sucesso, o início daquela carreira tão sonhada? O problema é que existiam nós que precisava desfazer junto à família, novidades que precisava contar e coisas a esclarecer. Também seria uma ótima oportunidade para apaixonar-se mais ainda por Finn.

Era ótimo ter um namorado e adorava viajar, portanto uniria suas duas paixões. Colheria os frutos daquele sonho ao lado do loiro. 

Tinha tirado férias justamente para lançar o livro e viajar com Finn.

A primeira moça da fila aproximou-se, pegou sua mão com nervosismo e apertou-a num cumprimento desajeitado. Vincent sorriu e tentou acalmá-la com palavras reconfortantes. Perguntou o que tinha achado do livro enquanto assinava seu nome na primeira página. No fim, escreveu uma dedicatória breve com o nome dela e entregou-lhe o livro novamente.

Acreditava que cada ser era único e importante, portanto queria fazer seus leitores se sentirem tão especiais quanto sentia-se. Desejava dar-lhes atenção e conversar, mas era frustrante trabalhar com prazos (algo que a publicação do livro tinha lhe ensinado). Em três minutos só conseguia perguntar o nome da pessoa e balbuciar alguns agradecimentos.

Alguns comentaram cenas específicas do livro e disseram que sua escrita era incrível.  Com um sorriso repleto de carinho e sentindo o coração esquentar, seus olhos lacrimejaram e segurou as lágrimas. Tinha leitores!

Incrédulo com o tamanho da fila e tonto com a quantidade de pessoas, começou a sentir dor de cabeça. Em choque, dissociou-se do momento, lembrando-se de quando aquele sonho de escrever havia começado.

A leitura tinha sido sua companheira durante muitas horas longas e chatas nas viagens as quais os pais lhe levavam junto. O restaurante vivia cheio e, em meio a gritarias e conversas altas, conseguiu concentrar-se nos livros de confeitaria da avó. Quando ela notou seu interesse ensinou-lhe tudo o que sabia cozinhar, para alegria dos pais, que projetaram em si o desejo de que administrasse o restaurante. 

Depois conheceu os livros de ficção e fantasia. Aos 13 anos, lendo O Pequeno Príncipe, disse a si mesmo: se alguém escreveu esse livro isso significa que eu também posso escrever algo! Começou daquela forma, criando histórias de super heróis com enredos divertidos e engraçados.

Cresceu e, já adolescente, descobriu que eram os homens que lhe atraíam. Naquela época turbulenta encontrou dificuldade em expressar-se por meio das palavras. Deu um tempo na escrita para buscar a si mesmo.

Quando contou aos pais sobre sua orientação sexual, não obteve a reação desejada. Portanto, deu-lhes um tempo para refletirem, não tinha pressa. No entanto, eles preferiram ignorá-lo e tratar os irmãos como únicos herdeiros, mesmo que eles tivessem seguido carreiras opostas na vida e não quisessem cuidar do restaurante.

Vincent não estava disposto a dedicar-se ao negócio generacional da família, pois desejava ser escritor. Além disso também gostava de homens. Eram muitos fatos desagradáveis para uma família cheia de tradições.

Deu-lhes tempo, mas ao invés de tentarem lhe entender, foi expulso de casa. Já era maior de idade e queria realizar seu sonho, então decidiu recomeçar longe de casa. 

Já na cidade para a qual tinha ido quando mais novo, encontrou no lixo um cavalete quebrado, uma tela rasgada e pincéis. Consertou o cavalete, costurou a tela e limpou os pincéis. Comprou a tinta e, nas cores, encontrou uma nova maneira de relaxar. Talvez houvesse se tornado um colecionador de passatempos.

Entretanto, sua verdadeira paixão, a escrita, nunca foi deixada de lado enquanto aventurava-se em outros hobbies. Sempre achava um tempo para perder-se em mundos fictícios e enredos mirabolantes.

Os olhos pensativos voltaram-se para os cachos dourados que se aproximavam. Foi o suficiente para sair do transe em que estava. Ele estava ali e, ao olhá-lo, brilhando naquela livraria, teve absoluta certeza da dimensão do amor que sentia por ele. 

O destino movia suas teias coloridas com divertimento sobre ambos.

Finn, com as bochechas vermelhas, estendeu-lhe o livro. Quis beijá-lo na frente de todos, mas beijou-o de uma maneira mais sutil. Segurou seus dedos com carinho e levou-os até os lábios. Quando voltassem para casa o beijaria sem parar, até que começasse a rir e implorasse para parar. Então namorariam comportadamente no sofá, sob a supervisão de Byron.

━Gostaria de um autógrafo. -ele falou numa voz tímida

Pegou o livro sem conseguir parar de sorrir. Finn vestia uma camiseta preta de mangas compridas e gola alta. Os cabelos loiros estavam úmidos e pareciam mais compridos daquele jeito. 

Se andasse pelo shopping com certeza encontraria uma campanha de moda cujo modelo era ele. O namorado havia se tornado uma sensação da moda local e logo conquistaria o mundo.

Vincent não tinha ciúmes dele, pelo contrário. Ficava empolgado a cada trabalho que Finn recebia e vê-lo desabrochar, sair daquela casca tímida para mostrar-se confiante ao fazer aquelas fotos, lhe deixava extremamente alegre.

Queria crescer junto dele.

Antes de Finn nunca havia experienciado sensações tão intensas por outra pessoa. Tinha esperado a vida inteira para entender o que era, de fato, o amor. Era seu sonho reprimido desde a adolescência, por medo: amar e ser amado intensamente, como nos livros que lia. Mas esperou, sabendo que o romance verdadeiro um dia chegaria em sua vida. 

━Finn Dawson, certo? Aquele modelo famoso? -brincou ao abrir o livro na primeira página

Ali encontrou uma foto pequena de Byron vestido com um chapéu italiano típico. Começou a rir com a surpresa. Finn sussurrou:

━Ele me arranhou depois que eu tirei a foto.

━Ficou perfeita!

━Trouxe para que você lembrasse dele nesse dia especial.

Vincent assentiu e pegou a foto com carinho. Byron era parte da sua vida há 6 meses, praticamente desde que tinha chegado na cidade. Amava-o como se fosse um amigo, porque ele realmente era. Acreditava que os gatos eram criaturas místicas capazes de proteger os seres humanos contra forças invisíveis a olhos normais, portanto tê-lo em sua vida era como ter um guardião.

━Muito obrigado, Finn.

Começou a escrever a dedicatória mais longa daquele dia de autógrafos.

"Para o futuro astro da moda e meu namorado:

O destino nos uniu e, se ele acredita em nós, eu também acredito. Tudo acontece com um propósito e você me conheceu no meu melhor momento. Hoje realizo um sonho e só consigo pensar em comemorar ao seu lado. Isso exemplifica o que o amor é: dividir os sonhos e crescer com quem amamos.

É clichê, mas eu não me importo e nunca me cansarei de dizer isso: eu amo você.

Vincent Bianchi"

Finn ficou lhe encarando enquanto escrevia. A fila precisava andar. Apertou a mão dele com carinho e sorriu com alegria ao vê-lo se afastar. O loiro acenou com um sorriso repleto de amor e afastou-se abraçado ao livro.

Poderia olhá-lo durante uma eternidade incansável.

Não pôde admirá-lo como queria, pois a fila andou.

Voltou a atenção ao próximo leitor e as horas passaram mais rapidamente.

Tratou todos como gostaria de ser tratado se estivesse numa sessão de autógrafos do autor preferido. Evitou ao máximo demonstrar cansaço e atendeu a todos com a mesma alegria inicial. Despediu-se do último leitor e só então conseguiu respirar e espreguiçar-se.

Guardou a foto de Byron dentro da aba lateral do livro.

O dono da livraria aproximou-se com um sorriso largo e deu-lhe dois tapinhas nas costas.

━A sessão foi um sucesso, sr. Bianchi.

━Só Vincent, por favor. Fico feliz com isso, não esperava que viesse tanta gente. -sorriu

━Obrigado, Vincent. Sempre que lançar algo estaremos atentos e abertos para recebê-lo novamente. Qualquer coisa me ligue! 

Ele lhe entregou um papel com um número de telefone. Assentiu e viu-o afastar-se enquanto falava no telefone.

Um garotinho que devia ter em torno de 10 anos correu, vindo do interior do shopping, e estendeu-lhe um pedaço de papel rasgado.

Ele usava óculos e era bastante parecido consigo quando criança. Os cabelos eram volumosos e penteados para cima com estilo. Sempre quisera ter um black power como o dele, mas nunca havia se acostumado a deixar o cabelo crescer. Talvez estivesse na época perfeita para acostumar-se a coisas novas...

Sorriu para a criança e abaixou-se na altura dele.

━Está perdido?

━Não. Você escreve?

━Sim, como sabe?

━Você assinou um monte de livros.

━É verdade, sou um escritor.

━Eu gosto de escrever.

Ouviu passos se aproximando que pararam com hesitação. Olhou para cima e viu Finn, vestindo um sobretudo carmim por cima da blusa preta. Acenou para ele, que sorriu e esperou.

━Quer um autógrafo? -pegou o papel da mão dele

━Sim! Vou contar para todos que conheci um escritor de verdade!

━Também pode ser um escritor quando crescer, se quiser. -comentou ao levantar-se e buscar a caneta da mesa

Assinou o próprio nome no pedaço de papel rasgado e entregou à criança, que agradeceu:

━Muito obrigado, moço!

Uma mulher correu até o menino e pareceu aliviada ao vê-lo.

━Aí está você, seu diabinho! -ela riu e abraçou-o com força

━Queria conhecer o escritor famoso.

━Famoso? -ela fez uma careta e olhou para Vincent

Vincent sorriu, mostrando suas covinhas encantadoras e a mulher suavizou a expressão.

━Certo. Conheceu-o, agora vamos. Obrigada, moço!

━Tchau, escritor!

Vincent acenou e, enquanto eles se afastavam, ouviu o garotinho perguntar à mãe:

━Mãe, posso ser escritor quando eu crescer?

━Pode, pode ser o que quiser.

Desejou ter tido aquele tipo de encorajamento dos pais, mas tudo o que importava para eles era o restaurante. Na verdade não estava sendo justo, pois apenas que eles haviam envelhecido o restaurante havia tornado-se o tópico mais importante das suas vidas. Agora entendia-os melhor e não os culpava.

O tempo, além de curar, ajudava a enxergar os motivos por trás de certas decisões antigas.

━Tem fãs de todas as idades, sr. Bianchi.

A voz melódica e gostosa dele era tudo o que mais queria ouvir e talvez o único som desejado por seus ouvidos.

━Minha escrita é para todas as gerações. -murmurou

Abraçou-o com amor e beijou-o na bochecha por longos segundos. Quando afastou-se, ele estava corado e entrelaçou os dedos nos seus. Os olhos de Finn estavam vermelhos, indicando que havia chorado.

━Eu li a sua dedicatória e chorei bastante.

O perfume de lavanda das roupas dele era tão bom que precisou beijá-lo no pescoço rapidamente. Finn riu e encolheu-se, com cócegas. O coração acelerou só de estar perto dele.

━Não consegui escrever direito. Queria beijar você. -comentou e inclinou-se para beijá-lo na orelha. 

Entrelaçou a cintura dele num abraço gostoso em seguida.

Finn estendeu-lhe uma sacola.

━O que tem aí? Um gatinho? -brincou com empolgação e Finn negou, rindo e balançando a cabeça

━Comprei coisas para comermos. E tenho uma surpresa para você. -ele comentou, com o semblante ainda mais vermelho

Vincent sorriu, sem acreditar que ele era mesmo seu namorado.

━Vou a qualquer lugar com você, sabe disso.

━Não sabia, mas obrigado por informar.

━Eu te amo, Finn. -respirou fundo, segurou uma das mãos dele e ajeitou os cabelos loiros para trás com gentileza

Finn estremeceu e fechou os olhos quando tocou-o no queixo, erguendo-o.

━Não pensei que fosse possível ser tão feliz assim. -o loiro murmurou, ainda de olhos fechados

Uma lágrimas solitária e alegre escorreu por seu olho direito. 

Ao ver os orbes azuis abertos e repletos de carinho, mas molhados, Vincent inclinou-se e deu um beijo em cada pálpebra.

━Nunca amei alguém como amo você. Não sabia que esse sentimento podia ser tão intenso.

━Você e suas palavras bonitas. Não é justo, não sou escritor e tudo o que eu falo sai embaralhado.

Finn fez uma careta adorável e Vincent riu. Abraçou-o pelo ombro, de lado, e perguntou:

━Não precisa falar então, eu entendo você só pelo olhar. 

━Mas é bom falar, não? Eu amo você. Estou feliz, obrigado por cuidar de mim. E por ser um ótimo namorado. Você é bom em muitas coisas, Vincent.

━Acho que sou melhor em ser seu namorado -comentou com uma risadinha.

Segurou o rosto delicado entre as mãos e beijou-o no nariz, em seguida na testa. Por último, cobriu os lábios dele com os seus e o coração pareceu explodir no peito. As borboletas imaginárias espalharam-se por seu estômago e fizeram cócegas em todo o corpo.

━Para onde vamos? -perguntou com curiosidade

━Para as estrelas. -Finn respondeu num tom sonhador, enigmático e divertido

Estreitou os olhos e sorriu.

Não precisaria ir muito longe para chegar às estrelas, pois elas já estavam ali ao seu lado, em forma de amor.

Se gostou deixa uma estrelinha ♥ 

Qual será essa surpresa, hein?

Sou muito boiolinha pelo Finn e pelo Vincent. Finncent? Vinn?

Estou planejando mais 2 ou 3 capítulos dos dois para postar aqui...

Eu amei escrever esse cap., eles são muito entrosados e se completam total, além de serem super apaixonadinhos. 



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