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A Morte também sente

Oii! Tudo baum?

Olha eu de novo. É, rsrs🤭

Primeiro, queria agradecer a kim_jeke1 por essa capa maravilhosa.

Muito obrigada 🥺
Boa leitura!!

                                     🌝🌚

Há alguns anos, eu fui feliz. Eu sentia... Algo. Eu vivi o que chamam de amor. Tem muito tempo, mas me lembro perfeitamente.

Foi tão... Intenso. Eu me sentia bem. Me sentia completo.

Nos conhecemos ainda jovens e vivemos juntos por um bom tempo. Nada nos separaria. Até por que, eu era 'pra sempre, ela era 'pra sempre, nós éramos 'pra sempre.

Ao nosso redor, tudo era vazio, não existia nada. Era o suficiente. Mas então, tudo começou. O nós foi deixando de existir.

O nosso vazio foi sendo preenchido e onde estava completo foi perdendo pedaços.

Os deuses quiseram mais. Criar mais, fazer mais, mandar mais. Então, criaram, dando a cada uma das criações, um propósito.

Mas isso tiraria minha paz. Isso destruiria o "nós". Preenchendo o vazio, acabaram com o nosso 'pra sempre. Nos afastaria. Quebraria o que era suficiente 'pra nós dois.

Eu não aceitaria, não ia deixar nada tirar de nós o que era tão essencial pro "nós" existir. Não acabaria assim. Eu não deixaria.

Mas ela não pensava assim. 'Pra ela, a vontade dos deuses vinha a frente da dela própria. Se assim eles quissesem, assim seria. Eu não julgava, entendia. 'Pra ela era importante obedecer aos criadores.

Mesmo que isso significasse o fim de nós dois.

Eu disse que entendia, mas não que concordava. Quando me foi informado, me enfureci. Quis contrariar. Não falei meus motivos, mas fui contra o tempo todo.

Desde então, algo novo, um sentimento diferente nasceu em mim. A raiva, a frustação, o ódio, o medo... Nomeie como quiser.

A partir daí, passei a ser visto como algo ruim 'pros deuses. Eles me rejeitaram, me ignoraram, então, me enfureci ainda mais. Só que, além de ódio, em mim também habitava tristeza, angústia. Saudade.

Dizem que fui corrompido. Os deuses, vulgo meus pais, se desesperaram. Mas não. Eu apenas encontrei um jeito de aliviar minha raiva, meu medo.

Desse jeito, eu não me sentia tão...

O jeito que encontrei, foi a destruição.

[...]

Como os deuzes queria tudo perfeito, dividiram tudo entre todos os filhos: Amor, Paixão, Alegria, Coragem, entre vários outros. A maioria, coisas boas.

Entre eles, uma das mais importantes: a Vida. O nascer. O início. Que eu não sabia com quem tinha ficado.

Eu não fiquei até o fim da reunião, não consegui. Por isso, fui renegado. Não fui escolhido nem pra um sentimento ruim.

Então, um novo dom nasceu. Fora do meu controle. Fora do controle dos deuses. Esse poder fincou raízes em mim, me afastou de todos. Era novo. Não planejado. Ruim.

Eu não estava na droga daquela reunião, então, não sabia muito detalhes. E quando descobri quem tinha ficado com o dom da vida, foi como uma alavanca 'pro que estava dentro de mim tomar conta como um todo.

Foi ela. Ela havia ficado com o dom que iniciava tudo. Ela, a outra metade do 'nós', era o poder da criação, a Vida, o começo.

Não me enfureci com ela, mas sim com os deuses. Por ter dado a ela algo tão... Pesado. Algo que ela talvez não conseguisse controlar.

Mas, o que mais doeu foi ver o que eu tinha me tornado. Foi ver o que a falta dela, ficar sem ela, fez comigo.

Foi ver que sem ela, eu me tornei algo ruim. Me tornei o oposto dela.

Ela se tornou Vida, eu, Morte.

Ela criava, eu destruía.

Já fazem séculos, mas me lembro como se fosse hoje. Dói como se fosse hoje.

Eu me lembro da angústia que apertou meu peito. Lembro da dor que se alastrou por mim, quando percebi que tinham conseguido. Conseguiram nos separar.

Preencheram o vazio.

Tiraram pedaços do que estava completo.

Destruíram o para sempre.

Quebraram o nós.

[...]

Os momentos que passei ao lado dela foram os únicos que posso dizer que fui realmente  feliz. Depois dela, nada nem ninguém me fez tão bem.

Mas eu já não podia fazer nada.

Nunca deixei de culpar os deuses por isso. Eu não era rancoroso, até me tirarem ela.

Se eu não podia ficar ao lado dela, se eu não podia amar, ninguém mais podia.

Não posso dizer que me orgulho muito disso, porém não me arrependo.

Quando descobriram o que eu fazia, os deuses quiseram me parar. Mas não podiam. Nem eu podia. Não estava no meu controle.

Em momento nenhum deixei de amar a Vida. E até hoje sinto raiva por terem nos separado.

Por isso trago destruição até hoje. Não me confirmo de que todas as criações de meus pais podem amar, podem escolher, quando eu não posso fazer-lo.

Não deixarei que vivam, amem, sorriam, sonhem sem saber que 'pra isso eu tive que abrir mão da minha felicidade.

Quê? Não é porquê sou a morte que não tenho sentimentos, ok?

Sim, eu causo caus até os dias de hoje por algo que aconteceu á séculos atrás. Vai julgar?

Mas nem sempre eu sou tão horrível assim.

Penso, que ao menos uma vez, vai valer a pena, alguém vai merecer. Se eu não pude, alguém poderá.

E, porque a Vida fica feliz quando faço isso.

Um exemplo:

Jimin e JungKook se conheceram ainda crianças. Não se deram muito bem no início, mas, com o tempo conseguiram conviver.

Até que meu irmão, a Amizade, resolveu agir. Um fofo.

Aos doze anos, os garotos já eram melhores amigos. Sempre juntos. Nesse ponto, varia de meus irmãos andavam com eles, Carinho, Proteção, Confiança, Respeito.

Até que um deles resolveu intervir, Amor.

À partir de então, passei a prestar mais atenção na duplinha. Os dois se gostavam, era nítido.

Algo na relação deles me deixava intrigado, eu só não sabia explicar.

Jimin era alguns meses mais velho que JungKook, e foi o primeiro a descobrir e enteder o que sentia.

JungKook sentiu com mais intensidade, desde que conseguiu entender também, fez de tudo pra que o outro percebesse.

Jiminja sabia. Via como o melhor amigo o olhava, sentia como o coração do outro acelerava quando o abraçava, sentia JungKook sorrir no abraço, ele sentia

Quando os dois completaram dezesseis anos, o pedido de namoro veio. De ambas as partes, pois os dois planejavam pedir e perguntaram ao mesmo tempo.

De longe, eu vi o quanto meus irmãos estavam contentes.

E ela.

Ela estava tão radiante. Estava tão feliz por ser a responsável pelo nascimento de mais um relacionamento lindo, que não resisti. Também fiquei feliz.

E por algum motivo, ela me viu. E sorriu pra mim.

Jimin e JungKook ficaram juntos e felizes por dois longos anos. Eles eram inseparáveis, tanto que eram quase um só.

Vendo o desenrolar da história deles, confesso que peguei certo apego. Os momentos deles me causavam uma boa sensação.

Como a vez que eles foram à um parque de diversões no aniversário de sete meses juntos.

Entraram de mãos dadas, sorrindo de orelha a orelha. Nesse dia, JungKook estava nerviso.

Na roda gigante, Jimin percebeu o nervosismo do outro e questionou. A mão dele suava.

Dentro da cabine, o mais velho percebeu o brilho nos grandes olhos de JungKook e soube que algo ia acontecer.

Naquela noite, JungKook disse " eu te amo" pela primeira vez. E entregou uma linda e delicada aliança 'pro namorado.

Depois desse dia, o maior entre os dois, pareceu triplicar. Ela lindo.

Outro momento lindo foi o aniversário de uma no de namoro. JungKook levou Jimin 'pra viajar, junto com mais cinco amigos.

Ficaram um fim de semana inteiro numa casa de praia alugada.

Sete pessoas, um coração.

E também quando o casal passou na mesma faculdade. A mais pura alegria.

No segundo aniversário de namoro, ambos com dezoito anos, saíram do país. Ali, Jimin não podia estar mais feliz. JungKook estava radiante.

Fosse em Tokyo, em Las Vegas, em Marte, do outro lado do universo, eles estavam felizes, contando que estivessem um com o outro.

Por quase três anos, continuou assim. Vida não podia estar mais feliz. As coisas não iam muito bem, mas com aquele casal, não tinha errado.

Mas, como dizem vocês humanos, nem tudo são flores. Eu tinha que fazer parte da história também, infelizmente.

No início, confesso, meu objetivo era cuidar dor, privar os humanos como foi privado, mas depois percebi que ninguém além dos deuses tinha culpa.

Mas não podia fazer nada. Tava escrito. Eu chego pra todo mundo.

Naquele dia, doeu tanto em mim quanto neles.

Jimin e JungKook estavam andando no centro, felizes.

Na verdade, a culpa não dói totalmente minha. Todos nós sabemos o quão horrível o ser humano pode ser.

Voltando; o casal estava no centro da cidade, passando um tempo juntos. Foram ao shopping, uma sorveteria e um pequeno parque.

Na avenida principal, JungKook percebeu um grupo de rapazes que os observando de longe, mas ficou quieto.

Só que não adiantou, eles dois foram parados pelos adolescentes, que fizeram piadas e tiraram a paciência deles.

JungKook foi empurrado e acabou caindo no chão, machucando as mãos. Foi chutado no rosto. Jimin tentei intervir, mas foi segurado por dois dos rapazes mais altos.

Eu juro, juro mesmo que queria interferir, ajudar Jimin e JungKook, mas não pude. A podridão do humanos foi mais rápida.

Por isso, resolvi acabar com isso de uma vez, os dois já haviam sofrido de mais.

Jimin foi o mais afetado fisicamente, espancando até perder a consciência. Desesperado, JungKook só não desmaiou também, porque não queria parar de olhar o rosto do amado.

Todos os deuses e não deuses ouviram as preces, rezas, orações e súplicas de JungKook, que gritava por ajuda a plenos pulmões. Mas já era tarde.

Quando a polícia apareceu, junto com uma ambulância, Jimin ainda estava desacordado e JungKook chorava sem parar.

No hospital, o desespero foi maior. O pai de Jimin estava lá, junto com os tios de JungKook e os amigos dos dois.

Os médicos fizeram de tudo, mas não adiantou, o garoto já estava comigo.

JungKook não aceitou. Mal esperou esperou o médico dar a notícia e correu UTI a dentro, invadindo o leito onde estava o corpo do namorado.

Gritou por ele, pediu pra que ficasse, que não o deixasse. Ao meu lado, Jimin chorava, muito.

Mas o que me levou fazer o que fiz depois, foi ouvir um terceiro choro. O choro dela. A Vida também chorava, observando de longe.

Então, pela primeira vez, pedi ajuda. Pedi pra que meus irmãos me ajudassem, que consolassem de sua forma ambas as famílias lá embaixo, não ia ser fácil.

Eu cuidei de JungKook.

Quando ele se deitou na maca ao lado do corpo do amado, beijando sua cabeça, apertando a mão gelada e sussurro "eu te amo", o trouxe pra junto à mim.

Pra junto à Jimin.

Então, ao meu lado, em algum lugar do universo, o abraço dos dois durou quase cinco minutos. Até eu pude ficar um tanto feliz por eles.

Me vendo de longe, minha amada teve orgulho. Suas criações, que nasceram pra ficarem juntos, não estavam mais separados.

Então, depois de séculos, ela chegou perto de mim novamente. E me abraçou. Fiquei tão surpreso que quase não correspondi ao afeto. Quase.

Assim, eu foi capaz de algo bom novamente. Pela primeira vez desde que o mundo é mundo. Causei caus, mas também reencontros, e não foi sozinho.

A história de Jimin e JungKook é uma das minhas preferidas. Mesmo depois de sofrerem tanto, o amor não morreu.

Acho que isso é que significa amar com alma. Assim como eu e Vida.

E de certa forma, eu ajudei num final feliz e pode ver o sorriso dela de novo.

                                      [..]

— ... E hoje mais uma tragédia. Um jovem de dezoito anos foi vítima de homofobia no centro da cidade. Jimin Park foi espancando por um grupo de adolescentes. Ele e o namorado passeavam pelas ruas do centro quando forma abordados. Jimin sofreu graves traumas devido as fortes pancadas que recebeu por todo o corpo, principalmente na cabeça e abdômen. O garoto não resistiu e veio a óbito à caminho do hospital.

" E nos foi informado que o namorado dele, JungKook, também veio a óbito. Os médicos não sabem aí certo a causa da morte do garoto, também de dezoito anos. Entrevistando algumas pessoas presentes no andar onde estavam os dois rapazes, ficamos sabemos que JungKook correu para o leito de UTI onde o corpo do namorado estava, se deitou na maca e não levantou mais. A morte dele está sendo investigada"

                                    🌝🌚

Acho que é isso.

Se você chegou até aqui, muito obrigada.
Qualquer coisa, algum erro, troca de letras ou palavras, pode comentar que eu irei corrigir.

Até a próxima 😘

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