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Capítulo 24


Infelizmente, é nesse capítulo que a principal tragédia acontece.

Não é novidade para ninguém que as pessoas podem se distanciar completamente umas das outras por diversos motivos. O difícil é entender exatamente a razão de acontecer. Sabemos que simplesmente acontece.

E é interessante notar que Aguinaldo gostava bastante desse termo: "Simplesmente acontece." Foi o que ele disse para si mesmo quando aceitou que nunca compreenderia os motivos para uma mãe abandonar seu filho, e também foi o que ele disse para si mesmo quando aquela semana longe sem ter contato com Emê de Martnália começou a se tornar rotina.

Ele não queria admitir em voz alta porque doía bastante pensar que talvez Beltassamo estivesse certo desde o princípio ao dizer que o relacionamento deles não passasse de uma "palhaçada".

Mas o que nem Aguinaldo e muito menos Beltassamo poderiam prever é que esse relacionamento não terminaria sem um clímax terrível.

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Tudo aconteceu em um dia muito importante. O dia de um jogo muito decisivo na carreira de Emê de Martnália.

Todos os anos o colégio competia por um dos três primeiros lugares no campeonato regional. Só assim seriam classificados para o estadual e quem sabe algum dia, algum de seus jovens prodígios pudessem competir em um nacional ou mundial.

A situação era comparável com várias peças de dominó enfileiradas, em que a primeira peça, a que faria todas as outras caírem, se encontrava nesse jogo. Por essa razão, o colégio até mesmo providenciou um ônibus escolar para levar alguns alunos para torcerem pelo time de vôlei, e Aguinaldo praticamente implorou por sua vaga.

Dessa forma, ele pôde assistir todo o jogo como se estivesse em câmera lenta. A partida era contra uma escola vizinha e as jogadoras eram violentas, dificultando o progresso do time de Martnália, como Aguinaldo costumava dizer.

Ele só não esperava presenciar aquela cena terrível, quando Emê de Martnália pulou para levantar a bola para que Elcione cortasse, e ao invés de voltar ao lugar de onde pulou, foi impedida e empurrada para longe.

Depois disso, a câmera lenta acelerou o vídeo e tudo aconteceu muito rápido: Emê não conseguiu mais se levantar e uma equipe médica apareceu e a colocaram em uma maca. Ele não conseguiu ver para a levaram e ficou o resto do jogo extremamente preocupado. Na verdade, quase ninguém mais conseguiu prestar atenção no jogo e por isso, as colegas de Martnália acabaram perdendo o jogo.

A tragédia estava feita: Emê fraturou um calcanhar em dois lugares, o tornozelo da outra perna em três e deslocou o joelho direito. Ela não poderia voltar a jogar vôlei nunca mais.

Um pequeno acidente, com tantas consequências.

O vôlei era tudo para Emê de Martnália. Era a única coisa de que se orgulhava em si mesma. E quando soube que nem para isso serviria mais, ela sentiu que o chão desapareceu e que na verdade ela estava lá no meio do oceano, abandonada para afundar e nunca mais ser encontrada.

Não foi uma surpresa que em seu estado mental instável, ao receber essa notícia terrível, Martnália surtou e decidiu se isolar completamente. Mas dessa vez foi diferente, dessa vez ela se sentiu tão que desejou fortemente que pudesse simplesmente morrer.

E foi dessa forma que, o fim que já estava se esgueirando, surgiu com força total.

Emê fugiu a semana toda. Desligou o celular, não saiu de casa, nem foi a própria formatura. Quando alguém aparecia perguntando sobre ela, pedia para seus pais dizerem que estava dormindo.

Sentia um buraco negro dentro do peito, consumindo tudo.

Era a sensação de estar em queda livre, sem nunca chegar ao fundo. Só cair, e ficar cada vez mais longe da superfície. E ela sabia que quando sentia isso, poderia facilmente puxar os outros junto para o precipício.

Foi só no nono dia que se descuidou e foi pega de surpresa. Eles estavam todos lá, e seus pais tinham saído. Antes de perceber, tinham entrado sem pedir licença. Queriam explicações que ela ainda não estava pronta para dar.

— Onde você estava?

— O que aconteceu?

— Você está bem?

— Por que sumiu?

As pessoas estavam sempre perguntando porque ela sumia. Queriam explicações do motivo de sempre fugir. Ela mesma não sabia.

— Emê...

— Eu só... — tentou falar, mas não tinha o que dizer. Sua garganta estava seca. Não queria ver ninguém. — Preciso de espaço... eu ...

— Você tem noção do quanto está sendo egoísta? Nós só queremos ajudar.

Engoliu em seco. Sabia que estava sendo egoísta, tinha escutado a mesma coisa a semana inteira. Mas não se importava. Queria acreditar que essa era uma daquelas poucas vezes que Deus perdoa o que ela estava fazendo. Pois não era de maldade, não era mesmo. Ela só não tinha aprendido a lidar com tudo aquilo. Precisava de mais tempo.

— Eu...

— Para de fugir! Você não pode se esconder pra sempre!

— Espaço... eu... preciso de tempo. — Sua mão estava tremendo, a respiração falhando. Eles não deveriam estar ali. Queria que eles fossem embora. Não se sentia pronta para ver ninguém.

— Ficar sozinha não vai ajudar Emê!

— VOCÊ NÃO SABE DISSO! — gritou. — Você não sabe sobre nada.

Todo o seu corpo estava tremendo. Olhou para a expressão incrédula de cada um deles e sentiu vergonha e raiva por estarem ali.

— Por favor, vão embora — pediu no tom mais brando que conseguiu.

Então olhou para o chão, porque sabia que ele estava olhando para seu rosto o tempo todo e ainda não tinha dito nada. Ele nunca dizia nada. Aguinaldo sempre entendia. Mas Emê não queria que ele entendesse daquela vez. Queria que ele fosse embora.

E foi por tudo isso e outras inúmeras outras pequenas coisas que Emê de Martnália terminou seu relacionamento com Aguinaldo e fugiu para Dulce Fields sem se despedir de ninguém, totalmente sozinha e sem rumo.

Continua...

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