John Deacon #4
Este é o pedido da Rany0703 eee espero que gosteee <3 <3 <3 Mil perdões pela demora!
✨ 𝐘𝐨𝐮'𝐫𝐞 𝐌𝐲 𝐁𝐞𝐬𝐭 𝐅𝐫𝐢𝐞𝐧𝐝... 𝐁𝐮𝐭 𝐈 𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐘𝐨𝐮 ✨
Era 1970. As férias de verão finalmente haviam começado. S/N queria aproveitar aquele tempo para sair com seu melhor amigo de infância, John.
Acontece que os dois cresceram juntos e estudaram na mesma sala desde pequenos... Até se formarem no ensino médio e ingressarem na faculdade. Agora, os dois já não se viam todos os dias e, conforme suas rotinas iam se tornando mais e mais apertadas, estavam conseguindo se ver ainda menos. Portanto, ambos estavam ansiosos para aproveitar aquele mês de descanso na companhia um do outro.
Era uma tarde quente de sol e os dois amigos estavam sentados no meio fio da calçada, tomando sorvete, do mesmo modo que faziam quando eram mais novos. Conversavam amenidades e um clima agradável se formava entre eles.
Pensavam em como era incrível como a amizade deles não havia mudado em nada, mesmo sem aquela frequência de estarem juntos todos os dias. Mas, era natural que fosse assim, afinal, sempre foram como carne e unha.
Porém, algumas coisas mudaram, sim, durante todos estes anos de amizade... John havia se apaixonado por S/N. Não sabia direito como nem quando aquilo acontecera, mas sabia que amava aquela garota - não, aquela mulher - mais do que deveria. Justamente por saber que aquilo não deveria ter acontecido, John tentava reprimir tais sentimentos, afinal, tinha medo de perder a amizade dela.
Mas, tudo bem, ele pensava. Não havia com o quê se preocupar. S/N estava ali, ao seu lado, tomando sorvete e rindo de suas gracinhas, não estava? John ficava contente de estar ao lado dela e se contentava com a forte amizade entre eles.
Contudo, o inevitável aconteceu...
S/N conheceu pessoas novas na faculdade. Entre elas: garotos interessantes.
John descobriria isso naquela tarde quente como brasa.
O garoto contava à amiga sobre o violão que havia comprado com seu salário, quando uma sombra transpassou por eles e parou. John ergueu os olhos e viu um rapaz alto e sorridente parado ali, acenando de forma tímida.
-- Ei, S/N! Que coincidência te encontrar aqui! -- O moço cumprimentou, soltando uma risadinha. John franziu o cenho enquanto observava.
-- Oi, Sam! Como está? Este aqui é John, meu melhor amigo... -- S/N respondeu, apontando para Deacon ao seu lado, que lembrou-se de sorrir e acenou. O garoto respondeu com outro aceno.
-- Ah, prazer, John... Sou Samuel, mas pode me chamar de John... Estudo com S/N na faculdade... -- Ele explicou, dando mais uma risadinha. John precisou se esforçar para não franzir o cenho novamente. Seria indelicado.
-- Ah, sim... -- John retrucou e deixou a conversa morrer ali. Alguns segundos de silêncio constrangedor se instaurou entre eles, durante os quais John rezava para que Sam fosse embora, até que este pigarreou.
-- Bem, preciso ir agora... Meu pai está me esperando para cortar a grama... Mas, te vejo amanhã, S/N? -- Sam lançou um olhar cheio de expectativa para a moça e John sentiu-se um tanto quanto confuso e ansioso com aquela pergunta.
-- Ah, sim, claro! Nosso encontro... -- S/N respondeu e suas bochechas adquiriram um forte tom de rosa. John a lançou um olhar abismado mas conseguiu desfazê-lo antes que a amiga percebesse... Porém, seu coração estava acelerado. -- Até amanhã, Sam!
-- Até amanhã! -- Sam acenou. -- E tchau, cara! Prazer te conhecer!
O rapaz se afastou, dando uma última olhada por cima do ombro, acenando. Quando finalmente se encontravam longe do campo de audição dele, John deu uma tossida, chamando a atenção de S/N, que logo percebeu seu olhar indagador (e espantado, mas isso John rezava para que ela não percebesse).
-- Já sei o que você vai perguntar... -- S/N olhou para sua casquinha de sorvete nas mãos, as bochechas ainda coradas e um sorrisinho sem graça erguendo o canto de seus lábios. -- Que história é essa de encontro, não é?
-- Ora, mas é claro! Você sempre me conta tudo! Como eu ainda não estava sabendo disso? -- John reclamou numa voz afetada, fazendo S/N rir e dá-lo um empurrão de brincadeira.
-- Eu sei, eu sei... Não falei nada porque ainda não é nada certeiro... Conheci Sam no começo deste ano, somos amigos na faculdade e... Bem, ele revelou ter um grande interesse por mim e me convidou para sair nestas férias... Mas, sei lá, não sei se dará certo...
-- Por quê não? -- John perguntou, olhando-a de forma penetrante, mesmo que esta não o encarasse. John se surpreendeu ao perceber o quanto estava ansioso pela resposta da amiga.
-- Ah... -- S/N deu de ombros, ainda olhando para baixo, como se conferisse o próprio sorvete. -- Não sei se combinamos... Não sei mesmo se algo dará certo entre nós...
John engoliu em seco. Ele possuía duas opções naquele momento: ou dizia para S/N o que realmente queria dizer, que ele não achasse que ela e Sam combinavam e que, na verdade, ele estava apaixonado por ela e seria pior do que a própria morte vê-la com outro cara; ou encarnaria o bom melhor amigo e a encorajaria. Ele escolheu a segunda opção.
-- Pare de se preocupar tanto... Apenas vá e se divirta, se for para ser, será... -- John respondeu e estranhou a própria voz. Havia um nó em sua garganta. S/N finalmente o fitou e sorriu.
-- É, acho que você tem razão... Como sempre... -- Ela riu e deitou a cabeça no ombro do moço, que sentiu o nó na garganta se apertar ainda mais. -- Obrigada por ser meu melhor amigo...
-- Imagina... -- John respondeu, a voz soando apenas um pouco mais alta que um sussurro, tentando ignorar as batidas fortes de seu coração conforme os fios de cabelo de S/N faziam cócegas em seu pescoço. -- Imagina...
*****
No dia seguinte, John acordou com dores por todo o corpo. Não havia dormido nada durante a noite, apenas ficou se revirando nos lençóis, pensando em S/N. Ficava se lamentando por nunca ter tido a coragem de dizê-la o que realmente sentia e pensava que agora seria tarde demais.
Porém, ele não conseguia imaginar sua vida sem S/N ao seu lado! Era impossível!
Quer dizer, de um jeito ou de outro, ele sabia que os dois estavam interligados pelo resto da vida. Mas ele queria poder tê-la de uma maneira diferente... Queria poder tomá-la nos braços e beijar aqueles lábios com os quais já sonhara tantas vezes desde sua adolescência. Queria poder dizer o quanto a amava e acordar todos os dias ao lado dela.
Ele a queria... Mas era tarde para tê-la...
E é por isso que John estava com um péssimo humor pela manhã e, sempre que pensava no encontro da amiga com aquele tal de Sam, seu humor só piorava mais e mais.
O sol já se fazia bem forte e alto do lado de fora e John tentou encontrar atividades para se distrair dentro de casa. Mas a distração não durou nem uma hora. Em pouco tempo, ele estava se sentindo sufocado e decidiu sair e dar uma volta.
Assim que se encontrou andando pela rua, acendeu um cigarro e o tragou com ansiedade. Sentiu um relaxamento instantâneo, mas nada que acalmasse seu coração.
Foi então que ele a viu...
Estava passando diante da praça e, com o canto dos olhos, viu aquela figura tão conhecida - ao lado daquela que havia conhecido no dia anterior. John estacou no lugar e olhou com mais atenção. Era ela, com toda a certeza. De pronto, o rapaz se escondeu atrás dum muro, para que a amiga não o visse. Seu coração estava acelerado e ele se encostou na parede de tijolos, respirando de maneira entrecortada.
Ele deveria ir embora, mas seus pés não se mexiam. Lá estava o amor da sua vida, nos braços de outro homem - quer dizer, ele não havia olhado por tempo o suficiente para saber se estavam se abraçando ou não. John queria olhar, estava curioso. Por isso, vagarosamente, inclinou-se por trás do muro, se segurando, colocando apenas a cabeça para fora... E observou.
S/N e Sam não estavam abraçados, mas conversavam de forma animada e John percebeu, com um aperto, que a amiga dava uma de suas gargalhadas. Ele estava muito longe para conseguir ouvir, mas sabia perfeitamente qual era o som daquela risada. Foi quando os olhos da moça se encontraram com os dele...
Ela a viu.
Ele sabia que ela o havia visto e reconhecido - o cenho franzido dela mostrava perfeitamente isso. Por isso, instantaneamente, John se recolheu para trás do muro, rezando para que ela ignorasse aquele fato ou até mesmo pensasse ser apenas algo de sua cabeça e...
-- John! O que você está fazendo aqui?! -- O garoto levou um susto quando S/N apareceu ao seu lado atrás daquele muro. Ela estava sozinha.
-- Caramba, S/N! Quer me matar do coração?! -- John colocou a mão no peito de forma dramática, ofegante. -- Que susto!
-- John! Você estava me espionando?! -- A moça tornou a perguntar, ríspida, colocando as mãos na cintura. -- Porque se for isso...
-- Não, não! Claro que não! Eu só... -- Ele parecia transtornado, passando as mãos pelos cabelos. -- Estava passando por aqui e te vi...
-- E se escondeu atrás do muro porque... -- S/N o olhava de maneira indagadora, fazendo gestos com as mãos para que ele se explicasse.
-- Porque... Porque... -- Diabos, ele não sabia o que dizer! Qualquer coisa... Qualquer desculpa... -- Eu não queria que você me visse...
-- Como é? -- A garota ergueu uma sobrancelha, tentando entender a situação. -- Por que raios você não queria que eu te visse?
-- Não queria atrapalhar seu encontro...
-- E por isso você decidiu ficar espiando por trás do muro... -- Ela o lançou mais um olhar sarcástico, cruzando os braços. John podia sentir suas bochechas se aquecerem e tornarem-se vermelhas.
Foi então ali que ele decidiu que não podia mais se conter. Poderia perder sua garota para sempre, mas pelo menos não perderia sua chance de falar. De repente, parecia crucial que ela soubesse sobre seus sentimentos.
-- Tudo bem, escute... -- John respirou fundo e a fitou de maneira grave. -- Essa foi uma das piores noites da minha vida. Não conseguia parar de pensar em você nos braços daquele tal de Sam... -- Ele fez um gesto, indicando a praça onde o rapaz mencionado esperava pacientemente pela volta de sua companhia. S/N o olhava sem entender. -- Acordei péssimo e decidi dar uma volta... Então encontrei vocês e... E eu simplesmente não consegui ir embora, não sem antes ver se eu havia perdido minha chance para sempre...
-- John, o que quer dizer?
-- O que quero dizer, minha cara amiga, é que eu te amo! -- John disparou, o rosto ainda mais vermelho, mas não de vergonha. Não, ele não estava com vergonha. Ele estava com calor. Estava desesperado para colocar tudo aquilo para fora. -- Eu te amo de uma maneira que não deveria amar. Te amo desde meus 15 ou 16 anos, não sei bem quando começou... Mas eu te amo e sei que sempre amarei, o que pode ser um pouco inconveniente, na verdade. Mas eu te amo e... E... É isso... Aproveite seu encontro!
Então, sem mais nem menos, John virou as costas e saiu correndo pelo caminho que chegou até ali, ignorando o "John" abismado que saiu dos lábios de S/N. Ele reparou, com assombro, que estava se sentindo muito mais leve agora, como se tivesse conseguido se livrar de toneladas que a anos pesavam em seus ombros. Permitiu-se sorrir enquanto acendia mais um cigarro e regularizava os passos até sua casa. Não havia olhado para trás e nem tivera tempo para ver o rosto de S/N, mas, naquele momento, aquilo não importava. Ele havia dito tudo o que queria dizer...
Antes de chegar em casa, John pensou com seus botões: estava um dia bonito e quente. Decidiu dar uma volta no parque, sozinho com seus pensamentos. Precisava organizar sua mente para que depois, nas horas seguintes, quando finalmente voltasse a si e se arrependesse daquilo que havia feito, não surtasse de vez.
Ele calculou ter se passado uma hora, mais ou menos, quando decidiu voltar pra casa realmente.
E qual não foi seu espanto ao ver S/N sentada nos degraus diante da porta de entrada... Ela parecia um pouco transtornada e cansada, mas sorriu sutilmente ao ver o amigo se aproximar. John diminuiu o ritmo dos passos e sentiu-se hesitante, mas não parou.
-- Ei, John... -- S/N cumprimentou, levantando-se.
-- Oi... Pensei que ainda estaria no encontro... -- O moço constatou, cauteloso, parando a uns três passos de distância da amiga. Ela deu de ombros e chutou uma pedrinha da calçada.
-- Não combinávamos tão bem assim... -- Ela respondeu simplesmente, deixando John intrigado.
-- Ah... Sinto muito... -- Ele desviou os olhos, tomado pela ansiedade daquele momento. Havia uma energia muito estranha se formando entre eles. Era como se os dois possuíssem um milhão de coisas para falar mas, simplesmente, não sabiam como botar pra fora.
-- John... -- S/N chamou e o moço ergueu os olhos para ela. Então, ela se aproximou devagarinho, diminuindo a distância entre eles. Ela pegou a mão dele e o toque enviou arrepios por todo o corpo do moço. S/N foi se aproximando, até que... O beijou com suavidade, apenas roçando os lábios sobre os dele. John fechou os olhos, apertando a mão da moça na sua. -- Eu também te amo...
Então, um sorriu para o outro, como se finalmente o universo tivesse entrado nos eixos e, sem dizer mais nada, se perderam num beijo mais profundo, se abraçando de maneira apertada.
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Oooooi, gente, como estão?? Primeiro imagine de 2023 aqui, hehehe, feliz ano novo, inclusive!! Sei que faz mais de 10000 anos que não posto nada (Raulzito nem era nascido ainda da última vez que postei), por isso, mil perdões pelo sumiço!! Espero que estejam todos bem eeee espero conseguir atualizar mais do livro ainda hoje!! Beijão desta autora que ama tanto vocês!! Espero que gosteeeeem <3 <3 <3
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