ABISMO
Sim, mestre, eu já encarei de frente o abismo
Intrépido e bufante, soltando faísca dos olhos
Os punhos fechados e dentes cerrados de ódio
Quem se rebelará e lutará comigo? O mesmo abismo?
Ou seus filhos e filhas, as erínias, fúrias e górgonas
Sombras e aves agourentas, tempestades turbulentas
Pavor e desolação, ou a morte? Que sem saber
Que é desejada, me persegue pelas calçadas
Nos becos e sarjetas, em bares, ruas sem saída
Abrace-me e beije-me, eu estendo os braços
E te aperto, te sufoco, com a gana que tenho
De me entregar inteiro e não fazer concessões
Render-me e fechar os olhos, desvanecer os pensamentos
Entorpecer os sentidos e me liquefazer
Qualquer delícia inebriante, alucinante
Que nenhuma droga ou prazer terrenos
Poderão jamais proporcionar à um humano
Não ao menos um que sinta, estando 'inda vivo
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