Epígrafe. Cast. Playlist. Nota.
Olá, gafanhoto!
Cá estou para fazer o que faço de melhor, perturbar.
A quem está chegando agora a este universo, coloque seu traje espacial e aproveite a viagem. A quem já esteve aqui antes, bem-vindo de volta ao nosso universo.
Antes de qualquer coisa quero deixar claro que não planejo repostar TOUP na íntegra, não descarto totalmente a possibilidade disso acontecer algum dia, mas por ora disponibilizarei apenas os primeiros capítulos reescritos.
Estou repostando principalmente porque a estética e escrita dos primeiros capítulos me incomodavam um tantito, leia-se: muito, pra cacete, mais do que cisco no olho.
Comecei a publicar TOUP no Wattpad por volta de 2016, naquela época eu não estava tão focada na parte estética do livro, tampouco tinha acesso às ferramentas que tenho hoje, sem mencionar a minha escrita. Verdade seja dita, as coisas eram um tanto quanto bagunçadas — reflexo dessa autora que vos fala? Talvez. Fato é que, embora eu goste de bagunça, ainda preciso encontrar algum sentido nela. Resumindo, meu intuito é meramente deixar as coisas um pouco mais agradáveis por aqui e dar a TOUP um pouco de dignidade livresca.
Outro ponto importante: todos estamos cientes de que a partir do momento que se publica um livro ele não é mais só nosso, que as palavras nele contidas passam a pertencer ao mundo. O que não significa que qualquer indivíduo tenha o direito de se apropriar delas — então, por favor, trate o meu trabalho como gostaria que tratassem o seu. Não estou pedindo nada demais, apenas respeito, que é o mínimo que um ser humano deveria ter por outro. Não usurpe, reproduza ou distribua qualquer trecho deste livro sem o meu consentimento.
Agora vamos aos avisos de sempre:
Quem me acompanha há algum tempo certamente já se deparou com esse tipo de nota nos meus livros mais recentes, todavia, como eles não estão mais disponíveis na plataforma e tem sempre gafanhoto novo aparecendo, aqui vai:
Eu não escrevo personagens perfeitos. Se você procura perfeição ou personagens politicamente corretos, sinto informar, mas não os encontrará neste ou em quaisquer dos meus livros. Eu não escrevo o que não leria, e eu não aguento mais do que dez páginas de um livro com personagens perfeitos — bocejos infinitos.
Pra ser bem honesta, 99,7% dos meus personagens literários favoritos são um conglomerado de defeitos ambulante, alguns possuem sérias falhas de caráter, outros nem caráter possuem, o importante é que todos eles parecem seres humanos reais: erram, acertam, falam groselhas, lançam bosta sobre os outros e bosteiam a si próprios.
Falando sério, eu não ligo para o fato de hatearem quaisquer dos meus personagens — até me divirto com isso, amo ler as impressões de vocês. O que me irrita é alguém se sentir no direito de ditar como devo ou não conduzir o meu trabalho, o que devo ou não escrever.
Sou perfeitamente capaz de lidar com críticas, mas existe um abismo imensurável entre crítica construtiva, que geralmente atenta para a minha escrita, estilo, erros de digitação, ortografia, falhas de roteiro e coisas do gênero, e critica sem nexo: o tipo de leite que o personagem W bebe; a textura do cabelo do personagem X que não parece macio o suficiente na foto; o avatar do personagem Y que tem cara de sujo; o outro que não é bonito ou feio ou jovem ou velho o suficiente; a etnia do personagem XY; a roupa do YX; o país em que a história se passa — a saber, deveria ser sempre o Brasil. Pessoal adora cobrar histórias que se passem no Brasil, mas deixam as novelas brasileiras de lado pra assistir serie gringa na Netflix. Sem falar que trocar Os Vingadores por Os Mutantes ninguém quer.
Sinto muito se estou soando rude, não é a intenção. Isso é mais uma precaução, quando estou em uma boa fase só relevo e dou risada desse tipo de crítica, mas se estou em uma fase ruim posso responder de forma hostil, e é isso que quero evitar, ser desagradável com algum de vocês por causa de comentários como os listados acima - sim, eu recebo mesmo esse tipo de comentário.
Entenda que não rola agradar a todos, se eu for escrever com o objetivo de agradar a gregos e troianos terminarei por não agradar a ninguém, nem a mim mesma.
C. S. Lewis disse que não encontrava as histórias que ele gostaria de ler, então ele mesmo tinha de escrevê-las. Se o que eu escrevo o incomoda, por favor, apenas procure outro livro para ler ou tente escrever o seu próprio. Se eu sou capaz de escrever um livro, qualquer pessoa pode fazer o mesmo e mil vezes melhor. Seja como for, mantenha o respeito.
Mudando de assunto.
Este livro abordará temas sensíveis — sim, aqueles com os quais a maioria das pessoas finge se importar durante todo bendito mês de setembro, mas opta por empurrar para debaixo do tapete e ignorar no restante do ano.
Palavrões — def. palavras grandes, palavras grandiosas, geralmente usadas para expressar raiva, desagrado, alegria, entusiasmo, tristeza, frustração... Têm mil e uma utilidades, servindo inclusive como repelente de bocós;
Linguagem imprópria — nenhuma linguagem é imprópria; o problema não está na linguagem, mas em quem não sabe onde, como e quando usar determinadas palavras. As palavras existem para serem usadas, caso contrário morrerão. Não seja um assassino de palavras!
Drogas lícitas — só os personagens... e a autora;
Violência — método que utilizarei para responder a quem vier dar pitaco no cabelo do X ou reclamar da embalagem do leite que o Y toma;
Bullying — no grau máximo.
Agressão — meus erros de ortografia contam?
Nós de camisa — quem leu a primeira versão sabe do que se trata; quem não leu vai ficar sem saber ;)
Gatilhos emocionais — sonho com o dia em que as mentes incautas se abrirão e compreenderão finalmente que toda e qualquer coisa pode ser um gatilho emocional, até uma folha em branco;
Naah Floro — autoexplicativo.
Tenha em mente que a visão de mundo dos personagens, suas falas e ações não refletem a minha visão ou opinião particular.
Enorme obrigada a quem acompanhou a primeira versão de TOUP, cada palavra, cada momento compartilhado, cada teoria, cada surto significou um universo pra mim. Espero encontrá-los nos novos capítulos e torço para que curtam as mudanças.
Como este livro aborda temas como morte, transtornos mentais e suicídio, vou deixar este poema de que gosto bastante e que reflete um pouco da atmosfera de TOUP:
Ps.: tive que traduzir do original, tentei ser o mais fiel possível, embora seja de conhecimento geral que poemas não são traduzíveis.
Fique aqui.
Queijos.
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