C A ¶ Í T U L O ²
"As asas do Dragão eram douradas contra a luz, e o príncipe ao olhar para baixo, percebeu que só a princesa poderia olhá-lo sem queimar os olhos."
— Jade, Historinha para a hora de dormir.
J a d e L o h a n e
︶⋮࿙࿚⋮︶⏝⋮࿙࿚⋮︶⏝⋮࿙࿚⋮︶
— Amanda. — Segurei em seu braço parando-a.
Estávamos saindo do Clube. De alguma forma, ela ficou chateada comigo.
— O que quer? — Sua voz estava cheia de mágoa.
— Me perdoe? — Senti o coração acelerar. — Eu realmente tenho um compromisso importante sabe.
Soltei o braço dela, talvez Amanda entenda meu lado. Não posso expor minha filha, e a Dona Kim não poderia saber de forma alguma.
— Só achei que você queria comemorar meu aniversário junto comigo. — Responde triste.
Seus braços se cruzam na linha dos seios. Seu olhar murcha e sua boca forma um bico.
— Vamos fazer o seguinte. — Troquei o peso do corpo para a perna esquerda.
Pensei em uma solução rápida e só tive a hipótese de deixar minha pequena com a senhorinha que olha ela todos os dias.
— Vou em casa resolver um probleminha comum, e depois nos encontramos no nosso bar de costume. Pode ser?
Ela ponderou por alguns segundos, depois seus braços rodearam meu pescoço e quase que caímos no chão.
— Perfeito! Te vejo lá. — Beijou minha bochecha e me soltou.
Ela caminhou contente comigo a seguindo atrás. Meus pensamentos vão direto para Saphira, já não passava os dias com ela e agora, preciso me ausentar novamente.
Ela ficará triste.
Amanda e eu nos separamos na Avenida, já era noite e poucas pessoas andavam a pé por ali, só a movimentação de carros continuava a mesma.
Tomei rumo ao apartamento, queria ver minha filha logo e lhe dar um grande beijo nas bochechas e ouvir as risadinhas fofas dela.
Apertei o passo deixando a avenida para trás. O sol estava se pondo quando entrei no prédio amarelado, cumprimentei o porteiro e subi de elevador para poder ter mais tempo.
A porta do velho elevador abre e corro para o apartamento de dona Glória. Precisava conversar com ela para saber se poderia olhar Saphira por mais algumas horas.
Bati na porta verde de forma suave e escutei dona Glória responder. Saphira começou a gritar agitada lá dentro e senti meu coração apertar.
Nos segundos seguidos, a porta se abre e dona Glória aparece n campo de visão.
— Boa noite menina. — Recebi seu abraço amoroso.
— Boa noite dona Glória. A Saphira deu-lhe trabalho? — Senti braços pequenos agarrar minhas pernas.
— Mamãe!
— Oi minha vida! — Passei a mão em sua costinha e ela riu. — Se comportou certinho?
— Sim mamãe, já sou mocinha. — Saltita em minha volta me fazendo rir.
— Jade, preciso conversar com você. — Dona Glória diz e sua expressão é de preocupada.
— Filha, pode pegar as suas coisinhas para irmos pra casa? — Abaixei para ficar na altura dela.
— Vou pegar mamãe! — Ela sai correndo quase caindo.
Levantei e dona Glória encosta a porta um pouco.
— Pode dizer dona Glória. É algum problema com a Saphira? — Dona Glória sorriu tentando me tranquilizar.
— Ela teve um pouco de febre na parte da manhã. Dei remédio e passou, eu só queria que soubesse.
— Tudo bem. Mas ela está melhor? — Fiquei preocupada, talvez precisarei cancelar o encontro de hoje.
— Sim. Ela brincou a tarde inteira, só estava um pouco febril. — Suspirei aliviada.
— Dona Glória, posso te pedir um favrzinho?
— Pode dizer menina. — Ela colocou a mão em meu ombro.
— Eu tenho um compromisso agora a noite, queria saber se poderia cuidar de Saphira por mais algumas horas. — Ela pareceu pensar .
— Sim querida. Não se preocupe! — Ela sorriu.
— Vou estar em casa logo. Se quiser, pode ficar na minha até eu voltar, Saphira vai querer dormir na caminha dela.
Minha pequena nunca foi de passar a noite longe de casa e das coisinhas dela.
— Tudo bem menina. Ficarei com Saphira, não se preocupe, qualquer coisa ligarei par você. — Saphira aparece com a mochilinha nas costas.
— Vamos pra casa mamãe? — Ela segura em minha mão e começa a puxar.
— Sim amor, vamos. — Dona Glória fecha a porta de seu apartamento, trancando com a chave.
— A vovó Goia vai também? — Concordei, ela pulou o caminho todo contente.
— Mamãe, a vovó deu um usinho pra mim! — Diz alegre.
Tirei as chaves de meu bolso e abri a porta.
— É mesmo amor? Eu quero ver ele. — Saphira puxou uma Hena de Natal da mochila.
— Muito lindo meu anjo! Como ele se chama?
Ela corre para dentro de casa. Espero dona Glória entrar e fecho a porta.
— Adofo. — Ela brincava balançando o brinquedo e girando pela cozinha.
Deixei minhas coisas em cima de uma cadeira mesmo e Suspirei cansada.
— Quer tomar um banho com a mamãe? — Falei e ela riu concordando.
— Fique a vontade dona Glória. Tenho o chá que a senhora gosta no armário e já deixei a comida pronta para o jantar, se quiser comer… — Ela negou rindo.
— Não se preocupe querida, eu e a pequena Saphira já comemos mais cedo. — Retribui o sorriso.
Estiquei a coluna sentindo os ossos estralarem, andei até o armário e peguei o achocolatado e a embalagem de chá de camomila.
Dona Glória foi uma grande benção neste lugar. Devo muito a ela e sou grata pela sua ajuda.
— Não sei o que dizer… A senhora foi uma benção em nossas vidas. — Deixei as coisas no balcão e fui direto a abraçar.
— É um prazer poder ajudar menina! — Ela aperta o abraço.
Deixei uma lágrima cair e depois nos soltamos.
— Mamãe, quero leite com chocolate. — Saphira aparece cantarolando.
— Sim amor. Mas vamos para o banho primeiro?
Pegue ela no colo e fomos para o banheiro. Retirei sua roupinha e a deixei na banheira, liguei o chuveiro para encher e comecei a limpar seu corpinho com sabão.
Ela brincava com a espuma enquanto retirava minhas roupas. Tomei meu banho vendo ela brincar, me sequei e escovei os dentes, depois ajeitei os cabelos em um coque mal feito e em seguida fiz uma maquiagem de acordo com a ocasião.
Coloquei o roupão.
Enxaguei seu corpinho enquanto ela cantava, coloquei seu roupão e saímos do banheiro.
Senti o cheiro de chá e sabia que dona Glória havia feito. Fui para o quarto e coloque o pijama de unicórnios em Saphira.
Escovei seus cabelos e deixei ela assistindo desenhos de princesa. Coloquei um Croped creme e uma saia de cintura alta na cor vinho, ela descia soltinha até o meio das coxas e era justa na cintura.
Fui até a cozinha e Dona Glória estava sentada n banco da bancada tomando seu chá.
Fui até o fogão e esquentei o leite de Saphira. Fiz a mamadeira e levei para ela, minha pequena estava deitada abraçada ao novo ursinho de pelúcia.
Dei o leite a ela e voltei para a cozinha. Dei um beijo em Dona Glória e disse pra ela que poderia descansar em minha cama se precisasse e saí para me encontrar com a Amanda.
***
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro