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VERMELHO DA PAIXÃO


Participação no Concurso de Contos ColorStar, no Wattpad,  em 2020.

** Gatilho: erotismo **

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VERMELHO DA PAIXÃO

L.H. Lourenço


O professor do curso de Marketing explica a importância das cores na propaganda. Minha atenção está voltada para as lembranças do meu encontro com Red. Tal como seu nome sugere, ele é ruivo, de olhos azuis esverdeados e a força, o vigor, a paixão do vermelho está estampada em todo os seus quase dois metros de altura.

Quem é que resiste a essa cor vibrante, sanguínea.

Red tem o poder do fogo em suas veias, o entusiasmo e a atração do vermelho. Sou uma mulher que não me apego ao romantismo. Gosto de começar um relacionamento sabendo que ele tem prazo de duração. Eu quero é a ebulição do fogo da paixão correndo nas minhas veias. Quero sentir o sexo como um ardor de sol quente de verão queimando minha pele, trazendo-me o entusiasmo vital para ser feliz.

Meu primeiro encontro com Red foi no evento de lançamento de uma marca de roupas femininas. O cenário foi todo decorado em tons pastéis para contrastar com as modelos desfilando com roupas em variados tons de vermelho e alaranjado. Um espetáculo! Eu precisava entrevistar o estilista para a matéria que seria publicada na revista da editora para qual trabalho. Red também estava realizando seu trabalho de fotógrafo do evento. Nós nos esbarramos devido ao tumulto de repórteres ávidos por um pouco de atenção da celebridade do momento. Meu material de trabalho caiu todo no chão e ele, gentilmente, abaixou-se para me ajudar a recolher os objetos esparramados no piso, evitando que fossem pisoteados pela agitação em volta. Suas mãos grandes e amorenadas pelo sol tocaram meus tornozelos acidentalmente e seus olhos se ergueram lentamente observando minhas pernas expostas pelo mini vestido, subindo como um exame de raio X por todo meu corpo até se fixar em meus olhos. Levantou-se e ficou em frente a mim sem perder o contato visual. Entregou-me as coisas que havia pego, colocando-as em minhas mãos. Seu pedido de desculpas foi murmurado com uma voz baixa e rouca, acompanhado de um convite para tomarmos algo após a sessão de entrevistas. Minha visão estava fixa nos seus lábios carnudos, vermelhos e emoldurados por um cavanhaque tão ruivo quantos seus cabelos.

Havia alguma chance de eu recusar? Nenhuma. Saímos dali direto para um boteco famoso por seu chopp gelado e petiscos deliciosos. Passamos horas conversando e apreciando a noite que estava iluminada por uma enorme lua vermelha, a famosa Lua de Sangue, que os supersticiosos tanto temem por relacioná-la a eventos ruins. Naquele momento, nada de mal poderia me acontecer, visto que eu me achava totalmente envolvida pelo monumental ruivo com voz de trovão. Seus olhos azuis me devoravam e o calor tomava conta de mim. Era madrugada e o dono do bar veio nos avisar que iria fechar. Era claro que nenhum de nós dois queria que o encontro terminasse, mas tínhamos compromissos com nossos empregos no dia seguinte. Marcamos de nos vermos novamente no final de semana. Somente esses pensamentos que ocupam minha mente neste momento.

O que eu sei sobre esse deus grego que me excitou só com seu olhar? Tão ofuscada estava com sua energia vibrante que me esqueci de perguntar seu verdadeiro nome, seu local de trabalho. Nem seu número de celular eu sei, pois ele pediu o meu e ficou de me ligar para combinarmos nosso novo encontro. Será que ele vai mesmo me ligar? E se ligar, devo me deixar levar por essa luxúria com esse "homem vermelho", por essa emoção que tomou conta de meus dias e dos meus sonhos desde que o conheci.

É sexta-feira e meu celular toca. Número desconhecido. Atendo e ouço aquela voz que faz os pelos do meu corpo se arrepiarem. Ele quer sair hoje à noite. O convite é para um jantar em um restaurante que ainda não conheço. Marcamos de nos encontrar no local. Chego em casa e vasculho meu guarda-roupa a procura de algo que combine com o evento. Quer cor eu escolho?

Passo um tempo analisando as opções.

Rosa? Não, muito romântico. Azul? Muito conservador? Verde? Meio imaturo. Preto? Básico demais. Vermelho? Sim, é este. Combina com o fogo e a excitação que estou sentido.

Verifico no aplicativo qual a distância do restaurante da minha casa. Opto por ir de táxi, assim posso beber e estar livre para, talvez, encerrar a noite de forma quente em alguma cama de motel.

Chego ao local no horário combinado. Meu vestido, curto e colado ao corpo, deixa minhas pernas descobertas e noto o interesse do motorista do táxi enquanto acerto a corrida. A porta ao meu lado se abre e vejo uma mão estendida para me ajudar a sair. Mesmo com saltos altíssimos, estou ainda uns vinte centímetros mais baixa que Red. Ele vira a palma da minha mão que está envolta pela sua e a leva aos seus lábios para beijá-la. Um gesto simples, mas com um significado tão evidente. O objetivo dele é me ter como sobremesa.

O local oferece tatames para os clientes se sentarem em volta da mesa. Faço um malabarismo para que meu micro vestido não me descubra totalmente. O restaurante oriental oferece uma noite especial para nós e isso inclui não apenas a comida deliciosa, mas também o ambiente que tem um clima aconchegante. A iluminação indireta feita por luminárias, as almofadas, velas, leques, bonsais, divisórias de bambu e tudo o mais que compõe a decoração, em tons vermelhos, brancos e pretos, é maravilhosa. Sinto-me à vontade com Red. Nossa conversa flui fácil e naturalmente. Red fala pouco de si, mas se mostra interessado em tudo o que diz respeito a mim. A bebida a base de saquê é leve na boca e o teor alcoólico é pouco perceptível, o que me faz beber mais sem perceber. Meu riso é fácil. Tenho certeza que toda minha postura, minha linguagem corporal, está deixando bem claro meu interesse em estar com ele no café da manhã do dia seguinte.

Red não desvia seus faróis azuis de mim. Eu noto o quanto seu olhar me examina e muitas vezes foca em minha boca. Ele parece salivar. Peço licença para ir ao toilette antes de irmos embora. Ainda bem que trouxe uma calcinha extra, pois a que estou usando está molhada da minha excitação. Faço uma higiene rápida e retoco a maquiagem, enquanto crio expectativas para o próximo passo. Ele ainda não disse nada sobre esticarmos a noite, porém é visível que deseja isso. Talvez esteja esperando que parta de mim a iniciativa.

Encontro-o ao meu aguardo próximo da saída. Sua mão enlaça minha cintura, enquanto nos encaminhamos em direção ao estacionamento. Sinto-me incapaz de lhe perguntar algo. Ele abre a porta para que eu entre e depois arrodeia o carro e senta-se no banco do motorista. Observo seus movimentos. Ele coloca a chave no contato, gira, mas não engata a marcha. Ouço o barulho do motor e as travas automáticas serem acionadas. Ele se vira para mim. A cor da sua íris está mais escura e todo aquele homem vermelho vibra paixão. Suas mãos acariciam meu rosto de forma delicada e depois seguram minha nuca, mantendo-me na posição que ele deseja. Seus lábios vão de encontro aos meus de forma possessiva. Já não há mais delicadeza em seu toque. A outra mão desliza pela minha perna e sobe em direção ao meu centro de prazer. Nossos gemidos são abafados pelo beijo. Meu batom vermelho deve ter borrado meu rosto pelo modo como ele suga meus lábios. Seus dedos me masturbam e me levam à loucura. Afasto um pouco seu rosto do meu e peço para irmos a um lugar mais privativo. Ele ruge uma palavra de aceitação e volta a dar atenção ao carro. Dirige com uma mão no volante e a outra na minha perna. Nosso diálogo, antes constante, agora é inexistente. Os sons são de suspiros e gemidos até chegarmos a uma garagem. Não a de um motel, como eu esperava, mas de um prédio de alto padrão em um bairro nobre da cidade.

Red estaciona em uma das vagas, sai do carro e vem abrir a porta para mim. Ele me puxa de encontro ao seu corpo e noto o quanto está excitado. Caminhamos de mãos dadas até o elevador. Observo ele acionar o botão do último andar. Um misto de excitação e medo me acomete. Um sinal de alerta vermelho parece piscar em minha mente e procuro relevar esse aviso. Chegamos ao seu andar. O elevador para em frente à porta do seu apartamento e ele a abre. Acende somente luzes indiretas, deixando o ambiente numa penumbra. O momento é de total expectativa para mim. Sinto seus braços me enlaçarem com força, colando-me ao seu corpo. Suas mãos deslizam pelas minhas coxas, subindo meu vestido e rasgando minha calcinha. Estou excitada e apavorada ao mesmo tempo. Onde fui me meter! Ele me levanta pelas pernas, fazendo com que elas enlacem sua cintura e caminha pelo apartamento adentro. Sua boca não deixa de depositar beijos pelo meu pescoço, dando pequenas mordiscadas e sussurrando palavras obscenas no meu ouvido.

No quarto há uma imensa cama. Parece ser maior que uma king size padrão. Ele me debruça sobre ela e abre minhas pernas, buscando com a boca minha intimidade. Os pelos grossos do seu cavanhaque arranham a pele sensível, causando-me um certo desconforto. Ou, talvez, meu medo levou embora toda a excitação.

Red se delícia com o sexo oral e parece não ter pressa para ir aos finalmentes. Sua língua se alterna com seus dedos na masturbação, o que me leva ao orgasmo. Ele interrompe suas investidas para se despir. É impossível não admirar o homem de dois metros de altura, em pé e nu na minha frente, com sua masculinidade libidinosamente à mostra. Ele é todo vermelho.

Ele abre a gaveta de um móvel e pega uma tira de camisinhas. Será que pretende usar todas hoje? Abre um envelope e protege seu membro enorme. Meus olhos se arregalam com a certeza de que não haverá espaço em mim para acomodar tudo aquilo. Vejo ele pegar outro objeto e custo a perceber que são algemas. Tento me levantar mais ele me impede e, com destreza, sou algemada na cabeceira da cama. Começo a gritar e ele, calmamente, diz que não há razão para eu ficar agitada e que vamos nos divertir muito. Continuo gritando e ele tapa minha boca com uma fita adesiva. Agora tenho certeza que estou perdida, sem saída. Red mexe na iluminação do quarto que se torna avermelhada. Uma música vibrante também se faz ouvir. Durante as horas seguintes, sou violentada de várias formas. Não há carinho ou delicadeza da parte dele. É um potro gigante cobrindo a fêmea escolhida. Meu corpo traiçoeiro, apesar do desconforto e da situação de abuso evidente, reage várias vezes em orgasmos fortes e longos. Estamos banhados em suor, um cheiro forte emana de nós. Red parece incansável e acabo consumida pelo cansaço.

Minha mente atordoada parece ouvir um insistente sinal sonoro distante. Aos poucos meus olhos vão se abrindo devido à claridade que entra pela janela. Saio daquele estado de sonolência quando me recordo de tudo o que aconteceu. Abro os olhos assustada e olho ao redor. Reconheço que estou na minha cama. Não há ninguém comigo no meu quarto. Lembro-me claramente de tudo que aconteceu. Toco meu corpo e noto que não há marcas ou lugares doloridos. Parece impossível, mas tudo não passou de um pesadelo. Olho pela janela e vejo o sol nascendo vermelho no horizonte. A cor me dá disposição e sinto-me protegida pela sua energia. Agradeço ao astro rei por mais um dia de vida. Levanto-me e vejo que minha roupa está suja de sangue. Menstruei!


Total de palavras do conto:  1947

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