Naquela mesma escola havia uma outra garota sonhando em ser uma heroína. Hana tinha muitos sonhos para se realizar e mais ainda vontade de vencer. Foi ideia dela que as amigas se inscrevessem para a renomada UA.

Os pais de Hana não eram heróis nem nada do tipo. Devido a individualidade do pai dela, ele trabalhava nos bombeiros e a mãe de Hana era uma enfermeira. Hana havia juntado o melhor das habilidades dos pais. A mãe criava coisas a partir de determinado elemento, como esculturas de gelo, areia e além disso ainda conseguia dar uma breve e vida a elas. O pai era um usuário de água. E ela tinha o dom de controlar e produzir água. Ela simplesmente transforma a água mudando sua composição e transformar da maneira que desejasse, dando até vida a elas por um determinado momento.

Naquele dia, no primeiro dia de aula ela veio antes da Kaya para comprar uma mochila nova, já que a anterior estava em péssimas condições. Logo na entrada ela ficou maravilhada com o tamanho da escola e despercebida acabou esbarrando em alguém.

-Olha por onde anda. - a voz grossa e estridente a assustou mais do que o choque.

-Me perdoe - ela ergueu o olhar. O rapaz enfurecido tinha olhos tão vibrantes que pareciam duas brasas vermelhas. Loiro, com um cabelo geneticamente espetado e uma expressão de poucos amigos.

-Da próxima vez vê se toma cuidado. - Ele ainda a olhava com certo desprezo. Mas mesmo assim encarou os olhos turquesa dela por alguns segundos. Depois desviou o olhar com desdém.

-Eu sou Hana Mizume. - Ela disse desconcertada.

-Foda-se.

-Tá bom... seu grosso. É um prazer Senhor Foda-se. Eu só queria ser gentil.

-Não vim aqui para fazer amigos. Dispenso sua gentileza. - Ele recrutou.

Hana mudou sua expressão enquanto ele ainda seguia de costas para ela.

"Nem se deu ao trabalho de olhar pra mim" ela pensou. A raiva a fez caminhar mais dois passos rápidos e tocar o ombro do rapaz insolente. Que virou rapidamente e continuou a encarando com desdém.

-Isso é problema psicológico viu. Essa grosseria toda. Devia procurar ajuda. Insegurança e baixa auto estima

-O que vc quer? Que merda!

-Quero que seja educado.

-Vc nem me conhece! - Ele respondeu ferozmente.

-Por isso mesmo me apresentei a você. A quem você desdenhou e fez pouco caso. Nem me disse seu nome.

O rapaz olhou para ela com certo espanto. Por que alguém se daria tanto trabalho apenas para se apresentar. Era desespero para ter um amigo?

A moça era afrontosa. Enérgica. E por algum motivo que ele ainda não sabia, ela o chamou a atenção.

-Sua insistente.

Ela cruzou os braços e fez um bico como uma criança mimada.

-Mas... que.. - Ele tremia de raiva. Poderia simplesmente ignora-la mais uma vez. Mas, ela o havia desafiado deste o instante que o chamou de inseguro e mal educado. Quem ela pensava que era para afrontá-lo desta maneira?

-Estou esperando. - Ela disse ainda de braços cruzados.

-Saco! É Bakugou. Katsuki Bakugou.

-Tá vendo? Doeu? - a expressão dura dela se transformou e sua voz estava suave. Ela estendeu a mão para ele em um gesto gentil. - Muito prazer Katsuki Bakugou, eu sou Hana Mizume.

Ele retribuiu o aperto de mão ainda com a cara amarrada. As mãos dela pareciam de seda. Macias.

Ele tinha um certo receio quanto a contatos físicos. Talvez por conta da individualidade dele, que o fazia literalmente suar nitroglicerina pelas Palmas das mãos, o que fazia que elas ficassem grossas como um trabalhador braçal.

Ela olhou para ele com os cintilantes e sorriu da maneira mais doce que ele se lembrava. "Por que ela está sendo legal comigo?" Era só o que ele pensava.

Daquele dia em diante, eles estariam sempre perto um do outro, por bem ou por mal.