Feliz Aniversário, Saiko
Enquanto ajusto o espartilho, sinto a pressão firme ao redor do meu torso. É sempre um pouco difícil e desconfortável no começo, o aperto constante me lembrando da estrutura rígida que estou usando. Respiro fundo, me ajustando ao aperto, ciente de que essa sensação inicial vai desaparecer em breve.
Termino de ajustar o espartilho, apertando os últimos laços com cuidado. O harness de couro já está perfeitamente posicionado, caindo sobre meus ombros e peitoral de forma provocante. Com um último olhar no espelho, abro um sorriso, satisfeito com o visual, e vou até a cama.
Me sento na beirada da cama e pego a bota de cano longo de couro, deslizando o pé dentro dela. O couro macio se ajusta ao meu tornozelo e panturrilha enquanto puxo o zíper para cima, sentindo a bota se moldar ao meu corpo. Repito o processo com a outra bota, cada movimento calculado para garantir que tudo esteja perfeito.
Com as botas devidamente colocadas, me levanto e me olho novamente no espelho, satisfeito com o resultado. A combinação do espartilho, harness e botas de couro cria uma imagem poderosa e sedutora.
Deixo meu quarto, ajustando a postura enquanto caminho pelo corredor, sentindo o espartilho firme contra meu torso e as botas de couro ajustadas aos meus pés. Chego à porta do quarto do Rindou e bato suavemente antes de entrar.
Rindou levanta os olhos do que estava fazendo no seu PC e me encara, com seu olhar percorrendo meu visual de cima a baixo, tomando nota do espartilho e do harness de couro.
— Para onde você vai assim? — ele pergunta, com uma mistura de curiosidade e divertimento em sua voz.
— Vou sair com alguns colegas de trabalho para comemorar o aniversário da Saiko. — respondo com um sorriso.
Rindou assente, ainda me observando com aquela expressão intrigada.
— Divirta-se. — ele diz, com um leve sorriso.
Dou um último aceno antes de sair, sentindo a energia da tarde à frente me chamar enquanto caminho pelo duplex e pego a chave do meu carro pendurado no porta chaves ao lado da porta e deixo o apartamento, sentindo a excitação da tarde se aproximando.
Fecho a porta do duplex e caminho pelo corredor até o elevador e aperto o botão para o subsolo. Assim que entro as portas se fecham, e a viagem é rápida, mas suficiente para ajustar os últimos detalhes do meu visual no reflexo espelhado.
Quando chego ao subsolo, caminho pelo estacionamento iluminado até meu carro, uma BMW 320i preta. Acaricio brevemente o capô antes de destravar as portas e entrar. O interior é familiar e confortável, e ao girar a chave na ignição, o motor ronca suavemente, uma promessa de potência e controle.
Manobro com precisão para sair do estacionamento, passando pelas colunas de concreto com facilidade. Ao chegar à saída, paro brevemente, verificando se está tudo claro, e então deixo o prédio, sentindo a liberdade da tarde se estender diante de mim enquanto acelero pelas ruas da cidade.
Ligo o multimídia e abro o Spotify, que já está pronto para tocar minhas músicas favoritas. Coloco meu celular no suporte de celular que tem no painel e procuro o contato da Saiko na lista. Assim que encontro, faço uma chamada de vídeo.
— Ran sua vagabunda! Como você está?
— Estou bem sua puta! — falo com um sorriso. — Já estou a caminho do seu aniversário. — digo animado, enquanto ajusto o retrovisor.
A imagem dela aparece na tela do celular, com um sorriso radiante iluminando seu rosto.
— Mal posso esperar para você, a maior puta e piranha da Tokto Light aparecer. Estarei te esperando, vagabunda.
— Estou quase chegando aí, puta, te vejo daqui a pouco. — respondo, com um sorriso igualmente animado.
— Estarei aqui, piranha.
Encerro a chamada de vídeo com Saiko e não posso deixar de sorrir ao lembrar do por que que ela me chama de "piranha". É porque ela sabe que já tive alguns relacionamentos e também alguns encontros casuais ao longo do tempo.
— Você é uma piranha, Ran! Sempre com alguém novo ou sempre pegando alguém. — ela costuma dizer, entre risadas, mostrando que é uma amiga que aceita e até admira minha maneira de viver.
Essa brincadeira entre nós mostra o quanto nossa amizade é baseada em confiança e aceitação mútua. É bom ter alguém com quem posso compartilhar minhas experiências sem julgamentos, apenas com muito carinho e humor.
Chego ao aniversário da Saiko, um salão de festas luxuoso que impressiona já pela fachada. Estaciono o carro no estacionamento e desço, sentindo o ar da tarde cheio de expectativa. Caminho até a entrada, onde uma atendente me recebe com um sorriso profissional.
— Boa noite, senhor. Pode me dizer seu nome e sobrenome para que eu verifique na lista? — ela pergunta.
— Ran Haitani. — respondo, confiante. Ela verifica a lista rapidamente e confirma minha entrada com um aceno de cabeça.
— Pode deixar seu presente aqui, senhor Haitani. — ela diz, indicando uma prateleira organizada com outros presentes. Coloco o meu presente ali, me certificando de que está bem posicionado.
Com tudo em ordem, entro no salão, meus olhos procurando imediatamente por Saiko. A decoração é impressionante, luzes suaves e uma música agradável no fundo, mas meu foco é encontrar a aniversariante. Caminho pelo salão, cumprimentando conhecidos, enquanto procuro pelo sorriso radiante da Saiko em meio aos convidados.
Finalmente, meus olhos encontram Saiko sentada em uma mesa próxima ao bar, cercada por amigos. Ela parece radiante, rindo e conversando animadamente. Quando ela me vê, seu rosto se ilumina ainda mais e, sem hesitar, ela se levanta e vem correndo na minha direção.
— Ran! Minha piranha favorita! — ela exclama, com os braços abertos, pronta para um abraço.
— Feliz aniversário sua puta. — respondo, abrindo os braços para recebê-la. Ela se joga em meus braços, rindo.
— Que bom que você veio! Não seria a mesma coisa sem você aqui. — ela diz, com aquele sorriso contagiante.
— Claro que eu vim. Não perderia seu aniversário por nada. — respondo, retribuindo o sorriso. — E eu comprei um presente bem especial para você.
— E você vem de brinde?
— Se você me pagar, eu venho de brinde.
— Piranha.
Saiko me puxa pelo braço com um entusiasmo que é contagiante.
— Vem, Ran! Quero te apresentar algumas pessoas. — ela diz, enquanto me conduz pelo salão até o bar.
Chegamos ao bar, onde uma mistura animada de rostos conhecidos e novos me cumprimenta. Saiko começa a fazer as apresentações.
— Pessoal, este é o Ran, meu melhor amigo.
Alguns rostos se iluminam em reconhecimento.
— Ran, esses são alguns amigos meus que você ainda não conhece. — ela diz, apresentando um grupo animado de pessoas. — Essa é a Aiko, o Kenji e o Yuri.
Cumprimento cada um com um aperto de mão ou um abraço rápido.
— Prazer em conhecê-los. — digo, sentindo a energia positiva do grupo.
Em meio às novas apresentações, também vejo alguns rostos familiares, colegas da boate onde trabalho. Eles acenam e vêm até nós.
— Ran! Que bom te ver aqui. — diz Mai, uma das bartenders da boate, enquanto me dá um abraço apertado.
— Ei, Mai! Tudo bem? — pergunto, sorrindo.
— A gente não se vê há algumas noites. — ela responde, rindo. — A boate está meio louca ultimamente. E você deu uma sumida.
— Dizemos que eu tenho milhares de clientes que eu tenho que realizar fantasias e desejos. — falo com um sorriso. — E recentemente, tenho um cliente bem safadinho.
— Quem?
— Nahoya Kawata, mas conhecido como Smiley.
Ela fica boquiaberta.
— Nahoya Kawata? Ele é dono de uma rede de hotéis de luxo e é milionário!
Dou de ombros, ainda sorrindo.
— Eu sei disso. Ele me paga muito bem para realizar seus desejos e fantasias.
Mai balança a cabeça, incrédula.
— Você é um sortudo, Ran. Deve ganhar muitos ienes por noite.
Dou uma risada leve.
— Talvez um pouco. Mas também trabalho duro para manter esses clientes.
Ela sorri de volta, admirada.
— Isso é verdade. Aproveite, então. Parece que você está em um ótimo momento, vadia.
Me sinto satisfeito e orgulhoso. A tarde continua animada, com conversas fluindo e risadas ecoando pelo salão. É uma sensação boa estar cercado por amigos e saber que meu trabalho está rendendo frutos.
Conversamos animadamente, compartilhando histórias e risadas. É um ambiente vibrante, e me sinto à vontade tanto com os novos amigos quanto com os antigos.
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