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AQUELE MÊS DE MARÇO

PROJETO MDT – DESAFIOS DE CONTOS DE 2021  -  #desafio3

Temas: BALÕES – MÊS DE MARÇO  

** Gatilho: erotismo **

* * * * *

Esclarecimentos

O conto é um spin-off(1) do segundo romance da autora: Altamente Improvável!

A protagonista da história, Alexandra Toledo, já sexagenária, escreveu, em seu diário batizado de Mind, as lembranças da sua vida desde que tinha vinte anos, quando fez um tour pelo Oriente Médio, acompanhada de Julian Garcia, um ex-agente militar, contratado por seu pai, para lhe servir de segurança. Durante a viagem de quase um mês, ambos tiveram oportunidade de se conhecer melhor. Em certa ocasião, enquanto jantavam, Alexandra relata como foi maravilhoso o voo de balão que ela fez na Capadócia e Julian comenta que só esteve naquele lugar a serviço e não houve oportunidade de fazer passeios pela região.

Neste história, Alexandra Toledo decide retomar seu contato com Mind,  que estava adormecido dentro de uma gaveta, para narrar a experiência que viveu com Julian, naquele mês de março inesquecível, muitos anos após a primeira viagem ao Continente Africano.


Nota:

(1) Todo e qualquer livro que se origine de outro e não necessariamente seja uma sequência, podendo ser lido, inclusive, separadamente dos demais, é considerado um spin-off.


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AQUELE MÊS DE MARÇO

L.H. Lourenço


Março de 2055
Goiânia, GO


Mind, meu querido amigo, quanto tempo deixei você guardado na gaveta! Peço que me perdoe. Seria ilusão você achar que não senti falta das nossas conversas. É inegável o bem que você me faz! Contudo, muitos outros acontecimentos se sucederam nos últimos anos, desde que escrevi aquela última página e o tempo passou sem que eu percebesse. Felizmente, depois de tanto sofrimento, a vida permitiu que eu pudesse ter uma velhice tranquila e feliz ao lado da minha família.

Após seu retorno, Julian passou muito tempo internado e sofreu várias cirurgias para recuperar os movimentos das pernas. Foram anos de tratamento fisioterapêutico para ele retornar a andar. Nada disso foi um peso para mim, pois só há gratidão em minha alma pela benção de ter meu marido de volta. Nossos dias e noites, isolados em um quarto de hospital, foram recheados de conversas sobre tantos momentos inesquecíveis que passamos nos mais de quarenta anos de casados. Lembramos de tantas coisas, detalhes que, por vezes, ficaram esquecidos no nosso baú de memórias.

Em uma dessas ocasiões, relembramos uma viagem maravilhosa que fizemos, neste mesmo mês de março, vinte anos atrás. E foi para escrever sobre essa parte da minha história com Julian, que ainda não contei, que estou aqui, meu amigo.

Estávamos em meados de fevereiro de 2035. Saímos, eu e Julian, em um sábado de muito calor em Goiânia, para jantar em nosso restaurante preferido de comida italiana. Nessa noite perfeita, saboreamos uma deliciosa massa, tomamos um bom vinho e ouvimos músicas românticas.

Mind, a verdade é que mesmo depois de tantos anos de casados, cada momento como aquele era muito especial para nós. Enquanto conversávamos, Julian me surpreendeu com um presente. Aquela ocasião não era de uma data comemorativa, então, a princípio, fiquei surpresa e sem ação, tentando decifrar o segredo através de seu olhar.

― Abra, Ale! Diga-me se gostou.

― Julian, ainda não entendi qual o motivo deste presente, mas estou certa de que vou gostar.

Era uma caixa dourada, comprida, com um laço azul. Ao abrir, dentro havia um envelope com os dizeres "Senhor e Senhora Garcia" e o timbre da agência de viagem que pertencia a meu pai.

―Passagens? Para onde vamos viajar, Julian?

―Abra e veja. Não quero estragar a surpresa.

Com as mãos um pouco trêmulas de emoção, abri o envelope e descobri nosso roteiro.

― Turquia?

― Especificamente, a Capadócia. Finalmente, vou poder experimentar o voo de balão e apreciar toda aquela beleza ao seu lado. Gostou do presente?

Meus olhos ficaram marejados. Aquele homem tinha o dom de sempre me emocionar. Esqueci-me, completamente, que estávamos em um lugar público e enrosquei meus braços em seu pescoço, trazendo seu rosto para perto do meu, beijando-o apaixonadamente. Seus braços apertaram minha cintura, enquanto nossas bocas se devoravam, extravasando o amor que sentíamos um pelo outro. Julian foi o primeiro a perceber que ali não era o local adequado para tanta intimidade. Ele diminuiu a intensidade do contato, mordendo levemente meu lábio inferior e encostando sua testa na minha, ainda de olhos fechados, na tentativa de recuperar o equilíbrio.

― Ale, é melhor pedirmos a conta e irmos para um cantinho só nosso. Nossa noite vai ser longa, amor.

― Não vejo a hora de provar você, minha sobremesa.

Chegamos em casa em um estado de excitação, como se fossemos dois adolescentes. Subimos correndo as escadas que levavam à nossa suíte, quase tropeçando nos degraus.

Ah, Mind! Parecia que não nos amávamos há tempos. Mal fechamos a porta do quarto e já começamos a nos desfazer de nossas roupas, em um total desespero para conectarmos nossos corpos, sentir o roçar de pele com pele. Julian me suspendeu com seus braços fortes e eu enrosquei minhas pernas em volta de sua cintura. Ele me encostou na parede, prendendo-me de forma que fiquei a mercê de seus ataques. Seus beijos eram distribuídos pelo meu queixo, pescoço, clavícula e demoravam mais na região das minhas orelhas, onde estava meu ponto fraco. Ouvir sua voz sussurrar palavras indecentes no meu ouvido, intercalando beijos estalados e mordidas no lóbulo auricular, deixava-me em ponto de ebulição. Com uma das mãos, Julian me segurava firme e com a outra, massageava meus seios que ficaram entumecidos, estimulava os mamilos deixando-os sensíveis. Seus dedos deslizaram pelo meu abdômen até testarem minha intimidade e, percebendo que eu estava totalmente pronta, penetrou fundo, em uma estocada violenta que me tirou o ar. Meus olhos reviravam de prazer, enquanto ele esbanjava potência no seu movimento de vai e vem.

―Vem comigo, Ale. Vem gostosa. Quero ver você se entregar junto comigo.

Aquele comando do meu "James Bond" foi suficiente para eu sentir o orgasmo tomando conta do meu corpo, explodindo em mil sensações alucinantes. Percebi Julian acelerar o ritmo das estocadas até que seu corpo estremeceu por inteiro e meu nome saiu como um grito da sua garganta. Nossos corpos foram deslizando para baixo até nos sentarmos no chão, com a respiração ainda acelerada e o suor molhando o assoalho. Julian manteve seu rosto apoiado em meu pescoço por algum tempo até que o efeito do clímax amenizasse.

― Se pudéssemos viver mil anos, ainda assim eu a faria minha em todas as oportunidades que houvesse, Ale. Não existe outro lugar melhor para eu estar do que dentro de você.

― Considero-me uma mulher de muita sorte por ter meu marido ainda tão atraído por mim depois de vários anos de casados. Se comentar isso com algumas amigas, vou ser muito invejada.

―Nossa intimidade deve ser mantida entre quatro paredes, Ale. Nem todos os casais têm a sintonia que temos desde a nossa primeira vez. Quem nunca experimentou essa sensação de plenitude no contato íntimo dos corpos, jamais vai entender o que sentimos. Vamos tomar um banho para nos refazermos, porque ainda temos muito tempo até o amanhecer.

Enquanto estivemos imersos na banheira, ficamos nos acariciando e conversando. Julian também me colocou a par de seus planos para nossa viagem que aconteceria dali a quinze dias.

Em início de março, desembarcamos em Istambul pela manhã. Decidimos incluir a magia da maior cidade da Turquia em nosso roteiro. Com séculos de história, cultura e atrações únicas, dividida entre a Europa e a Ásia, a Turquia é um local inigualável e uma das viagens mais interessantes que se pode fazer pelo mundo. De Istambul a Capadócia, existem belas paisagens e passeios imperdíveis, sempre impregnados pela aura misteriosa do país.

Programamos passar quatro dias em Istambul, onde eu poderia visitar novamente locais que já conhecia de viagens anteriores, mas que agora teriam uma sensação diferente por eu estar com Julian.

Estávamos no final do inverno turco, que vai de meados de dezembro a meados de março, e a temperatura amena girava em torno de dezenove graus. Um clima muito agradável para caminharmos pela cidade.

Aproveitamos para jantarmos em um excelente restaurante, em uma localização espetacular, na cidade que foi capital dos impérios romano e otomano.

Existe algo mais romântico do que um bom jantar a dois? O clima entre meu marido e eu não poderia ser mais encantador. Experimentamos o Lüfer, um prato da cozinha local preparado com um ingrediente típico de Istambul, o "peixe azul do Bósforo", e Raki, um anis turco bem gelado, que costuma ser tomado acompanhando o jantar. Para encerrarmos, pedimos Baklava, um conhecido doce da Turquia com uma massa bem fininha e crocante, que vem encharcado de mel leitoso e coberto com pistache. Além de delicioso, é quase uma obra de arte!

O primeiro dia em terras turcas ficaria marcado para sempre. A noite em nosso quarto do hotel foi embalada pelos sons de nossos gemidos e dos corpos se amando.

Amanhecemos com um compromisso agendado. Uma sessão de relaxamento já é muito boa e fica melhor ainda se for a dois. O Banho Turco é um ritual típico da Turquia que tem várias fases: banho de imersão, esfoliação, massagem com óleos relaxantes e com pedras quentes. Tudo isso somado à companhia de Julian, foi indescritivelmente prazeroso. Como não amar esse homem que dedicava sua vida a me fazer feliz.

Todas essas recordações  estão tão nítidas em minha memória, Mind!
Lembro-me da sensação de felicidade ao passear pelas ruas de Istambul de mãos dadas com meu marido, visitando lugares históricos, tendo almoços e jantares deliciosos, apreciando os pores de sol magníficos e terminando nossas noites suados e em êxtase.

O início da primavera, com temperaturas moderadas, é a melhor época do ano para  a visita à região da Capadócia. 

Julian manteve sigilo sobre a hospedagem até chegarmos ao nosso destino. A região é composta por várias cidades e vilas. Na vila de Göreme, a surpresa me foi revelada: ficaríamos hospedados em um hotel sofisticado, com uma abordagem moderna, mas preservando os detalhes históricos arquitetônicos. Cada "quarto-caverna" foi projetado com um toque interior exclusivo, tendo todos os recursos para o conforto dos hóspedes, proporcionando, ao mesmo tempo, a experiência da "pura vida em caverna" dentro das rochas de areia da região. Nossa suíte tinha uma varanda com vista para as montanhas. Não consegui conter as lágrimas de emoção por estar ali, naquele lugar mágico, com um homem tão encantador como Julian.

Estávamos na metade de março e pretendíamos ficar ali por pelo menos dez dias. Queríamos conhecer as principais cidades da região e explorar os seus vales com calma e tranquilidade. Os principais atrativos locais eram perfeitos para nós que apreciávamos natureza, história e cultura. 

No dia seguinte, realizamos o sonho da maioria de quem vai para a Capadócia, que é voar de balão. Saímos do hotel bem cedinho, ao nascer do dia. Não sei qual a fortuna que Julian desembolsou para que nosso passeio fosse privativo. Éramos só nós dois e o piloto. Antes de alçarmos voo, um membro da equipe me entregou um buque de rosas vermelhas com vinte e dois botões. Esse número representava os anos que estávamos casados. Nem senti quando o balão se levantou do chão, porque meu olhar lacrimejante estava fixo naquele homem único. Eu já havia feito esse passeio, sozinha, anos atrás, porém em nada o atual se assemelhava ao anterior. Julian tornou aquela experiência incomparável.

A  região da Capadócia é diferente de tudo o que se vê em outros lugares do mundo e surpreende pela sua paisagem incomum. Sobrevoar essa terra tão extravagante em um balão é algo belo e emocionante. Flutuamos durante sessenta minutos, com a vista de um céu azul coalhado de balões coloridos. O sol surgindo no horizonte. Um espetáculo inesquecível! Apreciávamos tudo em silêncio. A sensação de paz fazia a expressão "se sentir nas nuvens" ter todo o sentido. O piloto manobrou uma descida para nos aproximarmos das famosas Chaminés da Fadas, um local mágico. Julian enlaçou minha cintura, deixando-me colada a ele e sussurrou ao meu ouvido.

―Ale, eu te amarei eternamente!

Sua declaração de amor foi selada com um beijo suave, cheio de carícias nos meus lábios.

Ao término do passeio, brindamos com espumante e recebemos nosso diploma de voo. Na verdade, o melhor brinde me aguardava no quarto-caverna do hotel.

Quando a vida nos proporciona momentos de tamanha felicidade, o tempo parece voar como aquele balão. Esticamos a permanência na Capadócia mais que o planejado para passearmos de balão uma segunda vez. Ao deixarmos o hotel, meu coração estava dividido entre o sentimento de gratidão por todas aquelas experiências maravilhosas que vivenciei e uma saudade antecipada, talvez por intuir que não voltaríamos mais àquele lugar.

Aquele mês de março ficaria marcado em minha alma para sempre!


Total de palavras do conto: 2019

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