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Prólogo

Se tinha alguém daquela escola que conseguia chamar a atenção até mesmo quando não queria, essa pessoa era Carolina Hoffmann, ou Nina, para os mais íntimos.

A garota de 12 anos não fazia por querer, mas alguém como ela jamais passaria despercebida. A menina nasceu superdotada, ela impressionava não apenas pela beleza, mas pela inteligência também, e isso era extremamente gratificante para ela, já que acabava tornando-se o centro do universo.

Seu tetravô, um imigrante alemão, foi notadamente conhecido como o fundador de Santa Esperança e primeiro administrador da cidade.

A loira era conhecida como a princesa de Santa Esperança, a herdeira da fortuna dos Hoffmann. O desejo de ser como ela era universal, afinal, além de bonita, rica e inteligente, Carolina Hoffmann se tornou uma lenda na escola.

Uma garota cruel e com ares de princesa da Disney. Tem como ser mais perfeita?

Ao seu lado, suas duas melhores amigas imitavam seus passos, como dois clones, enquanto caminhavam pelos corredores da enorme escola, arrancando suspiro dos garotos e admiração das meninas.

Ao notar a presença de duas novatas ocupando o lugar em que as três costumavam sentar, Nina fez questão de expulsá-las, sem a menor educação.

Pobres garotas, não imaginam o risco que correram ao se sentarem no lugar preferido do trio.

Carolina rolou os olhos para a falta de noção daquelas meninas. As duas novatas, que haviam ingressado na melhor escola da cidade após conseguirem uma bolsa de estudos, tiveram muita sorte, pois Nina não estava em um de seus piores dias.

— Tem certeza que precisa mesmo fazer isso, Nina? — Lara comentou com sua voz adocicada. Apesar de fazer parte da realeza adolescente da escola, seu comportamento não era igual ao de suas amigas.

Sem responder, Carolina afundou na cadeira e tirou seu iPhone de dentro da bolsa Hermès, estava farta de conviver com quem não pertencia à sua classe social.

— Seria ótimo se a escola voltasse àquele sistema antigo. — Carolina falou, se referindo às regras que regiam o colégio a alguns anos atrás, onde as salas dos bolsistas era separada da turma onde estudavam os alunos que pagavam suas mensalidades.

Obviamente o desempenho dos alunos bolsistas foi muito superior ao dos pagantes. Os riquinhos de Santa Esperança não precisavam viver para os estudos, já que seus futuros empregos estavam garantidos, graças a influência de seus pais.

Foi após notar o alto índice de aprovação dos alunos bolsistas em boas universidades – enquanto os que pagavam não se saíam tão bem no vestibular –, sem contar o fraco desempenho acadêmico dos pagantes, que a diretora resolveu unificar as turmas. Daquela forma os adolescentes pertencentes à chamada elite do colégio não passariam tanta vergonha.

— Sentiu minha falta, Nina? — aquela voz. Ah, aquela voz! Carolina estremeceu ao escutá-la. A única pessoa daquela escola capaz de lhe tirar do sério – além dos demais bolsistas, é claro – estava dirigindo a palavra a ela, algo que a menina ordenou para que não fizesse.

Com um sorriso provocador estampando seu rosto, ele mascava o chiclete enquanto encarava Nina.

— É Carolina pra você. — Pontuou, com seu típico tom de voz rude quando quer demonstrar desprezo por alguém. — Eu jamais sentiria sua falta, aliás, pensei que já tinha sido expulso, já que alguém como você, não merece estudar em uma escola como Sagrada Esperança.

Ela não mediu as palavras ao soltá-las ao vento, fazendo com que atingissem em um golpe certeiro os ouvidos de Ravi. Nina se arrependeu momentaneamente por falar aquela última frase, apesar de odiar o garoto de sardas e cabelos castanho escuro, ela sabia que havia sido rude demais com ele. Por um instante, até passou pela sua cabeça pedir desculpa, mas ao lembrar de quem se tratava, essa ideia se esvaiu de sua cabeça.

Ravi Brunelle sempre odiou a Nina, fazendo os dias da garota dentro daquela escola um verdadeiro inferno. Ele era o único ser humano na face do universo que tinha coragem para enfrentar a pequena megera, como no dia em que trancou a garota dentro do banheiro feminino, fazendo com que ela perdesse a aula de matemática – algo que seria péssimo para a reputação de Carolina Hoffmann, a menina perfeitinha do Colégio Sagrada Esperança.

Em uma outra oportunidade, ele jogou tinta no vestido de aniversário caríssimo da Nina, a garota chorou a semana inteira por ter tido sua festa arruinada. Sem contar no vexame que a fez passar, quando espalhou para a escola inteira que ela era apaixonada pelo Miguel, seu melhor amigo. Bem, Ravi não mentiu, exatamente, Carolina realmente nutria uma paixão secreta pelo garoto, mas ninguém precisava saber disso, afinal, ela é Carolina Hoffmann, a garota que todos os meninos querem, mas nenhum tem o prazer de conquistar.

Voltando aos dias atuais, a expressão no rosto de Ravi não era das melhores, o garoto parecia querer voar no pescoço da menina, mas a sua vó lhe ensinou a nunca bater em garotas, em quem era mais fraco, mais forte, mais novo ou mais velho que ele. Na realidade, ela ensinou ao garoto que não podia bater em ninguém, mas agredir uma menina seria um tremendo ato de covardia.

Mas o garoto não deixaria os insultos da patricinha passarem batidos. Não dessa vez. Desde que conseguiu uma bolsa de estudos no Sagrada Esperança, há dois anos atrás, ele precisa lidar com as ofensas e humilhações constantes de Nina, sempre tentando responder a altura, não seria dessa vez que ele simplesmente viraria as costas e deixaria a garota sair vitoriosa, como sempre acontece.

— Sabe o que eu mais gosto em você, Alteza? — o garoto se dirigiu à Nina, deixando-a sem compreender o motivo de sua pergunta. Todos sabem que não existe nada na loira que ele goste. Ravi odeia Nina, ódio recíproco.

Nina encarou os olhos castanhos de Ravi, tentando não demonstrar medo, mas ela sabia que no fundo não poderia confiar em seu maior inimigo.

É importante estar sempre a postos em uma batalha, já esperando pelo pior para saber como reagir.

— Seu cabelo. — Ele respondeu, fazendo com que ela ficasse ainda mais confusa. Afinal, o que ele estava planejando? — Você deve usar os shampoos mais caros do mercado — continuou — seria muito mal da minha parte se eu colasse esse chiclete nos seus perfeitos cabelos dourados?

Ele tirou o chiclete da sua boca, que já estava em uma cor desgastada de tanto mascar, o que fez com que a patricinha fizesse uma careta de nojo.

Nina estreitou os olhos para ele.

O garoto não se atreveria.

— Você não se atreva. — Com os olhos acinzentados arregalados, isso foi tudo o que ela conseguiu responder.

— Tarde demais, Carolina.

Quando Nina deu-se conta, o chiclete cheio de saliva do garoto que ela mais odeia, estava grudado em seu cabelo perfeitamente arrumado.

Ela não ia chorar. Definitivamente, ela não ia chorar. Não daria esse gostinho para Ravi.

Mas só de imaginar a saliva do garoto adentrando alguma mecha de seu cabelo, ela sentia repulsa.

A sua turma de protetores logo tratou de se aproximar da menina, para consolar a garota, que não sabia se chorava ou se voava no pescoço do garoto.

Nina levantou o rosto com um olhar furioso estampando sua face e, absolutamente ninguém gostava de ver Carolina Hoffmann furiosa, exceto Ravi, é claro, que por algum motivo sádico, adorava atiçar a fúria da menina.

— Eu odeio você. — Apesar de tentar conter as lágrimas, algumas gotinhas inconvenientes caíram sem pedir licença. — Você é a pior pessoa que eu conheço. Espero que você seja expulso dessa escola.

— Pois saiba que eu também odeio você e tenho todos os motivos para isso. — Ele sibilou, sentindo olhares furiosos dos seus colegas em cima dele, afinal, todos ali eram defensores de Nina Hoffmann, quanto ao Ravi, bem, ele era apenas mais um bolsista insignificante para os demais alunos.

— Some da minha frente, olhar pra você me dá ânsia de vômito.

As lágrimas de Nina continuavam rolando pelas suas bochechas magras e rosadinhas, enquanto ela encarava, em total desespero, o chiclete colado em seu cabelo.

Não era apenas o chiclete, mas ela sabia que caso seu pai descobrisse que a garota brigou na escola, ela ficaria de castigo por, no mínimo, duas semanas. Uma Hoffmann precisa ser exemplo de boa conduta.

Pior do que ter um chiclete grudado em seu cabelo, era ter a saliva do seu arqui-inimigo impregnada nos fios dourados.

Completamente furiosa com o garoto, Nina passou por ele, o empurrando com toda sua força, proveniente da raiva que sentia. Apesar de cambalear e tropeçar em uma cadeira, ele não foi ao chão, por pouco.

A menina caminhou direto para a porta de saída da sala de aula.

Ela precisava dar um jeito naquilo, antes que a aula começasse. Talvez o óleo capilar que sempre carregava em sua mochila fosse uma boa opção.

A vantagem de estar sempre prevenida.

Enquanto na sala de aula, palavras como “aquele garoto é um monstro" e “não sei como um delinquente como ele estuda nessa escola” foram as mais ouvidas por ele.

Obviamente não seria para tanto, mas Ravi mexeu com a pessoa errada.

Apesar de já ter se acostumado a ser tratado de forma indiferente pelos seus colegas, Ravi saiu furioso da sala de aula, chutando tudo o que encontrava pela frente. Definitivamente, ele odiava seus colegas e queria se livrar daquele lugar o mais depressa possível.

Se não fosse a promessa que fizera a sua mãe...

Miguel, um dos inúmeros defensores da patricinha, que acompanhou a amiga até a saída da sala de aula, tentava confortar a menina.

— Não liga pra aquele garoto, minha loirinha, ninguém da escola gosta dele — disse o garoto de pele bronzeada e olhos claros — seu cabelo não vai precisar ser cortado, você vai ver e, ele vai levar uma baita bronca da diretora.

Nina adorava a companhia do garoto, para ela, ele era a melhor pessoa daquela escola inteirinha. Por um instante, a patricinha até esqueceu que havia um chiclete em seu cabelo.

— Obrigada, Miguel, você é mesmo um anjo na minha vida. A sua mãe escolheu bem o seu nome. Nome de anjo.

Nina abriu um sorriso, mostrando seus dentes perfeitamente banquinhos e alinhados. Apenas Miguel seria capaz de arrancar um sorriso da garota, algo que todos os seus colegas tentavam fazer.

Para Nina, Miguel era diferente, ele era um bom amigo que a protegia sem pretensões, se conhecem desde os três anos de idade, já que suas mães são amigas de longa data e mesmo ainda sendo jovens, ela tinha certeza de que um dia, os dois formariam um casal, não apenas de amigos.

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