ℭ𝔞𝔭í𝔱𝔲𝔩𝔬 12
Meus olhos estavam abertos e focados na enorme luminária que havia no meu quarto, com umas 80 luzes penduradas. A presença do sr. Hills não estava mais alí, mas o cheiro de seu perfume tomava conta do ambiente, afinal, como eu pude ser tão idiota em trazer-lo para minha casa? Eu poderia ter levado para sua casa, mas fiz questão de ter trago para minha.
A partir de agora eu não poderia pensar nele. A nossa relação teria que dar um tempo, principalmente agora que Callie que lhe apresentar um amigo da família. Ainda acho que isso não era um problema dela, e penso que Aiden pensa da mesma forma que eu, mas Callie queria ajudá-lo nessa, ela achava que ele precisava de alguém, então ela iria apresentar Barned Garrett, ela dizia que eles se pareciam e que os dois seriam almas gêmeas que deveriam se conhecer. Engoli seco o o bolo, quando tentei pensar em ver os dois juntos.
Bekah colocou o café em uma xícara quando me sentei na mesa para o café da manhã, ela sorria, parecia feliz naquele dia.
– Bekah, o sr. Hills...
– Ele saiu antes mesmo do café, parecia assustado e perdido. Perguntei se queria alguma coisa, mas rejeitou.
– Obrigado.
Ela saiu entrando na cozinha, logo em seguida Cyrus venho até mim com alguns papéis em um envelope. A letra do meu pai estava naquele envelope, com uma bela caligrafia, era algo relacionado a problemas familiares.
Atendi Christer que estava me ligando insistentemente em relação a papelada.
~*~
Coloquei os fones de ouvido no máximo antes mesmo de chegar na recepção do prédio. A sra. Gronner mais uma vez estava a me observar, mas eu tentava não encará-la. De imediato, no momento em que as portas do elevador se abriu, sair para correr como sempre, o dia estava nublado e com alguns pingos, mas eu tinha que esvaziar minha cabeça, mas minha mente conseguia me distrair como nunca, eu estava em um turbilhão e não sabia como consegui causar tudo isso, eu estava com raiva de mim mesmo por ter deixado Aiden ver meu lado vunerável, como eu estava precisando dele, mas não daria esse gostinho a ele.
A queimação em meu peito era quase suficiente para me distrair da bagunça em
minha mente. Quase. Aumentei a velocidade. Pés batendo com força no chão, músculos pegando fogo, isso sempre funcionou. Era assim que eu vivia minha vida. Não havia nada que não pudesse conquistar se eu me esforçasse ao máximo: escola, carreira, família, mulheres, Aiden. Merda. Aiden.
Irritado, balancei a cabeça e aumentei o volume no iPod, esperando que isso me
distraísse por tempo suficiente até
conseguir alguma paz.
Eu deveria saber que não daria certo. Não importava o quanto eu me dedicasse,
ele estaria sempre lá. Fechei os olhos e lembrei de tudo: meu corpo por cima dele, sentido suas pernas me envolvendo, suado, ansioso, querendo parar, mas sem conseguir. Estar dentro dele era a mais perfeita tortura. Saciava a fome que eu sentia no momento, mas, quando acabava, eu, como um viciado, era imediatamente consumido pela necessidade de ter mais. Era amedrontador, pois, naqueles momentos com ele, eu faria tudo que ele pedisse. E esse sentimento estava começando a aparecer em horas como agora, quando eu nem estava perto dele, mas desejava ser tudo o que ele precisava. Eu sei, é ridículo. Alguém puxou meu fone de ouvido e eu virei em direção à fonte do
aborrecimento.
– O que foi? – eu disse, encarando meu irmão.
– Se continuar correndo desse jeito você vai acabar se jogado no chão, Archie. _ele
respondeu. – O que foi que ela fez dessa vez para te irritar tanto?
– Quem?
Christer me olhou e sorriu.
– O Aiden.
Revirei os olhos.
– Não fode, Christer. O que te faz pensar que ele tem haver com isso?
– Não sou idiota, Archibald. Passei na sua casa hoje, Bekah me disse que parecia estressado e que tinha saído para correr. Você estava claramente nervoso quando atendeu o telefone. E eu sei o quão ele te provoca essa sensação. E você sabe o porquê?_ disse ele.
– Sei que quer explicar.
– Vocês são parecidos._ afirmou ele.
– O que?_ disse em um tom sarcástico. Ele só podia está de brincadeira comigo.
– Você sabe que é. Os dois são inteligentes, determinados e trabalham duro. Ele é uma pessoa pousada e atrevido._ ele continua. – É a primeira pessoa que em sua vida que consegue te encarar de frente e não fica te
seguindo como uma cachorrinha perdida. Você odeia saber que precisa disso.
Ele estava louco. Mas eu não podia deixar de dar crédito a Aiden pelo seu desempenho desde que comecei a trabalhar na SEH, ele era incrívelmente inteligente e outros adjetivos. E, realmente, ninguém podia questionar sua lealdade. Afinal, ele teve milhões de oportunidades para me denunciar desde que começamos nosso joguinho safado.
Eu olhava para ele tentando formular uma boa resposta sem me comprometer.
– É ele é um filho da puta.
Boa Archibald!
– Está vendo? Eu sabia que ele estava tirando você do sério.
– Vá se ferrar, Christer.
– Bom, meu trabalho terminou por aqui._ ele disse, esfregando as mãos e parecendo muito satisfeito consigo mesmo. –Acho que vou voltar para casa.
– Ótimo. Suma daqui.
Rindo, ele se virou para ir embora.
– Ah, mas antes que eu esqueça, a Callie perguntou se você conseguiu convencer
Aiden a aceitar o convite para o jantar.
Assenti enquanto amarrava meu tênis.
– Ele disse que aceita.
– Será que eu sou a única pessoa que acha hilário que a mãe quer apresentar o
Barned Garrett para ele?_ aquela sensação em meu peito surgiu novamente.
– Suma daqui!_ disse voltando a correr.
~*~
Mas tarde eu foleava a papelada que meu pai havia me enviado hoje mais cedo, mas eu ainda não conseguia tirar Aiden da minha cabeça. Eu iria ter que evitar se quer olhar para ele, seriam sete dias sem toca-lo, olha-lo e evitar masturbações noturnas, e em sete dias ele estaria fora do meu sistema, e seu cheiro não estaria mais em mim. Chega disso tudo. E, em grande parte, as coisas pareciam estar indo de acordo com o plano. Eu estava em um constante estado de desconforto e a semana parecia se arrastar, mas, com exceção de algumas
fantasias sem-vergonha, consegui manter o controle. Fiz o possível para me manter ocupado fora do escritório, mas, durante os momentos que fomos forçados a ficar juntos, eu mantive uma distância constante e, na maior parte do tempo, nós tratamos um ao outro com a mesma aversão educada de antes, no primeiro mês que trabalhamos juntos.
Ele conversava com uma das meninas que trabalhavam na SEH.
– Eu sei, todo mundo sabe o que ele é arrogante e persuasivo. Nunca vi um homem tão escroto como Archibald Skarsgård.
Sophie fazia uma cara estranha, enquanto o sr. Hills aproximava sua bunda de mim, tocando meu pau que acordou só dele se aproximar.
Limpei minha garganta, de imediato ele se virou e me olhou com aquele sorriso sínico. Nossos olhos se encontraram mas logo desviei.
– Voltem ao trabalho._ digo voltando para minha sala.
Aiden estava me provocando, mas eu não podia ceder aquela tentação. Ele veio atrás de mim logo que me sentei na cadeira.
– O que houve hoje, sr. Hills? Seu humor está incrível. Alguém morreu?
Ele sorriu.
– Não, estou ansioso para o jantar de amanhã. Christer me contou sobre o Barned e eu acho que podemos ter algumas coisas em comum, não acha?_ me questionou.
Filho da Puta.
– Bom, espero que dê tudo certo para você. Barned é um filhinho de papai, sempre teve tudo na mão e você é um filho da puta. Vão se dar muito bem. Pega um café para mim._ digo me ajeitando na cadeira.
Ele ficou sério e o silêncio reinou, ele andou até uma mesinha pegando uma xícara e me dando nas mãos, e colocou o café até transbordar um pouco, caído sobre minha calça que ela sabia que era cara, me afastei dele quando sentir o café me queimar.
– Vamos ter uma reunião essa semana?_ ele estava em pé ali na minha frente esperando minha resposta. Eu só queria arrancar sua roupa e sentar ele no meu pau.
Eu tinha que sair dali.
– Não. Minha semana está cheia, se quiser me envie por e-mail. Agora pode sair, tenho algumas coisas para fazer.
– Eu vou sair para o almoço e não volto hoje, tenho que comprar uma roupa para amanhã.
– Tudo bem. Aliás não vou poder te levar amanhã. Eu vou com outra pessoa.
Ele me olhou sem expor suas reações. Ao sair ele bateu a porta com uma força deixando claro o que estava sentindo.
~*~
Fiquei aliviado quando ouvi a sr. Hills ir embora, quinze minutos mais tarde. Quando decidi que era seguro, juntei minhas coisas e saí. Fui interrompido por um homem carregando um grande arranjo de flores.
– Posso ajudar?_ perguntei.
Olhando em seus papéis, ele olhou ao redor e disse:
– Eu tenho uma entrega para o sr. Aiden Hills.
Mas que...? Quem mandaria flores para ele? Será que estava saindo com
alguém enquanto nós...? Eu nem conseguia terminar esse pensamento.
– O sr. Hills saiu para almoçar. Ele voltará em cerca de uma hora._ menti. Eu
tinha de olhar o cartão. – Pode deixar que eu assino o recebimento e entrego para
ela._ ele colocou as flores em cima da mesa.
Assinando rapidamente o recibo,
dei uma gorjeta e ele foi embora. Por três longos minutos fiquei de pé observando as flores, tentando me convencer a deixar de ser uma mocinha e a definitivamente não olhar o cartão. Girassol. A pessoa poderia ter sido mais criativo. Ele gosta de rosas. Tive de rir, pois, seja lá quem enviou, não sabia nada sobre ele. Até eu sabia que ele não gostava deflores. Uma vez a ouvi conversar com Sophie sobre um ex-namorado que enviou um buquê de rosas. Ele imediatamente deu as flores para outra pessoa, pois não gostava do perfume forte. No fim, minha curiosidade venceu e eu tirei o cartão do arranjo.
Estou ansioso para o jantar.
Barned Garrett.
Sério Barned, girassóis? Não conseguia ser mais criativo que isso? Bom pelo menos tentou. Ele talvez só não vai receber, ou talvez receba. Dei um sorriso. Sem pensar duas vezes peguei aquele arranjo e coloquei na minha sala e joguei o bilhete fora. Que merda eu estava fazendo? De maneira nenhuma os dois dariam certo mesmo, o que não iria adiantar se eu desse uma mãozinha para que isso acontecesse.
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