Este é o pedido da gigicxy e espero que gosteee <3 Desculpa a demora, inclusive, vida adulta tá me matando....

✨ 𝐈'𝐥𝐥 𝐂𝐡𝐚𝐧𝐠𝐞 𝐅𝐨𝐫 𝐘𝐨𝐮 ✨

O ano era 1985. Jon estava tendo um atípico dia de descanso. Levantou-se perto do meio dia, a cabeça rodando devido à ressaca. Nunca mais bebo, disse consigo mesmo, sabendo que aquilo era a maior mentira de todas.

Decidiu que precisava comer alguma coisa e, depois de uma ronda por seu apartamento, percebeu que não encontraria nada ali além de pacotes de salgadinho e garrafas de cerveja. Se quisesse  se alimentar direito, deveria sair de casa. Por isso, enrolou um cachecol em volta do pescoço, vestiu seu sobretudo de camurça e tentou esconder um pouco de sua identidade com óculos escuros. Satisfeito com sua aparência, saiu de casa. 

Caminhava vagarosamente pela calçada, as mãos nos bolsos, o cigarro carburando em seus lábios. O dia estava extremamente tranquilo e frio, quase não haviam pessoas na rua e aquilo era confortável para o músico. Ele precisava daqueles momentos de calmaria...

Porém, logo sua paz foi roubada e uma batedeira tomou conta de seu coração: lá, do outro lado da rua, andando de forma apressada sem olhar para os lados, ele viu S/N...

O rapaz mal podia acreditar em seus olhos, estacando no lugar, seguindo a figura até que esta se perdesse em meio aos pedestres movimentados. De súbito, quando percebeu que a perderia de vista, Jon sentiu seus pés apressando-se em segui-la...

Algo que ele deveria ter feito a dois anos atrás.

Acontece que Jon e S/N possuíam toda uma história juntos. No começo, era um belo de um romance, porém, terminou de maneira trágica: Jon não soube dar o valor que S/N merecia e uma dia ela se cansou e foi embora.

Aquilo magoou o jovem músico, claro, porém, estava cego por seu ego machucado. Por isso, não foi atrás da garota. Meses depois, descobriu através de amigos que ela havia se mudado para Nova York, correndo atrás de seu sonho de se tornar uma jornalista, porém, mais do que isso... Com o decorrer dos meses, Jon descobriu, também, que S/N fazia muita falta em sua vida, que mulheres como ela não estavam por aí, dando sopa em todas as esquinas...

Eu fui um idiota, pensou o rapaz em meio àquela multidão apressada naquele dia de inverno dois anos depois, seguindo sem pensar a figura de S/N, que se encontrava muitos passos adiante e ainda não o havia visto. 

Ao virar uma esquina, o coração de Jon acelerou mais ainda. Aonde ela estava? Não conseguia mais localizá-la! Estava tomado pelo desespero, será que a teria perdido para sempre?

Não seja besta, Jon! Ela tem que estar em algum lugar!

Porém, o jovem já estava perdendo as esperanças, ela devia, sei lá, ter pegado algum transporte, ter entrado em alguma casa... Nunca saberia...

Mas, o destino quis ser gentil e, ao virar-se, frustrado, para retornar à atividade que o havia feito sair de casa, Jon teve mais uma chance de vê-la, ali, sentada a poucos metros de distância num banquinho de parque, distraída, lendo um livro. Novamente com o coração a mil, o cantor engoliu em seco e decidiu aproximar-se, sorrateiro.

Sua cabeça não parava quieto e a cada passo que dava em direção à moça, uma nova insegurança aparecia em sua mente: e se ela ainda estiver puta da vida comigo? E se ela surtar ao me ver? E se ela estiver namorando, ou, pior, casada?  E se eu fugir agora e esquecer disso?

Porém, nem daria tempo de fugir. Enquanto Jon se aproximava com passos hesitantes, S/N, sentindo a presença de alguém, ergueu os olhos de cenho franzido e o avistou. No começo, demorou para reconhecê-lo, porém, segundos depois, sua ficha havia caído e ela abriu um sorriso e acenou.

O mundo de Jon parou.

Ele sorriu de volta e retribuiu o aceno, terminando a distância que ainda se fazia entre eles.

-- Ora ora, se não é John Bongiovi... -- S/N comentou, divertida, se levantando do banco e abraçando carinhosamente o ex-namorado, que retribuiu, sentindo-se tonto ao exalar o perfume dos cabelos dela. -- Quanto tempo...

-- E você... Pensei que estivesse em Nova York! -- O rapaz retrucou, soltando-se do abraço para poder olhar para ela, como se não quisesse perder nenhum detalhe. S/N deu um sorrisinho lateral e revirou os olhos, voltando a se sentar e batendo no banco para que Jon sentasse ao seu lado.

-- É uma looooonga história... Você deve ter assuntos de astro do rock mais interessantes para tratar...

-- Imagina, eu não tenho nadinha de nada para fazer hoje, estou doido para ouvir uma looooonga história... -- Jon sorriu e aquilo fez S/N corar. Ah, como sentiu falta daquelas bochechas rosadas!

Então, depois de alguns bons minutos, Jon soube praticamente todo o paradeiro de S/N nestes dois anos que se passaram. Ela realmente havia ido para Nova York, passou poucas e boas nos primeiros meses, trabalhou como garçonete para se manter até que finalmente foi chamada para trabalhar numa revista local. Porém, acabou fazendo a maior burrada que poderia: acabou envolvendo-se com o chefe da empresa num relacionamento que se mostrou bem tóxico e, quando este chegou ao fim, o canalha a havia mandado embora do trabalho. Então, sem ter para onde ir, com o coração em frangalhos, S/N decidiu voltar para Nova Jersey, onde ficaria um tempo na casa dos pais até estar recuperada financeira e emocionalmente o suficiente para aventurar-se sozinha por aí.

-- E foi essa a história de como fiz a maior cagada de toda a minha vida... -- S/N finalizou, com um ar ao mesmo tempo triste e divertido, suspirando, desviando os olhos para as próprias mãos que se entrelaçavam uma na outra de forma ansiosa. Jon estava em silêncio, assimilando tudo aquilo. S/N achou que ele não havia prestado muita atenção. -- Desculpa por essa histór...

-- Que filho de uma puta! Desgraçado! -- O rapaz começou a xingar, tomado por uma fúria repentina, fazendo com que S/N se assustasse, encarando-o de olhos arregalados.

-- Tá tudo bem, John, já...

-- Não, não está tudo bem! Ah, se eu encontrasse esse cara na rua... Eu juro...

-- John... -- S/N falou com a voz suave, colocando uma das mãos sobre o joelho tenso do rapaz para acalmá-lo. -- É sério, já passou... Eu só quero deixar isso pra trás, ok?

-- Ok, S/N... Me desculpa... Eu só... -- Jon suspirou, não conseguindo tirar os olhos da mão da moça ainda repousando em sua perna. -- Não consigo imaginar alguém fazendo algo do tipo com você...

Péssima escolha de palavras. Horrorosa.

No mesmo instante, a mão de S/N se levantou como se o joelho de Jon estivesse em chamas. Seu rosto também se contorceu em uma careta nada agradável. Por um momento, o rapaz não sabia o que havia acontecido.

-- Pelo amor de Deus, John, você fez coisa parecida comigo! Tudo bem, você não destruiu a minha carreira, mas destruiu o meu coração! -- A moça cruzou os braços e fez menção a se levantar. Jon foi tomado por um desespero e, sem pensar, a segurou pelos ombros.

-- S/N, você precisa me perdoar por aquilo... Eu não passava de um moleque! Eu não sabia o que estava fazendo!

-- Ah, não sabia? Eu te explico: você, hm... Estava me traindo? Estava saindo com outras mulheres enquanto a gente namorava? Transava com groupies nos bastidores dos shows? -- A mulher respondeu com acidez e cada uma de suas palavras era como um nocaute no estômago do músico. -- Sem contar que você não fez esforço algum para me fazer ficar!

-- S/N... Eu juro por tudo que é mais sagrado... Eu não sabia naquela época o quanto você era importante pra mim... -- Jon estava quase escorregando do banco e caindo de joelhos diante de S/N. -- Eu estava deslumbrado com esse mundo do rock, com as regalias que quase nenhum jovem da minha idade conseguiria ter, com a grana entrando, com tudo... E acabei ficando cego para o que mais importava...

-- John... -- S/N parecia decepcionada e, sem dizer mais nada, levantou-se para sair, porém, Jon segurou a mão dela, pondo-se de pé também.

-- Por favor, S/N... Deixe com que eu pelo menos tente me desculpar... -- Havia tanta súplica nos olhos do moço que S/N simplesmente não conseguia negar aquele pedido. -- Tudo bem, você merece bem mais do que só um simples pedido de desculpas... Eu fui um tolo e um idiota, principalmente por ter deixado com que você fosse embora... Mas, ah... É muito difícil viver sem você... Achei que esse sentimento sumiria depois de um tempo e, realmente, não vou mentir, eu estava conseguindo tocar a minha vida... Mas, quando te vi passando por mim, hoje, momentos atrás... Eu me esqueci totalmente de como é viver longe de você...

-- Oh, John... -- S/N suspirou, triste, olhando nos olhos do jovem, sentindo as lágrimas querendo escapar. -- Você não pode estar querendo que eu acredite que, depois de todo esse tempo e depois de tudo o que você fez pra mim, você ainda me ama...

-- É exatamente o que eu quero... -- Jon aproximou-se dela, segurando o rosto dela com as duas mãos, limpando com os polegares as lágrimas quentes e teimosas que escorriam pelas bochechas da moça. -- Porque é verdade... Eu te amo, S/N, e sei que nunca deixei de amar, nem por um segundo... Nunca amei ninguém como te amei, nunca nem cheguei perto de amar alguém como te amei... 

-- Então por que você não foi atrás de mim? -- A voz de S/N estava difícil de sair e soava embargada. As mãos quentes de Jon em seu rosto eram um misto de conforto e provocação. 

-- Por puro medo... Eu morria de medo de ir atrás de você e destruir algo que você pudesse estar construindo em Nova York... Não queria ser o motivo para que você não corresse atrás de seus sonhos... E eu sabia que você ainda estava chateada comigo, e com razão... Mas eu não devia ter te deixado ir embora... Não sem antes dizer tudo isso que estou te falando agora... Então, aqui, nesta manhã fria, neste parque bucólico, eu quero que você saiba: S/N, você é a mulher da minha vida e eu te amo com todo o meu coração... Eu acredito que já mudei muito, mas, se você aceitar recomeçar comigo, eu prometo que irei mudar a cada dia para me tornar o homem que você merece...

Neste ponto, S/N já estava em prantos e, sem conseguir responder, agarrou Jon pelo pescoço e o abraçou apertado. O rapaz a embalava em seus braços, sentindo seus próprios olhos encherem-se de emoção. 

-- Eu também te amo, John... Eu também te amo... -- S/N respondeu, antes de capturar os lábios do jovem rapaz em um beijo apaixonado e cheio de emoção. 

Jon não poderia estar mais feliz, agarrando-a com força, temendo que ela pudesse escapar a qualquer momento caso ele a soltasse. Seus lábios diziam muito mais agora que a beijava do que no momento em que falava sem parar. E, quando se soltaram, ofegantes e felizes, tudo parecia estar em seu devido lugar.

-- Só não pise na bola comigo de novo... -- S/N pediu, mais em tom de súplica do que de repreensão. Jon tomou a mão dela na sua e a beijou, sorrindo.

-- Nunca mais, eu prometo... Agora, vamos comer alguma coisa? Até me esqueci que eu tinha saído de casa mais cedo especialmente para fazer isso... -- O rapaz comentou de forma bem humorada. S/N riu e o puxou para mais um beijo. 

-- Adoraria... Onde você quer me levar para o nosso segundo primeiro encontro? 

-- Aonde você quiser, meu bem... -- Jon respondeu, olhando para ela sem acreditar no tamanho de sua sorte, caminhando ao lado dela, deixando-se ser conduzido. -- Aonde você quiser...

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Olá amiguersssss!! Eu estou um pouco enferrujada maaaaas estou de volta e é o que importa!! Espero que tenham gostado desse imagine, sei que as coisas escalonaram muito rápido, mas, é isso, eu sou pisciana, não consigo não dramatizar uma cena... É isso, espero que se encontrem bem e quero agradecer a todos que não desistiram de mim e continuam acompanhando o livro kjagdajshdkjashdk prometo que logo mais teremos novos capítulos!! Beijo beijo beijo!!