Meu Irmão, Rindou Haitani
Me levanto do colo do Smiley, ainda sentindo o calor do seu corpo contra o meu. Ele olha para mim, curioso.
— Para onde você vai? — ele pergunta, inclinando a cabeça para o lado.
— Quero te apresentar alguém, amor. — respondo, com um sorriso misterioso. — Como você me apresentou seu irmão, agora é minha vez de apresentar o meu.
Smiley levanta uma sobrancelha, surpreso.
— Você tem um irmão?
Assinto com a cabeça, sentindo uma pontada de orgulho.
— Sim, tenho, ele se chama Rindou, é um ano mais novo que eu e ele é o DJ da Tokyo Light.
Smiley parece ainda mais intrigado.
— Ele é o DJ que todo mundo fala?
— Ele mesmo. — digo, acenando com a cabeça em direção à cabine do DJ. — Vou tentar trazer ele até aqui. — falo e deposito um beijo nele.
Caminho pela boate, desviando das luzes piscantes e da multidão animada, até chegar à cabine de DJ onde Rindou está comandando a música. A batida da música reverbera pelo chão, e posso sentir a energia da noite pulsando ao meu redor.
Chego perto do Rindou e faço um gesto para que ele tire os fones e se aproxime de mim. Ele olha para mim, curioso, enquanto ajusta os controles.
— Rindou. — digo, tentando soar acima da música. — Preciso que você dê um tempo e me acompanhe. É importante.
Rindou me encara por um segundo, avaliando a seriedade no meu tom, e então assente. Ele rapidamente deixa uma playlist rodando e se vira para me seguir.
Caminhamos juntos pela boate, com o som da música agora um pouco mais abafado conforme nos afastamos da cabine. Levo meu irmão até a mesa onde Smiley está sentado com seus amigos. Vejo os rostos familiares do Sanzu, Baji, Mikey e Draken, todos conversando animadamente.
— Rindou, quero te apresentar alguém. — digo, parando ao lado do Smiley. Todos os olhares se voltam para nós, e sinto um misto de nervosismo e excitação. — Este é Smiley, meu namorado. — digo, tentando manter a voz firme apesar da expectativa no ar.
Smiley se levanta com um sorriso caloroso, estendendo a mão para Rindou.
— É um prazer finalmente conhecer você, Rindou.
Rindou olha para Smiley por um momento antes de apertar sua mão.
— Prazer em conhecer você também, Smiley.
Sinto um peso sair dos meus ombros. A apresentação foi feita, e a aceitação do Rindou significa muito para mim. Todos ao redor da mesa começam a conversar novamente, agora com um novo tópico de discussão.
— Eu sei que pode ser um pouco inesperado. — digo a Rindou. — Mas Smiley é importante para mim. Portanto, desejo que vocês dois se deem bem.
Rindou dá um sorriso discreto e coloca a mão no meu ombro.
— Se ele é importante para você, então ele é importante para mim também. Somos irmãos, e é assim que funciona. — ele diz e sorri.
Eu sorrio, sentindo uma onda de gratidão e felicidade. Smiley pega minha mão e a aperta levemente, e sei que esta noite marca um novo começo para todos nós.
Me acomodo novamente no colo do Smiley, me sentindo seguro e confortável com seus braços ao meu redor. Rindou se senta em uma cadeira próxima e faz um sinal para um garçom, pedindo uma bebida. A música da boate continua a pulsar, mas nossa mesa parece um pequeno oásis de calma em meio ao caos.
Os amigos do Smiley começam a puxar conversa com Rindou, curiosos sobre sua vida como DJ. Sanzu, sempre direto, lança uma pergunta inesperada.
— Então, Rindou Haitani... — ele diz, se inclinando para a frente com um sorriso maroto. — Como é ter um irmão que dança poledance?
Rindou levanta uma sobrancelha, aparentemente pegando a pergunta de surpresa, mas logo sorri com seu típico humor.
— Bem... — ele começa, fingindo pensar seriamente. — É ótimo quando preciso de alguém para testar minhas playlists. Se a música é boa o suficiente para ele dançar, é boa o suficiente para qualquer um.
Todos na mesa riem, inclusive eu. Smiley aperta minha cintura, e sinto seu riso vibrando contra mim.
— Além disso... — Rindou continua, piscando para mim. — Ele sempre tem histórias incríveis para contar. E, sinceramente, é um bom lembrete para mim de nunca me desafiar a fazer o que ele faz. Eu definitivamente não tenho esse talento.
Sanzu ri alto e bate na mesa.
— Você tem um bom senso de humor, Rindou. E tenho que admitir, Ran realmente sabe como roubar a cena.
— Isso é verdade. — Smiley concorda, olhando para mim com admiração. — Ele é impressionante, em todos os sentidos.
Rindou levanta seu copo em um brinde.
— Ao meu irmão e ao homem que teve a sorte de conquistá-lo.
Todos na mesa levantam seus copos, e sinto meu coração aquecer com o apoio e carinho ao nosso redor. Esse momento, com Smiley e Rindou se dando bem, é mais do que eu poderia ter pedido.
— Não sou do tipo de me intrometer na vida das pessoas, mas Smiley, vou logo avisando e vou ser curto e grosso. — diz Rindou e olha para Smiley. — Ran é mais que um irmão, ele é como um pai para mim, entende? Portanto, eu não vou pensar duas vezes antes de fazer qualquer coisa com você caso você o traia, machuque ou faça qualquer outra coisa que não seja amá-lo e cuidar dele. Não vai achando que é só porque você tem muito dinheiro e que o meu irmão é um dançarino de poledance e criador de conteúdo adulto no OnlyFans que você acha que poderá fazer qualquer coisa com ele. Entendeu?
— Ran está em boas mãos, eu garanto para você.
— Espero. — ele diz e olha para Smiley sério.
Estou sentado no colo do Smiley, bebendo meu coquetel e apreciando a companhia dos amigos dele. A música pulsante da boate cria uma atmosfera animada ao nosso redor. Me sinto confortável e em casa, especialmente com o braço do Smiley ao redor da minha cintura, me mantendo firme.
— Então, Ran, como você se interessou por poledance? E por que começou a trabalhar com isso? — pergunta Draken curioso.
Dou uma risada e coloco meu copo na mesa, pronto para contar a história.
— Ah, essa é boa. Bom, tudo começou por pura curiosidade e um pouco de desafio pessoal. Eu sempre fui fascinado por movimentos corporais e pela ideia de expressar arte através da dança. Quando ouvi falar de poledance, pensei, "Por que não tentar?".
Os amigos do Smiley e Rindou me olham com interesse, e continuo.
— Mas, deixa eu contar como foi a primeira vez que fui a uma aula de poledance. Eu entrei na sala achando que seria fácil, sabe? "Só girar em volta de uma barra", pensei. — faço uma pausa para rir, e todos na mesa estão atentos. — A verdade é que eu não sabia nada. Nada mesmo. Eu me inscrevi em uma aula avançada por acidente. Então, lá estava eu, cercado por pessoas que sabiam exatamente o que estavam fazendo, enquanto eu... bem, parecia um peixe fora d'água.
Sanzu ri alto, e até Smiley não consegue conter o riso.
— Continue, isso está interessante. — diz Sanzu, animado.
— Então, o instrutor pediu para todos mostrarem um movimento básico. Pensei, "Ok, posso fazer isso", tentei girar em volta da barra, mas minhas mãos escorregaram e... caí de cara no chão. Foi vergonhoso demais. — a mesa explode em risos, e até eu estou rindo ao lembrar. — Foi uma catástrofe. Mas, em vez de me desanimar, aquilo me motivou ainda mais. Continuei voltando, aula após aula, até que finalmente consegui fazer os movimentos básicos sem cair. E, bem, o resto é história.
Rindou dá uma risada e levanta seu copo.
— Você sempre foi determinado, Ran. E veja onde isso te levou. Sou testemunha disso, pois vi todo o seu progresso.
Smiley beija minha têmpora e sorri.
— E agora você é incrível, amor.
— Sim, e tudo começou com uma queda desastrosa. — digo, rindo mais uma vez. — Mas acho que é isso que torna a jornada mais interessante.
— E você, Rindou, você sabe fazer alguma coisa além de ser DJ? — pergunta Baji casualmente.
Rindou solta um riso leve.
- A única coisa que eu sei é lutar jiu-jítsu e fazer espacate. — ele responde com um tom descontraído. — Poledance definitivamente não é comigo. Tentei uma vez, foi um desastre total.
Baji levanta uma sobrancelha, intrigado.
— Poledance? Você tentou?
Rindou ri novamente, lembrando do incidente.
— É, nossa casa, no quarto e no estúdio do Ran tem uma barra de poledance. Uma vez vi o Ran treinando e achei que podia tentar também. Foi um desastre épico, cara.
Baji não consegue conter o riso.
— Deve ter sido hilário te ver tentando isso!
Rindou balança a cabeça, ainda rindo.
— Nunca mais tentei desde então. Definitivamente não foi para mim.
— Você deveria ter me chamado para ver isso, Rindou. — Mikey diz entre risadas, mexendo o café. — Deve ter sido épico!
Rindou dá de ombros, rindo junto com eles.
— Foi vergonhoso, na verdade. Eu não tinha ideia do que estava fazendo.
Mikey cutuca brincalhão.
— E você nunca pensou em tentar de novo, Rindou?
Rindou balança a cabeça com um sorriso irônico.
— Nunca mais. Deixei isso para os profissionais, como o Ran aqui.
Solto uma risada novamente, balançando a cabeça enquanto bebo mais um pouco da minha bebida. É bom ouvir meu irmão se abrir assim, especialmente sobre algo tão inesperado quanto poledance. A camaradagem na boate é sempre assim, cheia de histórias e risos compartilhados.
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