ℭ𝔞𝔭í𝔱𝔲𝔩𝔬 15
Eu conseguia ver o semblante de alegria de Aiden do outro lado do campo. Ele sorria enquanto o adestrador o ajudava a se acalmar em cima do cavalo, e eu tentava conter meu riso, mas ele reparou e me olhou de um jeito estranho mas com um sorriso de canto.
– Está pronto?_ perguntei gritando para ele.
– Com certeza._ Revelou, após ter olhado para o adestrador que estava com suas afeições estranhas com a resposta dele.
Então começamos a andar devagar e lento, pelo campo e adentrando uma trilha. Apesar de Aiden quase não falar nada, só responder o que eu perguntava e percebia seus olhares que se fugiam de mim quando eu o olhava.
– E então? Nunca andou a cavalo mesmo pergunta tentando quebrar o enorme iceberg entre nós dois.
– Quando eu era criança eu andava, mas depois do acidente eu nunca mais andei._ Falou sem tirar os olhos da trilha.
Nós estávamos passando por um lugar repleto de árvores e alguns barulhos de água corrente, que se juntavam com os sons dos pássaros que nos acompanhavam no passeio.
– Não sabia que havia sofrido acidente...
– Eu tinha 12 anos. Meu pai estava dirigindo e batemos de carro, nada aconteceu com meu pai, além de alguns arranhões e cortes, mas comigo foi bem grave, eu fiquei sem sentir minhas pernas por doze meses e meio.
Quando percebi meus olhos estavam fixados dele, eu nem se quer pensava no que ele passava e na sua vida, além do que vivíamos em NY.
– O que foi?_ perguntou com um ar de sorriso em seu rosto. Por um momento pensei em falar alguma coisa, ou talvez só dizer desculpa pelas minhas ignorâncias, mas me mantive calado. – Se estiver pensando em me consolar... Eu estou bem, e voltei andar._ Falou sorrindo.
Nossos olhos se encontraram, era como se não nos víssemos a muito tempo, e aquilo fosse necessário e em um ciclo viciante.
– O que foi, sr. Skarsgård? Ta querendo ser meu amigo, e manter uma amizade colorida?
Sorrio só para manter o costume.
– E o sr. Garrett? Vocês...
– Não acredito, me trouxe aqui para isso? Porque quer pensa que se me levasse paro meio da mata e passasse o dia inteiro com você, e talvez transasse aqui, eu poderia mudar de opção?!
Neguei com a cabeça. Talvez eu quisesse foder aqui, mas não foi por isso que perguntei.
– Só perguntei por que você não para de olhar o celular de minuto em minuto e sempre faz a mesma cara.
Ele me olhou desprezavelmente, eu sabia o que ele estava pensando agora, mais deixaria ele expor todo seu sentimento.
– Vai se foder, Skarsgård. Me trouxe para cá, para ser o idiota e escroto que sempre é comigo, poderia ter sido antes de me tirar de casa. _ O cavalo de baixo dele parecia nervoso, assim como o senhor Hills que apontava seu dedo na minha cara, impondo respeito e limites sobre sua vida pessoal. Então em um piscar, ele e o cavalo se disparam adiante, subindo o vale com árvores. De imediato fui atrás dele, mas o cavalo estava rápido demais até para mim conseguir alcançar.
– Puxa as rédeas._ gritei indo atrás dele. Embora eu estivesse gostando de vê-lo passar por aquele pequeno sufoco, eu não poderia deixa-lo daquele jeito.
– Socorro!_ gritou Aiden.
Então conseguir alcançar, puxando as rédeas fazendo com que eles parassem, desci da égua em que estava e me aproximei dele.
– Calma aí, garotão. Isso aí, se acalma, sei que ele nos estressa, mas é manço._ digo alisando-o devagar e com carinho, tentando acalma-lo. Nessa altura, Aiden já não estava mais em cima dele, estava sentando na grama com os joelhos dobrados, e tentava se acalmar respirando fundo. – Cão que late demais não morde._ digo olhando a expressão fria e calculista de Aiden que me fitava.
– Vai se ferrar, Skarsgård.
– É só isso que você sabe falar?_ pergunto olhando para ele. – Me mandar se ferrar.
– Sim. É isso que você merece e muito mais.
– Quando estou te fodendo é diferente, ou vai dizer que não gosta, que o sexo que faz com Barned é bem melhor do que o nosso juntos?!_ questiono, mas ele continuou em silêncio, me olhou fixamente e se calou.
– Eu te odeio. Você não passa de um jovem adulto mimado, que sempre teve tudo nas mãos, e errou a fucking empresa do pai, mas na verdade queria está pelado comendo alguma mulher lá no Caribe._ afirmou.
Batendo palmas eu olhei para ele e disse:
– Parabéns, pelo menos nisso então estamos juntos. Por que minha repulsa por você é bem maior da que eu imaginava. Você é arrogante, psicopata, calculista e sabe muito bem como me deixar excitado e com muita vontade de te foder.
– Vai se ferrar, babaca.
Ele se levantou do chão me olhando, parecia que estávamos em uma luta de titans. Ele puxou as rédeas soltas e voltou andando ao lado do cavalo para o celeiro.
Após devolver a égua que havia alugado para o passeio, entrei no meu carro, agora sem aquela desagradável companhia, mas seu cheiro ainda estava ali. Idiota! Digo a mim mesmo após sentar no carro e perceber a idiotice que havia acontecido. Liguei o carro e comecei a dirigir, ao virar para voltar a estrada de volta a cidade, vi Aiden andando em direção a cidade. Vai se foder, Skarsgård. Ele te odeio na mesma intensidade que você o odeia, e ainda está pensando em dar carona de volta? Penso.
– Entra no carro._ digo dirigindo de vagar para tentar acompanhar seus passos.
– Deixou bem claro a repulsa que sente por mim.
– Você também deixou bem claro suas opiniões sobre mim.
– Então. Isso só deixa mais claro o quão distantes deveríamos ficar agora.
– Entrar logo nesse carro. Pretende chegar quando na cidade? Aliás vai chover, não quer pegar um resfriado quer?_ questiono.
– A alguns metros tem um ponto de ônibus.
– Prefere mesmo pegar um ônibus, do que um conversível? Esquece aquela briga. Vai. Deixamos claro que não gostamos um do outro, isso até é legal.
Ele me olhou ainda com as feições da qual poderia me devorar, mas entrou no carro em silêncio.
– Me leva embora!
~*~
A mãe de Aiden venho até a porta, estava animada e sorridente, dava para ver de onde Aiden havia tirado aquela beleza.
– Não quer entrar? Temos mais um lugar na mesa, pode ficar e jantar conosco.
– Não. O sr. Skarsgård precisa voltar hoje ainda para NY...
– Aliás, não, posso sim ficar, volto só amanhã para Manhattan. Mas fico se não for incômodo.
A sra. Hills abriu um sorriso.
– Nunca será, sr. Skarsgård. Pode ficar a vontade. O jantar já sairá, depois Aiden pode te mostra a casa, e talvez até ficar aqui.
– Mãe, acho que precisamos conversar... a sós.
O pai de Aiden se aproximou de mim, que estava em pé na parte externa daquela grande casa. Aquela parte externa era bem caracterizada, luzes de LED espalhadas como varal, causando um lugar aconchegante e hospitaleiro.
– Sr. Skarsgård, fuma?_ perguntou ele com um cigarro entre os dedos.
– Não, obrigado.
O pai de Aiden, o Vincent Hills, era um escritor, havia lançado alguns livros que o fizeram ficar conhecido pelos EUA. Os livros de alta ajuda, venderam mais do que muitos best sellers.
– O que te trouxe a Connecticut? Não foi a recepção das pessoas..._ falou sorrindo.
Neguei com a cabeça.
– Não, eu tinha alguns assuntos pendentes e algumas reuniões com uns amigos daqui.
– E com o que você trabalha mesmo?_ eu estava mesmo respondendo um questionário, ou eu viraria um personagem de seus livros.
– Herdei a empresa do meu pai. Ramo de eletricidade de NY.
Ele assento com a cabeça. Aiden entro na área externa com algumas panelas, me olhando e seguida sorrio para o pai.
– Bem o jantar está pronto._ falou a sra. Hills ao lado de seu marido, que agora não estava mais a fumar.
– Mãe?_ disse uma voz feminina vindo de dentro do casa. Logo após a voz, surgiu uma mulher com cabelos escuros e bem sorridente, assim como a sra. Hills, elas eram idênticas, poderiam ser irmãs. A sua companhia, um homem alto e bem robusto se aproximou de Aiden que estava no batente da porta. Seus olhos de cores diferentes o faziam bem característicos, seu nome era Silas, pelos menos foi o que entendi.
– Piper, querida, esse é Archibald Skarsgård, o chefe de Aiden...
Me levantei para cumprimentar ela e seu companheiro. A beleza de Piper era bem comum ali, ela se parecia com sua mãe assim como Aiden se parecia com elas.
– Eu já ouvir falar de você. Um blog que falou muito bem de você e como sua empresa está fazendo bem para NY.
– Grato por saber disso._ digo.
– Aiden, por que nunca disse que trabalhava com o maior CEO de NY?_ questionou ela a seu irmão. Fiquei olhando para ele perguntando a mesma coisa.
– Não sabia que eram interessados em saber quem é o meu chefe, aliás ele nem é tudo isso assim.
– Aiden!_ advertiu sua mãe.
– Está tudo bem, sra. Hills._ digo sorrindo.
Após um curto silêncio, todos se assentaram a mesa para o jantar. As trocas de olhares entre Aiden e sua família ficaram bastante intensa no decorrer do jantar, me segurava para não rir, por vê-lo sobre pressão. Mas o tesão entre minhas pernas aumentava, eu só queria fode-lo.
– Quer comer mais um pouco, sr. Skarsgård?_ perguntou Aiden.
– Não, obrigado...
– Estou grávida!_ disse Piper dando um pulinho da cadeira. As feições que seus pais fizeram de surpresos e a cara de Aiden eram totalmente diferente, ele parecia desconfortável.
– Piper, que incrível. Estamos felizes por vocês. Parabéns Silas._ disse a sra. Hills se levantando de seu lugar e indo abraçar sua filha e o genro, assim como sr. Hills.
Logo depois do jantar e de todas as surpresas, decidir ir embora, já havia ficado tempo o bastante.
– Por favor, fique. Temos um quarto de hospedes bem grande com uma cama macia._ a sra. Hills estava me implorando para ficar.
– Mãe, ele não precisa disso. Tem um quarto de hotel só para ele...
Eles se encararam por algum tempo, parecia que Aiden havia conseguido o que queria.
– Bom, o quarto é bem grande e tem um banheiro. Aiden pode te emprestar uma roupa... Não aceito não como resposta, sr. Skarsgård.
Sorri para ela. É claro que eu iria aceitar, por que me impediria de deixar Aiden com mais raiva que ele já estava. Ele por sinal, após ver que havia perdido, fez uma careta e revirou os olhos.
– Aiden, mostra ao sr. Skarsgård o quarto, também pegue os lençóis e travesseiros.
Sem esboçar reação ele me levou para o andar de cima, sua casa era bem maior do que eu esperava. Aiden por sinal, continuava de cara fechada desde voltamos do passeio a cavalo.
– O que foi, não quer que eu fique?_ digo em um tom sarcástico.
– Sei que está fazendo isso para me irritar. Você não precisa ficar aqui!
– Sua mãe deixou claro que eu não tinha escolha. Ela gosta de mim!
– Só estava sendo educada... Esse é o quarto._ disse abrindo a porta. Era verdade o quarto era grande, assim como toda aquela casa. – O banheiro é naquela porta. Vou ver se tenho uma roupa que caiba em você.
~*~
– Archibald, trouxe uma roupa para você. Foi a que eu achei._ acho que foi o que Aiden havia dito.
– O que disse?_ pergunto. Virei-me e encontrei seus olhos. – O que foi que disse?_ pergunto novamente. Enguli seco, seus olhos dislizavam pelo meu corpo, assim como a água do chuveiro.
– Fodasse!
Então puxei ele pela cintura encontrando sua boca com a minha, que o queria devorar.
– E seus pais?_ pergunto entre os beijos.
– Você está mesmo me perguntando isso?_ questionou.
Tiro sua blusa enquanto ele abria a calça, nossos corpos se uniam de baixo do chuveiro. O ponho de costas, alisando meu pau por cima do tecido que cobria sua bunda. Beijando seu pescoço, ombros.
– Por que faz isso comigo?_ pergunto rasgando sua cueca.
– Nada vem fácil!
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