Estou sentado na mesa, observando Ran deslizar graciosamente pela barra de poledance, capturando a atenção de todos ao seu redor. A música pulsa através das paredes da boate, mas meus olhos estão fixos nele, cada movimento hipnotizante. Ele é uma obra de arte em movimento, uma sinfonia de elegância e sedução.

Quando a apresentação termina, Ran caminha até a nossa mesa, com seus olhos brilhando com uma mistura de excitação e satisfação. Ele se aproxima de mim, e eu sinto um sorriso se formar em meu rosto.

— Você foi incrível, como sempre. — digo a ele, fazendo um gesto para que se sente ao meu lado.

Ele sorri de volta, os olhos radiantes.

— Obrigada, Smiley. Eu sempre faço o meu melhor.

A noite continua, e eventualmente, o fim do expediente do Ran se aproxima. Ele se despede de alguns colegas e se prepara para sair. Eu me levanto e me aproximo dele.

— Me deixe te levar para casa. — digo, com minha voz cheia de uma preocupação sincera.

Ran olha para mim, surpreso, mas logo um sorriso suave se forma em seus lábios.

— Você não precisa se preocupar comigo, eu vou embora com o Rindou geralmente.

— Eu insisto. — respondo, colocando uma mão suavemente em seu ombro. — Quero ter certeza de que você chegue em casa em segurança.

Ele acena com a cabeça, aceitando minha oferta. Saímos da boate juntos, a noite de Tokyo brilhando ao nosso redor. Abro a porta do carro para ele e ele entra, sorrindo agradecido. Eu entro no carro e começamos nossa jornada.

Enquanto dirijo, sinto a tranquilidade da noite e a presença do Ran ao meu lado. Há algo especial em poder cuidar de alguém que você ama, em garantir que eles estejam seguros e felizes.

— Foi uma noite incrível. — digo, quebrando o silêncio confortável. — Estou feliz que tenha corrido tudo bem.

Ran ri suavemente, com sua voz cheia de um calor que me faz sentir ainda mais próximo a ele.

— Obrigado, Smiley. Eu realmente aprecio isso.

Paro no semáforo e aproveito a pausa para olhar para ele. Ele está abaixando o zíper da sua bota de couro com um suspiro de alívio.

— Está tudo bem? — pergunto, curioso e um pouco preocupado.

Ran me olha e sorri, mas há um leve desconforto em seus olhos.

— Sim, está. É só que usar bota de couro com espartilho é muito dolorido. Aperta muito a minha perna.

Eu aceno, entendendo.

— Imagino que deve ser difícil. Você faz isso parecer tão fácil lá em cima.

Ele ri suavemente, o som trazendo um calor ao meu peito.

— Obrigado. Mas é um sacrifício que vale a pena. Eu amo o que faço.

O sinal muda para verde e continuamos nosso caminho. Não posso deixar de admirar a dedicação e a paixão do Ran pelo seu trabalho. Ele é verdadeiramente incrível, tanto no palco quanto fora dele.

Enquanto nos aproximamos da casa do Ran, eu sinto uma paz interior. A noite pode estar terminando, mas nosso tempo juntos nunca parece o suficiente. Paro o carro em frente ao seu prédio, e ele se vira para mim, com os olhos brilhando na luz suave das lâmpadas da rua.

— Obrigado por me trazer para casa. — ele diz, com sua voz suave e sincera. — Rindou já deve estar em casa a essa hora. — ele diz e se aproxima de mim, me dando um beijo.

— Qualquer coisa por você. — respondo, sentindo uma conexão profunda enquanto ele sai do carro. Observo enquanto ele entra no prédio, me sentindo satisfeito por saber que ele está seguro. É uma pequena coisa, mas cuidar do Ran me faz sentir completo.

A estrada está tranquila, com apenas algumas poucas luzes dos postes iluminando o caminho. Paro no semáforo, com o silêncio da noite preenchendo o carro. Meus olhos vagueiam até a minha mão no volante e, por um momento, eu simplesmente fico olhando para o meu dedo.

A aliança de compromisso brilha sob a luz fraca, um símbolo do que Ran e eu selamos. Penso na noite que passamos juntos, em como ele se tornou uma parte tão importante da minha vida. Um sorriso suave se forma nos meus lábios ao lembrar da sua risada, sua paixão, e a maneira como ele ilumina tudo ao seu redor.

O sinal muda para verde, mas ainda fico um segundo a mais, apenas apreciando o significado daquela aliança. É mais do que apenas um anel, é uma promessa. Uma promessa de estar ao lado dele, de protegê-lo, de amá-lo.

Eu respiro fundo, sentindo uma onda de calor no meu peito. Estou ansioso pelo que o futuro nos reserva, e determinado a fazer de cada momento com Ran algo especial. Com esse pensamento, acelero o carro, ansioso para chegar em casa, mas sabendo que, não importa onde eu esteja, enquanto tiver essa aliança, terei Ran sempre comigo.

Chego em casa e estaciono o carro na garagem. O som do motor se acalma, deixando apenas o silêncio da noite ao meu redor. Saio do carro e tranco a porta, caminhando até a entrada da casa. As luzes estão apagadas, e a casa está tranquila, como se esperasse meu retorno.

Entro no meu quarto e vou direto para o banheiro. Ligo o chuveiro e a água quente começa a cair, criando uma névoa no ambiente. Retiro minhas roupas e entro no banho, deixando a água lavar o cansaço e a tensão do dia. Enquanto a água escorre pelo meu corpo, não consigo evitar pensar no Ran.

Me lembro do seu sorriso, do brilho em seus olhos, e de como ele se movia graciosamente durante a dança. Penso em sua risada, e como ele consegue fazer qualquer lugar parecer mais brilhante e vivo. A água continua a cair, e eu fecho os olhos, deixando as lembranças preencherem minha mente.

Depois de um tempo, desligo o chuveiro e me enxugo. Visto uma roupa confortável e vou para a cama. O silêncio da casa é acolhedor, mas minha mente está longe, perdida nas memórias da noite que tive com Ran. Me deito na cama, e o travesseiro macio me acolhe. Fecho os olhos, mas as imagens do Ran continuam a dançar na minha mente.

Penso em como ele se tornou uma parte tão importante da minha vida. O peso da aliança no meu dedo é um lembrete constante da nossa promessa. Com um sorriso suave nos lábios, deixo que as lembranças me embalem, e lentamente adormeço, ansioso pelo próximo encontro com Ran.