O IDIOTA
Corro eu esse risco, por contra própria
De estar sendo repetitivo nesse assunto
Não que me importe ser eu minha cópia
Reprisando todo meu lixo misturado, junto
São meus, indo e vindo em mim, de dentro
Vocês, idiotas, expectadores empolgados
Que nos endeusam, fazendo-nos o centro
Do universo, como vosso sol, subjugados
Planetinhas que são, uns completos inúteis
Quantas voltas e quão prolixos devemos ser
Para fazer-vos parar de ler-nos? Já basta?
Passei da metade e ainda nem trouxe à tona
O tema idealizado e do qual vou me abster
Posso fritar-vos o cérebro e em pasta derreter
Essa massa cinzenta, como em estado de coma
Não irás saber o que eu aqui não vier a escrever
Mesmo eu, corro o risco de tudo o mais esquecer
Que eram movimentos peristálticos embrulhados
Revirando-se como pregos que me machucavam
O tédio do acordar, levantar, e de novo começar
Santo Deus, Senhor das causas irremediáveis
São Judas Tadeu, por que foi que tu me fudeu?
Fodeu? Fodes-te? Qual regra certa a aplicardes?
A vontade sempre foi essa, de chutar esse balde
De merda e vê-lo espalhar-se e cagar tudo, todos
Talvez daqui em diante veja-se que sou uma fraude
E que frases bonitas são flores que nascem do lodo
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