31 - Keigo e Kira
Kon'nichiwa!
Eu queria (e ainda quero) fazer uma fic só do Hawks. Mas, para matar a minha vontade até eu poder fazer (Estou com 2 fics em andamento) eu vou anexar alguns capítulos falando sobre este casal, que futuramente será uma fic. Então aproveitem e espero que gostem
Jojow
Em algum lugar a quase 20 anos atrás
Keigo Takami, o Hawks, era filho de um ladrão e de uma mulher comum que nasceu na periferia. O pai extremamente abusivo, alcoólatra e violento e a mãe dele era pobre de espírito e se acostumou aquela vida.
A casa de madeira pobre em que moravam não tinha o mínimo de conforto possível. Naquele dia Keigo saiu cedo e foi até a cidade, suas penas ficavam muito agitadas quando havia perigo por perto.
Quando o pequeno garoto de asas vermelhas chegou ao local, um incêndio havia começado em uma casa local. O garotinho chegou bem rápido e com suas penas e resgatou as vítimas.
-Obrigado garoto você nos salvou! - uma mulher disse sorrindo.
Entretanto, Keigo ficou em silêncio. Havia mais uma vítima, trancada em um dos quartos e não conseguia sair. Ele usou uma de suas penas e vasculhou a casa até encontrar. Uma garotinha, mais ou menos da idade dele, de cabelos muito brancos foi trazida sã e salva.
Ela abriu os olhos com pouco de dificuldade e se deparou com o jovem loiro de olhos amarelados, com marcas pretas e as asas vermelhas abriu um imenso sorriso. Um sorriso que ela jamais ia esquecer daquele dia em diante.
-Você está bem? - Ele disse sorrindo.
-S-sim.
-Agora eu preciso ir. Fica bem tá.
A menina o avistou se afastar e sentiu o coração acelerar. O garoto de asas vermelhas.
-Hey! Vamos embora! Vamos para a casa da Violet e depois vemos o que vamos fazer! Para de ficar sonhando acordada.
Uma mulher já de meia idade carrancuda puxou a menina pelo braço e saiu a arrastando pelo caminho.
-Que droga! Aquela vagabunda devia ter levado você com ela. Agora tenho que fixar te arrastando por aí. Que saco!
***
Kira era uma garotinha de cabelos brancos e olhos dourados. Ela nasceu em um prostibulo local chamado O Canto da Sereia, comandado pela desagradável Ruby.
A mãe de Kira se chamava Saphire, pelo menos era o nome que eles a chamavam, uma mulher de cabelos azuis escuros e olhos esverdeados. O nome verdadeiro, Kira nunca soube. Ela havia engravidado e dado a luz a Kira lá dentro do prostibulo. O pai era desconhecido. O nome escolhido Kira, foi para ser unissex, caso fosse menino . A menina foi criada por ela e pelas mulheres da casa, até que um dia, Saphire arrumou um magnata coreano e foi embora com ele. Deixando a menina para trás.
-Não vai levar a sua cria? - Ruby perguntou com ironia.
-Não. O meu marido não sabe que tenho uma filha.
-E você vai deixar essa pirralha aqui???? Quem vai alimentar esta peste?
-Não sei! Eu só não posso levá-la!
-Maldita! Eu não vou gastar um centavo com essa praga!
-Eu mando o dinheiro! Tá bom? Eu mando. Agora preciso ir.
A mulher só levou uma mala, nem ao me ks se despediu da filha, que a viu sair pela janela e entrar em um carro caro que estava do lado de fora. Depois ela não voltou nunca mais.
Ruby era cruel e sádica. Não tinha escrúpulos. Kira trabalhava desde cedo, limpando a casa, fazendo o almoço, cuidando da roupa.
-Por que eu tenho que limpar tudo sozinha? - a menor questionava
-Para pagar o que você come! Sua ingrata.
Ruby ficava com o dinheiro e ainda colocava Kira para trabalhar.
-E quando tiver maior um pouco vai trabalhar junto com as outras meninas, ou vou te vender para algum velho tarado!
A vida de Kira era um verdadeiro inferno. No dia do incêndio, um curto circuito começou em um dos cômodos, devido ao tempo da casa.
***
Kira estava instalada em um prostibulo próximo de uma das amigas de Ruby. Casa diferente, responsabilidade a mesma. Kira trabalhava incessantemente.
Ela ainda se lembrava do garoto de asas vermelhas. E o cheiro do garoto ficou em sua memória.
Naquela manhã, a velha Ruby foi até a cidade resolver as questões da casa incendiada. Kira aproveitou a ausência da rabugenta e saiu sem que ninguém a visse.
A individualidade de Kira era Lobo. Era podia fazer tudo o que um lobo fazia e talvez até melhor. Ela farejou o cheiro do garoto até um casebre de madeira.
O garotinho estava do lado de fora brincando com um bonequinho do Endeavor. Ele se assustou ao vê-la.
-Oi! Você me assustou.
-Me desculpe.
Ela se aproximou dele devagar. Ele a segurou pelo braço e saiu correndo para longe do velho casebre.
-Vem aqui estamos seguros. -disse se escondendo atrás de um galpão. -Você é a menina daquele dia! Como você me encontrou?
-Eu senti seu cheiro.
-Tá tão ruim assim???
-Não... É o meu dom. Lobo. Eu te farejei até aqui.
-Mas, por que?
-Queria te agradecer... - Os olhos da menina brilhavam.
-Uoooo - Ele disse se aproximando dela. - Seus olhos são parecidos com os meus, só que mais dourado. Como um lobo mesmo.... É tão bonito.
-O-obrigada...
Os dois ficaram um tempo conversando e depois ela voltou pra casa antes que a velha descobrisse.
Depois daquele dia ela ainda voltou lá mais vezes. E sempre que possível estava próxima a ele, ou o observando de longe.
Algum tempo depois ela descobriu que o pai dele estava preso, o procurou pela cidade e encontrou ele e a mãe na rua, sozinhos.
Ela ia se aproximar, mas uns homens de terno chegaram antes e depois de muita conversa ele e a mãe foram embora com eles.
Kira ficou triste com a partida do garotinho e ficou um bom tempo andando pelos arredores tentando encontrar o rastro dele.
Já havia se passado uns dois anos, a estadia na casa dificultava o rastreio. Até que um dia ela andou bem longe, até uma casa grande localizada em um bairro burguês.
Ela se aproximou sorrateiramente. E espiou da janela. O garotinho, agora mais crescido, chegava de algum lugar. Quando ele virou-se para a janela, ela se escondeu.
Preciso ir embora....
Antes que ela pudesse dar mais um passo, ele se aproximou sem que ela percebesse.
-Você me encontrou?
Ela ficou vermelha. Ele observou para a garota mal vestida. Braços arranhados hematomas pelo corpo, cabelo mal cortado. Os pés estava com a sola quase a mostra com um tênis surrado que a menina calçava.
-Você andou longe... aliás este tempo todo eu nunca perguntei seu nome...
-K-kira
-Kira... eu sou o Keigo. O que veio fazer aqui?
-Os homens que te levaram... eu fiquei preocupada e depois não te encontrei mais.
-Ta tudo bem. Eu e minha mãe moramos aqui agora.
-Você está feliz?
-É mais ou menos. Tá melhor do que estava... - ele ficou meio cabisbaixo - olha. Vem aqui aos sábados. É o melhor dia pra você vir. Podemos ser amigos. Que vc acha?
Os olhos da menina ficaram radiantes. E como combinado ela voltou lá no próximo sábado, e no outro e no outro, e no outro. E se passaram 5 anos assim. Ela nunca contou a real situação em que vivia. Mas, cada vez que voltava lá ela estava mais machucada.
Agora eles tinham 13 anos. O garotinho agora estava mais alto, mas o rosto e o sorriso doce ainda estavam presentes. Eles tinham um lugar secreto que Keigo deixou para que se encontrassem. A garagem da casa dele.
-Você está cada vez mais roxa. Quando você vai me contar o que acontece com você..
-Não é nada... - ela disse cobrindo os braços.
-Como não é nada? Está esparramado pelo corpo todo...
-Não se preocupe.
-Kira... eu não sei nada sobre você...
-Tá tudo bem... sério.
Ele a puxou pelo braço e lhe deu um abraço.
-Eu me preocupo com você.
-Keigo, estou imunda.
-Não seja boba
Naquele dia Kira voltou para casa mais tarde do que o de sempre. Havia se deixado levar pela companhia de Keigo. Quando entrou pela porta, a velha Ruby já esperava com um cinto.
-Onde estava sua vagabunda?
-Eu...
-Eu o que? Arrumou um namorado? Não tem nem peito ainda e já dando essa periquita por aí??? Você não fez nada né?
-Não sei do que está falando...
-Não se faça de sonsa! - Ela deu um tapa na garota
-Eu juro Madame eu não sei do que está falando...
-Ainda me responde? Conta onde você estava!
Ela bateu em Kira com o cinto umas 5 vezes e depois a arrastou pelos cabelos pela casa e a jogou num quartinho sujo que ficava no fundo da casa.
-Vai ficar aí até se lembrar! De manhã vou mandar um médico te examinar! Que droga! Eu tava negociando por mais de 1 milhão de ienes a virgindade dela e agora ela tava saracutiando por aí.
Kira ficou perplexa com a frase da velha. Ela seria mesmo vendida?
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro