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Capítulo Único


Todos merecem uma segunda chance.

Talvez, nem todos.

Severus Snape amassa o papel em suas mãos e o joga na lareira. Era um folheto idiota sobre perdão e como ele é necessário nesse fim de guerra, com todos os altos e baixos que a pobre comunidade bruxa sofrera. Severus não confiava nas palavras escritas naquele pedaço de papel que aos poucos queimava no fogo alto da lareira.

Era um dia qualquer de inverno na Grã Bretanha e o homem se aquecia no doce conforto de sua casinha na periferia de uma cidadezinha acabada. Havia recebido uma carta de James Potter naquela manhã. O que seu ex queria consigo? Severus não sabia.

Havia passado todo o tempo de espera se preparando para o que sairia da boca de James Potter. Agora, com a guerra finalmente acabada e Voldemort morto, em seus 21 anos de idade e o doce conforto de sua casinha, James Potter finalmente decidira ser uma boa ideia se reaproximar de Severus.

O deixara sozinho com a desculpa de que queria vê-lo seguro, fazendo-o se sentir uma pobre criancinha inocente. E, quando os comensais ameaçaram o pegar e o levar à força inúmeras vezes, porém não o fizeram por vários motivos distintos, o que James fez? Nada! Agora ele voltava como se tudo não houvesse passado de uma fase ruim.

Severus não aceitaria as desculpas de James Potter, nem que ele implorasse. Foram 4 anos remoendo a dor de não o ter ao seu lado... 4 anos sendo fiel a um idiota. Severus não era tão tolo antes de se apaixonar pela criatura odiosa cujo sobrenome era Potter. Mas ele se tornara tolo... Como remoía seu passado ao lembrar dos dias de lágrimas desesperadas e das desculpas esfarrapadas.

Como se apaixonara por um idiota? James Potter era o mais popular, o mais engraçado, o melhor jogador de Quadribol de Hogwarts em cinco décadas. Tudo dizia que ele era hetero. Agora, sentado naquela poltrona dura, ele se perguntava se teria sido melhor permanecer na ignorância. Se não tivesse descoberto que James Potter era bissexual através de Lily, nunca teria ficado com ele naquela festa da sexta série.

As batidas repetitivas na porta não o comovem. Severus não tem uma reação até se cansar do som estridente. Estava caindo uma chuva torrencial lá fora e ele sabia que James não conseguiria abrir a porta com um simples alohomora. Severus havia se precavido, já sabendo que qualquer um poderia tentar invadir seus domínios enquanto ele estivesse fora.

Desaparatar na soleira da porta? Fora de questão. Aparecer na lareira? Fora de questão. Quebrar o vidro da janela? Nunca! Quebrar a porta? Que clichê!

Severus se levanta e vai até a porta com passos preguiçosos. Os minutos parados aguardando que as batidas cessassem são curtos e pouco satisfatórios, ele não sabia por que não a abria logo. Era tão simples, James não precisava causar uma briga... Ele se livraria do ex com facilidade, só precisava de coragem. A coragem que não possuía.

--Severus... Eu sei que você está aí, abre está porta, por favor...--A voz de James soa cansada, mais velha, mais experiente. Não podia fazer tanto tempo desde a última vez que se falaram para Severus achar isso.--Eu sei que tudo que você não quer é me ver... Eu sinto isso, porque eu te conheço melhor do que ninguém. Eu fui um idiota, te abandonei quando você mais precisou de mim... Mas isso estava longe do meu controle, Severus...

A porta não é aberta com delicadeza e James cai com tudo no barral no pé da pequena escadinha que dava para a porta.

--Ops, o que ia dizendo, James? Isso obviamente esteve longe do meu alcance.

Severus não esperou para ajudar James a sair do barro, nem fechou a porta para impedir a sua entrada. O homem andou até a portona e se pôs sentado relaxadamente em frente à lareira. James, nervoso e um pouco apavorado, limpou suas roupas com um feitiço antes de cruzar a soleira da porta.

Como ele imaginava, a pequena casa ainda era lotada de prateleiras cheias de livros pelas paredes. Era uma casinha aconchegante, mas ao mesmo tempo assustadora para alguém pouco acostumado com seu aspecto. Severus nunca pareceu tão triste como na última memória que James Potter tinha com ele naquela casa. A verdade é que aquelas paredes guardavam memórias dolorosas.

Bochechas caídas, lábios trêmulos, olhos aguados. Um olhar traído.

--O que você quer, James?--Severus não esperou que James se aproximasse mais. Mais um passo e toda a sua dignidade iria água abaixo.

Havia algo de idiota em amar alguém... Havia algo de idiota em amar James Potter. Severus Snape era idiota em ainda amar James Potter.

--Severus, apenas me escute, por favor...--James desanda a falar, com apenas três passos o mantendo longe da portona. Não negava o fato de querer se aproximar mais, mas caso o fizesse Severus o odiaria mais.

Algumas coisas são melhores feitas de longe.

--O que está esperando? Eu não o impedirei de jogar suas promessas vazias ao vento.

James engole em seco. Seria uma tarefa árdua e James queria que o resultado fosse satisfatório. Não seria de todo o mal se Severus, ao final de todo esse momento áspero, aceitasse o conhecer novamente. Mas quem ele poderia vir a enganar? Mais fácil era Severus aceitar se vestir de palhaço dançarino.

Ele daria o seu melhor.

--Como eu disse, estava fora do meu controle, Severus. Você não sabe o que eu andei fazendo todos esses anos... Você não faz ideia do tanto que eu sacrifiquei. Não foi só você quem sofreu, quem correu riscos...

Severus não aguentou, sua boca somente desandou a falar:

--Você me deixou sem dar mais explicações do que a simples frase, "irei lutar na armada de Dumbledore Severus, por favor, não me siga." Você me impediu de lutar com você! Você me impediu de ter você! James, por mais que você ache que eu fiquei nessa casinha confortavelmente, não foi isso que aconteceu. Eu tive que fugir e me esconder, resistindo a tentação de aceitá-los. Sabe o quanto eu fui julgado na vida? Sabe o quanto eu quis e ainda quero um lugar em que me aceitem por ser quem eu sou? Eu perdi pessoas que entendiam meus talentos, tudo porque eu amava você!

--Não é como você está falando, e você sabe disso, Severus...--James se aproxima um passo. Severus já havia levantado tamanho sua raiva. James sentia como se ele estivesse espumando, o que não seria uma bela cena caso realmente acontecesse.--Você não os aceitou por minha causa... Foi porque você sabia que não era o certo. Você nunca se rebaixaria ao nível deles... Você é melhor e mais poderoso do que eles...

--Foda-se! James, isso não importa. Não é a raiz da questão! Você não precisava ter me abandonado, essa é questão!--Severus berra. Ele nunca, em todos os anos de sua vida, havia ficado tão sensível. Havia uma atmosfera pesada no ar... Havia algo de ruim a se aproximar. Severus não sabia, não sabia de nada.

--Você quer saber o real motivo, Severus?--A fala calma, calculada para destruir a barreira de Severus torna o momento mais fácil.

--Apenas faça isso valer alguma coisa...

James, com um suspiro maior do que esperava conseguir fazer, olha para a estante de livros. Não conseguia olhar para os olhos julgadores do homem que tanto conseguia amar. Nossa! Severus era o motivo de suas lágrimas, o motivo de sua felicidade e o motivo de sua ruína.

--Se eu estivesse com você, nada os impediria de vir atrás. Se eles viessem atrás, eu correria o risco de ser morto. E mesmo que você seja incrível, Severus, nunca venceria por estar em menor número caso decidisse os atacar. Se eu fosse lutar na Ordem da Fênix ainda estando com você, eles viriam atrás de qualquer jeito, e, se viessem atrás, mesmo a gente estando em outro lugar, correríamos riscos. Eles poderiam forçar você a contar coisas, e eu sei que você não é tolo Severus, mas eu odiaria colocar você em malha fina com Voldemort. Eles não o atacariam, pois sabem do que você capaz... Porém, Severus, se Voldemort aparecesse... Eu não quero nem imaginar.

Eu quis proteger a nós dois, Severus... Eu sabia que você estando sozinho, não correria risco de ser morto... Eu sabia que você conseguiria passar por eles, mesmo fugindo. Você estaria seguro, pois você sempre agiu melhor como lobo solitário.

Eu sei que eu errei e não mereço o seu perdão, mas tente entender que eu fiz isso por ser o melhor para a segurança de nós dois."

Severus estreita os olhos. Nunca, nos três anos que passara ao lado de James, esse evitara seus olhos. Severus não queria aceitar que havia sentido nas palavras de James Potter, mas até a pessoa mais teimosa teria que lhe dar os créditos. James estava certo.

--O que você quer que eu diga?--As palavras deslizam pelos lábios de Severus Snape contra a sua vontade. Ele não queria admitir seu erro.

--Quero que diga que me entende, Severus. Quero que diga que me perdoa...

Severus Snape poderia definir o momento de espera, como uma longa e tediante parada de tempo. Ele passara pelo inferno na terra ao fugir dos comensais, mas nunca recebera um cruciatos ao ter que recebê-los em seu esconderijo disfarçado de casa... Eles temiam a sua pessoa, temiam porque sabiam que Severus era inteligente demais para não ter um plano.

No final das contas, James só queria protegê-lo e ter certeza que no futuro houvesse um mundo onde pudessem ser felizes juntos. Como Severus pudera ser tão tolo?

--Eu o perdoo...--Severus vira seu rosto para a lareira. O sussurro dito por seus lábios secos preenche o ar impregnado pelo frio do dia chuvoso. Porém, perto da lareira estava quente... Um calor gostoso, calmo e salvador.

--Você me perdoa?--James soa incrédulo.--Você me perdoa, Severus?

--Perdoo.

Severus não olha para o rosto animado de James. Ele permanece olhando para a lareira acessa por um longo instante antes do antigo grifinório se parar ao seu lado e também passar a fitá-la. O fogo estava alto e Severus não se lembrava da última vez que colocara uma lenha aí.

--Sabe de uma coisa.--A voz de James o tira do transe—Eu sonhava toda a noite com você...

A mão de James tateia o ar pela de Severus e quando essa finalmente toca na do homem mais baixo, Severus sente uma lágrima deslizar por sua bochecha.

--Eu pedia toda a noite para você voltar...

--Eu voltei.--James aperta sua mão.  

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