Jenny

- O que extamente eu precisaria aceitar para me tornar o que vocês chamam de mestra-espiã?

Eu, Akira e Kalel estavamos em reunião no escritorio do líder dos Trils. Akira, depois de ter me feito lutar por quase 1 hora, segundo ele para me fazer sentir mais leve ( e eu estava mesmo), havia me levado até Kalel para que ele por fim me explicasse melhor o que eu teimava para não entender.

- Primero você precisaria aceitar viver aqui. Para sempre. - fala ele.

- Tenho família - minha mãe na verdade.

- Essa é a questão - diz Akira se levantando e andando de um lado para o outro - não podemos trazê-la para cá, ela é puramente humana, provavelmente não sobreviveria.

- E uma situação delicada Jenny - diz Kalel - mas acho que podemos pensar em algo.

- Claro - digo, mesmo sem saber como aquilo poderia se resolver - mas se isso se resolver, como eu me tornaria...?

- Um ritual - diz Akira se sentando de novo ao meu lado - nada muito complexo. Passei pelo mesmo, é como uma transição, do que é, para Tril. E em seguida é nomeada.

- Hummmm...

Medo. Não, não medo. Nervosismo enchia as minhas veias enquanto eu ouvia aquilo.

- Akira, pode por favor abrir a porta para Parker, ele já chegou - diz Kalel subtamente, e Akira o olha com uma expressão fria, mas se levanta para abrir a porta.

- Por que diabos Scott tem que participar da reunião? - pergunto exasperada para Kalel.

- A partir de agora, Jenny querida, o assunto muda. - diz ele, enquanto Scott entrava e se sentava ao meu outro lado e Akira fazia o mesmo.

- E o que seria esse assunto? - pergunto não ousando olhar para o Scott tenso ao meu lado.

- A Guerra - começa ele - se aproxima. Nossos potenciais no outro mundo, inclusive o próprio Akira, nos informaram que os Glions começaram a transição de seu mundo, para a Terra. - me sento reta - é provável que daqui a 1 semana, o exército Glion esteja completo na Terra, então, teremos que agir.

- Mas como? - pergunto, nervosa.

- Essa é a questão - diz Kalel se levantando e apontando para um mapa que percebi ser da Terra - é provavel que comecem por aqui - ele apontou para um ponto no mapa e eu me assustei ao ver a proximadade entre o ponto e minha casa, Scott parecia ter percebido o mesmo, mas permanenceu calado.

- Precisariamos contê-los antes que se quer pensassem em começar o " extermínio" - fala Akira - seria uma das únicas soluções. Travar uma guerra contra eles no mundo humano seria perigoso demais, pessoas demais morreriam. Sería quade o mesmo que deixar que os Glions os matassem por si só.

- E por isso - disse Scott e eu me sobressaltei, pois tinha esquecido momentaneamente de sua presença - que temos que atraí-los para cá.

- Como disse? - pergunta Kalel com a testa franzida.

- Se não podemos contê-los lá, precisamos trazê-los para cá - diz ele novamente, e ao nos olhar vê a confusão em nossos olhos - ah fala sério pessoal. Vocês são inimigos dos Glions a o que? Séculos? Milhares de anos? Imagino que eles nunca tenham conseguido entrar aqui. Se isso os fosse dado com facilidade, o que pareceria mais atrativo? Pegar o mundo humano para sí, um mundo vazio, ou o mundo dos Trils? Cheio de pura magia? Precisamos de algo como um portal, onde possam passar, e quando entrarem, estaremos preparados para destruí-los - ele fala essa ultima frase com ódio brilhando nos olhos.

- Faz sentido - admite Akira.

- E como faz - diz Kalel. - Akira, providencie um portal, grande o suficiente para que passem. Nos o testaremos. Você, Jenny - diz ele apontando para mim - vá com Parker até a academia de armas, é preciso que ele encontre alguma, treinem juntos, todo o treinamento valerá de algo.  Eu - diz ele - farei uma visita ao mundo humano, preciso ver o que os Glions estão aprontando por lá.

- Só mais uma coisa - diz Scott - Julian apareceu aqui ontem a noite.

Os olhos de Akira brilharam com surpresa, mas Kalel fez um gesto de indiferença.

- Sei disso, os guardas da noite me avisaram. Não sei como chegou, mas as proteções foram reforçadas.

Com isso, todos nós saímos. Akira sumiu no ar, Kalel atou vôoo, e eu e Scott, ambos calados, caminhamos até a academia de armas.